Para
a Polícia Federal, a prisão de Marcelo Santos das Dores, o Menor P,
chefão da Maré, é um passo importante para a ocupação, “por conta do
perfil violento do bandido”. No entanto, a constelação do Astro, como
também é conhecido no complexo de favelas, ainda está à solta, como
mostra um vídeo obtido com exclusividade pelo EXTRA. Nas imagens,
gravadas em novembro do ano passado na favela da Serrinha, em Madureira,
é possível ver o “bonde” do bandido desfilar, sobre motos, com pelo
menos oito fuzis e outras armas à luz do dia pelas ruas da favela, em
meio a moradores da região, inclusive alguma crianças.
Na ocasião, os 25 bandidos que aparecem no vídeo haviam saído da Maré e percorreram uma distância de 8 quilômetros até a Serrinha de moto, por conta de uma operação policial que acontecia no complexo de favelas. Segundo agentes da Polícia Civil, esse caminho é feito com frequência pelos bandidos, que frequentam bailes funk na favela de Madureira, ocupada pela mesma facção. Além de fuzis, também é possível ver nas imagens os bandidos ostentando colares de ouro.
Menor P não aparece nas imagens liderando o bonde. Em seu lugar, está o segundo homem da hierarquia da Maré: o irmão do chefão, Fabiano Santos de Jesus, o Zangado. Nas imagens, ele veste um colete usado pelo paraquedistas do Exército e usa um relógio dourado na mão direita. A mando de Menor P, Zangado gerenciava as bocas de fumo da Vila dos Pinheiros. Com o irmão preso, ele divide com Thiago da Silva Folly, o TH, gerente do Morro do Timbau e da Baixa do Sapateiro, o papel de novo número 1 da quadrilha.
‘Gerente? Não. Eu sou o dono da Maré’
Interrogado pelo titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes quando chegou à Superintendência da PF no Rio, na noite de anteontem, Menor P deu uma mostra de sua arrogância aos agentes. Quando perguntado sobre sua posição na hierarquia do tráfico da Maré, ele corrigiu o delegado: “Não, não sou o gerente, eu sou o dono da Maré”, teria dito, segundo Fábio Andrade.
Nos últimos meses, entretanto, Menor P vivia uma crise com o outro grande chefão da facção solto, Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefão do Morro do Dendê, na Ilha do Governador. Segundo investigações da Polícia Civil, Guarabu não apoiou a tentativa de Menor P de apoiar a tomada de favelas da facção em Senador Camará, pelo bando de Fábio Augusto de Souza, o Fabinho Noronha — encontrado morto com sinais de tortura no dia 18 de março. Após o ocorrido, Menor P chegou a ser expulso de uma reunião da facção no Dendê. Na terça-feira, um dia antes da prisão, a Polícia Civil monitorou a fuga de bandidos da Maré para o Morro do Dendê.
Na ocasião, os 25 bandidos que aparecem no vídeo haviam saído da Maré e percorreram uma distância de 8 quilômetros até a Serrinha de moto, por conta de uma operação policial que acontecia no complexo de favelas. Segundo agentes da Polícia Civil, esse caminho é feito com frequência pelos bandidos, que frequentam bailes funk na favela de Madureira, ocupada pela mesma facção. Além de fuzis, também é possível ver nas imagens os bandidos ostentando colares de ouro.
Menor P não aparece nas imagens liderando o bonde. Em seu lugar, está o segundo homem da hierarquia da Maré: o irmão do chefão, Fabiano Santos de Jesus, o Zangado. Nas imagens, ele veste um colete usado pelo paraquedistas do Exército e usa um relógio dourado na mão direita. A mando de Menor P, Zangado gerenciava as bocas de fumo da Vila dos Pinheiros. Com o irmão preso, ele divide com Thiago da Silva Folly, o TH, gerente do Morro do Timbau e da Baixa do Sapateiro, o papel de novo número 1 da quadrilha.
‘Gerente? Não. Eu sou o dono da Maré’
Interrogado pelo titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes quando chegou à Superintendência da PF no Rio, na noite de anteontem, Menor P deu uma mostra de sua arrogância aos agentes. Quando perguntado sobre sua posição na hierarquia do tráfico da Maré, ele corrigiu o delegado: “Não, não sou o gerente, eu sou o dono da Maré”, teria dito, segundo Fábio Andrade.
Nos últimos meses, entretanto, Menor P vivia uma crise com o outro grande chefão da facção solto, Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefão do Morro do Dendê, na Ilha do Governador. Segundo investigações da Polícia Civil, Guarabu não apoiou a tentativa de Menor P de apoiar a tomada de favelas da facção em Senador Camará, pelo bando de Fábio Augusto de Souza, o Fabinho Noronha — encontrado morto com sinais de tortura no dia 18 de março. Após o ocorrido, Menor P chegou a ser expulso de uma reunião da facção no Dendê. Na terça-feira, um dia antes da prisão, a Polícia Civil monitorou a fuga de bandidos da Maré para o Morro do Dendê.
EXTRA
Base do governo pode pedir inclusão do caso Alstom na CPI da Petrobras
Em entrevista nesta quinta-feira (27), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que pensa na possibilidade de pedir a inclusão do caso Alstom, envolvendo contratos do metrô de São Paulo, no escopo de investigações da CPI da Petrobras. Pela manhã, a oposição protocolou requerimento de criação da CPI com 28 assinaturas de senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que a instalação da CPI é inevitável."Estou pensando muito em propor na segunda ou terça-feira à nossa base aliada para que a gente apoie a CPI, ampliando o seu objeto, com um adendo, para que a gente possa também investigar a situação da Alstom no metrô de São Paulo", informou Gleisi Hoffmann.
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, a CPI pode ter um adendo se este for assinado por pelo menos 27 senadores. De acordo com Gleisi Hoffmann, o interesse da oposição na CPI é político-eleitoral.
"Fazer uma CPI é uma prerrogativa do Senado, é um direito dos senadores propor a CPI. Mas esse é um processo eminentemente político, é uma investigação política. Esse tema já está sendo acompanhado pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas, comissão interna da Petrobras. Fazer uma CPI em ano eleitoral, sendo que três senadores são candidatos à Presidência, com certeza vai ser um palanque político", disse.
Perguntada se o governo vai trabalhar para a retirada de assinaturas do requerimento, o que poderia inviabilizar a CPI, a senadora afirmou apenas que o governo não tem nada a esconder. "O governo não tem nada a esconder. Não temos medo de uma CPI, de fazer essa discussão. Mas uma investigação política vai resultar muito mais em um processo de interesse eleitoral do que necessariamente resolver o problema ou esclarecer os fatos. O Congresso Nacional não pode ser utilizado como instrumento político-eleitoral", insistiu.
Presidente do TCU diz que compra de refinaria "não foi bom negócio"
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, disse nesta quinta-feira que as investigações sobre a compra da refinaria em Pasadena pela Petrobras já estão muito avançadas. Segundo ele, o TCU deve concluir os trabalhos ainda neste semestre.
"Pelas informações que nós temos, me parece que não foi um bom negócio. Quem tem as informações mais completas é o relator da matéria, ministro José Jorge. Então, não quero me antecipar, mas, com certeza, o prejuízo para a nação brasileira foi bastante significativo", disse Nardes.
Augusto Nardes informou que o tribunal investiga o caso desde o ano passado, quando ele e o relator José Jorge tiveram uma longa conversa com a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Nesta quinta-feira, parlamentares de oposição, apoiados por alguns integrantes da base aliada ao governo, protocolaram no Senado o requerimento de criação de uma CPI para investigar operações envolvendo a Petrobras.
Cadeia Pública do município de Milhã será inaugurada nesta sexta-feira (28)
A unidade tem capacidade para receber 34 internos, sendo 26 vagas na vivência masculina e oito na vivência feminina.
O
Governo do Estado, por meio da Secretaria da Justiça e Cidadania do
Estado (Sejus) inaugura nesta sexta-feira (28), às 10 horas, a Cadeia
Pública de Milhã, no Centro-Sul. A unidade prisional recebeu um
investimento de R$ 2.144.949,14 e tem capacidade para 34 internos em
regime fechado, além de espaço para presos em regime semiaberto. A
secretaria da Justiça, Mariana Lobo, estará presente na solenidade.
A
unidade tem capacidade para receber 34 internos, sendo 26 vagas na
vivência masculina e oito na vivência feminina. A área construída é de
750 metros quadrados e conta, no bloco administrativo, com espaço para
abrigar os presos em regime semiaberto, recepção de visitas, recepção de
presos, administração, cozinha, despensa, refeitório, banheiros,
alojamento de agentes penitenciários, secretaria, parlatório e vistoria.
A cadeia é equipada com monitoramento eletrônico de presos e será
administrada por agentes penitenciários.
Justiça Federal condena ex-prefeito de Mombaça por improbidade e suspende direitos políticos
José
Wilame Barreto Alencar foi condenado à perda da função pública e
suspensão dos direitos políticos durante três anos, além do pagamento de
multa.
Em
decisão que acolheu o parecer do Ministério Público Federal (MPF) -
emitido pela Procuradoria Regional da República da 5.ª Região -, o Pleno
do Tribunal Regional Federal da 5.ª Região (TRF5) condenou José Wilame
Barreto Alencar, ex-prefeito do município de Mombaça (CE), por
improbidade administrativa.
O MPF - por meio da Procuradoria da República no Ceará - havia proposto uma ação de improbidade administrativa contra José Wilame, acusado de não inserir na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) parte dos empregados segurados e contribuintes individuais que prestaram serviços à prefeitura no período de abril de 2004 a dezembro de 2009. A não declaração destes valores para fins de contribuição social gerou, para o município, um prejuízo de cerca de dez milhões de reais em multas.
O MPF - por meio da Procuradoria da República no Ceará - havia proposto uma ação de improbidade administrativa contra José Wilame, acusado de não inserir na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) parte dos empregados segurados e contribuintes individuais que prestaram serviços à prefeitura no período de abril de 2004 a dezembro de 2009. A não declaração destes valores para fins de contribuição social gerou, para o município, um prejuízo de cerca de dez milhões de reais em multas.
O
ex-prefeito foi condenado, em primeira instância, pela Justiça Federal
no Ceará. A pena foi a perda da função pública e a suspensão dos
direitos políticos durante três anos; proibição de contratar com o Poder
Público, pelo mesmo prazo, e pagamento de multa no valor de 10 mil
reais. José Wilame recorreu ao TRF5 para que a ação fosse julgada
improcedente, e a Segunda Turma do tribunal, por dois votos a um,
revogou a condenação, alegando não ser papel do prefeito - e sim do
controle interno ou da corregedoria - supervisionar os encargos fiscais
do município.
Como a decisão não foi unânime, o MPF pôde recorrer ao Pleno do TRF5, por meio de embargos infringentes. A apelação baseou-se no voto vencido do desembargador federal Fernando Braga, que posicionou-se favorável à condenação do prefeito por improbidade administrativa. A pena imposta pelo Pleno foi a mesma estabelecida em primeira instância, aumentando-se o valor da multa para 25 mil reais.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria Regional da República da 5.ª Região
Como a decisão não foi unânime, o MPF pôde recorrer ao Pleno do TRF5, por meio de embargos infringentes. A apelação baseou-se no voto vencido do desembargador federal Fernando Braga, que posicionou-se favorável à condenação do prefeito por improbidade administrativa. A pena imposta pelo Pleno foi a mesma estabelecida em primeira instância, aumentando-se o valor da multa para 25 mil reais.
Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria Regional da República da 5.ª Região
Ipea: para 58,5%, comportamento feminino influencia estupros
O Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgou nesta quinta-feira uma nova edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social sobre tolerância social à violência contra as mulheres. O estudo mostra que o brasileiro médio é a favor da punição a agressores, mas acha naturais as afirmações que indicam uma tolerância maior com a violência de gênero. Mais da metade dos entrevistados também responsabilizam as mulheres pela motivação de agressões sexuais.Segundo a pesquisa, 65,1% concordam totalmente ou parcialmente com a afirmação "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas", enquanto 24% discordam totalmente, 8,4% discordam parcialmente e 2,5% se declaram neutros. Já 58,5% concordam com a afirmação "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros"; 37,9% discordam totalmente (30,3%) ou parcialmente (7,6%) da afirmação – 3,6% se dizem neutros em relação à questão.
O Ipea conclui que, por trás dessas afirmações, “está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então as mulheres, que os provocam, é que deveriam saber se comportar, não os estupradores”.
O Ipea também indagou dos entrevistados sobre aspectos que envolvem a violência contra a mulher no país. Foram abordados temas como separação, filhos, xingamentos e onde os casos devem ser discutidos. Segundo a pesquisa, 33,3% concordam totalmente com a afirmação de que casos de violência dentro de casa devem ser discutidos "somente" entre os membros da família; 25,2% discordam totalmente. Em outra questão, 61,7% disseram concordar totalmente que, quando há violência, o casal deve se separar.
De acordo com a pesquisa, 69,8% dos entrevistados discordam totalmente da ideia de que a mulher que apanha em casa deve ficar quieta para não prejudicar os filhos e 76,4% discordam totalmente da afirmação de que um homem pode "xingar e gritar com sua mulher".
A pesquisa questionou também os entrevistados sobre relações sexuais. Segundo o levantamento, 54% discordam totalmente da ideia de que "a mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo quando não tem vontade" enquanto 14% concordam totalmente com a afirmação.
O estudo também mostra que 38,8% dos entrevistados concordam totalmente que casamentos homossexuais deveriam ser proibidos e 32,1% discordam totalmente - 44,9% disseram concordar totalmente com a afirmação de que incomoda ver dois homens ou duas mulheres se beijando na boca em público; 28,2% dizem discordar totalmente.
A pesquisa ouviu 3.810 pessoas em todas as regiões do País. O estudo completo faz recorte regional, de gênero, de religião, além de idade, escolaridade e renda.
Governo estuda pedir que população economize energia para não haver apagão na Copa
- Lobão diz, em entrevista ao ‘Wall Street Journal’, que campanha pode ser feita se volume de chuvas não aumentar até maio
RIO - Para não haver apagões de energia durante a Copa do Mundo, o
governo pode pedir que a população economize energia. A afirmação é do
ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em entrevista publicada pelo
“The Wall Street Journal”.
Segundo o ministro, é muito baixa a possibilidade de falta de energia elétrica antes do início da estação chuvosa que começa em novembro, mas, se o volume de chuvas não aumentar em abril ou maio e não houver uma recuperação dos reservatórios que suprem as importantes usinas hidrelétricas do país, ele poderá pedir aos brasileiros que reduzam voluntariamente a demanda por energia.
O ministro garantiu que não haverá racionamento compulsório de energia, o que, lembra o “WSJ” poderia ser um problema para a presidente Dilma Rousseff, em ano de eleições presidenciais.
O país teve racionamento em 2001-2002, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Este ano, enfrenta uma onda de calor e de seca recorde. Segundo o jornal americano, analistas do banco de investimento brasileiro Brasil Plural disseram em relatório de mercado neste mês acreditar que o racionamento não poderá ser evitado.
“Não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento de energia”, disse Lobão na entrevista. “Temos a convicção de que isso não será necessário.”
O ministro frisou que o governo não planeja cobrar mais das pessoas que não estão economizando energia, como aconteceu durante o racionamento, em que o governo FH cobrava multa de quem não cumpria a cota de energia. Cerca de 70% da geração de energia do país vêm de usinas hidrelétricas, que embora sejam fontes baratas de energia, tornam-se vulneráveis quando há longos períodos sem chuva, afirma o jornal americano.
Nesta quinta-feira, a empresa de planejamento energético do Brasil, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), informou que a demanda no país subiu 8,6% em fevereiro, na comparação anual. Lobão afirmou ao “WSJ” que, para evitar qualquer problema durante a Copa do Mundo, o governo instalou duas subestações de eletricidade em cada um dos 12 estádios que vão receber jogos, disse o ministro e garantiu que não há riscos de blecautes durante os jogos.
Ele previu, ainda de acordo com a entrevista, que a demanda por energia elétrica provavelmente não subirá até níveis de pico durante o campeonato mundial de futebol, pois o consumo mais elevado gerado pelos jogos e pelos turistas seria compensado pelo menor consumo de empresas e fábricas, que vão parar em dias de jogos.
Ao “WSJ”, Lobão disse que o governo não quer iniciar o programa de racionalização do consumo antes que seja absolutamente necessário, para evitar uma propagação de medo de uma real escassez de energia. Agir agora "poderia ser interpretado como início de racionamento", disse o ministro ao jornal americano.
Segundo o ministro, é muito baixa a possibilidade de falta de energia elétrica antes do início da estação chuvosa que começa em novembro, mas, se o volume de chuvas não aumentar em abril ou maio e não houver uma recuperação dos reservatórios que suprem as importantes usinas hidrelétricas do país, ele poderá pedir aos brasileiros que reduzam voluntariamente a demanda por energia.
O ministro garantiu que não haverá racionamento compulsório de energia, o que, lembra o “WSJ” poderia ser um problema para a presidente Dilma Rousseff, em ano de eleições presidenciais.
O país teve racionamento em 2001-2002, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Este ano, enfrenta uma onda de calor e de seca recorde. Segundo o jornal americano, analistas do banco de investimento brasileiro Brasil Plural disseram em relatório de mercado neste mês acreditar que o racionamento não poderá ser evitado.
“Não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento de energia”, disse Lobão na entrevista. “Temos a convicção de que isso não será necessário.”
O ministro frisou que o governo não planeja cobrar mais das pessoas que não estão economizando energia, como aconteceu durante o racionamento, em que o governo FH cobrava multa de quem não cumpria a cota de energia. Cerca de 70% da geração de energia do país vêm de usinas hidrelétricas, que embora sejam fontes baratas de energia, tornam-se vulneráveis quando há longos períodos sem chuva, afirma o jornal americano.
Nesta quinta-feira, a empresa de planejamento energético do Brasil, Empresa de Pesquisa Energética (EPE), informou que a demanda no país subiu 8,6% em fevereiro, na comparação anual. Lobão afirmou ao “WSJ” que, para evitar qualquer problema durante a Copa do Mundo, o governo instalou duas subestações de eletricidade em cada um dos 12 estádios que vão receber jogos, disse o ministro e garantiu que não há riscos de blecautes durante os jogos.
Ele previu, ainda de acordo com a entrevista, que a demanda por energia elétrica provavelmente não subirá até níveis de pico durante o campeonato mundial de futebol, pois o consumo mais elevado gerado pelos jogos e pelos turistas seria compensado pelo menor consumo de empresas e fábricas, que vão parar em dias de jogos.
Ao “WSJ”, Lobão disse que o governo não quer iniciar o programa de racionalização do consumo antes que seja absolutamente necessário, para evitar uma propagação de medo de uma real escassez de energia. Agir agora "poderia ser interpretado como início de racionamento", disse o ministro ao jornal americano.
O GLOBO
Quadrilhas aplicam golpes de R$ 9 mi na CEF
Durante a coletiva de imprensa, os delegados apresentaram parte
do material apreendido como cartões bancários, explosivos e detonadores
FOTO: ALEX COSTA
As investigações, que tiveram início no dia 17 de outubro do ano passado, resultaram no desencadeamento da Operação Cártula. Os agentes da PF cumpriram 10 mandados de prisão preventiva, 11 de busca e apreensão e 31 de condução coercitiva, além de sequestro de imóveis, veículos e contas bancárias.
Dos acusados que tiveram prisão preventiva decretada, um já estava recolhido a uma unidade prisional e outro tinha recebido o benefício da liberdade condicional. Os bandidos agiam em seis Estados e também no Distrito Federal.
Basicamente, o golpe consistia em ganhar dinheiro através de clonagem de cheques que eram compensados. Os criminosos abriam contas correntes com uso de documentos falsos ou aliciando terceiros para que cedessem as contas, nas quais seriam depositados os valores.
Essas pessoas, segundo o delegado da PF, Carlos Eduardo Pellegrini Magro, cediam as contas mediante uma compensação financeira. Com as contas abertas, os criminosos pegavam as folhas de cheques em branco e colocavam dados falsos, bem como numerações diferentes, para fazer as transações financeiras ilegais.
No caso do ex-policial militar, que foi expulso em 1992, ele comandava um grupo criminoso especializado em cometer latrocínios (roubos seguidos de morte) e também era acusado de executar policiais. Conforme as investigações da PF, o ex-soldado migrou para o crime de fraude bancária. Os bandidos do outro grupo, no entanto, permaneceram cometendo crimes mais graves, como tráfico de drogas e homicídios. Somente no Ceará, os marginais se envolveram em 11 crimes de morte.
A descoberta do esquema criminoso contra instituições financeiras teve forte colaboração da CEF. Os policiais federais utilizaram a tática de investigação com base na análise de sistema de dados.
Ataques
Em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), os policiais apreenderam dezenas de cartões bancários, malotes, explosivos e detonadores, o que demonstra que os criminosos têm envolvimento com ataques a bancos. Segundo a PF, mesmo que não tenham participado diretamente dessas ações, os marginais forneceram o material.
O superintendente regional da PF, Renato Casarini ressaltou que as investigações continuam, entretanto as prisões efetuadas representam um grande golpe nas pretensões dos integrantes dos dois grupos criminosos.
As investigações foram conduzidas pelos delegados federais Carlos Eduardo Pellegrini Magro e Wellington Santiago da Silva. Os presos foram indiciados por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro.
Com relação aos crimes de morte, essas investigações já estão em andamento. Todas as informações coletadas pelos agentes da PF serão repassadas para a Polícia Civil.
DN
CPI quer suspender venda de chips no Ceará
Segundo o inquérito, ficou provado que apenas a Vivo atinge a meta de qualidade do serviço de dados
Dentre as resoluções, está a abertura de uma Ação Civil Pública, que ainda deve passar por análise e votação no plenário
Foto: marília camelo
“A CPI não tem, por lei, a possibilidade de fazer com que as operadoras cumpram imediatamente a suspensão das vendas. A nossa missão é investigar e concluir o relatório, que será encaminhados aos devidos órgãos para que as providências sejam tomadas”, afirma o presidente da CPI, deputado Welington Landim. Apesar disso, ele ressalta que “a CPI cumpriu sua parte, mesmo com as operadoras se negando a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (exceção feita somente à Oi), que faria com que as empresas de comprometessem a melhorar seus serviços”.
Para o deputado, a partir de agora, o processo de análise e votação deverá ocorrer até o fim da próxima semana. “Deve ser um trâmite rápido. Entre a próxima quarta e quita-feira já deverá está sendo discutido e votado”, enfatiza Landim.
Capacidade excedente
De acordo com o relator da Comissão, Fernando Hugo, as operadoras de telefonia expandiram as vendas de linha além da capacidade instalada pelas redes. “O resultado é que os serviços estão de péssima qualidade, com interrupções de ligações constantes. Muitas vezes, se tenta ligar para a própria residência, e a gravação diz que o número chamado não existe”, assinalou. “A Vivo ficou de fora da lista porque tem apenas 500 mil usuários no Ceará e ficou provado durante as investigações que a operadora cumpre com suas obrigações”, justifica.
O parlamentar revelou que somente no Ceará a TIM tem 3,7 milhões de clientes; a Oi fica com 3,6 milhões; a Vivo com 500 mil usuários. A única que não informou o número de usuários foi a Claro: “Ela se comprometeu em mandar os números, mas não cumpriu”, disse.
Telefone popular
Além da CPI da Telefonia Móvel, a operadora Oi também tem sido cobrada pelo Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon) sobre a divulgação do telefone popular, como é conhecido o Acesso Individual Classe Social (Aice). Segundo o órgão, um ofício enviado à operadora já foi atendido. O telefone popular dá direito a uma franquia mensal de 90 minutos com custo de até R$ 15.
Operadoras respondem
A Oi informou que “a companhia sempre se colocou à disposição da CPI e que continuará disponível para todos os esclarecimentos”. Já a TIM afirmou que “prestou todos os esclarecimentos e que aguardará a tramitação da referida proposta”. A Claro disse que “colaborou em todos os momentos que foi solicitada”.
DN