O ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP) não deverá se candidatar
à reeleição em outubro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira
pelo assessor dele no Amapá e confirmada ao GLOBO pelo presidente do
PMDB no estado, o ex-senador Gilvam Borges. Segundo Borges, a primeira
pessoa a saber da desistência de Sarney foi a presidente Dilma Rousseff,
com quem o ex-presidente viajou de Brasília para Macapá. Em seguida,
Sarney teria comunicado aos partidos aliados.
'Houve um comunicado do próprio presidente Sarney hoje aos partidos
aliados de que ele declinaria da candidatura ao Senado. Isso é fato. Mas
estamos todos sob o impacto dessa decisão. Estamos órfãos. Esperamos
que essa decisão não seja irreversível', disse Gilvam, informando que
Sarney confirmou sua ida à convenção estadual de sexta-feira.
Com
uma base extensa composta com 24 partidos, o governador Cid Gomes
pretende na próxima quarta-feira (25) resolver todas as pendências e
finalmente anunciar as três coligações que pretende fechar para eleger
até uma bancada com 17 deputados federais.
Esse número é
contestado pela oposição que acredita ser capaz de eleger com certeza 6
deputados federais, podendo chegar a 8. Existem indefinições dos
próprios partidos, mas caminha para a seguinte composição a base do
governador Cid. A maior coligação com a expectativa de eleger 13
deputados federais é composta por oito legendas: PROS, PT, PHS, PTB,
PDT, PSL, Solidariedade e PCdoB.
A
segunda coligação unirá os pequenos partidos e é formado por 11 siglas:
PTC, PEN, PSDC, PTN, PV, PSC, PTdoB, PRTB, PMN, PPL e PRP que faria um
deputado federal. E a última coligação é integrada por cinco partidos
numa estrambótica composição que une o conservadorismo do DEM ao antigo
partido comunista PPS: DEM, PPS, PP, PRB e PSD. Esse bloco elegeria na
avaliação do Abolição 3 deputados federais.
A
oposição discorda frontalmente dessas contas. Sustenta que a união do
PMDB-PR e PSDB elege diretamente 6 deputados federais. E há chances
desse bloco atrair ainda o DEM aumentando para sete a bancada, e e
reduzindo ainda mais o número de eleitos da base do governador Cid, pois
há um sentimento que o PSOL conseguirá eleger pela primeira vez um
deputado federal: Renato Roseno, que aparece bem cotado.
Mesmo
considerando os números do Abolição – uma bancada com 17 eleitos – o
governador Cid terá muitos conflitos a administrar durante a campanha
eleitoral. São 39 fortíssimos candidatos, e nenhum deles será eleito com
menos de 100 mil votos, em qualquer uma das três coligações.
Primeira coligação: 20 candidatos de primeiro time:
PROS - PT - PCdoB - PDT - PSL- Solidariedade- PTB e PHS:
PROS - Domingos Neto, Ariosto Holanda, Edson Silva, Nenen do Cazuza, Vicente Arruda, Leônidas Cristino e Antonio Balhmann
PT – Luizianne Lins, Odorico Monteiro, Dedé Teixeira, Camilo Santana, Zé Airton, Eudes Xavier e Acrísio Sena
PCdoB – Chico Lopes e João Ananias
PDT – André Figueredo
PTB- José Arnon
Solidariedade – Genecias Noronha
PHS – Adail Carneiro
PSL - Macedão
Segunda coligação: 11 candidatos do primeiro time
PSC – Welington Saboia
PTdoB – Paulo Facó e Leonelzinho Alencar
PPL – André Ramos
PMN – Reginaldo Moreira
PTN – Alípio Rodrigues, vereador Américo de Caucaia e Vereador Ribamar de Maracanaú
PTC – Chico Pontes
PSDC – Vereador Vaidon
PRP - Dute
Terceira coligação: 08 candidatos do primeiro time
PP – Padre Zé Linhares, Paulo Henrique Lustosa e Eugenio Rabelo
PSD – Almircir Pinto e Samuel Salviano
DEM - Moroni Torgan
PRB – Pastor Ronaldo Martins
PPS – Moses Rodrigues
Oposição
PMDB – PR – PSDB
PMDB – Vitor Valin, Aníbal Gomes, Danilo Forte, Mauro Benevides, Mauro Macedo, Mario Feitosa
PR – Gorete Pereira
PSDB – Raimundo Matos e Tomaz Figueredo Filho
(Site Ceará News)
Cinco golpes que as pessoas mais caem: como se prevenir
O POVO Online conversou com um especialista
em crimes digitais e com a Polícia Civil para saber quais as
orientações quando se é vítima de um golpe, ou, principalmente, como
evitar cair nele
Um anúncio, um dia de
negociação e um veículo furtado. Assim ocorreu com a família da
engenheira eletricista Norma Bertoldo, que foi vítima do golpe listado
como um dos mais comuns pelo especialista em crimes digitais Wanderson Castilho: o envelope fantasma.
Ocorre quando o estelionatário deposita um envelope vazio em caixas
eletrônicos depois do horário comercial e mostra o comprovante de
depósito.
No caso de Norma, o golpe partiu após anúncio em um
veículo de sua sobrinha, que ficava estacionado na frente de casa. “Um
homem então ligou para o número e combinou o valor do carro. No mesmo
dia ele disse que ia levar e mandou o comprovante do banco”. Norma,
então, recebeu aval para entregar a chave para o estelionatário. A
ligação do banco veio logo depois. “Minha irmã tinha dito para nós
entregarmos o carro para o homem. Mas depois o Bradesco ligou dizendo
que tinham depositado um envelope vazio”.
O golpe do envelope
vazio, ou envelope fantasma, é mais comum do que se pensa. O
estelionatário se vale do fim do expediente bancário para enganar as
vítimas, que não conferem a comprovação da instituição bancária. Como
Wanderson explica, não é preciso uma capacidade criminosa avançada, mas
às vezes os usuários pecam pela desatenção ou desconhecimento. “No caso
de depósitos em dinheiro, é preciso aguardar o próximo dia útil e
verificar a confirmação junto ao banco. Para cheques, apenas depois que
for compensado e estar disponível em sua conta”, orienta.
Após o
golpe, Norma e os familiares seguiram as recomendações de praxe e
registraram o boletim de ocorrência. “A Polícia disse que é uma pessoa
que está direto aplicando esses golpes em Fortaleza, mas ainda não
prenderam”. Na Capital, somente em 2014, foram registrados 678 boletins
de estelionato na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF),
localizada no Centro da cidade. Em 2013, foram 1435 boletins de
estelionato.
Segundo o delegado Jaime de Paula pessoa, grande
parte das ocorrências é encaminhada para os distritos, pois a DDF
responde pelos crimes acima de 80 salários mínimos. Os crimes de
estelionato mais comuns, ainda conforme ele, são os relativos a
consignados, como financiamento de veículos e cartões solicitados
mediante fraude. “Esses são os que predominam nos boletins [de
ocorrência]. O que a gente orienta é que as pessoas denunciem. E antes
disso, não se precipitem em depósitos até a confirmação do banco”,
explica.
Os cinco golpes que as pessoas mais caem
O especialista Wanderson e o delegado Jaime listaram os cinco golpes mais comuns, atualmente:
1. Sites falsos
2. E-mails com arquivos e links maliciosos
3. Depósitos Fantasmas
4. Caixas adulterados
5. Consignados (financiamentos de veículos e cartões solicitados mediante fraudes)
Como se prevenir
Wanderson
explica que é preciso estar bem atento aos golpes que são aplicados na
Internet, deixando sempre o computador e antivírus atualizados. Além
disso, ele cita a importância de ler matérias que meios de comunicações
confiáveis publicam para que as chances de você ser a próxima vítima
sejam menores.
Confira o bate-pronto:
O POVO -
De acordo com seu conhecimento sobre segurança bancária, existe algum
banco que ainda está à margem, no quesito segurança? E qual o mais
confiável atualmente?
Wanderson Castilho - As
instituições bancarias brasileiras são as mais seguras do mundo, devido a
alta capacidade de golpes que o bandidos empregam, fizeram que os
bancos ficassem cada vez mais rígidos quanto a isso.
OP - O De uma maneira geral, o sistema bancário brasileiro é suficientemente seguro para o cliente?
WC - Sim.
O elo mais fraco sempre será o usuário, pois esse sempre tem menos
recursos e conhecimentos sobre os novos golpes aplicados.
OP - O que dá segurança nas compras ou transações online?
WC - A criptografia aplicada no site, ou seja https, seu computador protegido e o usuário com conhecido no que esta fazendo.
OP - Que tipo de informação pessoal um banco pode vir a pedir através de SMS, Internet, ou por telefone?
WC -
Nenhum. As instituições bancárias evitam a pedir informações pessoais
por estes meios. No máximo elas pedem para você confirmar as informações
que já possue, exemplo, completa o seu CPF, quando a atendente já disse
os primeiros números. E caso ainda, alguma instituição requisite
informações pessoais por estes meios, prefiram ir na agência
pessoalmente.
OP - Em que situação o usuário pode confiar num mediador de alguma transação bancária?
WC - Apenas
quando a instituição bancária confirmar esta informação, e guarde esta
confirmação, que pode ser por e-mail, ou protocolo de atendimento. Você
tem que se certificar de que o site é daquela instituição. Qualquer
dúvida, não faça a transação.