Oito
pessoas foram presas em uma operação organizada pela Delegacia de
Roubos e Furtos (DRF) e Comando Tático Rural (Cotar) na última quinta e
sexta-feira (2 e 3). Apenas neste ano, o grupo é suspeito de explodir
caixas eletrônicos em Itaiçaba, sitiar cidade e fazer reféns em
Tamboril, durante um ataque a uma agência do Bradesco , além de explodir
um carro-forte na divisa do Ceará e o Rio Grande do Norte.
Na quinta-feira (2), a patrulha do Comando Tático Rural (Cotar) recebeu
uma denúncia anônima sobre a localização dos suspeitos e seguiu até uma
residência, localizada no município de Aracati. Ao chegar ao local, a
patrulha foi imediatamente alvejada a tiros.
Um morto e outro ferido em confronto com policiais para captura do grupo
No local, foram presas Antônia Glediana Praxedes da Silva e Antonieta
Mendonça Cardoso, 46, responsáveis pelo apoio logístico à quadrilha, e
Lubercio Felix Rodrigues, 41, e Francisco de Assis Lopes da Silva. Os
dois últimos foram feridos após o confronto com a Polícia. Francisco de
Assis, que estava foragido de uma das unidades da CPPL, chegou a ser
socorrido, mas faleceu poucas horas depois.
Em uma ação concomitante, Cicero Carlos Gregório, 32, foi preso no
município de Fortim. Segundo a DRF, Cícero é o líder do grupo
responsável por articular diversos ataques a banco no Nordeste com
outros suspeitos que residem no estado de São Paulo.
Após as primeiras prisões, a Delegacia de Roubos e Furtos seguiu em
operação, na última sexta-feira (3), no intuito de localizar o restante
dos suspeitos de compor o grupo. Em Fortaleza, foram presos Leonardo
Alisson Duarte Lessa, 20, Inácio Gonçalves de Souza, 28, Hallyson
Romário Veríssimo Reis, 26, e Francisco Valdeci Verissimo Junior, o
“Lagartão”, 31.
Armas
No total, também foram recolhidas oito armas. Entre elas, está um fuzil
automático leve (FAL) do exército argentino, calibre 762. Segundo
informações da DRF, a arma é bastante utilizada em ataques a banco e a
carro-forte por ter alto potencial destrutivo. Além do fuzil, foram
apreendidas quatro pistolas — sendo uma produzida em Israel e outra na
Áustria —, uma espingarda calibre .20 e dois revólveres. Ainda será
realizado um exame de balística para identificar se as armas apreendidas
foram utilizadas em outros ataques.
Todos possuíam antecedentes criminais e foram presos em flagrante. Os
suspeitos responderão por porte ilegal de armas, associação criminosa,
e, no caso do grupo preso em Aracati, tráfico de drogas e tentativa de
homicídio.
A DRF segue com investigações, no intuito de identificar outros
suspeitos de ter envolvimento com a quadrilha. De acordo com Raphael
Vilarinho, titular da DRF, há indícios que pessoas detidas em presídios,
com “muito conhecimento em ataques a banco”, prestaram auxílio ao grupo
com informações privilegiadas e apoio financeiro.
DN Online
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