Mulher é acusada de
aplicar golpe em várias pessoas de Crateús, Ipaporanga, Ararendá e Poranga
Uma
mulher identificada como Lucy está sendo acusada de aplicar um golpe em várias
famílias, causando um grande prejuízo às vítimas. Lucy, fingiu ser vendedora para
enganar pessoas de diversos lugares, incluindo Ipaporanga, Ararendá, Poranga,
Crateús, entre outros.
No
dia 30 de abril de 2024, dezenas de vítimas denunciaram o crime cometido pela
mulher. Segundo elas, Lucy passou a morar na cidade de Ipaporanga, onde
rapidamente se tornou conhecida.
Ela
se apresentava como uma vendedora bastante persuasiva, oferecendo uma variedade
de mercadorias, incluindo roupas, celulares, joias, ouro, móveis, entre outros
produtos.
Os
produtos oferecidos por Lucy eram de marcas conhecidas e seus preços eram
significativamente abaixo do mercado, chamando ainda mais a atenção dos
clientes.
As
vítimas relataram que Lucy criou um grupo de vendas no WhatsApp para propagar
seus produtos, além de procurar revendedoras para ajudá-la nas vendas.
Lucy
negociava os produtos, mas exigia parte do pagamento de forma antecipada,
prometendo entregar as vendas dentro de um prazo determinado, o que nunca
aconteceu.
As
vítimas começaram a desconfiar devido à demora na entrega, principalmente
quando Lucy começou a postar fotos dos produtos no grupo do WhatsApp. As
vítimas descobriram que essas fotos eram simplesmente imagens extraídas do
Google.
Ainda
no dia 30 de abril, as vítimas tentaram entrar em contato com Lucy, mas ela já
não estava mais na cidade de Ipaporanga. Ela teria fugido, alegando estar
doente, e desde então parou de atender ligações e mensagens via WhatsApp
enviadas pelas vítimas.
As
vítimas relataram que estão se reunindo para comparecer à Delegacia de Polícia
Civil de Crateús, onde formalizarão a denúncia através de boletins de
ocorrência.
Nesta
quarta-feira, 1° de maio de 2024, Dr. Filipe Freitas, Delegado Regional da
Polícia Civil do município de Crateús, afirmou que aguardará a presença das
vítimas na delegacia para que o caso seja registrado e as providências cabíveis
sejam tomadas.
Comerciante
é amarrado e assaltado após ter casa invadida durante a madrugada em Varjota
O
comerciante Sebastião Eufrazino Melo Júnior, de 57 anos, foi vítima de um
assalto em sua residência, localizada na Rua Clovis Ximenes, Centro de Varjota,
por volta das 4h da manhã desta quarta-feira (01/05/2024).
Segundo
relatos da vítima, por volta das 3h da madrugada, quatro indivíduos não
identificados invadiram sua casa em busca de dinheiro e objetos de valor.
Os
criminosos ameaçaram o comerciante, o amarraram e reviraram toda a casa em
busca dos pertences. Durante cerca de uma hora, os assaltantes vasculharam o
local, levando dinheiro, documentos pessoais, uma geladeira portátil, uma mesa,
joias, perfumes, uma televisão e o veículo do comerciante, uma Saveiro
vermelha, ano 2010, cabine estendida.
O
comerciante não conseguiu identificar a placa do veículo levado, pois os
criminosos também levaram o documento do automóvel. A Polícia Militar foi
acionada por volta das 4h, após receber informações sobre o assalto via celular
da viatura.
Uma
equipe se deslocou imediatamente até o local e constatou a veracidade dos
fatos. O comerciante Sebastião Eufrazino Melo Júnior registrou um boletim de
ocorrência na delegacia local, e a polícia está investigando o caso para
identificar e capturar os criminosos.
Creche
é arrombada e furtada na zona rural de Nova Russas
Nesta
quarta-feira, 01/05/2024, por volta das 16h45min, a polícia de Nova Russas foi
acionada para averiguar um arrombamento seguido de furto ocorrido na creche
"Centro de Educação Infantil Criança Feliz", localizada em
Residência, zona rural de Nova Russas.
A
diretora Márcia Maria Linhares do Vale, 40
anos, residente em Residência, relatou que ao passar em frente à
instituição, percebeu o portão arrebentado. Ao verificar o local, constatou o
furto de vários itens da merenda escolar.
Segundo
a diretora, os criminosos adentraram na unidade de educação e levaram diversos
itens da merenda destinada às crianças. Até o momento, não há informações sobre
os suspeitos. A diretora foi orientada a registrar um Boletim de Ocorrência.
Diligências
foram realizadas pela polícia, porém, sem êxito na localização dos responsáveis
pelo crime.
Passageiro é socorrido
pelo SAMU após surto e confusão em viagem de ônibus
Agentes de
Cidadania e socorristas do SAMU foram chamados para uma ocorrência na Vila
de Santa Teresa, na zona rural de Tauá, após um passageiro que estava em um
ônibus da Empresa Gontijo, que saiu da cidade de Crateús, ter sofrido um
surto psicótico e entrado em vias de fato com outro passageiro.
Francisco Jader Ribeiro, 31 anos, natural de
Meruoca-CE, havia ingerido bebida alcoólica e se desentendeu com
outro viajante deixando os demais passageiros apavorados. Ao perceber a
situação, o motorista parou o coletivo e acionou as autoridades.
Quando os
Agentes chegaram ao local, encontraram Jander bastante alterado e
enquanto eram realizados os procedimentos ele saiu correndo, pulou muros
de residências e acabou caindo se ferindo.
Os
agentes da Base Avançada da Santa Teresa com ajuda de populares
conseguiram contê-lo e Jader foi socorrido pelo SAMU para emergência do
Hospital Regional de Tauá Dr. Alberto Feitosa Lima.
Os familiares
do passageiro foram informados da situação e seus objetos
pertencentes foram deixados na recepção do Hospital.
Passageira é presa
transportando 25 kg de produto usado para produção de crack e cocaína
Uma passageira
de 23 anos foi presa após ser flagrada transportando 25 quilos de uma
substância química utilizada para aumentar o volume drogas como o crack e a
cocaína.
A apreensão
foi feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na noite da última terça-feira
(30) na BR-116 na cidade de Horizonte, na Região Metropolitana
de Fortaleza.
Conforme a
PRF, a mulher estava em um ônibus que vinha de Goiânia para a capital cearense.
Durante a fiscalização, os policiais encontraram nas duas malas da mulher 14
sacolas plásticas com o produto químico.
Esse agente
químico tem função antioxidante e é usado, por exemplo, em embalagens
plásticas, mas vem sendo utilizado pelas organizações criminosas para ampliar a
produção de drogas. Essa técnica é conhecida como "desdobramento".
À Polícia, a
mulher de 23 anos afirmou ter sido contactada por uma pessoa conhecida para que
transportar o produto de Brasília até Fortaleza.
Segundo a PRF,
a suspeita possui uma extensa ficha criminal, incluindo tráfico de drogas e associação
criminosa. Após a apreensão, ela mulher foi encaminhada para Superintendência
da Polícia Federal, em Fortaleza, onde foi presa em flagrante pelo crime de
tráfico.
Sequestros relâmpagos
crescem com Pix e Ceará registra 4 casos por dia
O
Ceará registrou uma média de quatro
casos de sequestro relâmpago por dia neste ano. Por
mês, são 114 ocorrências registradas pelas forças de segurança
do Estado. Os dados são da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de
Segurança Pública (Supesp), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
do Estado (SSPDS).
O
avanço da tecnologia mudou a forma como o dinheiro é usado e, consequentemente,
os criminosos buscaram adaptação para cometer os delitos patrimoniais. A
extorsão mediante restrição de liberdade, conhecida como sequestro relâmpago,
está no paragrafo 3 do artigo 158 do Código Penal Brasileiro (CPB), e é
caracterizada quando a vítima é constrangida mediante violência ou grave ameaça
com o objetivo de obter vantagem econômica.
Os
casos de extorsão mediante restrição de liberdade cresceram 75% em 2022, quando
chegaram a 1.371 registros. No ano passado, nova alta, com 9 casos a mais,
1.380 ao todo.
Já
os crimes de sequestro clássico (extorsão mediante sequestro), que são
conhecidos pelo uso de cativeiro e pedido de resgate, não são registrados há
pelo menos 15 meses no Estado. A mudança de estratégia dos grupos
criminosos é explicada pelo delegado Rommel Kerth, titular da Divisão
Antisequestro (DAS) como uma adaptação às novas tecnologias.
Segundo
ele, o sequestro clássico, em que se raptava uma pessoa de forma planejada
e a encaminhava para um cativeiro, onde ficava por dias, até que fosse pago um
resgate, tornou-se impraticável por requerer planejamento.
"A
Polícia Civil, no ano de 2023, praticamente zerou esse tipo de crime no estado
e a pena é grave. Não possibilita a liberdade provisória e é para 30 anos. O
próprio mundo do crime não pratica a extorsão mediante sequestro por ser um
crime especializado, exige uma logística grande e é um crime que não tem
retorno, o retorno é cadeia", relata.
Já
a modalidade do sequestro relâmpago é semelhante à extorsão mediante
restrição de liberdade da vítima. Com as mudanças relacionadas a transações
bancárias e a facilidade na criação de contas digitais, os caixas eletrônicos
foram esquecidos.
"Temos casos anotados em decorrência da
chegada do Pix. As vítimas eram levadas para caixas eletrônicos
e efetuavam saques. Hoje, as vítimas são pegas e rendidas dentro do próprio
veículo e são obrigadas a fornecer senhas. As quantias são transferidas para
contas fantasmas e contas fraudulentas de bancos digitais",
ressalta.
Há queda
gradual nas prisões por sequestro clássico. Em 2023, duas pessoas foram presas
pelo crime. Em 2022, eram cinco detidos. Em 2021, o número era
sete. De acordo com a SSPDS, o registro mais recente de extorsão
mediante sequestro foi em janeiro do ano passado.
Os
341 casos entre janeiro e
março deste ano, perfazem quatro crimes de extorsão
mediante restrição de liberdade por dia no Ceará. Apesar do registro, a SSPDS
pontua que houve redução de 7,8% em relação ao mesmo período de 2023.
O
titular da DAS, Rommel Kerth, ressalta que as contas digitais
falsas facilitam a modalidade de crime. "Quando a Polícia chega
até as pessoas (titulares da conta), elas se admiram. São pessoas humildes que
tem contas bancárias movimentadas com valores expressivos e que sequer possuem
conhecimento disso", ressalta.
O
perfil do criminoso que pratica o sequestro também se modifica a partir das
modalidades. No sequestro clássico as ações eram minunciosamente planejadas. Já
o perfil dos sequestradores mediante extorsão é
de "assaltantes".
Conforme
o Código Penal Brasileiro, a pena para extorsão mediante sequestro é
de reclusão de 8 a 15 anos, com agravantes se a privação da liberdade da
vítima ultrapassar 24 horas, se o sequestrado for menor de idade, se o crime
for cometido em grupo ou em caso de lesão corporal grave ou morte da vítima.
Já
a extorsão mediante restrição de liberdade é um agravante da extorsão propriamente
dita. A pena é de 6 a 12 anos de prisão, também com aumento de penas em caso de
lesão corporal grave ou morte.
Casos
têm em comum as transações bancárias por celular
Em janeiro deste ano um taxista foi sequestrado por um homem
que fingiu ser um passageiro. José Eron Batista Rabelo, de 66 anos, foi
encontrado morto na estrada de Batoque, em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza, dentro do
próprio veículo. O caso ocorreu no dia 9 de janeiro.
Romário
Pereira da Silva, de 33 anos, foi preso em flagrante suspeito do crime. A
investigação apontava que o homem teria extorquido familiares do taxista
enviando fotografias da vítima lesionada enquanto exigia dinheiro. Romário
teria recebido R$ 1.000.
A
Polícia Civil identificou que o pagamento do "resgate" foi efetuado
por familiares por meio de um Pix. A
destinatária seria ex-companheira de Romário, que disse que ele havia
solicitado a chave para enviar valores para os filhos.
A
ex-companheira teria considerado a atitude estranha e desconfiou que o
dinheiro seria produto de ação ilícita, transferindo os valores para o acusado.
A Polícia Civil encontrou Romário em outro táxi, no Centro de Fortaleza. Eron
foi morto mesmo com o pagamento.
Já
neste mês, três pessoas que ocupavam um automóvel foram sequestradas por uma dupla de criminosos no bairro Luciano
Cavalcante,
em Fortaleza. As vítimas foram mantidas sob o poder dos sequestradores por
quatro horas, enquanto eles exigiam movimentações bancárias via Pix.
Os
casos com uso de Pix remontam ainda a outros anos. Em 2022, quadrilha especializada em extorsão mediante
sequestro
foi desarticulada pela Divisão Antisequestro.
O
grupo foi investigado durante seis meses e as investigações apontaram que as
pessoas eram abordadas quando estavam entrando ou saindo dos veículos. Os
resgates eram pagos via Pix. As vítimas eram levadas para um cativeiro,
onde eram submetidas a torturas e até estupro.
No
ano passado, empresário teve a casa invadida em Fortaleza e foi levado por
criminosos,
sendo obrigado a fazer um Pix de R$ 57 mil.
O
delegado Rommel Kerth aponta que as questões das transações bancárias por Pix
estão presentes na maioria dos crimes de extorsão mediante restrição de
liberdade. Mas não só neles. A facilidade tecnológica também é usada em golpes
e casos de estelionato.
Extorsão
mediantes restrição de liberdade no Ceará
2021
- 779
2022
- 1.371
2023
- 1.380
2024
- 341 (até o fim de março)
Fonte: Superintendência
de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), da Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS)
O
que fazer para se proteger
-
Reduzir limites para fazer transferências via Pix, principalmente à noite;
-
Em casos de pessoas que precisam fazer transferências de altos valores, o ideal
é usar um aparelho específico e deixá-lo em local fixo, como um
escritório;
-
Evitar transitar com aparelhos de alto valor agregado.
PCC tinha planos para
explodir prédio do senador Sergio Moro
O promotor de
Justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya, afirmou que o Primeiro Comando da Capital
(PCC) tinha planos para explodir o predio em que o senador Sergio Moro (União)
mora, em Curitiba, no Paraná. A revelação foi feita durante a participação de
Gakiya no podcast Fala Glauber.
A facção
criminosa usaria dinamite para provocar a explosão. Por meio de mecanismos de
inteligência, os detonadores foram encontrados em um barril enterrado em uma
chácara alugada pelos próprios criminosos. Além de Moro, o próprio promotor
estava na mira da facção, que planejava assassinar diversas autoridades.
Os planos do
PCC foram descobertos durante a Operação Sequaz, que foi deflagrada em março de
2023. A chácara em questão também era usada como esconderijo para os
integrantes do grupo criminoso.
Ainda de
acordo com Gakiya, os bandidos chegaram a alugar uma sala ao lado do escritório
de Sergio Moro para terem informações sobre o trajeto do parlamentar.
Um dos
intuitos do PCC com o plano de matar Moro era ter um “cadáver de excelência”,
ou seja, ter como vítima uma famosa figura pública para intimidar os demais, e
ganhar destaque na imprensa mundial.