Na comparação com dezembro de 2014, houve queda expressiva na taxa de aprovação da presidente (à época, 42% consideravam seu governo ótimo ou bom), e alta na reprovação (24% de ruim ou péssimo, 20 pontos a menos do que atualmente). Na série histórica de avaliações do governo Dilma, seu pior índice de aprovação, até então, havia sido registrado no final de julho de 2013 (30%), e o seu melhor índice, em março do mesmo ano (65%).
A aprovação a Dilma caiu em todos os segmentos da população. Mesmo em estratos em que o apoio a petista se mantém acima da média, houve queda significativa. Entre os menos escolarizados, por exemplo, 31% aprovam seu governo atualmente, índice que era de 54% em dezembro do ano passado. Na parcela dos mais pobres, com renda mensal familiar de até 2 salário, a aprovação caiu de 50% para 27% no mesmo período. No Nordeste, foi de 53% para 29%, e no Norte, de 51% para 34%.
De forma geral, os segmentos em que Dilma enfrente seus piores níveis de aprovação hoje são: jovens de 16 a 24 anos (19%); brasileiros com ensino médio (19%) e curso superior (16%); brasileiros com renda mensal familiar de 5 a 10 salários (16%) e mais de 10 salários (17%); residentes no Sudeste (19%) e em cidades com mais de 500 mil habitantes (17%).
De 0 a 10, a nota média atribuída ao desempenho da presidente Dilma Rousseff nos seus quatro anos e um mês de governo é 4,8, o que também representa sua pior nota desde a posse, em 2011.
Para a maioria dos brasileiros, a presidente Dilma Rousseff mentiu durante a campanha à reeleição. Esse grupo inclui aqueles que acreditam que ela disse mais mentiras do que verdades durante a campanha (46%), os que avaliam que disse somente mentiras (14%). A parcela dos que acreditam que a petista disse somente verdades soma 8%, há 25% para quem houve mais verdades do que mentiras, e há 8% que não opinaram sobre o assunto.
A imagem da presidente diante dos brasileiros também piorou na comparação com levantamentos anteriores. Atualmente, 50% a consideram indecisa, 46%, decidida, e 3% não têm opinião a respeito. Em abril de 2012, um ano e três meses após assumir, na última pesquisa em que esses atributos foram avaliados, 82% a apontavam como decidida, e somente 15%, como indecisa. Dois em cada três brasileiros (66%) avaliam a presidente como muito inteligente, e 31%, como pouco inteligente (4% não opinaram). Em abril de 2012, a taxa dos que a apontavam como muito inteligente alcançava 84%, e somente 10% diziam que era pouco inteligente.
No mesmo período, a taxa dos que a avaliam como sincera caiu pela metade (de 73% para 35%), enquanto subiu de 13% para 54% a dos que a consideram falsa - 11% não opinaram na pesquisa atual, e 14% na realizada em 2012. Também foi consultada pela primeira vez a imagem sobre a honestidade da petista, e 47% a avaliaram como desonesta. A fatia dos que a apontaram como honesta soma 39%, e 14% não opinaram.
O desempenho de Dilma na área econômica, atualmente, é pior do que na área social: 20% avaliam a gestão econômica da petista ótima ou boa, 43% acham que é ruim ou péssima, e para 35%, é regular. Na área social, 32% avaliam seu desempenho como ótimo ou bom, 38%, como regular, e 27%, como ruim ou péssimo. Parcelas iguais, de 2%, não opinaram sobre esses temas.
(Fonte: Instituto DataFolha)