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domingo, 14 de setembro de 2014

O dia em que Marina chorou. Ou: Indústria de mentiras do PT pode fazer de Marina uma poderosa vítima; o tiro ainda sairá pela culatra

Marina Silva chorou. É o que informa reportagem de Marina Dias, da Folha. Está inconformada com os ataques que estão sendo feitos pelo PT e, em particular, por Lula. Numa conversa com a repórter, no banco de trás do carro que a transportava para um hotel no Rio, na noite de quinta, afirmou emocionada: “Eu não posso controlar o que Lula pode fazer contra mim, mas posso controlar que não quero fazer nada contra ele. Quero fazer coisas em favor do que lá atrás aprendi, inclusive com ele, que a gente não deveria se render à mentira, ao preconceito, e que a esperança iria vencer o medo. Continuo acreditando nessas mesmas coisas”.

Pois é… Marina está experimentando o que é virar alvo de difamação de uma máquina que ela própria ajudou a construir e à qual serviu durante tanto tempo, inclusive como ministra. Não custa lembrar que os petistas não mudaram os seus métodos. Seguem sendo os mesmos. Eles só se tornaram mais virulentos porque são, agora, muito mais poderosos.

Marina tem motivos para reclamar. Se, como sabem, tenho enormes reservas à forma como conduz a sua postulação, é evidente que está sendo vítima de uma campanha de impressionante sordidez. Afirmar, como faz o PT, que a independência do Banco Central iria arrancar comida da mesa do brasileiro é coisa de vigaristas. Sustentar que Marina, se eleita, vai paralisar a exploração do pré-sal — como se isso dependesse só da vontade presidencial — e tirar R$ 1,3 trilhão da educação é uma formidável mentira.

Fazer o quê? Os companheiros nunca tiveram limites e sempre se comportaram, já afirmei isto aqui muitas vezes, como uma máquina de sujar e de lavar reputações. Podem lavar a biografia do pior salafrário se este virar seu aliado — e isso já aconteceu. E podem manchar a história de uma pessoa honrada se considerarem que virou uma inimiga.

Marina recorre ao passado: “Sofri muito com as mentiras que o Collor dizia naquela época contra o Lula. O povo falava: ‘Se o Lula ganhar, vai pegar minhas galinhas e repartir’. Se o Lula ganhar, vai trazer os sem-teto para morar em um dos dois quartos da minha casa’. Aquilo me dava um sofrimento tão profundo, e a gente fazia de tudo para explicar que não era assim. Me vejo fazendo a mesma coisa agora”.
Pois é… Hoje, Lula é o Collor da vez, e aquele Collor de antes é agora um aliado deste Lula. Assim caminham as coisas.

Não sei, não… Acho que o PT pode estar exagerando na dose. A pauleira é de tal sorte que Marina já está no ponto para se transformar numa poderosa vítima. Até porque os companheiros decidiram deixar de lado razões plausíveis para combatê-la e resolveram investir, de fato, na indústria da mentira, do preconceito e do medo.

O tiro pode sair pela culatra.

Por Reinaldo Azevedo

A SORDIDEZ DA CAMPANHA PETISTA E UM EXEMPLO DA “MÍDIA” CONTROLADA PELOS COMPANHEIROS

A VEJA desta semana traz uma reportagem com o elenco das formidáveis mentiras e difamações que o PT está levando ao horário eleitoral gratuito. Abaixo, reproduzo a “Carta ao Leitor”, que traz uma reflexão adicional importantíssima. Dados os 12 minutos e 24 segundos que o partido tem à sua disposição, a gente entende como seria a “mídia socialmente controlada”… pelos companheiros.
Leiam!
 carta ao leitor imagem
Carta ao leitor - texto
Por Reinaldo Azevedo

PT adota tática do medo

Dilma vai para o confronto com Marina usando os mesmos métodos de terror que o partido condenava no passado, quando o alvo era Lula. O detalhe é que a candidata sataniza a adversária atribuindo a ela propostas semelhantes às de seu governo

Izabelle Torres (izabelle@istoe.com.br)
 

Diante da ameaça de perder a eleição, a campanha da presidenta Dilma Rousseff partiu para um ataque sórdido contra a candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva. Munida de impressionante desfaçatez, a propaganda do PT lançou mão, na última semana, dos mesmos métodos que combatia num passado recente. 

Numa tentativa clara de manipulação, a presidenta ocupou o horário eleitoral na televisão para dizer que a proposta de Marina Silva de conceder autonomia ao Banco Central vai enriquecer ainda mais os banqueiros e prejudicar a população. O vídeo, totalmente apelativo, mostrou uma família vendo a comida desaparecer do prato. 

As cenas estão recheadas de um cinismo explícito, pois o governo Lula, no qual Dilma foi gerente e chefe da Casa Civil, não apenas adotou a autonomia operacional do Banco Central como fez mais: indicou um banqueiro, Henrique Meirelles, para presidir a instituição e conferiu à presidência do BC o status de ministério. 

Nos dois governos de Lula, nem o Ministério da Fazenda, ao qual o Banco Central deveria estar subordinado, podia dar ordens a Meirelles. Se, como prega a peça publicitária do PT, seria lícito dizer que aumentar os juros é jogar afinado com os banqueiros, então nunca antes na história um governo esteve tão em sintonia com os bancos como o do PT.

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GOLPES BAIXOS
O PT deu autonomia operacional ao Banco Central e escolheu um banqueiro para
presidi-lo, mas Dilma (à dir.) ataca Marina querendo tachá-la de candidata
tutelada pelos bancos, exatamente por defender a autonomia do BC

A propaganda petista também agiu com descaramento quando acusou a adversária do PSB de se opor ao uso dos recursos do pré-sal para financiar a educação. Os petistas escondem o fato de terem resistido à proposta que destinou 10% dos recursos do petróleo para o ensino público. Na época das discussões sobre o assunto no Congresso, o governo atuou nos bastidores pela liberdade para escolher onde seriam feitos os investimentos. A verdade factual, no entanto, parece estar longe da campanha petista.As pesquisas realizadas depois da mudança no discurso da presidenta mostram que ela recuperou pontos na corrida eleitoral e neutralizou a vantagem de Marina Silva em um eventual segundo turno. A diferença, que já foi de dez pontos percentuais, caiu para quatro e as duas encontram-se empatada,s considerada a margem de erro, de acordo com o último Datafolha.

Não foi a primeira vez, nesta campanha, que o PT recorreu ao medo e a golpes baixos a fim de obter êxitos eleitorais. Semanas atrás, numa nova tentativa de manipular o eleitor, a campanha petista comparou Marina aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, numa alusão à dificuldade que ela terá de governar, sob o risco de ter o mandato interrompido. A esdrúxula equiparação foi criticada até por petistas, como o senador Jorge Viana (AC). “Essa ideia de tentar comparar Marina a Collor e a Jânio Quadros é desinteligente. Ou de querer buscar desvio ético e moral na vida de Marina, isso também é perda de tempo e não tem nenhum sentido”, afirmou.
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Até agora, apenas um caso provocou transtornos para a campanha da presidenta. Os tucanos entraram com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reclamando do terrorismo eleitoral protagonizado pelo PT. O tribunal considerou a linguagem do programa petista degradante e inapropriada para uma disputa democrática e determinou a retirada do ar das agressões. Para o relator do caso, ministro Herman Benjamin, o tom adotado pela campanha do PT “não combina com a postura ética que deve nortear o debate político e as campanhas eleitorais”.

A constatação é de que o PT age como se o fim justificasse os meios, sendo “o fim” a eleição de Dilma, e “os meios”, as práticas de terrorismo eleitoral. Pelo jeito, para o PT vale mesmo “fazer o diabo” para vencer a eleição, usando palavras da própria presidenta Dilma. Nesse vale-tudo, quem perde é o eleitor.

Foto: Eraldo Peres/AP

EX- DIRETOR DA PETROBRÁS CITA MAIS QUATRO AUTORIDADES, DIZ REVISTA ISTO É

Lava Jato petrobras

Com o apoio de Lula, Dilma e DEM, família Barbalho tenta voltar ao governo do Pará

Helder, filho do ex-senador Jader Barbalho, usa a imagem de renovador para derrotar o governador tucano Simão Jatene, que tenta a reeleição

Gabriel Castro, de Belém
O candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho (PT), ao lado do pai, Jader Barbalho, e do ex-presidente Lula, durante comício em Belém
NOVOS AMIGOS – O candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho (PT), ao lado do pai, Jader Barbalho, e do ex-presidente Lula, durante comício em Belém (Heinrich Aikawa/Instituto Lula/VEJA)

O eleitor fiel do DEM que quiser seguir a orientação de seu partido vai apoiar Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da República. Mas, se ele morar no Pará, essa será a única parte fácil da escolha. Caso queira seguir rigorosamente o apoio declarado por seu partido, ele vai votar em um petista que foi réu no processo do mensalão para senador: Paulo Rocha. Para o governo, a escolha será por Helder Barbalho (PMDB), que já fez dois comícios ao lado de Dilma Rouseff e de Lula e tenta atrelar sua imagem à dos petistas.

Mesmo que vote em candidatos do DEM para deputado federal e deputado estadual, o nosso personagem corre o risco de eleger um representante do PCdoB por causa da coligação de seu partido e da regra eleitoral.


Ao mesmo tempo, o paraense que é comunista convicto, leal ao PCdoB, vai ter de votar em um integrante do DEM para vice-governador. Vai também eleger para o governo o filho de Jader Barbalho, o maior símbolo da corrupção no Pará e um antigo inimigo da esquerda. O mesmo voto será dado pelo petista que quiser cumprir a orientação de seu partido. A falta de coerência dos partidos brasileiros não é novidade; mas há lugares em que a total falta de lógicas das alianças se torna mais evidente. O Pará é um dos melhores exemplos disso.

O PSDB governou o estado em doze dos últimos dezesseis anos, com a exceção do período entre 2006 e 2010. A petista Ana Júlia Carepa obteve uma vitória histórica, mas fez um governo campeão em reprovação e perdeu a disputa pela reeleição em 2010. Simão Jatene (PSDB) assumiu o posto.

Leia também: De pai para filho


O fracasso de Ana Júlia, que hoje disputa uma modesta vaga na Câmara Federal, enfraqueceu o grupo petista no Estado e o tornou mais dependende de Jader Barbalho, um antigo adversário do PT. A estratégia petista para derrotar os tucanos não passa da velha tática de que o inimigo do meu inimigo é meu amigo.
Uma coligação com tão pouca coerência ainda teria espaço para o DEM. O multiprocessado deputado Lira Maia, que comanda o partido no Estado, tentou até a última hora se transformar no vice de Simão Jatene. Como não conseguiu – a vaga ficou com o PSC –, optou pelo apoio ao PMDB. E foi só. Nada da discussão programática, de debate ideológico: a aliança se formou por causa da ocupação de espaços políticos.Por isso, o Pará se transformou em um dos poucos lugares em que Lula já dividiu o palanque com um integrante do DEM, partido que ele pretendia "extirpar" da política.

Aos 35 anos, alto e carismático, Helder apresenta uma imagem oposta à do adversário, 30 anos mais velho. É na mensagem de renovação que o grupo político do peemedebista aposta para voltar a comandar o Estado. Jader pouco comparece aos palanques do filho, que foi prefeito de Ananindeua, a segunda maior cidade do Pará. Para o comício ao lado de Dilma e Lula, na última quarta-feira, ele abriu uma exceção. Já reconciliado com o PT, ele se sentiu à vontade para comparecer. Mas não arriscou um discurso.

A gestão de Jatene não cumpriu todas as promessas: a violência no Estado, que tem uma taxa de homicídios três vezes e meia a de São Paulo, continua elevada. O transporte público segue ruim. A aprovação do governo é baixa.Também por isso, a possibilidade de retorno dos Barbalhos ao comando do Pará virou arma eleitoral. "Essa ideia de mudança pode não ser aquilo que a gente imagina. Pode ser uma armadilha", diz Jatene em uma propaganda divulgada nos últimos dias na TV paraense.

Enquanto isso, o adversário continua apostando na popularidade de Lula: em um depoimento exibido na campanha de Helder Barbalho, o ex-presidente pede o voto no candidato porque "O Pará merece o que tem de melhor". Dessa afirmação ninguém duvida. O difícil, para o eleitor, vai ser descobrir como expressar isso nas urnas.

O PT sob chantagem

Para evitar que o partido e suas principais lideranças sejam arrastados ao epicentro do escândalo da Petrobras às vésperas da eleição, a legenda comprou o silêncio de um grupo de criminosos — e pagou em dólar

Robson Bonin
O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula
 
O PODER E O CRIME - Enivaldo Quadrado (à direita), o chantagista, é pago pelo PT para manter em segredo o golpe que resultou no desvio de 6 milhões de reais da Petrobras, em outro caso de chantagem que envolve o ministro Gilberto Carvalho, o mensaleiro José Dirceu e o ex-presidente Lula (Montagem com fotos de Ailton de Freitas-Ag. O Globo/Joel Rodrigues-Folhapress/Rodolfo Buhrer-Estadão Conteúdo/Jeferson Coppola/VEJA) 
 
Desde que estourou o escândalo da Petrobras, o PT é vítima de uma chantagem. De posse de um documento e informações que comprovam a participação dos principais líderes petistas num desfalque milionário nos cofres da estatal, chantagistas procuraram a direção do PT e ameaçaram contar o que sabiam sobre o golpe caso não fossem devidamente remunerados. Às vésperas da corrida presidencial, essas revelações levariam nomes importantes do partido para o epicentro do escândalo, entre eles o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho, um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff, e ressuscitariam velhos fantasmas do mensalão. No cenário menos otimista, os segredos dos criminosos, se revelados, prenunciariam uma tragédia eleitoral. Tudo o que o PT quer evitar. Dirigentes do partido avaliaram os riscos e decidiram que o melhor era ceder aos chantagistas — e assim foi feito, com uma pilha de dólares.

O PT conhece como poucos o que o dinheiro sujo é capaz de comprar. Com ele, subornou parlamentares no primeiro mandato de Lula e, quando descoberto o mensalão, tentou comprar o silêncio do operador do esquema, Marcos Valério. Ao pressentir a sua condenação à prisão, o próprio Valério deu mais detalhes dessa relação de fidelidade entre o partido e os recursos surrupiados dos contribuintes. Em depoimento ao Ministério Público, ele afirmou que o PT usou a Petrobras para levantar 6 milhões de reais e pagar um empresário que ameaçava envolver Lula, Gilberto Carvalho e o mensaleiro preso José Dirceu na teia criminosa que resultou no assassinato, em 2001, do petista Celso Daniel, então prefeito de Santo André. A denúncia de Valério não prosperou. Faltavam provas a ela. Não faltam mais. Os dólares serviram para silenciar o chantagista Enivaldo Quadrado, ele próprio participante da engenharia financeira do golpe contra os cofres da maior estatal brasileira — e agora o personagem principal de mais uma trama que envolve poder e dinheiro.

Quadrado deu um ultimato ao tesoureiro do PT, João Vacari Neto: ou era devidamente remunerado ou daria à polícia os detalhes de documento apreendido no escritório do doleiro Alberto Youssef. O documento era um contrato de empréstimo entre a 2 S Participações, de Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto. O valor desse contrato é de 6 milhões de reais, exatamente a quantia que Valério dissera ao MP que o PT levantara na Petrobras para abafar o escândalo em Santo André. É esse o contrato que prova a denúncia de Valério. É esse o contrato que, em posse de Quadrado, permitia ao chantagista deitar e rolar sobre os petistas.

Marina diz que Dilma nomeará mais diretores para roubar Petrobras

No Piauí, candidata do PSB faz discurso com críticas duras ao PT e compara presidente a Collor

Felipe Frazão, de Teresina (PI)
A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva acompanhada de seu vice, Beto Albuquerque durante campanha na cidade de Sobral (CE) - 13/09/2014
A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva acompanhada de seu vice, Beto 
Albuquerque durante campanha na cidade de Sobral (CE) - 13/09/2014 (Wellington Macedo/Futura Press)
 
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, usou o combate à corrupção como mote de um comício crítico à presidente-candidata Dilma Rousseff e ao PT na noite deste sábado, em Teresina (PI). Marina reclamou das “calúnias, mentiras e boatos” disparados pelos adversários e afirmou que eles estão apavorados e desesperados, “tremendo que só vara verde”. A presidenciável do PSB concentrou ataques nominais a Dilma e aliados do PMDB, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o senador e ex-presidente José Sarney. Ela afirmou que, se reeleita, Dilma continuará a nomear diretores da Petrobras a partir de indicações políticas, como fez com o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa, delator de um escândalo de corrupção na petrolífera.

Leia mais:
Em VEJA desta semana: PT pagou para poupar Lula de ser arrastado ao caso Petrobras
Marina: 'Estão disseminando a cultura do ódio'


“Esse é o vento da mudança, daqueles que querem votar em quem apresenta um plano de governo. A Dilma não apresentou. O Aécio [Neves, candidato à Presidência pelo PSDB] não apresentou. E a Dilma ainda disse que não vai apresentar, que vai fazer a mesma coisa que está fazendo, ou seja, vai continuar escolhendo os diretores da Petrobras com os critérios de acabar com a Petrobras pelo roubo, pelo dolo”, disse. “Vamos compor a diretoria da Petrobras com comitê de busca e funcionários de carreira e não com indicados do Renan Calheiros. Vamos fazer com que o serviço público tenha ministros que entendam o que estão fazendo nos ministérios. Hoje nós temos um ministro [Edson Lobão] que não é o ministro de Minas e Energia. É o ministro do ex-presidente José Sarney.”

Em entrevista após o comício, Marina disse que o “país precisa ser passado a limpo” e cobrou a investigação das denúncias na Petrobras. Ela afirmou que Dilma e Aécio tentam vencer as eleições com um “cheque em branco”, já que não apresentaram um programa de governo. “O PSDB já teve a chance dele com oito anos. O PT, uma chance de 12 anos. Agora é preciso dar uma chance não para a Marina o Beto e o PSB, mas para o Brasil sair do buraco. Essa é a nova política”, disse Marina. “A corrução precisa ser combatida de forma institucional. O problema é que os dois partidos que estão há vintes anos no poder usam a corrupção inclusive para se promover politicamente.”

A candidata também comparou Dilma ao ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTB), alvo de impeachment no Congresso, e disse que a corrupção precisa ser enfrentada pela sociedade a exemplo da escravidão. “A corrupção não é um problema só do governo, mas de todos nós. Enquanto for um problema apenas da Dilma, do Sarney ou do Collor, não será combatida. Ela só será combatida quando se transformar num problema de todos os brasileiros. Quando a escravidão virou um problema de todos os brasileiros nós acabamos com a escravidão, assim será com a corrupção.”

Marina rebateu o “discurso terrorista” do PT no Nordeste e afirmou que vai manter e ampliar o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Pronatec, Fies e Mais Médicos: “Numa democracia o que a gente conquista é direito e não favor. O PT que pregou a vida toda que direitos não podem ser vistos como favores, agora quer que o povo tire o chapéu e faça continência.”

“Nós já tivemos um presidente [Collor] que se elegeu usando mentiras contra o Lula. Fico triste de estarem usando os mesmos argumentos preconceituosos contra mim. Mas o povo já aprendeu que a esperança vai vencer o medo”, disse Marina. “Eu não acredito que a presidente Dilma faça o que está fazendo comigo sem sentir dor da consciência. É porque os marqueteiros dela ficam dizendo para ela me desconstruir e me destruir. Enquanto ela tem 11 minutos [na TV] eu tenho apenas 2 minutos. Quanto nós tivermos de igual para igual vai ser muito difícil para eles.”

No último ato de campanha depois de um tour por Ceará e Paraíba, Marina discursou para um público relativamente pequeno, formado por militantes e cabos eleitorais do PSB, da Rede Sustentabilidade de partidos aliados. Marina chegou ao centro de eventos na capital do Piauí mais de quatro horas depois do horário previsto. Por causa do atraso, dezenas de ônibus abandonaram o local antes de a candidata chegar. No Estado, a presidente Dilma tem 61% das intenções de voto, ante 29% de Marina, segundo a última pesquisa Ibope.

Ao lado do ex-governador Wilson Martins (PSB), agora candidato ao Senado, e do ex-senador Heráclito Fortes (PSB), egresso do DEM, Marina pediu apoio para candidatos ao Legislativo de sua coligação, defendeu mandato de apenas quatro anos e disse que a “reeleição virou uma desgraça”. Ela não citou Fortes, que acompanhou o discurso no palanque. Marina também disse que “seu candidato” ao governo do Piauí é o atual governador, Zé Filho (PMDB). “Na nova política, a gente não começa o novo do novo. Tudo o que começa, começa a partir de alguma coisa que é preservada”, disse a presidenciável. “Vamos aposentar a Velha República e chamar a Nova República à responsabilidade.”

O PT passa o trator. E Marina resiste

Apavorados diante da perspectiva de deixar o poder, petistas adotam a tática de atacar Marina Silva a qualquer custo. O resultado é uma campanha como nunca antes se viu neste país

Daniel Pereira e Mariana Barros
Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB)
Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) (Ivan Pacheco e Felipe Cotrim/VEJA.com/VEJA.com) 
 
A decisão do PT de passar o trator em Marina Silva foi tomada no dia 1º de setembro em um jantar no hotel Unique, em São Paulo, logo depois do segundo debate entre os candidatos à Presidência, no SBT. Estavam à mesa a presidente e candidata do partido, Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, o marqueteiro João Santana, o ex-­ministro Franklin Martins, o ministro Aloizio Mercadante e o presidente do PT, Rui Falcão. Juntos, chegaram à constatação de que o fenômeno Marina era bem mais sustentável do que parecia a princípio.

Se nada fosse feito, concluíram, Marina Silva estaria sentada na cadeira de presidente da República pelos próximos quatro anos. “As pesquisas mostravam isso”, disse a VEJA um ministro do governo. “Não tínhamos alternativa a não ser partir para cima com tudo.” Àquela altura, a candidata do PSB aparecia empatada com Dilma no primeiro turno e 10 pontos à frente no segundo. Lula resumiu o clima reinante e deu a ordem de marcha: “Precisamos reagir e reorganizar a tropa”.

Como sempre nesses casos, com uma equipe azeitada, acostumada a trabalhar em conjunto há muitas campanhas e conhecedora dos limites éticos, ou da falta deles, não foi preciso ser muito explícito sobre o que precisava ser feito. O próprio diagnóstico do problema embutia sua solução. Marina tinha virado uma entidade sagrada, uma combinação de espírito da floresta com o espírito do capitalismo, metade Chico Mendes, metade Steve Jobs. Decidiu-se que o processo de destruição da candidatura Marina seria eufemisticamente chamado de “dessacralização”.

Logo a máquina de propaganda petista, comandada pelo veterano e medalhado publicitário João Santana, mostrou a que viera. Em menos de uma semana o resultado começou a aparecer no programa eleitoral de Dilma e nas inserções de televisão e rádio. Nunca se viu na história eleitoral deste país uma combinação tão violenta de mentiras, falsificações, manipulações, exageros e falsas acusações como a despejada pelo PT sobre Marina.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Secretário de Tabuleiro do Norte é morto com 22 tiros



A Polícia Civil investiga o assassinato do secretário de desenvolvimento econômico da cidade de Tabuleiro do Norte, João Moreira da Silva, na noite de quinta-feira (11/09). De acordo com informações do Destacamento da Polícia Militar do município, João, foi atingido por 22 tiros.

O crime ocorreu quando o secretário, conhecido como “Neto Trajano”, de 42 anos, visitava a mãe na casa dela no centro da cidade, por volta das 20h. A polícia apreendeu a arma, uma pistola ponto 40 encontrada no local do crime.

Buscas estão sendo realizadas desde a noite de quinta-feira para tentar localizar os suspeitos. A polícia tenta ainda descobrir as motivações da morte de “Neto Trajano”, secretário de desenvolvimento econômico de Tabuleiro do Norte.

PMs acusados de espancar e matar pedreiro são expulsos da corporação

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) decidiu expulsar da Polícia Militar os três soldados acusados do espancamento e morte do pedreiro Francisco Ricardo Costa de Souza. O caso aconteceu a seis meses, dia 13 de fevereiro deste ano, no bairro Maraponga.

A expulsão dos PMs Washington Martins da Silva, Dennis Bezerra Guilherme e José Milton Alves Maciel Júnior, que integravam o Ronda do Quarteirão, foi publicada na edição de ontem (11/09), do Diário Oficial do Estado e validou a decisão da CGD.

A investigação da Controladoria tinha começado em 7 de março. Ricardo tinha 41 anos, era divorciado e pai de cinco filhos. Ao ser preso, confundido com um assaltante, foi espancado pelos PMs, conforme foi apurado. Ele não tinha antecedentes criminais.

Embora o sistema de monitoramento tenha apontado todo o trajeto da viatura, os soldados sempre negaram o crime. À CGD, alegaram em defesa que o rastreamento seria impreciso e que teriam passado antes naquela rua.

Os PMs Washington, Maciel e Guilherme estão presos desde o dia seguinte à morte, no xadrez do 5º Batalhão da Polícia Militar, no Centro. Podem recorrer da decisão da expulsão junto à própria CGD, mas ainda serão julgados pela Justiça Comum. O processo tramita na 1ª Vara do Júri.


BANCO CENTRAL INDEPENDENTE??? VEJAM O QUE DEFENFIA DILMA EM 2010

MARINA SILVA VISITA SOBRAL NESTE SÁBADO

EUNÍCIO PROPÕE PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO PARA OS BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA

O senador Eunício Oliveira (PMDB), candidato da coligação “Ceará de Todos” ao Governo do Estado, anunciou que, caso eleito, criará o cartão “Vida Melhor” para reforçar o orçamento de fim de ano dos beneficiários do programa Bolsa Família.
R$ 77
Segundo Eunício, o “Vida Melhor” concederá o equivalente a um benefício básico, no valor de R$ 77, a cada uma das 1,1 milhão de famílias cearenses cadastradas no Bolsa Família. O valor do benefício básico é fixado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
13º salário
Eunício adiantou que os recursos para do cartão “Vida Melhor” serão oriundos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), criado na administração do ex-governador Lúcio Alcântara (PR) e hoje colaborar da Coligação.  “O Vida Melhor vai se somar ao Bolsa Família, esse importante mecanismo de distribuição de renda que retirou 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza nos últimos dez anos. É um reforço, uma espécie de 13º salário para esse nosso povo sacrificado”, explicou o candidato.
Passe
Eunício também anunciou o compromisso de implementar, caso eleito, o “Passe Educação”, medida que garantirá a estudantes e professores do ensino médio da rede estadual transporte público de ida e volta à escola. Segundo o candidato, estudos técnicos já foram feitos e apontam que o projeto custará R$ 57 milhões. “Para a escola ser mais atraente e a gente salvar os jovens da criminalidade e da morte.” As informações do candidato foram prestadas em entrevista à Rádio Assunção (620 AM).
(Da assessoria)

GAROTINHA DE 06 ANOS MORRE ATINGIDA COM TIRO NA CABEÇA


A estudante da Creche CEI – Centro de Educacional Infantil, Professora Maria Gomes, bairro Bezerra e Sousa, Yasmin Alves da Silva, 6 anos, foi vítima de um balaço na boca “possivelmente acidental”, com um tiro de arma de fogo, tipo pistola, calibre 380.O fato aconteceu por volta das 22 horas, desta quinta-feira, 11, na Rua B, Bairro Bezerra e Sousa.
Yasmin era filha de Antonio Benvindo da Silva e Géssica Alves Barbosa (mãe já falecida). A garotinha morava com os tios, Érica Alves Barbosa e Riuley Martins Mota (esposo).

A polícia apurou, a princípio, que a criança estava no quarto da residência quando foi atingida. Até o momento não se sabe com quem a arma estava, se era com a própria menina ou com o homem, ou seja, como foi e quem disparou a arma? .A arma não foi localizada e o homem identificado como Riuley, casado com a tia da garota fugiu e continua foragido.

Após o fato, a pequena Yasmin ainda chegou a ser socorrida por populares para o Hospital Regional Dr. Alberto Feitosa Lima, mas não resistiu e veio a óbito. Segundo informações, a tia da criança também estava em casa na hora do incidente. 
O corpo da menina será levado no inicio da manhã desta sexta-feira (12) para o IML – Instituto Médico Legal de Canindé, através do carro da Funerária Renascença. Polícia Militar, Pro Cidadania e polícia civil estiveram no local. Agora o caso está na responsabilidade da 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Tauá que vai apurar o fato e saber o que realmente aconteceu no momento em que esta arma foi disparada.

Colaboração: Pro Cidadania.

Repórter:Flaviano Oliveira

Quase 143 milhões de brasileiros estão aptos a votar nestas eleições



O voto é obrigatório para os cidadãos brasileiros alfabetizados maiores de 18 e menores de 70 anos e facultativo para quem tem 16 e 17 anos, para os maiores de 70 anos e para as pessoas analfabetas.

Atualmente existe, no Brasil, um total de 142.822.046 eleitores. Desse total, 480.044 têm 16 anos, 1.158.707 estão com 17 anos, 7.020.649 têm de 70 a 79 anos e 3.804.161 estão acima dos 79 anos. Os analfabetos são 7.389.545 milhões. Com isso, o número de eleitores cujos votos são facultativos chega a 19.853.106.

Os eleitores que são obrigados a votar e não comparecerem às urnas por três eleições consecutivas (cada turno é considerado uma eleição) podem ter o título cancelado. Sem o documento, o eleitor fica impedido, por exemplo, de contrair empréstimos em instituições financeiras governamentais, tirar passaporte e tomar posse em cargo público, caso seja aprovado em concurso.

TV e site são usados pelo PSB para rebater críticas

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva (PSB), usou a internet e o horário eleitoral na TV ontem para se defender dos ataques que vêm sofrendo dos adversários, principalmente da presidente Dilma Rousseff (PT). 
Na internet, a campanha criou um canal batizado de “Boatos X Verdade”. Entre os nove temas selecionados estão as duas polêmicas mais recentes, que afirmam que, num eventual governo de Marina, a exploração do pré-sal seria relegada a um segundo plano e insinuam que a proposta dela de independência do Banco Central iria impedir os avanços sociais.

As duas acusações partiram da campanha de Dilma. Esta semana, o PT começou a veicular na televisão comerciais sobre esses assuntos. Na avaliação do comando da campanha petista, a repercussão do material tem sido positiva e a estratégia de desconstruir a imagem e o discurso da candidata do PSB deve ser mantida. 

A sessão criada dentro do site oficial de Marina rebate essas e outras acusações e convoca os internautas a ajudar a campanha reproduzindo uma frase dita pela candidata: “Eu quero uma doação: contra a mentira e a agressão, dedique uma hora, meia hora, 20 minutos nas redes sociais para combater as calúnias”.

Além do site, Marina também explorou esses assuntos no horário eleitoral de ontem. Na TV, ela explicou o que é a autonomia do Banco Central e prometeu usar os recursos da exploração do pré-sal para investir em saúde e educação. 

“A autonomia do Banco Central será para nomear técnicos competentes que irão trabalhar sem a interferência de políticos preocupados com a próxima eleição”, afirmou a candidata. A campanha do PSB simulou um “povo fala” para rebater as críticas em relação à política de exploração de combustíveis fósseis. “Os recursos do pré-sal são para saúde de educação. Não vamos permitir o desvio para a corrupção”, reiterou Marina.

O canal virtual registra ainda que, se eleita, Marina não vai acabar com programas do governo federal como o Bolsa Família e o Minha Casa e Minha Vida. Também afirma que, apesar de ser evangélica, a candidata não costuma misturar política e religião, e que defende o Estado laico.

A polêmica das alterações feitas no programa de governo logo após o lançamento também são registradas. “A mudança no programa se deu por um erro processual”, diz o site. O material produzido afirma ainda que Marina considera homofobia um crime, apesar de esse ter sido um dos trechos retirados do documento. 

Por fim, diz que Marina vai governar com o “povo brasileiro” e não com o Banco Itaú, já que uma das coordenadoras do programa de governo, Neca Setubal, pertence à família que é proprietária da instituição.

(Colaboraram Flavia Guerra, Elizabeth Lopes e Ana Fernandes) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.