domingo, 14 de setembro de 2014

Nome de Cid Gomes é citado por delator da Petrobras.E agora Ciro?

Reportagem traz à tona outros nomes apontados por Paulo Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal.

A revista ISTOÉ desta semana trouxe à tona outros nomes, além dos já divulgados, citados por Paulo Roberto Costa em delação à Polícia Federal. Da lista, consta o nome do governador do Ceará, Cid Gomes, além do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dos senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles (PP-RJ).

Em depoimento à PF, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, considerado o maior arquivo vivo da República, entregou nomes de políticos e empresas que superfaturaram em 3% o valor dos contratos da Petrobras exatamente no período em que ele comandava o setor de distribuição, entre 2004 e 2012.

Na delação que fez à PF, Paulo Roberto Costa menciona que negociou com o governador do Ceará a instalação de uma minirrefinaria no Estado. O projeto seria apenas uma fachada para um esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas que nunca sairiam do papel. 

“Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos”, garantiu Cid, na tarde dessa sexta-feira (12), à revista.
 
Apesar de negar conhecer o ex-diretor, matéria do jornal O Estado de S.Paulo do dia 22 de março deste ano revelou que Paulo Roberto Costa assumiu que negociava com o governador do Ceará a construção de uma minirrefinaria no Estado. No dia seguinte, em 23 de março, a revista ISTOÉ também publicou reportagem na qual afirmou que a Refinaria Petróleo Cearense Ltda. estava sendo negociada com o governador Cid para ficar no Pecém . 

Leia a matéria da revista ISTOÉ desta semana aqui. ( http://www.istoe.com.br/reportagens/382243_NO+RASTRO+DO+DINHEIRO+DA+PROPINOBRAS?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

A LISTA 

Antes da revelação dos novos nomes, já era sabido que constavam da lista de Costa os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT, Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do PP, Romero Jucá, senador do PMDB, Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT, João Pizzolatti, deputado federal do PP, e Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, do PP, e até o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no mês passado.

Fonte: Site Ceara News7

"Se essa política econômica não parar agora, a coisa vai piorar", diz sócio da Empiricus



Imagem: Divulgação
Fazer previsões é o caminho mais curto para afundar uma reputação. Mas, desde julho, o economista Felipe Miranda aposta todas as suas fichas em um cenário sombrio para os próximos meses. Lançado em julho, seu polêmico relatório “O Fim do Brasil” recorre a uma variedade de dados de emprego, renda e nível de atividade econômica para cravar, sem meias palavras: mantidas as atuais condições, o Brasil mergulhará numa crise que só tem paralelo nos anos anteriores a 1994, quando o Plano Real foi lançado. “Falo de inflação alta, perda da metade do poder de compra do salário ao longo do mês, congelamento de preços, problemas de desabastecimento, falta de produtos nas prateleiras”, afirmou o sócio da Empiricus, a casa de análises independente, no documento.

A tese despertou a fúria da coordenação da campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição pelo PT. Sua equipe acusou Miranda de fazer propaganda para o candidato tucano Aécio Neves. O partido protocolou uma representação contra a Empiricus no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmando que as manifestações da instituição interferem na decisão de voto. A queixa foi rejeitada pela corte em meados de agosto. Considerado, por alguns, uma espécie de Nouriel Roubini (o economista americano que previu a crise de 2008) brasileiro, Miranda detalha seus argumentos nesta entrevista exclusiva à DINHEIRO:

O “fim do Brasil” aconteceu, quando o tripé macroeconômico foi abandonado?
Em relação à política econômica, sim. Mas estamos mais preocupados com o impacto disso. Ainda há tempo de, pelo menos, amenizar esses efeitos. A gente já sofre com algumas questões. O crescimento econômico do governo Dilma, se você considerar Collor e Itamar [os ex-presidentes Fernando Collor de Mello, 1990-1992, e Itamar Franco, 1992-1995] como um ciclo só, é o menor desde 1930. A inflação persiste em 6,5%. A política industrial é péssima. A confiança da indústria é a menor desde 2009. Ainda não deu tempo de atingir o emprego. Mas, se você pegar os últimos dados do Caged, a taxa de criação de vagas de junho é a pior desde 1998. Se não pararmos agora com essa política, a coisa vai piorar, porque a geração de emprego passará para o negativo e entraremos numa espiral muito mais perigosa. Começaremos a ter, de fato, retração na economia. Então, o empresário investirá ainda menos, cortará mais empregos e vai virar uma bola de neve.

Quem quer que vença a eleição presidencial vai enfrentar esse mesmo cenário?
Sim. A grande questão é como os candidatos reagem a isso. O que se percebe é um alinhamento muito forte, em termos de gestão econômica, entre o PSDB e o PSB. É o discurso do fim da atual política econômica e a retomada do tripé. No governo Dilma, há uma grande dúvida em relação a um eventual segundo mandato. Ela reconhecerá que errou e voltará atrás? Ou vai dobrar a aposta? O que me parece é que o governo dobrará a aposta, porque, do contrário, será um estelionato eleitoral. Se o governo não dobrar a aposta, é porque mentiram sistematicamente, dizendo que estava tudo bem e que não tinham culpa dos problemas. Precisamos ver o que é pior: termos governantes mentirosos que voltarão à gestão mais ortodoxa; ou se eles vão insistir na nova matriz econômica.

Com base no seu relatório, é possível dizer que os remédios para corrigir isso podem piorar a situação, antes de melhorar?
Talvez. Se você não fizer o ajuste no curto prazo, você vai ter um custo muito maior lá na frente, porque a inflação vai explodir. Eu acredito que a Dilma vai dobrar a aposta. Aí, será o fim do Brasil, em termos econômicos. Enfrentaremos uma crise no primeiro semestre do ano que vem, sem sombra de dúvida. Há três coisas para serem enfrentadas. A primeira é o represamento de preços. Teremos, de largada, dois pontos a mais na inflação. A segunda é o processo de alta da taxa de juros nos Estados Unidos. O déficit em transações correntes é maior que o investimento estrangeiro direto. A gente depende de movimentações de curto prazo para fechar as contas, mas, quando o Fed [o Banco Central dos EUA] subir a taxa de juros, vai todo mundo embora. A terceira é que o governo, claramente, reforçou o discurso do “nós contra eles”, contra o mercado de capitais. E como você resgata a confiança do mercado em caso de vitória, se você está dizendo claramente que somos “nós contra eles?” Isso não funciona.

Mas se insistir nesse caminho, o que acontece?
Se a gente fingir que está tudo bem e avançar com essa política econômica, os problemas vão se intensificar e com um catalisador externo, que é o Fed. Precisamos de um ajuste de curto prazo que vai frear um pouco a economia, porque hoje é o governo que empurra o consumo agregado. Ao tirar esse componente da conta, devido à gestão fiscal, sofreremos no curto prazo. Mas, por outro lado, quando você faz isso, o juro de longo prazo cai dramaticamente. Você reafirma o tripé de forma cristalina, assegura autonomia de fato ao Banco Central, e começa a mostrar um ajuste fiscal crível, mesmo que demore. O mercado deseja uma rota crível e transparente. É preciso eliminar também a contabilidade criativa. Assim, você resgata a confiança do empresariado, que volta a investir. Então, mesmo que você tenha um efeito ruim no curto prazo, o crescimento volta.

Quer dizer: ou tomamos um remédio amargo ou...
... ou sofreremos com uma grande doença. Exatamente. E é um remédio que nem é tão amargo assim. Não acho que vai ser: “nossa, meu Deus, o PIB vai cair 2%”. Vai ser um ou dois trimestres, talvez, de retração do PIB, mas modesta, e depois volta. Acho que a gente termina 2015 já com forte expansão, se houver uma mensagem clara. O terceiro trimestre de 2015 pode vir com um sinal de retomada, e o quarto trimestre já crescendo, anualizado, entre 3,5% e 4%, o que é muito bom.

Um membro do governo chegou a dizer que inflação é melhor que arrocho salarial...
É a mesma coisa conter o salário nominal, ou deixar a inflação galopar. Essa é uma pessoa que não entendeu nada. Isso é livro de introdução à economia. Eu acho que o principal problema desse governo é a incapacidade de fazer uma autocrítica, porque eles estão ensimesmados. O governo se fechou, sem aceitar crítica de ninguém.

E o modo como reagem às críticas...
Sim, aí, cai no problema da censura. Eu não acho que eles sejam desonestos. Eles realmente acreditam nisso. Quando critiquei a gestão econômica, em nenhum momento, eles me chamaram de burro, de despreparado. A acusação feita no TSE é que a gente estaria ligado ao Aécio. Em nenhum momento, eles consideraram a hipótese de que eu penso isso. Uma coisa que eu posso dizer é que não estou ligado ao Aécio. É uma crítica muita rasa. Eles não entenderam até hoje, ou fingem não entender, que o que o Santander fez é uma coisa trivial. Eles acham que há terrorismo eleitoral mesmo. Ou eles mentem, ou são completamente desconectados da realidade, em um nível assustador, porque não estamos discutindo nada sofisticado. É uma discussão que até minha mãe entende: a bolsa sobe, quando a Dilma cai.

Quando essas medidas foram tomadas em 2008 e 2009, por conta da crise, houve certo elogio da mídia e do mercado, por ser uma política anticíclica. Você acha que, naquele momento, era correto e o governo passou do ponto? Ou era ruim desde o começo?
Esse é um ponto muito interessante. Era um clamor da sociedade e de muitos empresários que o Estado impulsionasse o crescimento. O governo Dilma, nesse sentido, não estava agindo da cabeça dele. Havia demanda por uma política neokeynesiana que permitiu até que a gente transitasse pelo período da crise de modo positivo. Então, vamos fazer essa ressalva: reconheço que não foi uma postura única do governo. Ele ouviu setores da sociedade que pediam essa maior intervenção. Agora, eu acho que essa política foi completamente errada por duas razões. Primeiro, ela tinha obviamente prazo de validade. Depois, é preciso lembrar que Keynes [John Maynard Keynes, economista americano] fazia uma referência ao investimento como tendo efeitos multiplicadores na economia. Em momentos de desajustes da economia, em que a demanda agregada está desarrumada, o governo entra gastando no investimento, e não no consumo. O que aumentou no governo Dilma? O investimento público continua em 1,2% ou 1,3% do PIB, e o consumo do governo bateu 22% do PIB. É o nível mais alto de toda a série histórica. O que aumentou não foi o investimento; foi o consumo. Para mim, não tem keynesianismo nenhum aí. Por que o investimento é importante? Porque o investimento entra como demanda agregada, num primeiro momento, e depois aumenta a oferta agregada. Ele é o mecanismo adequado para promover o crescimento coordenado entre a oferta e a demanda. O consumo não. Você só aumenta a demanda agregada, e a oferta agregada está parada. Quando você aumenta a demanda e a oferta está parada, o que acontece? Tem dois efeitos: ou você tem inflação, ou você tem aumento de importação. Nós estamos tendo as duas coisas.

Mas a impressão é que o governo virou refém dessa política...
Sim, porque eles entraram numa espiral intervencionista. Você precisa acreditar no mecanismo de preços. Eles não acreditam nisso. Eles acham que o mercado funciona mal e ficam interferindo diretamente em vários setores. Qual é o problema disso? Quando você interfere em um setor para corrigir uma distorção, você cria outras. Além disso, eles não entendem que, ao proteger um setor, eles desprotegem outros. Não adianta achar que você interfere em um sistema, e o resto dele continua funcionando igual. Não acho que é uma política keynesiana. Não tem uma desculpa teórica. Tem uma questão ideológica de achar que o Estado é melhor que o mercado.

Fazer previsão é o jeito mais fácil de arriscar a reputação, e você está fazendo uma previsão muito categórica. Quão certo você está de que isso vai acontecer?
Entre os economistas e os analistas, a Empiricus é a que menos acredita em fazer previsões. Eu acho isso um grande charlatanismo. Nossos relatórios não têm preço alvo, por exemplo. Mas, se você vê uma nuvem negra se aproximando, você diz: “vai chover”. Eu estou vendo uma nuvem negra se aproximando. Estou dizendo: vai chover. Isso não é uma previsão. Isso é uma extrapolação do que já está aí. A não ser que a gente interrompa a atual política econômica, haverá uma crise financeira em 2015, certamente. Talvez haja, entre os economistas, uma crença da qual eu não compartilho de que, no segundo mandato, a Dilma abrandaria essa política. Mas por que eles vão abrandar, se, para eles, está dando certo? Só não está muito pessimista com a economia quem acha que eles vão abrandar. Então, a minha única divergência é que eu não acho que eles vão abrandar. Eu acho que eles vão recrudescer. Eles não entenderam que não se pode mexer no tripé macroeconômico. Inflação é ruim para pobre. Não é ruim para rico. O rico tem um estoque de riqueza no banco rendendo juros. O gasto mensal dele, que é o afetado pela inflação é menor que a riqueza dele. Quando você combate essa política econômica, você está lutando em favor do pobre, e não do rico.

Antes da crise de 2008, nos EUA, as pessoas resistiam a aceitar que uma crise poderia vir. Existe um bloqueio das pessoas em aceitar a realidade?
Um pouco. Sempre existe uma tendência das pessoas em acreditar que vai ficar tudo bem. Mas aqui é um pouco diferente do que aconteceu nos EUA. Não é uma bolha. É um processo de esfoliação, de corrosão. Vai indo aos poucos. O desemprego não vai saltar de 5% para 10%. Vai passar de 5% para 6%, para 7%, para 8%... lá fora, a bolha inchou e estourou. No empresariado, você já nota um desconforto. O Steinbruch [Benjamin Steinbruch, presidente da Fiesp e controlador da CSN] falou que só louco investe no Brasil. Esse cara é disposto a risco. Quando um cara tido como agressivo não mostra disposição a investir, imagina o que está acontecendo com os moderados. Então, é uma questão de quão ruins as coisas podem ficar. E esse quão ruim é que as pessoas estão demorando para entender. Ainda estamos com a variável emprego bem, mas a crise vai bater aí também.

Você é uma espécie de Nouriel Roubini brasileiro?
Dizem isso, mas ele é muito melhor que eu. Guardadas as devidas e enormes proporções, talvez. Não temos muito em comum. Acho que nunca li uma análise otimista do Roubini. Ele é sempre muito pessimista. Eu sou muito otimista com o Brasil. Acho que é um país formidável. Eu estou pessimista agora, por uma questão simples: eles estão desafiando o conhecimento em Economia com uma gestão heterodoxa. O Mantega [Guido Mantega, ministro da Fazenda] não é um grande economista. Não é uma questão ideológica ou de simpatia, mas é uma questão técnica. O Nelson Barbosa [ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda] é diferente. Ele é um grande economista. Você pode não concordar com tudo, mas ele é tecnicamente muito preparado. O Mantega não é. É um governo incompetente mesmo. É despreparado tecnicamente. E é só por isso que estou pessimista. É o que diz o Saramago: eu não sou pessimista, a realidade é que está péssima.

Você acha que as casas de análises ligadas a bancos se retraíram, depois do Santander?
Elas estão retraídas, mas isso não vem de hoje. Os bancos têm conflitos de interesses há muito tempo. Antes, eram mais tácitos. Agora, está explícito, porque o governo foi lá e pediu a cabeça da equipe do Santander, que nem sequer escreveu o relatório. Quem escreveu foi o Paulo Gala, que era o nosso sócio e com o qual perdemos contato. Se um banco emprestava dinheiro para uma empresa, não podia falar mal dela. Se vai fazer um IPO, aquela ação é a melhor do mundo, porque você precisa ganhar a comissão do IPO. Esse é um problema clássico dessa indústria, que só ficou mais claro, porque o governo entrou nessa história. Só piorou, porque antes era um problema privado. Agora, passou a ser um problema horizontal. Ninguém pode falar mal do governo em qualquer instância.

O que o livro que vocês vão lançar em setembro traz de novo?
Primeiro, tem o compromisso ético de trazer coisas novas e, depois, estar subsidiado pela realidade. Um exemplo é que, quando nós soltamos essa tese, a projeção do Focus para a economia brasileira estava em torno de 1,2%. Agora, já está em 0,8%. Se vocês achavam que eu estava pessimista demais, olhem como as previsões já pioraram. Talvez eu estivesse é muito otimista. Depois, teve um fato trágico, que é o falecimento do Eduardo Campos. De alguma forma, isso precisa ser incorporado à conta. Tratamos da questão da censura, que veio depois. E traremos recomendações para se proteger disso.

Márcio Juliboni
IstoÉ Dinheiro
Editado por Folha Política

Veja as dez "mentiras" que o governo Dilma vem contando, segundo Empiricus


Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters/Veja
SÃO PAULO - Em mais uma carta polêmica aos seus clientes, a casa de research Empiricus volta a atacar o atual governo. Desta vez, o sócio-fundador Felipe Miranda diz que as afirmações que o governo Dilma vêm proferindo sobre questões econômicas e financeiras não estão tão corretas quanto se imagina. No final de julho, a Justiça retirou do ar após pedido do PT todas as peças publicitárias da empresa, que, segundo o partido, faziam "terrorismo econômico". 
Na mais recente carta, Miranda aponta as dez "mentiras" que, segundo eles, o governo vem contando à população brasileira. Confira abaixo todos os pontos abordados pela Empiricus:
1) "A crise vem de fora"
Como primeira "mentira", Miranda cita o discurso oficial do governo de que a crise vem de fora, como justificativa da recessão técnica em curso no Brasil. O que ele diz? "Olhando para dados da América Latina, o crescimento econômico do governo Dilma será, na média, dois pontos percentuais menor àquele apresentado por nossos vizinhos, enquanto nos governos Lula e FHC avançamos na mesma velocidade".
Em relação aos países latinos que adotaram políticas econômicas ortodoxas e perseguiram uma agenda de reformas, o quadro é ainda pior: Chile, Colômbia e Peru cresceram 4,1%, 4% e 5,6% ao ano, entre 2008 e 2013. Enquanto isso, a evolução média do PIB brasileiro na administração de Dilma deve ser de 1,7% ao ano. 
2) "A política neoliberal vai aumentar o desemprego"
O segundo ponto é que com o PIB desacelerando por conta da política heterodoxa do governo, cedo ou tarde isso baterá no emprego. "Podemos não conseguir precisar qual a exata função de produção, ou seja, de como o PIB se relaciona com o nível de emprego, mas não há como contestar a existência de relação entre as variáveis", disse.
Segundo Miranda, o crescimento econômico da era Dilma é o menor desde Floriano Peixoto, governo terminado em 1894, subsequente à crise do encilhamento. "Há uma transmissão óbvia desse comportamento para o emprego", disse.
3) "A oposição quer acabar com o reajuste do salário mínimo"
Para ele, essa é mais uma "mentira escabrosa": primeiro porque os dois candidatos da oposição já se comprometeram em manter a política de reajuste de salário mínimo; segundo, pois quando Dilma se coloca como protetora do salário mínimo está simplesmente "contrariando as estatísticas". Isto porque o aumento do salário mínimo foi de 4,7% ao ano entre 1994 e 2002; de 5,5% ao ano entre 2003 e 2010; e de 3,5% ao ano entre 2011 e 2013. 
Ou seja, ele comenta que o reajuste do salário mínimo na era Dilma é menor àquele implementado por Lula e também ao observado no período FHC. 
4) "A política neoliberal proposta pela oposição vai prometer arrocho salarial"
Esse ponto guarda relação com o item anterior, disse. Segundo Miranda, o arrocho salarial já vem sendo promovido pela atual política econômica, por meio da disparidade da inflação.
"O que os 'neoliberais' querem é perseguir aumentos de produtividade maiores e duradouros. Isso permitiria dar incrementos de salário substanciais, sem impactar a inflação. Caso contrário, aumentos do salário nominal serão corroídos pela inflação", comenta.
5) "Programa de Marina reduz a pó a política industrial"
Na carta, Miranda diz que Dilma não precisa dessa preocupação, pois ela mesma já teria feito esse serviço, citando que o Plano Brasil Maior, lançado em 2010 com metas para 2014, não conseguiu entregar sequer um de seus vários objetivos.
Ele ataca dizendo que seria pertinente a candidata à reeleição preocupar-se com a própria política industrial antes de amedrontar-se com o programa alheio. "Quem defende uma política de campeões nacionais, em que se escolhem a priori os vencedores da prática concorrencial desafiando a lógica de mercado, não entende absolutamente nada de empreendedorismo e política industrial", critica.
6) "A política monetária foi exitosa"
Ele questiona como a política monetária foi exitosa sendo que a inflação brasileira tem sistematicamente namorado o teto da meta, de 6,5% em 12 meses, ignorando o princípio básico de um sistema de metas, em que o centro do intervalo deve ser perseguido.
"Transformamos o teto no nosso objetivo e represamos cerca de dois pontos de inflação através do controle de preços de combustíveis, energia e câmbio. Esse é o tipo de êxito que esperamos da política econômica?", questiona.
7) "Precisamos de um pouco mais de inflação para não perder empregos"
Ele comenta que a frase em questão não foi dita ipsis verbis por nenhum membro do governo, mas a julgar pelas decisões e diretrizes da política monetária, parece permanecer o racional da administração petista.
8) "As contas públicas estão absolutamente organizadas. O superávit primário, embora menor do que em 2008, é um dos maiores do mundo. Dizer que há uma desorganização fiscal é um absurdo"
A frase foi dita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao Valor. Miranda comenta, no entanto, que o superávit primário do setor público não é somente menor àquele de 2008. No primeiro semestre, foi o menor da história, em R$ 29,4 bilhões. 
9) "Nunca foi feito tanto pelo pobre no País"
Miranda aponta que isso já poderia ser desconfiado pela inflação, que é "um fenômeno essencialmente ruim para as classes mais baixas". "A política econômica heterodoxa não cresce o bolo e também não distribui de forma mais equitativa", critica.
Veja também:
10) "A oposição faz terrorismo eleitoral"
"Se você compactua com os nove pontos anteriores, você é um terrorista eleitoral, egoísta e interessado apenas em si mesmo. Provavelmente, é financiado por um dos candidatos da oposição", comentou.
Enquanto isso, aponta, a situação acusa a candidata da oposição de homofóbica e de semelhanças com Fernando Collor, mas, sim, ele é da mesma parte da base de apoio.. da situação, aponta Miranda.
Paula Barra
Infomoney

NOVA RUSSAS: JOVEM MOTOCICLISTA MORRE AO COLIDIR EM CAMINHÃO



O sinistro aconteceu neste sábado, (13/09), por volta das 18h30min, sendo vítima fatal: Antonio Cleiton Araújo de Lima, 21 anos, solteiro, servente, natural de Ipú, residente na rua Projetada 3, bairro Jovinão - Nova Russas. O mesmo conduzia uma motocicleta Honda CG 125 cc de cor vermelha, placa HVQ 4734(Ipueiras-Ce) na rua Bartolomeu Araújo, bairro Jovinão, nas proximidades da Creche Maria Socorro Abreu, quando perdeu o controle da motocicleta e veio a colidir com um caminhão que encontrava-se parado (estacionado), vindo a óbito no local do acidente. 

Os Policiais militares, CB Marcos Antonio, SD Roberto, SD Nacílio e SD Cunha, deslocaram-se ao local da ocorrência, constatando o fato e após colher todos os dados,  a ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil de Crateús (Delegacia Regional) para ser feito o Boletim de Ocorrência e as demais providências legais.O corpo foi encaminhado para o IML.

Os absurdos da fala de Dilma na entrevista ao Globo

A presidente Dilma Rousseff disputa um segundo mandato, como sabemos, mas ainda dá mostras de primarismo no trato com a coisa pública. Na entrevista concedida ao Globo nesta sexta, ela afirmou, claro!, que desconhecia a roubalheira que estava em curso na Petrobras. Reafirmou, para o espanto de qualquer pessoa lógica, que a empresa dispõe de mecanismos de controle para se prevenir de larápios. E continuou a afrontar o bom senso. Leiam o que ela disse: “Há corrupção em todas as empresas públicas ou privadas. A Petrobras tem órgãos internos e externos de controle. Mas quem descobriu foi a Polícia Federal. Se eu tivesse sabido qualquer coisa sobre o Paulo Roberto, ele teria sido demitido e investigado. Eu tirei o Paulo Roberto com um ano e quatro meses de governo. Eu não sabia o que ele estava fazendo. Eu tirei, porque não tinha afinidade nenhuma com ele.”
Então vamos quebrar essa fala absurda em miúdos. Sim, pode haver corrupção na empresa privada também. Ocorre que, nesse caso, o prejuízo é do dono, não do público. Quando descoberto, o sujeito perde o emprego e pode ir preso. Em estatais, o bandido pode ser promovido.

Se, com órgãos internos e externos de controle, a enormidade aconteceu, somos obrigados a concluir que os larápios já andaram mais depressa e aprenderam a driblá-los. Logo, esses mecanismos estão atrasados e são ineficientes.

Mas ainda não chegamos ao pior. Dilma afirmou que demitiu Paulo Roberto porque faltava afinidade entre ambos. Ainda bem! Afinidade houvesse, ele teria continuado lá por mais tempo, roubando mais, não é?
Eis o problema da Petrobras e de todas as estatais: seus comandantes são escolhidos ou se mantêm no cargo em razão da afinidade com os poderosos de plantão. Segundo o raciocínio de Dilma, estivesse no posto um homem probo e competente, teria ido para a rua do mesmo jeito. Por quê? Ora, por falta de afinidade.

Como é que a maior empresa pública do país pode estar sujeita ao gosto pessoal do governante de turno? Ao tentar se livrar de qualquer responsabilidade por tudo o que se deu na empresa, Dilma assumiu culpas novas e expôs as piores entranhas do estatismo.

Para encerrar, esta mesma presidente deu a Nestor Cerveró, que ela diz ser o principal responsável pelo imbróglio de Pasadena, um empregão: diretor financeiro da BR Distribuidora. A sua fala não para em pé, presidente!

Por Reinaldo Azevedo

O dia em que Marina chorou. Ou: Indústria de mentiras do PT pode fazer de Marina uma poderosa vítima; o tiro ainda sairá pela culatra

Marina Silva chorou. É o que informa reportagem de Marina Dias, da Folha. Está inconformada com os ataques que estão sendo feitos pelo PT e, em particular, por Lula. Numa conversa com a repórter, no banco de trás do carro que a transportava para um hotel no Rio, na noite de quinta, afirmou emocionada: “Eu não posso controlar o que Lula pode fazer contra mim, mas posso controlar que não quero fazer nada contra ele. Quero fazer coisas em favor do que lá atrás aprendi, inclusive com ele, que a gente não deveria se render à mentira, ao preconceito, e que a esperança iria vencer o medo. Continuo acreditando nessas mesmas coisas”.

Pois é… Marina está experimentando o que é virar alvo de difamação de uma máquina que ela própria ajudou a construir e à qual serviu durante tanto tempo, inclusive como ministra. Não custa lembrar que os petistas não mudaram os seus métodos. Seguem sendo os mesmos. Eles só se tornaram mais virulentos porque são, agora, muito mais poderosos.

Marina tem motivos para reclamar. Se, como sabem, tenho enormes reservas à forma como conduz a sua postulação, é evidente que está sendo vítima de uma campanha de impressionante sordidez. Afirmar, como faz o PT, que a independência do Banco Central iria arrancar comida da mesa do brasileiro é coisa de vigaristas. Sustentar que Marina, se eleita, vai paralisar a exploração do pré-sal — como se isso dependesse só da vontade presidencial — e tirar R$ 1,3 trilhão da educação é uma formidável mentira.

Fazer o quê? Os companheiros nunca tiveram limites e sempre se comportaram, já afirmei isto aqui muitas vezes, como uma máquina de sujar e de lavar reputações. Podem lavar a biografia do pior salafrário se este virar seu aliado — e isso já aconteceu. E podem manchar a história de uma pessoa honrada se considerarem que virou uma inimiga.

Marina recorre ao passado: “Sofri muito com as mentiras que o Collor dizia naquela época contra o Lula. O povo falava: ‘Se o Lula ganhar, vai pegar minhas galinhas e repartir’. Se o Lula ganhar, vai trazer os sem-teto para morar em um dos dois quartos da minha casa’. Aquilo me dava um sofrimento tão profundo, e a gente fazia de tudo para explicar que não era assim. Me vejo fazendo a mesma coisa agora”.
Pois é… Hoje, Lula é o Collor da vez, e aquele Collor de antes é agora um aliado deste Lula. Assim caminham as coisas.

Não sei, não… Acho que o PT pode estar exagerando na dose. A pauleira é de tal sorte que Marina já está no ponto para se transformar numa poderosa vítima. Até porque os companheiros decidiram deixar de lado razões plausíveis para combatê-la e resolveram investir, de fato, na indústria da mentira, do preconceito e do medo.

O tiro pode sair pela culatra.

Por Reinaldo Azevedo

A SORDIDEZ DA CAMPANHA PETISTA E UM EXEMPLO DA “MÍDIA” CONTROLADA PELOS COMPANHEIROS

A VEJA desta semana traz uma reportagem com o elenco das formidáveis mentiras e difamações que o PT está levando ao horário eleitoral gratuito. Abaixo, reproduzo a “Carta ao Leitor”, que traz uma reflexão adicional importantíssima. Dados os 12 minutos e 24 segundos que o partido tem à sua disposição, a gente entende como seria a “mídia socialmente controlada”… pelos companheiros.
Leiam!
 carta ao leitor imagem
Carta ao leitor - texto
Por Reinaldo Azevedo

PT adota tática do medo

Dilma vai para o confronto com Marina usando os mesmos métodos de terror que o partido condenava no passado, quando o alvo era Lula. O detalhe é que a candidata sataniza a adversária atribuindo a ela propostas semelhantes às de seu governo

Izabelle Torres (izabelle@istoe.com.br)
 

Diante da ameaça de perder a eleição, a campanha da presidenta Dilma Rousseff partiu para um ataque sórdido contra a candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva. Munida de impressionante desfaçatez, a propaganda do PT lançou mão, na última semana, dos mesmos métodos que combatia num passado recente. 

Numa tentativa clara de manipulação, a presidenta ocupou o horário eleitoral na televisão para dizer que a proposta de Marina Silva de conceder autonomia ao Banco Central vai enriquecer ainda mais os banqueiros e prejudicar a população. O vídeo, totalmente apelativo, mostrou uma família vendo a comida desaparecer do prato. 

As cenas estão recheadas de um cinismo explícito, pois o governo Lula, no qual Dilma foi gerente e chefe da Casa Civil, não apenas adotou a autonomia operacional do Banco Central como fez mais: indicou um banqueiro, Henrique Meirelles, para presidir a instituição e conferiu à presidência do BC o status de ministério. 

Nos dois governos de Lula, nem o Ministério da Fazenda, ao qual o Banco Central deveria estar subordinado, podia dar ordens a Meirelles. Se, como prega a peça publicitária do PT, seria lícito dizer que aumentar os juros é jogar afinado com os banqueiros, então nunca antes na história um governo esteve tão em sintonia com os bancos como o do PT.

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GOLPES BAIXOS
O PT deu autonomia operacional ao Banco Central e escolheu um banqueiro para
presidi-lo, mas Dilma (à dir.) ataca Marina querendo tachá-la de candidata
tutelada pelos bancos, exatamente por defender a autonomia do BC

A propaganda petista também agiu com descaramento quando acusou a adversária do PSB de se opor ao uso dos recursos do pré-sal para financiar a educação. Os petistas escondem o fato de terem resistido à proposta que destinou 10% dos recursos do petróleo para o ensino público. Na época das discussões sobre o assunto no Congresso, o governo atuou nos bastidores pela liberdade para escolher onde seriam feitos os investimentos. A verdade factual, no entanto, parece estar longe da campanha petista.As pesquisas realizadas depois da mudança no discurso da presidenta mostram que ela recuperou pontos na corrida eleitoral e neutralizou a vantagem de Marina Silva em um eventual segundo turno. A diferença, que já foi de dez pontos percentuais, caiu para quatro e as duas encontram-se empatada,s considerada a margem de erro, de acordo com o último Datafolha.

Não foi a primeira vez, nesta campanha, que o PT recorreu ao medo e a golpes baixos a fim de obter êxitos eleitorais. Semanas atrás, numa nova tentativa de manipular o eleitor, a campanha petista comparou Marina aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, numa alusão à dificuldade que ela terá de governar, sob o risco de ter o mandato interrompido. A esdrúxula equiparação foi criticada até por petistas, como o senador Jorge Viana (AC). “Essa ideia de tentar comparar Marina a Collor e a Jânio Quadros é desinteligente. Ou de querer buscar desvio ético e moral na vida de Marina, isso também é perda de tempo e não tem nenhum sentido”, afirmou.
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Até agora, apenas um caso provocou transtornos para a campanha da presidenta. Os tucanos entraram com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reclamando do terrorismo eleitoral protagonizado pelo PT. O tribunal considerou a linguagem do programa petista degradante e inapropriada para uma disputa democrática e determinou a retirada do ar das agressões. Para o relator do caso, ministro Herman Benjamin, o tom adotado pela campanha do PT “não combina com a postura ética que deve nortear o debate político e as campanhas eleitorais”.

A constatação é de que o PT age como se o fim justificasse os meios, sendo “o fim” a eleição de Dilma, e “os meios”, as práticas de terrorismo eleitoral. Pelo jeito, para o PT vale mesmo “fazer o diabo” para vencer a eleição, usando palavras da própria presidenta Dilma. Nesse vale-tudo, quem perde é o eleitor.

Foto: Eraldo Peres/AP

Com o apoio de Lula, Dilma e DEM, família Barbalho tenta voltar ao governo do Pará

Helder, filho do ex-senador Jader Barbalho, usa a imagem de renovador para derrotar o governador tucano Simão Jatene, que tenta a reeleição

Gabriel Castro, de Belém
O candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho (PT), ao lado do pai, Jader Barbalho, e do ex-presidente Lula, durante comício em Belém
NOVOS AMIGOS – O candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho (PT), ao lado do pai, Jader Barbalho, e do ex-presidente Lula, durante comício em Belém (Heinrich Aikawa/Instituto Lula/VEJA)

O eleitor fiel do DEM que quiser seguir a orientação de seu partido vai apoiar Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da República. Mas, se ele morar no Pará, essa será a única parte fácil da escolha. Caso queira seguir rigorosamente o apoio declarado por seu partido, ele vai votar em um petista que foi réu no processo do mensalão para senador: Paulo Rocha. Para o governo, a escolha será por Helder Barbalho (PMDB), que já fez dois comícios ao lado de Dilma Rouseff e de Lula e tenta atrelar sua imagem à dos petistas.

Mesmo que vote em candidatos do DEM para deputado federal e deputado estadual, o nosso personagem corre o risco de eleger um representante do PCdoB por causa da coligação de seu partido e da regra eleitoral.


Ao mesmo tempo, o paraense que é comunista convicto, leal ao PCdoB, vai ter de votar em um integrante do DEM para vice-governador. Vai também eleger para o governo o filho de Jader Barbalho, o maior símbolo da corrupção no Pará e um antigo inimigo da esquerda. O mesmo voto será dado pelo petista que quiser cumprir a orientação de seu partido. A falta de coerência dos partidos brasileiros não é novidade; mas há lugares em que a total falta de lógicas das alianças se torna mais evidente. O Pará é um dos melhores exemplos disso.

O PSDB governou o estado em doze dos últimos dezesseis anos, com a exceção do período entre 2006 e 2010. A petista Ana Júlia Carepa obteve uma vitória histórica, mas fez um governo campeão em reprovação e perdeu a disputa pela reeleição em 2010. Simão Jatene (PSDB) assumiu o posto.

Leia também: De pai para filho


O fracasso de Ana Júlia, que hoje disputa uma modesta vaga na Câmara Federal, enfraqueceu o grupo petista no Estado e o tornou mais dependende de Jader Barbalho, um antigo adversário do PT. A estratégia petista para derrotar os tucanos não passa da velha tática de que o inimigo do meu inimigo é meu amigo.
Uma coligação com tão pouca coerência ainda teria espaço para o DEM. O multiprocessado deputado Lira Maia, que comanda o partido no Estado, tentou até a última hora se transformar no vice de Simão Jatene. Como não conseguiu – a vaga ficou com o PSC –, optou pelo apoio ao PMDB. E foi só. Nada da discussão programática, de debate ideológico: a aliança se formou por causa da ocupação de espaços políticos.Por isso, o Pará se transformou em um dos poucos lugares em que Lula já dividiu o palanque com um integrante do DEM, partido que ele pretendia "extirpar" da política.

Aos 35 anos, alto e carismático, Helder apresenta uma imagem oposta à do adversário, 30 anos mais velho. É na mensagem de renovação que o grupo político do peemedebista aposta para voltar a comandar o Estado. Jader pouco comparece aos palanques do filho, que foi prefeito de Ananindeua, a segunda maior cidade do Pará. Para o comício ao lado de Dilma e Lula, na última quarta-feira, ele abriu uma exceção. Já reconciliado com o PT, ele se sentiu à vontade para comparecer. Mas não arriscou um discurso.

A gestão de Jatene não cumpriu todas as promessas: a violência no Estado, que tem uma taxa de homicídios três vezes e meia a de São Paulo, continua elevada. O transporte público segue ruim. A aprovação do governo é baixa.Também por isso, a possibilidade de retorno dos Barbalhos ao comando do Pará virou arma eleitoral. "Essa ideia de mudança pode não ser aquilo que a gente imagina. Pode ser uma armadilha", diz Jatene em uma propaganda divulgada nos últimos dias na TV paraense.

Enquanto isso, o adversário continua apostando na popularidade de Lula: em um depoimento exibido na campanha de Helder Barbalho, o ex-presidente pede o voto no candidato porque "O Pará merece o que tem de melhor". Dessa afirmação ninguém duvida. O difícil, para o eleitor, vai ser descobrir como expressar isso nas urnas.

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