Zezinho Albuquerque fala, olhando para Camilo, do apoio dos deputados, sob as vistas do peemedebista Carlomano Marques
FOTO: NATINHO RODRIGUES
O candidato petista ao Governo do Estado, Camilo Santana, almoçou com
34 deputados estaduais, ontem, em um restaurante na Avenida Beira Mar,
para agradecer o apoio dos parlamentares e ressaltar a importância da
atuação deles em cada base eleitoral. O candidato da chapa ao Senado,
Mauro Filho (PROS), e a postulante ao cargo de vice, Izolda Cela, também
participaram do encontro, além do secretário de Saúde, Ciro Gomes. O
deputado do PMDB, Carlomano Marques, era um dos participantes do almoço.
Camilo Santana exaltou a importância da presença de cada parlamentar no
Interior do Estado para reforçar a campanha majoritária ao alertar para
a dificuldade da campanha eleitoral. "Os deputados estão presentes nos
seus municípios, no dia a dia, nas suas regiões, nas suas áreas. É
importante ter o apoio (...) Portanto, nós precisamos aprofundar as
mudanças aqui no Estado do Ceará e é o momento de pedir o apoio e
engajamento na campanha. Não será uma campanha fácil", destacou o
petista.
Mauro Filho citou que o secretário de Saúde, Ciro Gomes, também
reforçou esse pedido aos deputados, mas reconheceu que muito já estava
sendo feito. "O Ciro disse inclusive que nós estamos em todos os 184
municípios do Estado. É a única coligação que está presente em todos os
municípios. Não tem nenhum que não tenha. Portanto, pedimos a ênfase e o
empenho ainda maior, porque já tem muita gente trabalhando. Tenho que
reconhecer isso publicamente. Já tem muito deputado no Interior levando o
nome do Mauro Filho, do Camilo e da Izolda", agradeceu o parlamentar.
Reforçar
O presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque, fez um
discurso inicial antes do almoço para declarar total apoio às
candidaturas de Camilo Santana, Izolda Cela e Mauro Filho. Ele destacou a
forma como tem trabalhado. "Como eu disse na minha primeira declaração.
Vou trabalhar por você mais do que trabalharia por mim. Hoje atendi
mais de 8 prefeitos. Ontem, foram mais de 15 prefeitos até as 10h da
noite. Eu não estou fazendo isso por mim e nem por você, mas pelo povo
do Estado do Ceará", pontuou.
Zezinho Albuquerque também relembrou o processo de escolha dos
candidatos, mas rechaçou durante o discurso aos deputados qualquer
possibilidade de mágoa. "Essa luta não é por nós, não é pelo Camilo, não
é pelo Mauro Filho, mas é pelo Estado. O verdadeiro homem público olha
para o Estado. Nós tínhamos pré-candidatos do PROS. Todos eles bem
avaliados, pessoas sérias, querendo contribuir para o desenvolvimento do
Estado, mas achamos que o nome para dar continuidade a esse projeto
seria o de Camilo Santana", destacou.
Apesar de fazerem parte da legenda de Eunício Oliveira, os
peemedebistas Carlomano Marques e Neto Nunes participaram do encontro,
além dos deputados Júlio César Filho (PTN) e Téo Menezes (DEM)
confirmando que não apoiaram a decisão de seus respectivos partidos em
formarem a coligação de apoio à candidatura do PMDB ao Governo do
Estado.
Em outra mesa, os deputados petistas também prestigiaram o encontro,
assim como o presidente da legenda, Diassis Diniz, mas o parlamentar
Antônio Carlos, ligado a Luizianne Lins não compareceu. Outra ausência
sentida foi a do deputado Fernando Hugo (SD), apesar da presença dos
colegas de sigla, Lucílvio Girão e Thiago Campelo.
Já durante o almoço, vários deputados conversaram reservadamente com
Camilo Santana e Mauro Filho. O parlamentar Sineval Roque (PROS) revelou
que discutiu com o candidato ao Governo do Estado a difícil situação de
alguns municípios em que o petista terá para angariar votos na disputa
majoritária e frisou a importância de que essa preocupação fique com os
aliados e quem estiver participando da coordenação da campanha.
"Nos municípios, vão ter os comitês, onde vai estar o próprio Ciro
Gomes, Ilário Marques e mais alguns para desmanchar isso. Se os
candidatos forem sentar para desfazer alguma briga, alguns arranhões, o
sentido da campanha se perde. Então, com certeza, essa não será uma
tarefa dos candidatos majoritários", defendeu o deputado sem querer
citar os municípios.
Eunício e aliados prometem "alto nível" em campanha
Em caminhada no Conjunto Ceará, candidato
promete focar campanha em "diálogo com a população". Vereador Capitão
Wagner diz ter errado ao discutir com Ciro Gomes em rede social e
promete evitar bate-boca
O candidato peemedebista, em momento de descontração entre apoiadores e populares
Em caminhada de campanha
realizada ontem no bairro Conjunto Ceará, o candidato ao Governo do
Estado Eunício Oliveira (PMDB) e seus aliados destacaram a vontade de
preservar o “alto nível” da campanha e de discutir propostas.
O
presidente da Câmara Municipal de Fortaleza e candidato a deputado
estadual Walter Cavalcante (PMDB) afirmou ter pedido a Eunício que evite
o “baixo nível” e que ele não faça criticas que causem constrangimentos
a seus adversários.
Cavalcante afirmou que o senador deverá
usar seu tempo de propaganda na TV para mostrar propostas e que fará
passeatas para dialogar com a população.
O vereador e
candidato a deputado estadual Capitão Wagner (PR) disse ter sido uma
“falha de sua parte” a discussão por meio da rede social Facebook com o
secretário de Saúde e ex-governador Ciro Gomes (Pros). Ele disse que irá
apresentar propostas e evitar o “bate-boca” porque esse comportamento
“afasta o eleitor”.
Wagner e Ciro protagonizaram, no dia 10 de
junho, intensa troca de insultos e acusações. Em sua página no
Facebook, Ciro classificou o suposto convite de Eunício ao vereador para
que ele fosse seu secretário de Segurança em uma eventual gestão como
“aberração terrivelmente perigosa” e reforçou acusação de que o vereador
chefiaria “milícia ligada ao narcotráfico” na PM do Estado.
Wagner
reagiu à fala afirmando na Câmara que, caso o Ceará não tivesse
“Assembleia Legislativa tão submissa”, Ciro estaria em um presídio. O PR
de Wagner também pertence a Roberto Pessoa, ex-prefeito de Maracanaú,
candidato a vice-governador e um dos desafetos dos Ferreira Gomes. Ele
estava presente na caminhada de ontem.
Ao chegar ao evento,
Eunício concedeu entrevista à imprensa e destacou, mais uma vez, a
disposição de dialogar com a sociedade para debater propostas. Disse que
“não adianta fazer prédios bonitos e obras grandes se elas não trazem
retorno para a população”, referindo-se ao governador Cid Gomes (Pros).
Tasso ausente
O
ex-governador e candidato ao Senado pela chapa de Eunício, Tasso
Jereissati (PSDB), não estava presente na caminhada. A presença do
tucano, uma das apostas da coligação de Eunício, tinha sido confirmada à
imprensa.
Segundo o senador Eunício, Tasso estava
cuidando dos próprios negócios, “saindo dos conselhos das empresas para
poder se entregar à campanha”. A entrada do tucano sempre causa
expectativas no meio político - já que tem acontecido em momentos
variados das campanhas de que participou.
Deputados vão fazer um calendário de reuniões
Com o início do período eleitoral e das campanhas, permitidas pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde o dia 6, a Assembleia
Legislativa deve diminuir, a partir de agosto, o número de sessões de
quatro para uma por semana, ou seja, um total de quatro no mês. Em
setembro, a Casa deve entrar em "recesso branco" até o fim das eleições.
Pelo menos essa é a ideia do presidente da Casa, o deputado José
Albuquerque (PROS).
Ele explica que os parlamentares alegam precisar de tempo para
conversar com os eleitores do Interior do Estado sobre os feitos dentro
do Parlamento. "Há vários candidatos no Estado que não são deputados e
estão no Interior o tempo todo, e há os deputados que só podem ir no
final de semana", relatando a situação que, segundo ele, gera
inferioridade na disputa política. "Na minha opinião é uma só na
quarta-feira e vamos para o Interior mostrar o que os deputados fizeram e
têm feito, cada um fazer sua campanha".
De acordo com o parlamentar, a tendência é que se faça uma reunião por
semana em agosto e a partir do dia 15 de setembro uma nova reunião da
Mesa defina o recesso branco até o fim das eleições.
Para não prejudicar a votação de mensagens oriundas do Poder Executivo a
votação aconteceria na quarta ou quinta-feira. "Se for necessário se
faz dois dias, marca um dia, mas se for necessário se faz três dias,
quatro dias". Questionado sobre a recorrente falta de deputados na Casa
no últimos meses, inclusive causando o cancelamento de votações, antes
mesmo do período de campanha eleitoral, ele afirma que alguns ajustes
serão feitos para evitar esse problema.
Safra cearense deve atingir 1,05
mi de toneladas no ano
Sexta estimativa de 2014 prevê produção quase cinco vezes superior à registrada em 2013, de 221,9 mil t
O milho foi o grão cearense que apresentou a maior alta nas
estimativas. Para o IBGE, a produção do item deve superar a de 2013 em
556,9%
Foto: Honório Barbosa
Fortaleza/Rio. Atualizada todo mês pelo IBGE, a
estimativa da safra cearense de cereais, leguminosas e oleaginosas
totalizou 1,05 milhão de toneladas (t) em junho. O valor é exatamente
igual ao projetado para o Estado em maio e, se confirmado, será 376%
superior - ou quase cinco vezes maior - do que a produção de 2013, que
foi de 221,9 mil t.
Ainda de acordo com o IBGE, a safra do Ceará deve ser a quarta maior
entre os nove estados nordestinos, atrás apenas de Bahia (8,33 mi),
Maranhão (4,05 mi) e Piauí (2,82 mi). No País, porém, o Estado é o 15º
no ranking, tendo participação de somente 0,5% na safra nacional.
Itens em destaque
Como de praxe, cana-de-açúcar, milho, mandioca, feijão e arroz são os
itens que sustentarão a produção cearense no ano, revela a pesquisa do
IBGE. No caso do milho, aliás, a safra de 2014 deve superar a de 2013 em
556,9%, muito por conta do péssimo desempenho do Estado no ano passado,
puxado pela falta de chuvas nas plantações.
A produção cearense de feijão também é destaque, já que o Estado
aparece como segundo maior produtor nacional do item, atrás apenas do
Paraná, que deve produzir 421.680 t.
Brasil tem recorde
Nacionalmente, a safra brasileira de grãos deve atingir o recorde de
192,5 milhões de toneladas neste ano, segundo IBGE. O volume é
ligeiramente maior do que o previsto em maio, com um milhão de toneladas
a mais, e 2,3% superior ao total produzido no decorrer do ano passado.
Conforme a pesquisa, o Brasil deve colher uma área de 56,3 milhões de
hectares em 2014, um aumento de 6,6% em relação a 2013. Apesar de boa
parte da produção já ter sido colhida, ainda houve melhora nas
estimativas para o milho e para o trigo.
A safra de trigo será 0,9% superior à estimada em maio. A produção
nacional deve atingir 7,874 milhões de toneladas este ano, a maior desde
o início da série histórica da pesquisa, em 1974. "A área cultivada e a
expectativa de rendimento, por enquanto, ainda se mantêm altas.
Esperamos que as chuvas não venham. O trigo ainda está pequeno, a
cultura está no início", diz Flávio Pinto Bolliger, coordenador de
Agropecuária do IBGE.
No ano, a safra de trigo deve ser 37,7% maior que a de 2013, devido ao
clima favorável no Paraná e no Rio Grande do Sul, principais produtores.
Apenas a produção do Paraná deve crescer 113% em relação à do ano
passado. Já o milho teve uma primeira safra melhor que o imaginado.
"Parte da revisão tem a ver com o Nordeste, que tem informações um pouco
defasadas. Embora o aumento na estimativa para o milho tenha sido
pequeno (0,3% em relação ao previsto em maio), a influência é grande,
porque é uma cultura enorme", explicou Bolliger.
Conab
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também divulgou ontem
suas estimativas, mas para a safra 2013/2014. Segundo os dados, a
produção estimada do Ceará é de 607,7 mil toneladas. Em relação à
colheita anterior, que somou 221,1 mil toneladas de grãos - em que se
incluem arroz, aveia, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona e milho -
em 2013, o crescimento será de 174,9%.
Segundo a Conab, lavouras de milho que ainda estavam em frutificação em
julho podem ter sido prejudicadas pela falta de chuvas na região
central do Ceará, que também afetou as safras de feijão. Já na região
Sul do País, o problema foi o excesso de chuvas no mesmo mês. Safras
foram afetadas na produtividade e qualidade dos grãos.
Romário e Dias querem CPI da CBF
Deputado e senador pediram que a atuação de dirigentes de futebol sejam investigadas no Congresso Nacional
O parlamentar e tetracampeão chamou o presidente da Confederação
Brasileira de Futebol, José Maria Marin (à esquerda), de ladrão
FOTO: AGÊNCIA CÂMARA
Brasília. Um dia após a maior derrota de toda a
história da Seleção brasileira, a atuação da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) foi questionada por representantes da Câmara dos Deputados
e do Senado.
Crítico da CBF e da Copa no Brasil, o deputado federal Romário (PSB-RJ)
defendeu ontem a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) para investigar a entidade.
Depois do que chama de "vexame" da derrota do Brasil para a Alemanha
por 7 a1, Romário também defendeu a "prisão" dos principais dirigentes
da CBF.
Para o vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), a atuação dos
dirigentes do futebol no Brasil precisa ser investigada e as denúncias
de superfaturamento dos estádios e de desvios de recursos têm de ser
apuradas. Álvaro Dias foi o presidente da CPI do Futebol, em 2001.
Novo pedido
O deputado Romário já havia apresentado em 2012 o pedido de criação da
CPI, que acabou engavetado pela Câmara dos Deputados. Ele defende que o
presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), viabilize agora a
instalação da comissão.
"E agora, presidente, está na hora? Exceto por um vexame como o de
ontem, o Brasil não precisaria se envergonhar de uma derrota em campo,
afinal, derrotas fazem parte do esporte. Mas vergonha mesmo devemos
sentir de ter uma das gestões de futebol mais corruptas do mundo",
afirmou Romário.
A criação da CPI sobre a CBF tem o apoio de parte da oposição, mas
esbarra na pressão da "bancada da bola" - congressistas que defendem
interesses da confederação no Legislativo.
Álvaro Dias também demonstrou ser favorável à CPI no ano que vem, com a
renovação do Congresso após as eleições. "O ideal seria uma CPI para
investigar a organização da Copa, que custou a soma das três últimas
Copas. Uma CPI cairia bem, mas não agora, em meio à campanha eleitoral",
declarou.
Vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC) criticou a possibilidade
de instalação de CPI para investigar a CBF. "O que vamos ter que
debater não é CPI, mas que mudanças estruturais podem ser feitas em
nosso futebol", indicou o parlamentar, que é aliado do governo.
Romário também usou o Facebook para criticar a CBF. Ele citou o
episódio em que o assessor de imprensa da confederação, Rodrigo Paiva,
foi acusado de bater em um atleta de outra seleção, além da suposta
expulsão de Cafu do vestiário da Seleção. "O presidente da entidade,
José Maria Marin, é ladrão de medalha, de energia, de terreno público e
apoiador da ditadura".
Van Gaal reclama e despreza disputa de terceiro lugar em Brasília
Van Gaal, de 62 anos, lamentou ainda ter menos um dia de preparação para a partida em relação à seleção brasileira
O treinador, que deve apresentar-se até o próximo dia 20 ao seu
novo clube, o Manchester United, disse que perder de 7 a 1 é como perder
nos pênaltis
Foto: Reuters
Mais mal-humorado do que nunca, o treinador da Holanda, Louis van Gaal,
reclamou, na entrevista oficial organizada pela Fifa, de ter que viajar
para Brasília a fim de participar do jogo com o Brasil que definirá o
terceiro e o quarto colocados na
Copa do Mundo. Na
opinião do treinador, essa partida jamais deveria ser disputada, afinal
"só há uma taça em jogo". Ele disse considerar que a seleção que perder
no sábado sairá com a sensação de que fez uma campanha ruim, pois terá
sido derrotada duas vezes.
"Acho que esse jogo nunca deveria ser jogado. Falo isso há dez, 15
anos. O que é pior é que existe a possibilidade de perder duas vezes
seguidas. Em um torneio em que fizemos partidas maravilhosas, poderemos
voltar para casa como perdedores", afirmou.
Van Gaal, de 62 anos, lamentou ainda ter menos um dia de preparação para a partida em relação à
seleção brasileira. Segundo ele, "é injusto" ter menos tempo de preparação "para se recuperar do que o adversário". "Isso não é
fair play", disse.
Van Gaal recusou-se a estender comentários a respeito da
seleção brasileira, humilhada pelos 7 a 1 aplicados pela
Alemanha.
"Perder de 7 a 1 é como perder nos pênaltis", limitou-se a responder
quando perguntado sobre o que espera do Brasil no jogo de sábado. O
treinador, que deve apresentar-se até o próximo dia 20 ao seu novo
clube, o
Manchester United, queixou-se também do fracasso de sua seleção na cobrança de pênaltis que definiu o finalista da Copa contra a Alemanha.
Irritado mais de uma vez com as perguntas, classificando uma delas como
"humilhante", Van Gaal disse que não se interessa sobre o que dizem
dele e dos times que dirige. "No futebol você tem que fazer mais um gol
do que o adversário, mas não conseguimos, concluiu o treinador.
Felipão reafirma que não sabe o que houve
Técnico deu entrevista de emergência, ontem, e saiu em defesa de tudo o que foi feito na Seleção durante o Mundial
Luiz Felipe Scolari fez questão de mostrar números positivos de
sua passagem pela Seleção Brasileira, mas não quis comentar sobre seu
futuro na equipe
fotos: Reuters
Periódicos de todo o mundo são quase unânimes na tentativa de
definir o 7 a 1 aplicado no Mineirão pela Alemanha sobre a Seleção
Brasileira, que disputará o terceiro lugar da Copa do Mundo no próximo
sábado, em Brasília
O técnico Luiz Felipe Scolari continua sem ter explicação para a
humilhante derrota da Seleção Brasileira por 7 a 1 para a Alemanha.
Nesta quarta, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), ele disse que nem
havia conversado com os jogadores sobre o desastre do Mineirão, no dia
anterior, em Belo Horizonte. Ao ser bombardeado de perguntas admitiu não
saber o que se passou. "Se eu pudesse responder com consciência o que
aconteceu naqueles seis minutos, eu responderia. Mas também não sei".
Felipão continuou batendo na tecla de que o Brasil fazia boa partida,
apesar de ter tomado o primeiro gol com apenas 10 minutos, e que a
goleada foi desenhada nos tais seis minutos de intervalo entre o segundo
e quinto gols dos alemães.
"Tomamos um contra-ataque e tomamos o primeiro gol de bola parada em
vinte e poucos jogos. Nós sabíamos, estudamos (a jogada de escanteio do
adversário), mas tomamos aquele gol. Tomamos o segundo e na saída de
bola o terceiro. Aí houve uma pane geral, da comissão técnica, dos
jogadores. Ninguém entendia o que estava acontecendo e a equipe da
Alemanha aproveitou a oportunidade", afirmou Felipão, que compareceu à
coletiva acompanhado de todos os integrantes da comissão técnica.
O treinador se baseou nos números positivos da Seleção desde que
assumiu o cargo, um ano e meio atrás, para defender o trabalho e disse
que o objetivo agora é conquistar o 3º lugar neste sábado, no estádio
Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Ele não quis falar sobre o seu
futuro, lembrando que seu compromisso com a CBF vai até sábado.
Simpósio
Ainda na coletiva, o coordenador Carlos Alberto Parreira disse que o
impacto da derrota é sim uma grande oportunidade que o Brasil tem para
se reorganizar. "É um bom momento sim para se discutir o nosso futebol,
que já caiu outras vezes, mas continua grande e vai sobreviver a mais
essa catástrofe. Entendo que o trabalho da Alemanha é um exemplo. Nós
aqui no Brasil temos um centro de treinamento (Granja Comary) à
disposição da Seleção. Lá eles têm 25, um para cada situação", disse
Parreira.
Jornais destacam a "humilhação" brasileira
A histórica goleada sofrida pelo Brasil na última terça-feira, pela
semifinal da Copa do Mundo, repercutiu na imprensa mundial ontem. E os
jornais do exterior são quase unânimes na tentativa de definir o 7 a 1
aplicado no Mineirão pela Alemanha, que disputará neste domingo a final
da competição: "Humilhação" é a palavra mais utilizada por eles.
Só na Espanha, três dos principais diários esportivos do país usaram a
palavra em suas capas. "Humilhação mundial", dizia o Marca em bom
português sobre a goleada. "Humilhação", era a manchete do Mundo
Deportivo. "Humilhação esportiva, fracasso" estampava a capa do Sport.
Na Itália, o tom era semelhante. "Humilhado", dizia a capa do Corriere
dello Sport com a foto de David Luiz. O zagueiro, tão elogiado ao longo
do Mundial, se tornou o preferido da imprensa europeia para ilustrar o
fracasso brasileiro. Já o jornal A Bola, de Portugal, brincou com o
célebre "Deus é brasileiro" ao estampar "Adeus é brasileiro".
Como era esperado, o vexame brasileiro não passou ileso a uma piada do
diário Olé, da Argentina. Conhecido pelo bom humor e pelas provocações, o
jornal estampou em sua capa uma foto do técnico Luiz Felipe Scolari
fazendo o número 7 com as mãos e brincou com o sonho do sexto título
mundial do Brasil. "Hexa + 1", provocou.
Empresário de Neymar detona Scolari
Um dia após a maior derrota sofrida pela Seleção Brasileira em sua
história centenária, o empresário do atacante Neymar, Wagner Ribeiro,
chamou o técnico Luiz Felipe Scolari de "velho babaca, prepotente e
ridículo".
"Seis quesitos para ser técnico da Seleção Brasileira: 1- Ir treinar
seleção de Portugal e não ganhar nada; 2 - Ir para o Chelsea e ser
mandado embora; 3 - Ir treinar o Uzbequistão; 4 - Voltar ao Brasil e
pegar um time grande e rebaixá-lo para a segunda divisão; 5 - Pedir
demissão 56 dias antes do final do campeonato para 'escapar' do
rebaixamento; 6 - Ser velho babaca, arrogante, asqueroso, prepotente e
ridículo", escreveu o empresário em sua conta no Twitter.
Neymar não participou da derrota do Brasil para Alemanha. Ele ficou de
fora após fraturar a terceira vértebra lombar do lado esquerdo.
Na vitória Canarinho sobre Camarões por 4 a 1, o empresário havia
lamentado a substituição de Neymar. O jogador foi poupado em razão de
estar pendurado com um cartão amarelo.
"Neymar tinha 24 minutos para fazer o seu 3º gol e seria o único em 66 anos a este feito, porém foi poupado", escreveu.O empresário gerencia também a carreira do atacante Lucas, preterido por Felipão.
Volkswagem tem capacidade de fazer dois Gols por minuto
Em goleadas como a sofrida pela Seleção
Brasileira, é comum brincar que "nem a Volkswagen faz tantos gols em tão
pouco tempo", na goleada sofrida pelo Brasil não foi diferente
Após a derrota de 7 X 1 sofrida pela
Seleção Brasileira para a Alemanha, na tarde desta terça-feira, 8,
pelas semifinais da Copa do Mundo de 2014, as redes sociais ficaram
tomadas de piadas sobre o jogo. A mais comum em goleadas como essa é a
de que é uma referência ao automóvel Gol, fabricado pela gigante alemã,
Volkswagen.
No caso dos quatro gols sofridos pela Seleção
Brasileira em um intervalo de seis minutos não foi diferente. Vários
internautas aproveitaram pra brincar que “nem a Volkswagen consegue
fazer quatro gols em seis minutos”. Mas isso não é verdade.
As
duas fabricas da Volkswagen no Brasil, de São Bernardo do Campo, no ABC
paulista, e de Taubaté, no interior de São Paulo, têm capacidade de
produzir um Gol por minuto, cada. Ou seja, somadas, as duas têm
capacidade de produzir dois Gols por minuto, ou 12 em seis minutos.
Essa
informação é dada pela própria Volkswagen e isso não significa que um
carro é integralmente fabricado em minuto, mas que a cada minuto um
automóvel fica pronto, em cada uma das fábricas.