A PRÁTICA É
BEM DIFERENTE DA TEORIA:
DE
PROFESSOR A POLICIAL
George L. Kirkham, professor
assistente da Escola de Criminologia da Universidade da Flórida.
Como professor de Criminologia, tive problemas durante algum tempo, devido ao fato
de que, seguindo a maioria daqueles que escrevem livros sobre assuntos
policiais, eu nunca havia sido policial. Contudo, alguns elementos da
comunidade acadêmica norte-americana, tal como eu, agiram muitas vezes
precipitadamente ao apontar erros da nossa polícia. Dos incidentes que lemos
nos jornais, formamos imagens estereotipadas, como as do policial violento,
racista, venal ou incorreto. O que não vemos são os milhares de dedicados
agentes da polícia, homens e mulheres, lutando e resolvendo problemas difíceis
para preservar nossa sociedade e tudo que nos é caro.Muitos dos meus alunos
tinham sido policiais, e eles várias vezes opunham às minhas críticas o
argumento de que uma pessoa só poderia compreender o que um agente da polícia
tem de suportar quando se sentisse na pele de um policial. Por fim, me decidi a
aceitar o desafio. Entraria para a polícia e, assim, iria testar a exatidão
daquilo que vinha ensinando. Um dos meus alunos (um jovem agente que gozava
licença para freqüentar o curso, pertencente à Delegacia de Polícia de
Jacksonville, Flórida) me incitou a entrar em contato com o Xerife Dale Carson
e o Vice-Xerife D. K. Brown e explicar-lhes minha pretensão.
Lutando por
um distintivo.
Jacksonville parecia-me o lugar ideal. Um porto
marítimo e um centro industrial em crescimento acelerado. Ali ocorriam, também,
manifestações dos maiores problemas sociais que afligem nossos tempos: crime,
delinqüência, conflitos raciais, miséria e doenças mentais. Tinha, igualmente,
a habitual favela e o bairro reservado aos negros. Sua força policial, composta
por 800 elementos, era tida como uma das mais evoluídas dos Estados Unidos.Esclareci
ao Xerife Carson e ao Vice-Xerife Brown de que pretendia um lugar não como
observador, mas como patrulheiro uniformizado, trabalhando em expediente
integral durante um período de quatro a seis meses. Eles concordaram, mas
impuseram também a condição de que eu deveria, primeiro, preencher os mesmos
requisitos que qualquer outro candidato a policial, uma investigação completa
do caráter, exame físico, e os mesmos programas de treinamento. Haveria outra
condição com a qual concordei prontamente em nome da moral. Todos os outros
agentes deviam saber quem eu era e o que estava fazendo ali. Fora disso, em
nada eu me distinguiria de qualquer agente, desde o meu revólver Smith and
Wesson .38 até o distintivo e o uniforme.O maior obstáculo foram as 280 horas
de treinamento estabelecidas por lei. Durante quatro meses (quatro horas por
noite e cinco noites por semana), depois das tarefas de ensino teórico, eu
aprendia como utilizar uma arma, como aproximar-me de um edifício na escuridão,
como interrogar suspeitos, investigar acidentes de trânsito e recolher
impressões digitais. Por vezes, à noite, quando regressava a casa depois de
horas de treinamento de luta para defesa pessoal, com os músculos cansados,
pensava que estava precisando era de um exame de sanidade mental por ter-me
metido naquilo. Finalmente, veio a graduação e, com ela, o que viria a ser a
mais compensadora experiência da minha vida.
Patrulhando a rua.
Ao escrever este artigo, já completei mais de 100
rondas como agente iniciado, e tantas coisas aconteceram no espaço de seis
meses que jamais voltarei a ser a mesma pessoa. Nunca mais esquecerei também o
primeiro dia em que montei guarda defronte à porta da Delegacia de
Jacksonville. Sentia-me, ao mesmo tempo, estúpido e orgulhoso no meu novo
uniforme azul e com a cartucheira de couro.A primeira experiência daquilo que
eu chamo de minhas "lições de rua" aconteceu logo de imediato. Com
meu colega de patrulha, fui destacado para um bar, onde havia distúrbios, no
centro da zona comercial da cidade. Encontramos um bêbado robusto e turbulento
que, aos gritos, se recusava a sair. Tendo adquirido certa experiência em
admoestação correcional, apressei-me a tomar conta do caso. "Desculpe,
amigo", disse eu sorridente, "não quer dar uma chegadinha aqui fora
para bater um papo comigo?" O homem me encarou incrédulo, com os olhos
vermelhos. Cambaleou e me deu um empurrão no ombro. Antes que eu tivesse tempo
de me recuperar, chocou-se de novo comigo e, desta vez, fazendo saltar da
dragona a corrente que prendia meu apito. Após breve escaramuça, conseguimos
levá-lo para a radiopatrulha.Como professor universitário, eu estava habituado
a ser tratado com respeito e deferência e, de certo modo, presumia que isso
iria continuar assim em minhas novas funções. Estava porém, aprendendo que meu
distintivo e uniforme, longe de me protegerem do desrespeito, muitas vezes
atuavam como um imã atraindo indivíduos que odiavam o que eu representava.
Confuso, olhei para meu colega, que apenas sorriu.
Teoria
e prática.
Nos dias e
semanas seguintes, eu iria aprender mais coisas. Como professor, sempre
procurava transmitir aos meus alunos a idéia de que era errado exagerar o
exercício da autoridade, tomar decisões por outras pessoas ou nos basearmos em
ordens e mandatos para executar qualquer tarefa. Como agente de polícia, porém,
fui muitas vezes forçado a fazer exatamente isso. Encontrei indivíduos que
confundiam gentileza com fraqueza - o que se tornava um convite à violência.
Também encontrei homens, mulheres e crianças que, com medo ou em situações de
desespero, procuravam auxílio e conselhos no homem uniformizado.Cheguei à
conclusão de que existe um abismo entre a forma como eu, sentado calmamente no
meu gabinete com ar condicionado, conversava com o ladrão ou assaltante à mão
armada, e a maneira pela qual os patrulheiros lidam com esses homens - quando
eles se mostram violentos, histéricos ou desesperados. Esses agressores, que
anteriormente me pareciam tão inocentes, inofensivos e arrependidos depois do
crime cometido, como agente de polícia, eu os encarava pela primeira vez como
uma ameaça à minha segurança pessoal e a da nossa própria sociedade.
Aprendendo com o medo.
Tal como o crime, o medo deixou de ser um conceito
abstrato para mim, e se tornou algo bem real, que por várias vezes senti: era a
estranha impressão em meu estômago, que experimentava ao me aproximar de uma
loja onde o sinal de alarme fora acionado; era uma sensação de boca seca
quando, com as lâmpadas azuis acesas e a sirena do carro ligada, corríamos para
atender a uma perigos chamada onde poderia haver tiroteio. Recordo
especialmente uma dramática lição no capítulo do medo. Num sábado à noite,
patrulhava com meu colega uma zona de bares mal freqüentados e casas de
bilhares, quando vimos um jovem estacionar o carro em fila dupla. Dirigimo-nos
para o local, e eu pedi que arrumasse devidamente o automóvel, ou então que
fosse embora, ao que ele respondeu inopinadamente com insultos.Ao sairmos da
radiopatrulha e nos aproximarmos do homem, a multidão exaltada começou a nos
rodear. Ele continuava a nos insultar, recusando-se a retirar o carro. Então,
tivemos que prendê-lo. Quando o trouxemos para a viatura da polícia, a turba
nos cercou completamente. Na confusão que se seguiu, uma mulher histérica abriu
meu coldre e tentou sacar meu revólver.De súbito, eu estava lutando para salvar
minha vida. Recordo a sensação de verdadeiro terror que senti ao premir o botão
do armeiro na radiopatrulha onde se encontravam nossas armas longas. Até então,
eu sempre tinha defendido a opinião de que não devia ser permitido aos
policiais o uso de armas longas, pelo aspecto "agressivo" que
denotavam, mas as circunstâncias daquele momento fizeram mudar meu ponto de
vista, porque agora era minha vida que estava em risco. Senti certo amargor quando,
logo na noite seguinte, voltei a ver, já em liberdade, o indivíduo que tinha
provocado aquele quase motim - e mais amargurado fiquei quando ele foi julgado
e, confessando-se culpado, condenaram-no a uma pena leve por "violação da
ordem".
Vítimas silenciosas.
Dentre todas as trágicas vítimas que vi durante seis
meses, uma se destaca. No centro da cidade, num edifício de apartamentos, vivia
um homem idoso que tinha um cão. Era motorista de ônibus aposentado.
Encontrava-os quase sempre na mesma esquina, quando me dirigia para o serviço,
e por vezes me acompanhavam durante alguns quarteirões.Certa noite, fomos
chamados por causa de um tiroteio numa rua perto do edifício. Quando chegamos,
o velho estava estendido de costas no meio de uma grande poça de sangue. Fora
atingido no peito por uma bala e, em agonia, me sussurrou que três adolescentes
o tinham interceptado e lhe exigiram dinheiro. Quando viram que tinha tão
pouco, dispararam e o abandonaram na rua.Em breve, comecei a sentir os efeitos
daquela tensão diária a que estava sujeito. Fiquei doente e cansado de ser
ofendido e atacado por criminosos que depois seriam quase sempre julgados por
juizes benevolentes e por jurados dispostos a conceder aos delinqüentes
"nova oportunidade de se reintegrarem ao convívio da sociedade". Como
professor de Criminologia, eu dispunha do tempo que queria para tomar decisões
difíceis. Como policial, no entanto, era forçado a fazer escolhas críticas em
questão de segundos (prender ou não prender, perseguir ou não perseguir),
sempre com a incômoda certeza de que outros, aqueles que tinham tempo para
analisar e pensar, estariam prontos para julgar e condenar aquilo que eu fizera
ou aquilo que não havia feito.Como policial, muitas vezes fui forçado a
resolver problemas humanos incomparavelmente mais difíceis do que aqueles que
enfrentara para solucionar assuntos correcionais ou de sanidade mental: rixas
familiares, neuroses, reações coletivas perigosas de grandes multidões,
criminosos. Até então, estivera afastado de toda espécie de miséria humana que
faz parte do dia-a-dia da vida de um policial
Bondade em uniforme.
Freqüentemente, fiquei espantado com os sentimentos
de humanidade e compaixão que pareciam caracterizar muitos dos meus colegas
agentes da polícia. Conceitos que eu considerava estereotipados eram, muitas
vezes, desmentidos por atos de bondade: um jovem policial fazendo respiração
boca-a-boca num imundo mendigo, um veterano grisalho levando sacos de doces
para as crianças dos guetos, um agente oferecendo a uma família abandonada
dinheiro que provavelmente não voltaria a reaver.Em conseqüência de tudo isso,
cheguei a humilhante conclusão de que tinha uma capacidade bastante limitada
para suportar toda a tensão a que estava sujeito. Recordo em particular certa
noite em que o longo e difícil turno terminara com uma perseguição a um carro
roubado. Quando largamos o serviço, eu me sentia cansado e nervoso. Com meu
colega, estava me dirigindo para um restaurante a fim de comer qualquer coisa,
quando ouvimos o som de vidros que se partiam, proveniente de uma igreja
próxima, e vimos dois adolescentes cabeludos fugindo do local. Nós os
alcançamos e pedi a um deles que se identificasse. Ele me olhou com desprezo,
xingou-me e virou as costas com intenção de se afastar. Não me lembro do que
senti. Só sei que o agarrei pela camisa, colei seu nariz bem no meu e rosnei:
"Estou falando com você, seu cretino!"Então meu colega me tocou no
ombro, e ouvi sua confortante voz me chamando à razão: "Calma,
companheiro!" Larguei o adolescente e fiquei em silêncio durante alguns
segundos. Depois me recordei de uma das minhas lições, na qual dissera aos
alunos: "O sujeito que não é capaz de manter completo domínio sobre suas
emoções, em todas as circunstâncias, não serve para policial".Desafio
complicado. Muitas vezes perguntara a mim próprio: "Por que uma pessoa
quer ser policial?" Ninguém está interessado em dar conselhos a uma
família com problemas às três da madrugada de um domingo, ou em entrar às
escuras num edifício que foi assaltado, ou em presenciar, dia após dia, a
pobreza, os desequilíbrios mentais, as tragédias humanas. O que faz um policial
suportar o desrespeito, as restrições legais, as longas horas de serviço com
baixo salário, o risco de ser assassinado ou mutilado?A única resposta que
posso dar é baseada apenas na minha curta experiência como policial. Todas as
noites eu voltava para casa com um sentimento de satisfação e de ter
contribuído com algo para a sociedade - coisa que nenhuma outra tarefa me havia
dado até então.Todo agente de polícia deve compreender que sua aptidão para
fazer cumprir a lei, com a autoridade que ele representa, é a única
"ponte" entre a civilização e o submundo dos fora-da-lei. De certo
modo, essa convicção faz com que todo o resto (o desrespeito, o perigo, os
aborrecimentos) mereça que se façam quaisquer sacrifícios.
MAIS NOTÍCIAS DESTE SÁBADO:
Um acidente com um automóvel da Superintendência Estadual do Meio Ambiente, SEMACE, por pouco não termina em tragédia.O tombamento aconteceu por volta do meio dia desta sexta-feira, 4 , no município de Quixeramobim, mais precisamente na estrada que liga o distrito de Nenelandia a sede do município.O condutor do veículo Hilux de Placas HZA 7619, Reginaldo Farias Duarte, seguia juntamente com o secretário de Gabinete da Prefeitura Municipal de Quixeramobim, Rocélio Fernandes e o Gestor Ambiental identificado apenas como Allison, quando aproximadamente a 20 km da cidade de Quixeramobim veio a perder o controle do veículo vindo o mesmo a capotar.O condutor teve ferimentos leve juntamente com um dos passageiros. O chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Quixeramobim foi conduzido para o Hospital regional Dr. Pontes Neto com suspeita de ter fraturado o braço direito.
O Ceará é o estado do Nordeste onde mais se morreu, em 2010, por causa de acidentes com motocicletas. Dos 1.965 óbitos envolvendo transportes terrestres, 683 foram por causa de motos. Em oito anos, o número de mortes por acidentes de moto foi o maior já registrado por aqui. Superou o ano de 2006 – até então o que apresentava o maior número de óbitos -, quando morreram 579 pessoas. Os dados, divulgados ontem pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, deixam os cearenses em alerta para a redução das estatísticas.Em todo o Brasil, o Estado ocupa a terceira posição. Fica atrás apenas de São Paulo (1.518) e Paraná (759). Dados de setembro do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que o Ceará conta com uma frota de 797.181 motos. Já São Paulo, com 3.533.327. O Paraná tem 906.156. Para os órgãos de trânsito, a grande quantidade de motocicletas contribui para o aumento no número de acidentes. “As motos hoje correspondem a 42,5% da frota do Estado”, afirmou a diretora de Planejamento de Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Lorena Moreira.Para completar, segundo ela, a frota concentra-se no Interior (618.305), onde apenas 49 municípios têm órgãos municipais de trânsito. “Nos municípios menores, já existe a cultura de andar sem capacete, andar sem habilitação e ainda faltam órgãos para fiscalizar”, justifica. Mas, os motociclistas da Capital não estão isentos. Segundo o inspetor Márcio Moura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Fortaleza, eles costumam avançar sinal, andar acima da velocidade permitida e ultrapassar pela direita.Para reduzir as estatísticas, os órgãos de trânsito apostam em conscientização do motociclista e mais fiscalização. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por exemplo, acredita que é preciso reforçar noções de educação no trânsito ao tirar a habilitação. A fiscalização é parceria na hora de reduzir os óbitos. De acordo com Lorena Moreira, do Detran, de segunda a quinta, no Estado, são feitas 12 blitze. E, de sexta a domingo, 20.
Yahoo News Foto: Divulgação
Deputados mexicanos querem instituir os ´casamentos com data de validade´. Para tanto, a Assembleia Legislativa da Cidade do México poderá mudar o Código Civil para implantar contratos de união civil renováveis a cada dois anos caso o casal queira continuar casado.
A proposta é atacada por setores tradicionalistas.
A capital mexicana, com 8,5 milhões de habitantes, contabiliza cerca de 10 mil divórcios por ano. Desde 2008 foram aprovadas leis consideradas avançadas na América Latina, como a legalização do aborto, as uniões homoafetivas e o divórcio ´express´, que tem tramitação de um mês.A proposta dos deputados Leonel Luna e Lizbeth Rosas Montero, do Partido de la Revolución Democrática (PRD) – que domina a Assembleia – visa reduzir o número de divórcios, garantir o sustento dos filhos e agilizar o processo administrativo no caso do fim do casamento.O contrato de dois anos seria opcional e evitaria o excesso de trabalho no setor do Judiciário que cuida de divórcios.O casal que optasse pelo contrato temporário poderia ver se o casamento funciona durante o prazo. ´Dois anos é um tempo mínimo que já permite conhecer e avaliar como é a vida do casal. Se o casal renova (o contrato), isto vai significar que há um entendimento com seu parceiro, que as regras estão claras e que os dois cônjuges tenham certeza jurídica de seus direitos e deveres´disse Lizbeth.Para a deputada, a mudança favorece as ´relações mais saudáveis entre casais, ajuda a restabelecer o tecido social e a estabilidade das famílias´, que seriam poupadas do trauma e dos custos do divórcio. O projeto será analisado nos próximos dias antes de ser levado para votação no Plenário.O contrato temporário de casamento também prevê uma série de acordos que seriam firmados entre o casal antes do casamento.Neles, o casal poderia determinar quanto dinheiro cada um pagaria para manter os filhos ou o tempo em que se pagaria uma pensão em caso de separação.Alguns deputados já se pronunciaram contra a ideia, alegando que ela fere o conceito tradicional de casamento ´para toda a vida´.A União Nacional de Pais de Família também critica a proposta. ´Inicialmente, pensei que era uma piada de mau gosto´, disse à rede BBC a diretora da organização, Consuelo Mendoza. ´Este tipo de iniciativa cria uma cultura do descartável em temas importantes para a sociedade. Se casais têm problemas, primeiro precisam procurar outras soluções.´
MAIS NOTÍCIAS DESTE SÁBADO:
ACIDENTE DEIXA CARRO DA SEMACE COMPLETAMENTE DESTRUIDO
Um acidente com um automóvel da Superintendência Estadual do Meio Ambiente, SEMACE, por pouco não termina em tragédia.O tombamento aconteceu por volta do meio dia desta sexta-feira, 4 , no município de Quixeramobim, mais precisamente na estrada que liga o distrito de Nenelandia a sede do município.O condutor do veículo Hilux de Placas HZA 7619, Reginaldo Farias Duarte, seguia juntamente com o secretário de Gabinete da Prefeitura Municipal de Quixeramobim, Rocélio Fernandes e o Gestor Ambiental identificado apenas como Allison, quando aproximadamente a 20 km da cidade de Quixeramobim veio a perder o controle do veículo vindo o mesmo a capotar.O condutor teve ferimentos leve juntamente com um dos passageiros. O chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Quixeramobim foi conduzido para o Hospital regional Dr. Pontes Neto com suspeita de ter fraturado o braço direito.
CE é o 1º do NE e 3º do Brasil em mortes por acidentes
O Ceará é o estado do Nordeste onde mais se morreu, em 2010, por causa de acidentes com motocicletas. Dos 1.965 óbitos envolvendo transportes terrestres, 683 foram por causa de motos. Em oito anos, o número de mortes por acidentes de moto foi o maior já registrado por aqui. Superou o ano de 2006 – até então o que apresentava o maior número de óbitos -, quando morreram 579 pessoas. Os dados, divulgados ontem pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, deixam os cearenses em alerta para a redução das estatísticas.Em todo o Brasil, o Estado ocupa a terceira posição. Fica atrás apenas de São Paulo (1.518) e Paraná (759). Dados de setembro do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que o Ceará conta com uma frota de 797.181 motos. Já São Paulo, com 3.533.327. O Paraná tem 906.156. Para os órgãos de trânsito, a grande quantidade de motocicletas contribui para o aumento no número de acidentes. “As motos hoje correspondem a 42,5% da frota do Estado”, afirmou a diretora de Planejamento de Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Lorena Moreira.Para completar, segundo ela, a frota concentra-se no Interior (618.305), onde apenas 49 municípios têm órgãos municipais de trânsito. “Nos municípios menores, já existe a cultura de andar sem capacete, andar sem habilitação e ainda faltam órgãos para fiscalizar”, justifica. Mas, os motociclistas da Capital não estão isentos. Segundo o inspetor Márcio Moura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Fortaleza, eles costumam avançar sinal, andar acima da velocidade permitida e ultrapassar pela direita.Para reduzir as estatísticas, os órgãos de trânsito apostam em conscientização do motociclista e mais fiscalização. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por exemplo, acredita que é preciso reforçar noções de educação no trânsito ao tirar a habilitação. A fiscalização é parceria na hora de reduzir os óbitos. De acordo com Lorena Moreira, do Detran, de segunda a quinta, no Estado, são feitas 12 blitze. E, de sexta a domingo, 20.
Deputados do México querem instituir os ´casamentos com data de validade´
Yahoo News Foto: Divulgação
Deputados mexicanos querem instituir os ´casamentos com data de validade´. Para tanto, a Assembleia Legislativa da Cidade do México poderá mudar o Código Civil para implantar contratos de união civil renováveis a cada dois anos caso o casal queira continuar casado.
A proposta é atacada por setores tradicionalistas.
A capital mexicana, com 8,5 milhões de habitantes, contabiliza cerca de 10 mil divórcios por ano. Desde 2008 foram aprovadas leis consideradas avançadas na América Latina, como a legalização do aborto, as uniões homoafetivas e o divórcio ´express´, que tem tramitação de um mês.A proposta dos deputados Leonel Luna e Lizbeth Rosas Montero, do Partido de la Revolución Democrática (PRD) – que domina a Assembleia – visa reduzir o número de divórcios, garantir o sustento dos filhos e agilizar o processo administrativo no caso do fim do casamento.O contrato de dois anos seria opcional e evitaria o excesso de trabalho no setor do Judiciário que cuida de divórcios.O casal que optasse pelo contrato temporário poderia ver se o casamento funciona durante o prazo. ´Dois anos é um tempo mínimo que já permite conhecer e avaliar como é a vida do casal. Se o casal renova (o contrato), isto vai significar que há um entendimento com seu parceiro, que as regras estão claras e que os dois cônjuges tenham certeza jurídica de seus direitos e deveres´disse Lizbeth.Para a deputada, a mudança favorece as ´relações mais saudáveis entre casais, ajuda a restabelecer o tecido social e a estabilidade das famílias´, que seriam poupadas do trauma e dos custos do divórcio. O projeto será analisado nos próximos dias antes de ser levado para votação no Plenário.O contrato temporário de casamento também prevê uma série de acordos que seriam firmados entre o casal antes do casamento.Neles, o casal poderia determinar quanto dinheiro cada um pagaria para manter os filhos ou o tempo em que se pagaria uma pensão em caso de separação.Alguns deputados já se pronunciaram contra a ideia, alegando que ela fere o conceito tradicional de casamento ´para toda a vida´.A União Nacional de Pais de Família também critica a proposta. ´Inicialmente, pensei que era uma piada de mau gosto´, disse à rede BBC a diretora da organização, Consuelo Mendoza. ´Este tipo de iniciativa cria uma cultura do descartável em temas importantes para a sociedade. Se casais têm problemas, primeiro precisam procurar outras soluções.´
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