Em crise, os Correios anunciaram que vai fechar aproximadamente 250
agências em cidades acima de 50 mil habitantes nas cinco regiões do
País. A estratégia de fundir agências, antecipada pelo jornal “O Estado
de S. Paulo”, faz parte de um plano de economia que está sendo
implementado pela direção da estatal para reverter a crise enfrentada
pela companhia, que acumula quatro anos seguidos de prejuízo.
Segundo a empresa, pouco mais de 60 agências já foram incorporadas a
outras unidades. “O projeto para fusão de agências dos Correios em todo o
País vai tornar a rede de atendimento mais eficiente e melhorar a
prestação de serviços à população”, informou a empresa, em comunicado.
De acordo com a estatal, as mudanças serão feitas de forma gradual para
minimizar os impactos aos clientes.
Atualmente, o Correios conta com 6.511 agências próprias. A estratégia
da empresa será ampliar a rede de agências franqueadas, pouco mais de
mil hoje. O presidente do Correios, Guilherme Campos, disse ao jornal
que planeja criar a figura de microempreendedor postal, uma pequena
empresa que assumiria os serviços postais em localidades menores.
Com o fechamento de agências próprias, o Correios economiza nos custos
de manutenção ou aluguel dos imóveis e no enxugamento do quadro de
funcionários. As agências franqueadas são selecionadas por meio de uma
oferta pública e remuneradas com um porcentual das receitas dos
serviços. Atualmente, oferecem quase todos os serviços postais das
agências próprias, mas não atuam como correspondentes bancários. Há
negociações para que os franqueados possam também oferecer serviços
financeiros por meio do Banco Postal.
As outras duas ações de economia tocadas por Campos são o plano de
demissão voluntária (PDV) e a revisão da política de universalização dos
serviços postais, que obriga a estatal a estar presente em todos os
municípios. O PDV teve a adesão de 5 mil funcionários, o que deve gerar
uma economia de R$ 500 milhões ao ano. O fechamento das agências está em
consonância, segundo Campos, com o enxugamento do número de
funcionários.
(Com Agência Estado)
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