Líderes discutiram assuntos comerciais, entre eles a situação da Venezuela e parcerias comerciais e militares |
O presidente Jair Bolsonaro se encontrou na tarde desta terça-feira (19) com o presidente norte-americano Donald Trump. Eles se reuniram na Casa Branca e concederam entrevista coletiva após o encontro, marcado pelo clima bastante amistoso, com direito a troca de camisas de futebol.
Em discurso, Trump disse que apoia o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE. O líder norte-americano também defendeu a participação brasileira na Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan.
Logo no início de seu pronunciamento, Trump agradeceu ao Brasil por permitir que os Estados Unidos usassem a fronteira para enviar ajuda aos venezuelanos. Lembrou ainda que o governo brasileiro foi um dos primeiros a reconhecer Juan Guaidó como presidente “interino e legítimo” da Venezuela.
Ao falar da crise na Venezuela, Jair Bolsonaro disse que restabelecer a democracia no país vizinho é uma prioridade. Perguntando se apoiaria uma possível intervenção militar americana para retirar Maduro do poder, o líder brasileiro despistou.
“Têm certas questões que se você divulgar deixa de ser estratégia. Assim sendo, essas questões reservadas que podem ser discutidas, se já não foram, não poderão se tornar públicas, obviamente”, disse.
Em outro trecho de seu pronunciamento, Trump falou sobre a base de Alcântara, no Maranhão, e descreveu o local como "ideal para o lançamento de foguetes". O filho de Jair, Eduardo Bolsonaro, foi citado por Trump durante seu pronunciamento, e foi elogiado pelo trabalho que tem desempenhado nos bastidores.
Sempre falando em português, Bolsonaro iniciou seu discurso citando o fato de que ele e Trump destravaram assuntos “que estavam na pauta há décadas” e afirmou que “hoje o Brasil tem um presidente que não é antiamericano”.
O presidente brasileiro também ressaltou que o combate ao terrorismo é uma questão de urgência e propôs um fórum de inovação entre Brasil e Estados Unidos.
Jair Bolsonaro afirmou ainda que, democraticamente, o país e a América Latina se livraram do Foro de São Paulo, encontro de líderes e organizações de esquerda que foi criado na década de 1990. Ao ser questionado sobre as relações comerciais entre Brasil e China, Bolsonaro ressaltou que todo país pode ser parceiro brasileiro.
“O Brasil continuará fazendo negócios com o maior número de países possíveis. Apenas esse comércio não mais será direcionado pelo viés ideológico, como era feito há pouco tempo”, afirmou.
Bolsonaro encerrou o discurso à imprensa e convidados dizendo que “Brasil e os Estados Unidos também estão irmanados na garantia das liberdades, no respeito da família tradicional, no temor à Deus, contra a ideologia de gênero, o politicamente correto e as fake news." O líder brasileiro também disse acreditar “piamente na vitória de Donald Trump” nas eleições de 2020.
Agência Rádio Mais