segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

'Aliado incômodo' do Planalto, Cunha é eleito Presidente da Câmara Federal

Com apoio da maioria absoluta dos votantes, vitória do deputado carioca representa derrota histórica do PT

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O peemedebista chega à presidência da Câmara com 267 votos, enquanto Arlindo Chinaglia (PT-SP) consegue apoio de 136 deputados 
 
Foto: Folhapress 
 
Brasília. A Câmara dos Deputados elegeu, em primeiro turno, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o cargo de presidente no biênio 2015/2016 da 55ª legislatura. Ele foi eleito com 267 votos, a maioria absoluta dos parlamentares (513).

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O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) ficou em segundo lugar, com 136 votos. Júlio Delgado (PSB-MG) contou com 100 votos e Chico Alencar (Psol-RJ) teve 8. Houve, ainda, dois votos em branco. Com a vitória em primeiro turno de Eduardo Cunha, o governo Dilma Rousseff sofreu uma derrota histórica na noite de ontem. Considerado um aliado pouco confiável, já que liderou rebelião no Legislativo contra Dilma em 2014, o parlamentar bateu o petista Arlindo Chinaglia (SP), nome bancado pelo Planalto.

Atual líder do PMDB na Casa, Cunha teve o apoio declarado de PP, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PEN, PSDC e PRTB. Horas antes da votação, petistas e integrantes do Palácio do Planalto já haviam "jogado a toalha" e buscavam culpados pelo vexame.

O resultado explicita o racha na base do governo e expõe a presidente à realidade de que não tem controle sobre sua base de apoio. Dilma não evitou o fracasso nem com a mobilização em massa de ministros nos últimos dias. A votação foi secreta. Entre apoiadores de Cunha e de Chinaglia houve consenso de que PR, PSD e PDT lideraram as traições de governistas em prol do peemedebista.
Apoio à CPI
Apesar de adotar um discurso de não oposição ao governo, Cunha emerge como uma das principais dores de cabeça para o Planalto, já que tem poderes, entre outros, para dar seguimentos a CPIs incômodas para o governo e até a eventual processo de impeachment contra a presidente da República. O peemedebista já declarou, por exemplo, que apoiará a instalação de uma nova CPI para apurar o escândalo de corrupção na Petrobras.

"Buscaremos a altivez e a independência do parlamento, independência essa que não quer dizer oposição, mas que também não quer dizer submissão. (...) Não há possibilidade de que eu vá exercer uma gestão de oposição, mas também ninguém vai me ver se curvar ou ser submisso a qualquer coisa que não seja a vontade da maioria desta Casa", afirmou Cunha em discurso antes da votação. O cenário governista se agrava mais pelo fato de o Planalto ter mobilizado ministros e aliados nas últimas semanas para tentar dinamitar a candidatura de Cunha.

Ainda em seu discurso, o novo presidente da Câmara sublinhou esse mal estar. Disse que foi tratado não como adversário, mas como inimigo pelo PT. Ele defendeu ainda que não haja hegemonia de um partido no comando do Executivo e do Legislativo: "É bom para a sociedade e para o parlamento que esse poder seja distribuído."
Revés
A última vez em que o governo sofreu derrota semelhante na Câmara foi na surpreendente eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) para a presidência da Casa, em 2005, na gestão de Lula. Parte do PT aponta o dedo para o novo ministro das Relações Institucionais de Dilma, o deputado Pepe Vargas (RS), que teria deixado muito explícita a intervenção do governo pró-Chinaglia.

Outros reclamavam do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que chamou pra si a responsabilidade de avalizar indicados para cargos federais, o que irritou partidos aliados. Uma avaliação, porém, era quase unânime: a falta de interlocução de Dilma com congressistas e as ameaças de retaliação como forma de buscar votos para Chinaglia contribuíram para o clima de insatisfação dos partidos com o Planalto.
Um dos exemplos de desacerto ficou evidente ontem. Tendo declarado apoio a Chinaglia, o PDT acabou ficando de fora do bloco petista porque não entregou no prazo as assinaturas suficientes. Dentro do PT, porém, a avaliação geral é a de que não houve mero descuido burocrático, mas sim uma ação para fortalecer a candidatura de Cunha.

Alvo de inquérito

Iniciando seu quarto mandato na Câmara, Cunha exercerá a presidência da Casa até janeiro de 2017, sucedendo o também peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN). O novo presidente deverá ser alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal no caso da Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras. O pedido, conforme a Folha de S.Paulo revelou, partirá da Procuradoria-Geral da República. O peemedebista, no entanto, nega qualquer relação com esse caso.

Anti-candidato da disputa, Chico Alencar foi o único a citar a Lava Jato em sua fala. Parodiando o Manifesto Comunista, ele lembrou que as investigações, que devem envolver congressistas, são o "espectro" que ronda o Congresso.
Primeiro discurso preocupa governo
Brasília. Em seu pronunciamento após eleito, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já anunciou que colocará em votação, assim que possível, o projeto que obriga o governo federal a liberar verbas para as emendas que os congressistas fazem ao Orçamento. Cunha é mal visto pelo Palácio do Planalto, que tentou nas últimas semanas derrubar a sua candidatura.

A proposta de emenda à Constituição chamada de "orçamento impositivo" ainda precisa de ser votada em segundo turno pela Câmara. Em seu discurso, Cunha manifestou incômodo pela interferência do governo federal na disputa.

"Assistimos à tentativa de interferência do governo, mas o parlamento, por sua independência, sabe reagir. E ele soube reagir pelo voto", afirmou. Ele ressaltou, entretanto, que não haverá sequelas na relação. "Nunca, em nenhum momento, disse que faria uma gestão de oposição", garantiu.

Nas últimas semanas, o governo mobilizou ministros em favor de Chinaglia, o que incluiu promessas de cargos e ameaças de retaliação em casos de traição. Mas a operação fracassou, já que o petista obteve menos votos do que o total de deputados dos partidos que o apoiavam oficialmente. Enquanto essas siglas somam 160 cadeiras, Chinaglia teve apenas 136 votos.

Ainda em sua fala, Cunha prometeu priorizar a reforma política e o pacto federativo, sem entrar em detalhes. O peemedebista, que substitui o colega de partido Henrique Eduardo Alves (RN), já se declarou favorável a uma nova CPI para investigar o escândalo da Petrobras.
Disputa acirrada causa 'estrago' no PT
Brasília. A acirrada disputa pela presidência da Câmara dos Deputados causou graves prejuízos políticos ao PT. Na tentativa de assegurar votos para o deputado Arlindo Chinaglia (SP), candidato indicado pelo partido, os petistas abriram mão de outros cargos titulares na Mesa Diretora, cedidos a aliados.

Petistas e governo tentaram, sem sucesso, um acordo com o candidato Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que, na próxima eleição, a presidência fosse entregue ao PT. "O estrago no nosso partido foi muito grande", reconheceu o líder do PT, Vicentinho Paulo da Silva (SP). Cunha agrupou um bloco com 14 partidos (218 deputados), enquanto o PT, apenas cinco legendas e cerca de 180 parlamentares.

O Planalto trabalhou com cenário de derrota. Antes mesmo de saber o resultado, mandou a Eduardo Cunha recados segundos os quais pretende iniciar um diálogo com o peemedebista a partir de hoje. Vários ministros, a exemplo de Aloizio Mercadante (Casa Civil), foram escalados para conversar com os coordenadores da campanha de Cunha.

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