Carta aberta ao Senador Renan Calheiros
'Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz'. As vacas de Renan dão cria 24 h, por dia. Haja capim e gente besta em Murici e em Alagoas! Uma qualidade eu admiro em você: o conhecimento da alma humana. Você sabe manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.
Do menino ingênuo que eu fui buscar em Murici para ser deputado estadual em 1978 - que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição dentro da ditadura militar - você, Renan Calheiros, construiu uma trajetória de causar inveja a todos os homens de bem que se acovardam e não aprendem nunca a ousar como os bandidos.
Você é um homem ousado. Compreendeu num determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados desta fúria do desatino, que é vencer a qualquer preço. E resolveu armar-se. Fosse qual fosse o preço, Renan Calheiros nunca mais seria o filho do Olavo, a degladiar-se com os poderosos Omena, na Usina São Simeão, em desigualdade de forças e de dinheiros.
Decidiu que não iria combatê-los de peito aberto, descobriria um atalho, um mil artifícios para vencê-los, e, quem sabe, um dia derrotaria todos eles, os emplumados almofadinhas que tinham empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas, um leque imenso sobre a mesa dos usineiros, para que os mosquitos de Murici (em Murici, até os mosquitos são vorazes) não mordessem a tez rósea de seus donos: Quem sabe, um dia, com a alavanca da política, não seria Renan Calheiros o dono único, coronel de porteira fechada, das terras e do engenho onde seu pai, humilde, costumava ir buscar o dinheiro da cana, para pagar a educação de seus filhos, e tirava o chapéu para os Omena, poderosos e perigosos.
Renan sonhava ser um big shot, a qualquer preço. Vendeu a alma, como o Fausto de Goethe, e pediu fama e riqueza, em troca.
Quando você e o então deputado Geraldo Bulhões, colegas de bancada de Fernando Collor, aproximaram-se dele e se aliaram, começou a ser Parido o novo Renan.
Há quem diga que você é um analfabeto de raro polimento, um intuitivo. Que nunca leu nenhum autor de economia, sociologia ou direito. Os seus colegas de Universidade diziam isso. Longe de ser um demérito, essa sua espessa ignorância literária faz sobressair, ainda mais, o seu talento
De vencedor.
Creio que foi a casa pobre, numa rua descalça de Murici, que forneceu a você o combustível do ódio à pobreza e o ser pobre. E Renan Calheiros decidiu que, se a sua política não serviria ao povo em nada, a ele próprio serviria em tudo.
Haveria de ser recebido em Palácios, em mansões de milionários, em Congressos estrangeiros, como um príncipe, e quando chegasse a esse ponto, todos os seus traumas banhados no rio Mundaú seriam rebatizados em Fausto e opulência; 'Lá, terei a mulher que quero, na cama que escolherei.
Serei amigo do Rei.'
Machado de Assis, por ingênuo, disse na boca de um dos seus personagens: 'A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível.' Mais adiante, porém, diante da inexorabilidade do destino do desonesto, ele advertia: 'Suje-se, gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!'
Renan Calheiros, em 1986, foi eleito deputado federal pela segunda vez. Nesse mandato, nascia o Renan globalizado, gerente de resultados, ambição à larga, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência.
No seu caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de moço! Nem a vergonha na cara. O usineiro João Lyra patrocinou essa sua campanha com US1.000.000. O dinheiro era entregue, em parcelas, ao seu motorista Milton, enquanto você esperava, bebericando, no antigo Hotel Luxor, av. Assis Chateaubriand, hoje Tribunal do Trabalho.
E fez uma campanha rica e impressionante, porque entre seus eleitores havia pobres universitários comunistas e usineiros deslumbrados, a segui-lo nas estradas poeirentas das Alagoas, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a qualquer preço.
O destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha -
e é tudo seu, montanha e glória - ou morre. Ou como o jogador de pôquer, que blefa e não treme, que blefa rindo, e cujos olhos indecifráveis Intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No blefe.
Você, Renan não tem alma, só apetites, dizem. E quem, na política brasileira, a tem? Quem, neste Planalto, centro das grandes picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razões e objetivos de interesse público?
ACM, que, na iminência de ser cassado, escorregou pela porta da renúncia e foi reeleito como o grande coronel de uma Bahia paradoxal, que exibe talentos com a mesma sem-cerimônia com que cultiva corruptos?
José Sarney, que tomou carona com Carlos Lacerda, com Juscelino, e, agora, depois de ter apanhado uma tunda de você, virou seu pai-velho, passando-lhe a alquimia de 50 anos de malandragem?
Quem tem autoridade moral para lhe cobrar coerência de princípios? O presidente Lula, que deu o golpe do operário, no dizer de Brizola, e hoje hospeda no seu Ministério um office boy do próprio Brizola?
Que taxou os aposentados, que não o eram, nem no Governo de Collor, e dobrou o Supremo Tribunal Federal? No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso, mentem, roubam, traem.
Assim, senador, você é apenas o mais esperto de todos, que, mesmo com fatos gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, tem a quase unanimidade deste Senado de Quasímodos morais para blindá-lo.
E um moço de aparência simplória, com um nome de pé de serra - Siba - é o camareiro de seu salvo-conduto para a impunidade, e fará de tudo para que a sua bandeira - absolver Renan no Conselho de Ética - consagre a sua carreira.
Não sei se este Siba é prefixo de sibarita, mas, como seu advogado in pectore, vida de rico ele terá garantida. Cabra bom de tarefa, olhem o jeito sestroso com que ele defende o chefe... É mais realista que o Rei. E do outro lado, o xerife da ditadura militar, que, desde logo, previne: quero absolver Renan.
Que Corregedor!... Que Senado!...Vou reproduzir aqui o que você declarou possuir de bens em 2002 ao TRE. Confira, tem a sua assinatura:
1) Casa em Brasília, Lago Sul, R$ 800 mil,
2) Apartamento no edifício Tartana, Ponta Verde, R$ 700 mil,
3) Apartamento no Flat Alvorada, DF, de R$ 100 mil,
4) Casa na Barra de S Miguel de R$ 350 mil ..
E SÓ!
Você não declarou nenhuma fazenda, nem uma cabeça de gado!! Sem levar em conta que seu apartamento no Edifício Tartana vale, na realidade, mais de R$1 milhão, e sua casa na Barra de São Miguel, comprada de um comerciante farmacêutico, vale mais de R$ 2.000.000.
Só aí, Renan, você DECLARA POSSUIR UM PATRIMONIO DE CERCA DE R$ 5.000.000.
Se você, em 24 anos de mandato, ganhou BRUTOS, R$ 2 milhões, como comprou o resto? E as fazendas, e as rádios, tudo em nome de laranjas? Que herança moral você deixa para seus descendentes?.
Você vai entrar na história de Alagoas como um político desonesto, sem escrúpulos e que trai até a família. Tem certeza de que vale a pena? Uma vez, há poucos anos, perguntei a você como estava o maior latifundiário de Murici.
E você respondeu: 'Não tenho uma só tarefa de terra. A vocação de agricultor da família é o Olavinho.'
É verdade, especialmente no verde das mesas de pôquer!
O Brasil inteiro, em sua maioria, pede a sua cassação. Dificilmente você será condenado. Em Brasília, são quase todos cúmplices.
Mas olhe no rosto das pessoas na rua, leia direito o que elas pensam, sinta o desprezo que os alagoanos de bem sentem por você e seu comportamento desonesto e mentiroso.
Hoje perguntado, o povo fecharia o Congresso. Por causa de gente como você!
Por favor, divulguem para Brasil inteiro para ver se o Congresso cria vergonha na cara.
Os alagoanos agradecem.
Thereza Collor
TEXTO DE THEREZA COLLOR
Publicado por Mendonça Neto, Jornal Extra - Rio de Janeiro
Parlamentar condenado à prisão renuncia. Em Brasília? Não, em Londres
O liberal-democrata Chris Huhne achou que um pequeno pecado, cometido dez anos atrás, seria esquecido. Não foi
O público brasileiro, diante de um Congresso de escassa credibilidade, adoraria ver um deputado pagando por um crime, com a renúncia e uma sentença de prisão. Pois foi o que se viu nesta segunda-feira (4). Não em Brasília, mas em Londres. O parlamentar e ex-ministro britânico Chris Huhne, antes uma respeitável voz na discussão sobre os problemas do país, saiu da sede de um tribunal para falar rapidamente com a imprensa: “Eu me declarei culpado”, disse. “Tendo assumido a responsabilidade por algo que aconteceu dez anos atrás, a única atitude apropriada para mim é renunciar ao meu assento no Parlamento.” Huhne, de 58 anos, espera agora ser condenado à prisão. E o que aconteceu dez anos atrás que o fez renunciar? Em 2003, o carro do parlamentar foi pego em excesso de velocidade, e ele convenceu sua mulher a assumir a culpa para não ser processado. Chris Huhne perdeu o mandato e aguarda por um período atrás das grades porque tentou fraudar pontos da sua carteira de motorista.
O caso indignou os britânicos. Huhne era um importante integrante da coalizão governista liderada pelo premiê conservador David Cameron. Como titular da pasta de Energia e Mudanças Climáticas, de 2010 a 2012 foi um dos principais representantes no governo dos liberais-democratas, o menor partido da coalizão. Formado na francesa Sorbonne e na inglesa Oxford, Huhne quase chegou à liderança do partido Liberal-Democrata, uma legenda reconhecida por um passado de correção na atividade político-partidária. Parecia um parlamentar perfeito, que segue tudo como manda o figurino. Tudo, porém, foi por água abaixo por causa de alguns pontos na carteira de habilitação.
Há um ano, Huhne deixou o cargo de ministro para se defender das acusações. Dizia ser inocente e, nos meses seguintes, fez de tudo para tentar derrubar o processo. Dizia ser vítima de uma falsa acusação e prometia limpar o seu nome – comportamento corriqueiro entre figuras públicas, de Silvio Berlusconi a Lance Armstrong. Na semana passada, ele ainda negava ter cometido qualquer crime, o que ele admitiu apenas nesta segunda-feira, no início do julgamento. Ao falar da gravidade do crime e da pena que o parlamentar deve receber, o juiz não economizou na dose. Dirigiu-se ao ex-ministro e disse: “Você não deve ter nenhuma ilusão sobre o tipo de sentença que você provavelmente receberá. Entendeu?”. O agora ex-parlamentar balançou a cabeça, sinalizando ter entendido. Como se vê, vida de parlamentar não é tão fácil quanto se imagina. Pelo menos no Reino Unido.
Municípios castigados pela seca terão festas de Carnaval que ultrapassam os R$ 100 mil
Gasto para a realização da festa deve passar dos R$ 256 mil somente em Quixadá
Gastos com estrutura e bandas para o período momino oneram municípios do Interior FOTO: Rodrigo Carvalho
A Prefeitura Municipal de Choró vai gastar R$ 104.030 com a festa de Carnaval do ano de 2013. O município está entre os 174 que decretaram estado de emergência, por 90 dias, desde novembro de 2012.
A licitação do evento "Folia nas Águas" mostra que a Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Juventude contratou uma empresa de Quixadá para realizar a festa e somente o camarote do evento custará R$ 9.000 aos cofres públicos.
Quase R$ 50.000 serão gastos na contratação de grupos musicais que realizarão show artístico com duração mínima de 3 horas. A locação do palco foi registrada no valor de R$ 19.900; e somente na diária dos banheiros quimícos, para os 4 dias de festa, serão desembolsados R$ 6.000. O gerador, acompanhado de uma equipe técnica, foi alugado por R$ 7.900, entre os dias 9 a 12. São um total de 12 itens que somam mais de R$ 100.000 na licitação assinada no último dia 29 de janeiro.
Quixadá entre os mais caros
Já o município de Quixadá vai gastar R$ 256.823 no Carnaval de 2013. A licitação cobre os serviços de infraestrutura e contratação de grupos musicais e é de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Somente o cachê das bandas de forró e axé custarão R$ 141.000 aos cofres públicos.
O município de Crateús, que está prestes a sofrer um colapso de água, possui uma licitação aberta, do tipo menor preço, no valor de 243.519,46 também referente à festa de Carnaval. Somente as atrações musicais devem custar R$ 117.163,30 e a estrutura com palco, som e iluminação R$ 125.889,16
Em Crateús, parte do rebanho está fragilizada e até mesmo morrendo devido à escassez de água e alimento FOTO: Waleska Santiago
O Ministério Público, inclusive, vai realizar uma audiência pública para discutir a questão do abastecimento de água em Crateús, na próxima quarta-feira (6). O açude que abastece a cidade está com apenas 9,5% da capacidade, o que aumenta a chance de falta d'água.
Secult-Ce destinou R$ 974.000 para edital do Carnaval 2013
A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) divulgou um edital no valor de R$ 974.000 para o Carnaval do Ceará 2013. Os recursos são do Fundo Estadual de Cultura, que apoia financeiramente a execução de projetos de arte e cultura nas manifestações carnavalescas da região cearense.
Choró está entre os 20 municípios contemplados pelo edital, que teve mais de 100 cidades da região cearense inscritas. A Secult vai investir R$ 20.000 no evento, mas a Prefeitura de Choró vai arcar com cerca de R$ 80.000.
Convênios com a Casa Civil foram suspensos
Já as verbas do convênio entre a Casa Civil e Prefeituras para o Carnaval do Interior foram suspensas devido aos custos e gastos com a seca.
Choró ficaria em estado de calamidade sem Carnaval, diz secretário
O Secretario do Turismo e Cultura de Choró explicou que o Carnaval vai gerar cerca de 300 empregos diretos e 40.000 visitantes, uma média de 10.000 pessoas visitando o município diariamente, durante os 4 dias do evento.
"Essas pessoas deixam dinheiro nos comércios e mercantis e boa parte desse recurso é arrecadado nos impostos e volta como melhorias para o povo. Boa parte do recurso anual vem do Carnaval", explica o secretario
Questionado se o abastecimento de água seria suficiente para os 40.000 visitantes, o secretario afirmou que as pessoas não ficam hospedadas no município, apenas "passam".
Abastecimento de Choró é realizado por carros pipas
Para a Prefeitura de Choró, o abastecimento de água é suficiente para os 13 mil habitantes do município. A Prefeitura também utiliza uma retroescavadeira para cavar cacimbas e há projetos do Governo, como o Garantia Safra, dando suporte aos agricultores. Além dos carros pipas oferecidos pelo Governo, a Prefeitura também investiu em carros extras para o abastecimento.
Sobre a falta de qualidade da água, relatada pela população, a Prefeitura divulgou que utiliza dessalinizadores e garantiu que a água passou por testes e foi aprovada.
"Vamos tentar amenizar a tristeza das pessoas", diz coordenador do "Carna-folia", de Crateús
A prefeitura de Crateús é conhecedora dos problemas com a distribuição da água em virtude da seca que a cidade enfrenta. Mesmo assim, promete um dos melhores carnavais da região. Com a festa orçada em quase R$ 300 mil a organização do evento admite o problema da estiagem, mas justifica que a festa é uma forma de amenizar a tristeza das pessoas com a seca que assola do município. "Não podemos deixar de propor um lazer à juventude. Todos apreciam e curtem esse momento. Torcemos que o clima melhore, mas como já havíamos programado, não vamos cancelar o evento", enfatiza Sílvio Verta, coordenador do "Carna-folia".
Ainda de acordo com Sílvio, os gastos com o evento estão sendo inferiores aos anos anteriores. Segundo ele, antes gastava-se R$ 400 mil e atualmente o valor não se aproximará dessa quantia.
Procurado pela reportagem, a assessoria da prefeitura de Quixadá ficou de enviar um posicionamento, o que não foi feito até a publicação da matéria.
Essa é do Blog do Josias de Sousa:
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) informou ao blog que sua primeira providência como presidente da Câmara será “a criação de uma comissão especial para examinar e votar uma proposta de orçamento impositivo para as emendas” dos parlamentares ao Orçamento da União. “Não vou esperar nem o Carnaval passar”, disse o deputado, que acaba de ser eleitopor seus pares. “Não quero que nenhum samba atravesse esse assunto.”
Há na Câmara três propostas de emendas constitucionais sobre as emendas orçamentárias de congressistas. Hoje, o Orçamento da União é apenas autorizativo. O governo executa se quiser. O que os deputados desejam é obrigar o governo a liberar as verbas previstas nas suas emendas. O Planalto é contra. Porém, Henrique diz que chegou a hora de acabar com o modelo de “liberações em conta-gotas”.
Para ele, o bloqueio das verbas “humilha os parlamentares e apequena o Parlamento.” Daí a disposição de tornar obrigatória a execução das emendas. “Não vamos confrontar, mas negociar com o governo. Uma das possibilidades é direcionar as emendas para projetos prioritários do governo em áreas como saúde, educação, segurança e infra-estrutura. Essa é uma providência óbvia. Não sei porque não foi feito antes.”
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) informou ao blog que sua primeira providência como presidente da Câmara será “a criação de uma comissão especial para examinar e votar uma proposta de orçamento impositivo para as emendas” dos parlamentares ao Orçamento da União. “Não vou esperar nem o Carnaval passar”, disse o deputado, que acaba de ser eleitopor seus pares. “Não quero que nenhum samba atravesse esse assunto.”
Há na Câmara três propostas de emendas constitucionais sobre as emendas orçamentárias de congressistas. Hoje, o Orçamento da União é apenas autorizativo. O governo executa se quiser. O que os deputados desejam é obrigar o governo a liberar as verbas previstas nas suas emendas. O Planalto é contra. Porém, Henrique diz que chegou a hora de acabar com o modelo de “liberações em conta-gotas”.
Para ele, o bloqueio das verbas “humilha os parlamentares e apequena o Parlamento.” Daí a disposição de tornar obrigatória a execução das emendas. “Não vamos confrontar, mas negociar com o governo. Uma das possibilidades é direcionar as emendas para projetos prioritários do governo em áreas como saúde, educação, segurança e infra-estrutura. Essa é uma providência óbvia. Não sei porque não foi feito antes.”
Com a vitória do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
para a presidência da Câmara, o PMDB terá pelos próximos dois anos o
comando das duas Casas do Congresso Nacional. Na última sexta-feira
(1º), Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado. Com
isso, o maior partido do país tem agora o primeiro, o segundo e o
terceiro nomes na linha sucessória do país: Michel Temer,
vice-presidente da República, Henrique Alves e Renan Calheiros
respectivamente.
Com 20 senadores, o PMDB tem hoje a maior bancada no Senado. Na
Câmara, a sigla tem o segundo maior número de deputados, 81 ao todo,
atrás apenas do PT, que tem 87 parlamentares. À frente das duas Casas, o
partido irá comandar as votações do Congresso.
No ano passado, o PMDB foi o maior vencedor das eleições municipais,
com 1.041 prefeitos eleitos entre os 5.568 municípios onde houve
disputa. Os peemedebistas têm ainda cinco governadores (Maranhão, Rio de
Janeiro, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), sendo o terceiro
em número de governadores, atrás do PSDB, com oito, e PSB, com seis
cada.
Petrobras produz 2,35% menos em 2012 ante 2011, diz ANP
Campo de Marlim Sul foi o que mais produziu petróleo
A atual diretoria da companhia havia admitido que a produção poderia flutuar dentro de uma margem de erro de 2% para cima ou para baixo. No entanto, o diretor de Exploração e Produção (E&P), José Miranda Formigli, havia garantido que o resultado ficaria dentro de uma retração máxima de 2%.
Em termos nacionais, em 2012, foram produzidos cerca de 754 milhões de barris de petróleo e 26 bilhões de metros cúbicos de gás natural, com média de produção diária de 2,067 milhões barris de petróleo e 71,7 milhões de metros cúbicos de gás.
Em dezembro, a produção da companhia ficou em 1,958 milhão b/d, uma queda de 1,68% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Segundo a ANP, o campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o que mais produziu petróleo e o segundo com maior produção de gás, apresentando média de 346,3 mil barris de óleo equivalente por dia. A produção do pré-sal aumentou 7,5% em relação a novembro de 2012, marca de 292,5 mil barris de óleo equivalente por dia.
Marco Maia critica imprensa e STF em discurso de despedida da presidência da Câmara
O deputado disse que em sua gestão defendeu publicamente as prerrogativas constitucionais da Câmara
O deputado discursou nesta segunda-feira (04), despedindo-se da presidência. Foto: Agência Câmara
Maia disse que em sua gestão defendeu publicamente as prerrogativas constitucionais da Câmara.
"Não há como deixar de manifestar minha mais profunda preocupação com as interpretações circunstanciais de nossa Constituição por parte do Judiciário, responsável tão somente por sua guarda, mas que tem se arriscado a interpretações que só ao Legislativo cabem."
Para o petista, o Congresso precisa reagir. "É uma atitude muito preocupante, que segue exigindo postura enérgica e intransigente por parte do Legislativo."
Um dos últimos embates de Maia com o Supremo foi sobre a perda do mandato dos três deputados condenados no julgamento do mensalão. Ele defendia que a palavra final sobre a cassação cabe à Câmara, enquanto os ministros entenderam que o STF determinou a vacância do cargo pela perda dos direitos políticos, cabendo aos deputados apenas oficializar a decisão.
No discurso, ele não citou o presidente do Supremo Joaquim Barbosa e só agradeceu a seus antecessores os ex-ministros Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto.
O deputado subiu o tom das críticas à imprensa
Ele disse que os deputados não podem compactuar com o descrédito ao Congresso lançado pelos meios de comunicação.
O petista afirmou que "a maior fonte de expressão da opinião pública e da vontade popular não se concretiza em editoriais de jornais ou em matérias descontextualizadas que relegam a recente e bela história que os brasileiros vêm construindo".
"A maior expressão da vontade popular está representada nesta Casa, na Câmara dos Deputados", completou.
Ele afirmou que essas críticas causam "profunda indignação e repulsa". "Não podemos compactuar com questionamentos dessa natureza. A maior fonte de expressão da opinião pública não se concretiza em editoriais de jornais. A maior expressão da vontade popular está representada nessa Casa", completou.
O deputado disse que a maioria da sociedade brasileira não pactua com essa visão distorcida.
O petista afirmou que deixa sua gestão com o sentimento de "maior grau de satisfação" dos colegas que manifestam claro "orgulho de ser deputado e representar o cidadão".
"Penso que esse orgulho está ligado ao fato que está Casa tem aperfeiçoado ao processo de transparência, essa legislatura conseguiu deixar sua marca, uma das mais produtivas na história da Câmara e do conhecimento de todos os que atuam no parlamento."
Ao Congresso, Dilma diz que manterá ações de desoneração em 2013
Abertura do ano foi feita pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros.
Presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, participou da cerimônia.
Em mensagem lida nesta segunda-feira (4), durante abertura do ano legislativo, a presidente Dilma Rousseff afirmou ao Congresso Nacional que manterá, em 2013, medidas de desoneração à indústria adotadas no ano passado.
"O conjunto das medidas adotadas em 2012 resultou em desoneração de R$ 45 bilhões da atividade produtiva. A política de desoneração terá continuidade em 2013, como parte do nosso compromisso da redução da carga tributária e como instrumento, sempre que necessário, para estimular a demanda e a produção" , diz a carta da presidente ao Congresso.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) abriu a cerimônia que marca a abertura do ano legislativo do Congresso Nacional. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, participaram do evento. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, também participou da cerimônia.
Na chegada das autoridades ao Congresso, uma salva de tiros de canhão foi disparada para marcar a abertura dos trabalhos. A ministra-chefe da Casa Civil entregou o texto da mensagem encaminhada pelo Executivo ao presidente do Congresso.
A mensagem encaminhada pelo Executivo foi lida pelo primeiro-secretário da Mesa do Congresso, deputado Márcio Bittar (PSDB-AC).
Antes da abertura oficial dos trabalhos, os parlamentares realizaram a escolha do novo presidente da Câmara. O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi eleito com 271 votos. O segundo colocado foi Júlio Delgado (PSB-MG), que teve 165 votos. Henrique Eduardo Alves concorreu à presidência com o apoio da bancada do governo.
Com a escolha de Henrique Alves, o PMDB comandará Câmara e Senado pelos próximos dois anos. Na última sexta, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado.
No discurso de posse, Alves afirmou que Câmara precisa se preocupar em analisar os temas de grande interesse nacional.
Fazer uma pauta propositiva não é apenas para discutir, [o parlamento]
não foi feito para enrolar, foi feito para discutir e votar, debater e
decidir", disse.
Alves substituirá o deputado Marco Maia (PT-RS) no posto, tornando-se o segundo na linha de sucessão da Presidência da República, atrás apenas do vice-presidente da República. Ao deixar o cargo, Maia desejou "boa sorte" ao novo presidente.
Cabe ao presidente da Câmara comandar as sessões plenárias da Casa, escolher as pautas de votação e presidir a Mesa Diretora, que delibera matérias administrativas. Henrique Eduardo Alves é deputado há 42 anos, atualmente no 11º mandato consecutivo.
"O conjunto das medidas adotadas em 2012 resultou em desoneração de R$ 45 bilhões da atividade produtiva. A política de desoneração terá continuidade em 2013, como parte do nosso compromisso da redução da carga tributária e como instrumento, sempre que necessário, para estimular a demanda e a produção" , diz a carta da presidente ao Congresso.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) abriu a cerimônia que marca a abertura do ano legislativo do Congresso Nacional. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, participaram do evento. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, também participou da cerimônia.
Na chegada das autoridades ao Congresso, uma salva de tiros de canhão foi disparada para marcar a abertura dos trabalhos. A ministra-chefe da Casa Civil entregou o texto da mensagem encaminhada pelo Executivo ao presidente do Congresso.
A mensagem encaminhada pelo Executivo foi lida pelo primeiro-secretário da Mesa do Congresso, deputado Márcio Bittar (PSDB-AC).
Antes da abertura oficial dos trabalhos, os parlamentares realizaram a escolha do novo presidente da Câmara. O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi eleito com 271 votos. O segundo colocado foi Júlio Delgado (PSB-MG), que teve 165 votos. Henrique Eduardo Alves concorreu à presidência com o apoio da bancada do governo.
Com a escolha de Henrique Alves, o PMDB comandará Câmara e Senado pelos próximos dois anos. Na última sexta, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado.
Alves substituirá o deputado Marco Maia (PT-RS) no posto, tornando-se o segundo na linha de sucessão da Presidência da República, atrás apenas do vice-presidente da República. Ao deixar o cargo, Maia desejou "boa sorte" ao novo presidente.
Cabe ao presidente da Câmara comandar as sessões plenárias da Casa, escolher as pautas de votação e presidir a Mesa Diretora, que delibera matérias administrativas. Henrique Eduardo Alves é deputado há 42 anos, atualmente no 11º mandato consecutivo.
Corpo de sobrinho-neto de Antônio Ermírio é liberado pelo IML
Letícia e José Eduardo
(Foto: Reprodução / TV Tem)
(Foto: Reprodução / TV Tem)
Os corpos de José Eduardo Ermírio de Moraes, sobrinho-neto do
empresário Antônio Ermírio de Moraes, da noiva dele, Letícia Romagnoli
Piveta Assunção, de 25 anos, e da sogra, Elizete Aparecida Romagnoli
Assunção, de 44 anos, foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML)
de Assis, SP. Eles estavam no avião King Air C-90 executivo, que caiu
na noite de domingo (3), em uma plantação de soja, em Cândido Mota. Chovia forte no momento do acidente.
A aeronave tinha capacidade para seis pessoas e havia partido de
Maringá (PR) com destino ao aeroporto de Congonhas, na capital paulista.
Técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Seripa), órgão ligado ao Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e à Força Área Brasileira
(FAB) devem permanecer durante todo o dia no local para apurar as causas
do acidente.
De acordo com o IML, os corpos de Letícia e Elizete seriam encaminhados
para Maringá, no Paraná. Segundo familiares, o velório começou por volta
das 13h desta segunda-feira (4), na Primeira Igreja Presbiteriana
Independente de Maringá, localizada na região central da cidade. O
enterrro será nesta terça-feira (5), às 10h, no Cemitério Municipal.