Trabalhadores demitidos se reuniram ontem
com representantes da Galvão Engenharia, que responsabilizou o Governo
do Estado pelo atraso nos repasses. Palácio da Abolição diz tratar-se de
questões burocráticas
Conforme antecipado pelo O POVO de domingo, duas das principais obras do Estado - o Anel Viário e o Centro de Formação Olímpico (CFO) - amanheceram paralisadas, ontem.
No CFO, operários se concentraram durante a manhã para uma reunião com o engenheiro-chefe da obra. De acordo com Edinilson de Freitas, dirigente da categoria, cerca de 250 operários foram demitidos no dia 26. A empresa Galvão Engenharia - empreiteira responsável pela obra - afirmou que não teria fundos para pagar as rescisões. Apenas 20 operários seguiriam ligados à empresa e, segundo os próprios, estariam sem fazer nada.
“Estou vendo a hora de ser despejado”, declara Francisco Barbosa, um dos operários demitidos. Ele afirma que já está há mais de 45 dias fora da empresa, mas que ainda não recebeu nem mesmo o último salário.
Lamentação semelhante faz Francisco de Assis, que também trabalhava na construção do CFO. “Cada uma dessas pessoas que está aqui sente na pele o que eu estou sentindo, que é faltar o dinheiro do aluguel, da água, da luz, da alimentação dos filhos”, diz. Ele pede que o Palácio da Abolição intervenha para solucionar a questão. “Nós colocamos ele (governador Camilo Santana) lá foi para defender a gente. Não foi para massacrar, para humilhar”, declara.
Assis diz que, dois meses atrás, seu filho foi demitido das obras do Anel Viário e que, assim como ele, não recebe os direitos trabalhistas. Nos trechos percorridos pela reportagem, não havia trabalhadores tocando a obra.
Reforma administrativa
O engenheiro-chefe que foi explicar a situação para os trabalhadores do CFO foi localizado no canteiro de obras, mas pediu ao O POVO que entrasse em contato com a assessoria de imprensa do empreendimento.
A assessoria reafirmou que as obras do centro foram paralisadas em virtude da falta de repasses dos pagamentos por parte do governo estadual. Já as obras do Anel Viário não seguem em virtude do ritmo irregular de execução, determinado de forma alheia à vontade da construtora. Nos dois casos, a Galvão diz que o pagamento dos funcionários é prioridade.
O governo do Estado reafirmou que a execução inconstante do Anel Viário se dá por questões ainda não solucionadas envolvendo desapropriações de terrenos.
Quanto ao CFO, o chefe de gabinete do governador, Élcio Batista, em entrevista à rádio O POVO/CBN, afirmou que atrasos no pagamento ocorreram pela transferência do equipamento da secretaria de Grande Eventos para a pasta de Esportes.
SERVIÇO
Governo do Estado do CE
Sede: Palácio da Abolição Av. Barão de Studart, 505, Meireles, Fortaleza - Ceará
Saiba mais
A Galvão Engenharia, que teve um de seus diretores preso durante a Operação Lava Jato, entrou com pedido de restruturação judicial no fim do mês passado.
A empresa alegou atrasos no pagamento de clientes e contração do crédito provocado pela operação da Polícia Federal
A saída do CFO da Secretaria de Grandes Eventos causou grande polêmica, pois sua ida, inicialmente, estava prevista para a Casa Civil.
O esvaziamento da Sesporte levou à renúncia do então secretário, David Durand (PRB)
Um dos operários que seguem trabalhando nas obras do centro afirma que não sobrou mais muito o que fazer. “Chega, merenda e daí fica por aí...”, relata.
Élcio Batista afirmou à rádio O POVO/CBN que as questões envolvendo a Galvão Engenharia já haviam sido esclarecidas em uma reunião com a empreiteira.
Conforme antecipado pelo O POVO de domingo, duas das principais obras do Estado - o Anel Viário e o Centro de Formação Olímpico (CFO) - amanheceram paralisadas, ontem.
No CFO, operários se concentraram durante a manhã para uma reunião com o engenheiro-chefe da obra. De acordo com Edinilson de Freitas, dirigente da categoria, cerca de 250 operários foram demitidos no dia 26. A empresa Galvão Engenharia - empreiteira responsável pela obra - afirmou que não teria fundos para pagar as rescisões. Apenas 20 operários seguiriam ligados à empresa e, segundo os próprios, estariam sem fazer nada.
“Estou vendo a hora de ser despejado”, declara Francisco Barbosa, um dos operários demitidos. Ele afirma que já está há mais de 45 dias fora da empresa, mas que ainda não recebeu nem mesmo o último salário.
Lamentação semelhante faz Francisco de Assis, que também trabalhava na construção do CFO. “Cada uma dessas pessoas que está aqui sente na pele o que eu estou sentindo, que é faltar o dinheiro do aluguel, da água, da luz, da alimentação dos filhos”, diz. Ele pede que o Palácio da Abolição intervenha para solucionar a questão. “Nós colocamos ele (governador Camilo Santana) lá foi para defender a gente. Não foi para massacrar, para humilhar”, declara.
Assis diz que, dois meses atrás, seu filho foi demitido das obras do Anel Viário e que, assim como ele, não recebe os direitos trabalhistas. Nos trechos percorridos pela reportagem, não havia trabalhadores tocando a obra.
Reforma administrativa
O engenheiro-chefe que foi explicar a situação para os trabalhadores do CFO foi localizado no canteiro de obras, mas pediu ao O POVO que entrasse em contato com a assessoria de imprensa do empreendimento.
A assessoria reafirmou que as obras do centro foram paralisadas em virtude da falta de repasses dos pagamentos por parte do governo estadual. Já as obras do Anel Viário não seguem em virtude do ritmo irregular de execução, determinado de forma alheia à vontade da construtora. Nos dois casos, a Galvão diz que o pagamento dos funcionários é prioridade.
O governo do Estado reafirmou que a execução inconstante do Anel Viário se dá por questões ainda não solucionadas envolvendo desapropriações de terrenos.
Quanto ao CFO, o chefe de gabinete do governador, Élcio Batista, em entrevista à rádio O POVO/CBN, afirmou que atrasos no pagamento ocorreram pela transferência do equipamento da secretaria de Grande Eventos para a pasta de Esportes.
SERVIÇO
Governo do Estado do CE
Sede: Palácio da Abolição Av. Barão de Studart, 505, Meireles, Fortaleza - Ceará
Saiba mais
A Galvão Engenharia, que teve um de seus diretores preso durante a Operação Lava Jato, entrou com pedido de restruturação judicial no fim do mês passado.
A empresa alegou atrasos no pagamento de clientes e contração do crédito provocado pela operação da Polícia Federal
A saída do CFO da Secretaria de Grandes Eventos causou grande polêmica, pois sua ida, inicialmente, estava prevista para a Casa Civil.
O esvaziamento da Sesporte levou à renúncia do então secretário, David Durand (PRB)
Um dos operários que seguem trabalhando nas obras do centro afirma que não sobrou mais muito o que fazer. “Chega, merenda e daí fica por aí...”, relata.
Élcio Batista afirmou à rádio O POVO/CBN que as questões envolvendo a Galvão Engenharia já haviam sido esclarecidas em uma reunião com a empreiteira.
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