Um
Projeto de Lei do deputado Bruno Pedrosa (PP) quer tornar disponível a
Bíblia Sagrada em instituições de ensino da rede pública do Ceará. A matéria já
foi lida semana passada na Assembleia Legislativa.
“Nosso objetivo é garantir o acesso à informação para a comunidade escolar da
Bíblia, que é o documento de maior abrangência que a humanidade produziu, diz
ele. O parlamentar destaca o “caráter histórico” de retratar acontecimentos
marcantes para a humanidade.
A matéria deverá passar pela análise da Procuradoria Jurídica da Casa. Em
seguida, para as comissões técnicas da Casa. Se aprovada, será encaminhada para
votação em plenário.
Quem sonha
em ser policial militar poderá se inscrever na seleção do concurso público da Polícia Militar do Maranhão.
As inscrições poderão ser feitas de 16 de outubro a 16 de novembro. São 1.208
vagas de nível médio e superior.
Para nível
médio, são 1.171 vagas para os cargos de soldado, sendo apenas 118 para
mulheres. De nível superior, são 15 vagas para tenente cirurgião dentista (duas
para mulheres), 20 para tenente médico (duas para mulheres), três para tenente
médico veterinário (sem vagas para mulheres) e cinco para tenente psicólogo
(com uma vaga para mulheres). Haverá também formação de cadastro reserva para
todos os cargos.
As
inscrições devem ser feitas pelo site do Centro Brasileiro de Pesquisa em
Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
A taxa é de R$ 100 para o cargo de nível médio e R$ 150 para os de nível
superior, e poderá ser paga até 15 de dezembro.
A seleção
será feita em sete etapas: prova objetiva de conhecimentos gerais, prova
objetiva de conhecimentos específicos, exames médicos e odontológicos, teste de
aptidão física, exame psicotécnico, investigação social e curso de formação
(CFO). As provas serão aplicadas na data provável de 21 de janeiro.
Para
participar, é necessário ter altura mínima de 1,65m para homens e 1,60 para
mulheres; no máximo 30 anos de idade e nível superior na área desejada para os
cargos de 1º tenente; e nível médio e no máximo 35 anos para o de soldado.
Os
resquícios mais longínquos desta ideologia encontram-se em Karl Marx,
em seu livro — assinado por Friedrich Engels, dado à morte de Karl Marx
antes do término do escrito — : A origem da família, da propriedade privada e do Estado
(ENGELS, 2014), livro onde ele pretende explicar a origem da realidade
familiar através de um viés de liberdade sexual extremada. Marx escreve
esse livro a partir das deduções de um antropólogo denominado na obra
como: “Morgan”, da Ancient Society.
Segundo o livro, nas primeiras civilizações não haviam famílias
consolidadas aos moldes que hoje conhecemos, o que de fato havia era uma
vida sexual sem restrições morais ou de qualquer outro nível aparente.
Os homens mantinham relações sexuais com todas as mulheres da
aldeia — ou tribo.
Culminando que os filhos não sabiam quem eram os seus
pais (obviamente o filho sabia quem era sua mãe, porém, desconhecia
quem era o seu pai biológico), sendo criados por todos na aldeia em uma
línea igualdade, segundo o próprio Karl Marx.
Para
Marx, nesta sociedade havia uma verdadeira igualdade e justiça, sendo o
“Estado” (tribo) responsável pela educação das crianças. Ainda baseado
nestes estudos, Marx infere que, quando o homem começa a tomar para si
certas demarcações territoriais, por conta da agricultura, ele encontra a
necessidade de doar os frutos de seu trabalho a alguém, que geralmente
designava-se ao sexo oposto, criando assim o princípio do “matrimônio”.
Com terras demarcadas, uma família sendo estruturada, e a mulher sendo
tomada como “propriedade” pelo homem, Karl Marx deduz que: o patrimônio
(propriedade privada) é fruto do matrimônio; sendo assim o matrimônio é a
“base” do patrimônio para Karl Marx. Para o alemão, se quisermos obter
uma correta e eficiente revolução, chegando ao âmago do problema e
rumando à igualdade plena, temos que destruir as raízes da propriedade
privada, ou seja, o matrimônio, a família tradicional.
Após
isso, muitos marxistas entenderam os apontamentos de Marx: a revolução
comunista não viria por meios econômicos ou militares, mas sim por meios
culturais. O primeiro, após Karl Marx, a sublinhar enigmaticamente isso
foi o filósofo marxista Karl Korsch, onde, na 3ª internacional
(congresso mundial sobre a filosofia marxista) de 1923, afirmou que a
revolução comunista deveria atacar as “subestruturas” da propriedade
privada, ou seja, o matrimônio como antes Marx havia apontado. Max
Horkheimer (um dos fundadores da escola de Frankfurt) posteriormente
lança um ensaio intitulado Autoridade e Família.
Nesse ensaio, na mesma linha de Marx e Korsch, mostra ele que a
autoridade — patriarcado — e a posse de bens surgem no seio familiar. Se
o que se quer é desmantelar a propriedade privada, deve-se, antes,
desmontar a unidade familiar, origem e sustentáculo da aristocracia
capitalista.
O desenrolar de uma ideia:
Muitos
marxistas seguiram em direções contrárias às indicações deixadas neste
último livro de Marx. Optaram eles pelas revoluções armadas, tendo por
foco os poderes econômicos de determinados países . É bem verdade que
anteriormente Marx havia sublinhado em seus escritos que a ditadura
armada do proletariado seria o caminho sumarizado para o comunismo. Isso
ocorreu, principalmente, em seu livreto: “O manifesto do partido
comunista” (MARX, 2012).
Entretanto,
outros entenderam o que o alemão havia apontado no final de sua vida,
isto é: a revolução deve vir por meio da derrubada da unidade familiar e
pela desintegração moral ocidental.
Com
isso, nasce do meio das escolas marxistas um impulso direcionado à
sexualidade e à“libertação” sexual feminina; a primeira feminista
determinada a angariar visibilidade e fazer uma espécie de manifesto que
apontaria para uma liberdade sexual extremada para as mulheres, foi
Kate Millet. Em seu livro: Política Sexual (MILLETT,
1969, 1970), ela mostra como deve ser a vida sexual libertadora de uma
sociedade socialista, porém, esse livro não foi encarado com tanto
louvor pela academia e sociedade, tratava-se apenas de um impulso
inicial para a revolução sexual que os marxistas pretendiam através do
feminismo ainda nascente.
Essa obra assemelha-se mais a um manifesto do
que propriamente um tratado filosófico-político. Também foi esse escrito
uma espécie de reafirmação feminista do escrito: A Revolução Sexual
de Wilhelm Reich que, em 1936, havia lançado os primeiros
fundamentos — abertamente reconhecidos — de rompimento com a estrutura
tradicional familiar e de revogação do pudor sexual da moral
judaico-cristã.
A
primeira a fazer um ensaio que despertasse seguidores e defensores
desta variável marxista foi: Shulamith Firestone. Socióloga e filósofa,
ela propôs através de seu livro: Dialética do Sexo
(FIRESTONE, 1970), a derrubada de todo e qualquer sistema familiar
tradicional. Lutou, também, contra o pudor sexual tradicional da
sociedade, que dizia ela ser um sistema de opressão contra as mulheres;
Shulamith considerava que a mulher possuía um sistema opressor por
natureza, isto é, seu aparelho reprodutor. Dizia ela que: libertando a
mulher da sua tarefa “socialmente imposta” de reprodutora da espécie,
acabaríamos também com a unidade social, a família, chegando, por fim,
em um oásis social de liberdade.
Citarei
algumas frases de seu livro “Dialética do Sexo”(obra que é possível
encontrar para download na internet), as citações seguintes encontram-se
na conclusão do livro, onde ela faz uma síntese de suas ideias, a ver:
“Assim, libertar as mulheres de sua biologia significaria
ameaçar a unidade social, que está organizada em torno da reprodução
biológica e da sujeição das mulheres ao seu destino biológico, a família. Nossa segunda exigência surgirá também como uma contestação básica à família, desta vez vista como uma unidade econômica” (FIRESTONE, 1970, p. 235. Grifos meus)
OBS. Lembram das conclusões Karl Marx sobre a família ser a origem da propriedade privada?…
“Com isso atacamos a família
numa frente dupla, contestando aquilo em torno de que ela está
organizada: a reprodução das espécies pelas mulheres, e sua conseqüência
[sic], a dependência física das mulheres e das crianças. Eliminar estas
condições já seria suficiente para destruir a família, que produz a psicologia de poder, contudo, nós a destruiremos ainda mais” (FIRESTONE, 1970, p. 237. Grifos meus)
OBS.
Lembram-se do ensaio de Max Horkheimer, Autoridade e família, onde ele
diz ser a família uma origem de poder que mantém o capitalismo?…
“A total integração das mulheres e das crianças em todos os níveis da sociedade.Todas as instituições que segregam os sexos, ou que excluem as crianças da sociedade adulta, p.ex., a escola moderna, devem ser destruídas” (FIRESTONE, 1970, p. 237. Grifos meus)
OBS. “As instituições que ‘segregam’ os sexos, ou que excluem as crianças da sociedade adulta”… Isto é uma apologia à pedofilia?
“Liberdade para todas as mulheres e crianças usarem a sua sexualidade como quiserem. Não haverá mais nenhuma razão para não ser assim” (FIRESTONE, 1970, p. 237. Grifos meus)
OBS. É, com certeza é uma apologia à pedofilia!
Além
desta conhecida autora do feminismo, Firestone. Há aquela que é
considerada a mãe das feministas. Talvez, quase que unanimemente,
afirmada como o pilar central do feminismo pela sua obra Segundo sexo,
Simone de Beauvoir. Como nossa intenção não é suscitar a crença
religiosa de meus leitores em minhas palavras, citarei Simone para que
vejam que minhas afirmações posteriores não serão infundadas:
“Em minha opinião, enquanto a família e o mito da família e o mito da maternidade e o instinto maternal não forem destruídos, as mulheres continuarão a ser oprimidas.” (BEAUVOIR, 1975, p. 20. Tradução livre)
Cito
textualmente as palavras destas autoras, pois, como já disse, não nutro
a esperança que confiem em mim, numa espécie de fé cega. Pelo
contrário, peço que todos que lerem esse artigo busquem tais referências
citadas, para constatarem os fatos aqui apresentados com suas próprias
conclusões.
“Mesmo
que, após a conclusão das premissas, a teoria tenha se mostrado um
fracasso retumbante, os seus partidários mantém-se relutante a negar o
óbvio: a teoria de gênero, na prática, falhou e falhou muito”
A estratégia: Denominação do conceito Gênero:
Contudo,
somente estes escritos citados anteriormente, e os apoios de nomes
importantes nos meios acadêmicos e midiáticos, não foram o suficiente
para diminuir o poder e a união familiar. Teriam, então, que ajustar a
estratégia, mas o foco a ser atacado já estava delimitado: a família.
Percebendo
que a revolução não viria pelo simples ataque aberto à família, e
principalmente após o fracasso das revoluções armadas do século XX,
os(as) marxistas-feministas entenderam que o modus operandi
da revolução era falho no seguinte ponto: a sociedade já estava
profundamente enraizada em seu modelo familiar; perceberam que ela não
abriria mão deste modelo a não ser que fosse convencida (doutrinada)
internamente que esse modelo é ruim, falido e/ou “opressor”. Como bem
sabemos, a mudança estrutural de bases acontece de dentro para fora e
não de ataques externos, e qual é a forma mais basal de uma instituição?
Segundo Michel Foulcaut: o discurso.
Resumindo,
o que mantém uma instituição (Igreja, família, religião) firme em suas
convicções são seus discursos, suas defesas conceituais. A Igreja
católica manteve-se em pé pois os seus discursos (apologias) foram mais
fortes que os de seus inimigos. Na obra fictícia de George Orwell: 1984
(ORWELL, 2009), o governo totalitário — SOCING — só consegue parar os
revolucionários que ameaçavam sua hegemonia quando, de forma
doutrinadora, esses revolucionários ficaram convencidos que os conceitos
que embasavam suas revoltas não existiam. Eles aceitam, por fim, que a contradição e a verdade são realidades conciliáveis.
Posteriormente, veremos como a contradição começará a ser aceita, também, por aqueles que defendem o gênero poliforme.
Em
uma estratégia similar, os marxistas, baseando-se no pensamento do
filósofo Jacques Derrida, conhecido por sua teoria desconstrucionista,
montam uma verdadeira confusão conceitual partindo da palavra: “gênero”;
Derrida ensina que: nenhum discurso se mantém em pé se conseguirmos
desmontar seus significados originais (conceitos) através de um processo
dialético de embate, ou seja, jogando palavras contra palavras até que
através de uma confusão de termos os conceitos originais sejam
rejeitados. Tal desconstrucionismo também pode ser realizado através da
criação e propagação de novos termos que pretende-se afirmar, e
reafirmar, numa ideia ideológica posta a priori.
Lembremos
do que dissemos acima: as instituições são, em suma, seus próprios
discursos. Sem esses — conceitos — elas desmoronam. A estratégia, então,
torna-se a desconstrução dos discursos (os conceitos, princípios e
defesas) que mantêm a família em pé.
Todavia,
faltava alguém que juntasse todas estas ideias expostas e as compilasse
em uma nova ideologia/doutrina, para que, enfim, a tão sonhada
revolução sexual — que tem por meta a revolução política — fosse
realizada. Essa pessoa foi Judith Butler. Feminista e conhecida por ser a
teórica mais profunda da “teoria de gênero”; Butler, em seu livro
“Problemas de gênero” (BUTLER, 2003), concebe uma interpretação da
sexualidade no mínimo assustadora. Para Judith Butler devemos acabar com
toda e qualquer classificação sexual, não podemos, e nem devemos,
considerar que as pessoas são naturalmente homens ou mulheres, pois,
para a autora, a sexualidade é totalmente arbitrária e modificável
conforme o ambiente e os anseios emocionais de cada um. Ainda que
sejamos biologicamente machos e fêmeas, as novas definições culturais de
gênero deve sobrepor ao sexo biológico.
Sendo
assim, o que determina aquilo que somos, enquanto gênero sexual, diz
Judith, são nossas vontades e desígnios psicológicos e/ou culturais. São
nossas inclinações psicológicas momentâneas e os pedantes desígnios
culturais que definem a que gênero pertencemos. A nossa natureza sexual
nada mais é que um dos múltiplos gêneros possíveis.
A
essa sua doutrina denominam: “sexualismo” ou “teoria de gênero”, as
pessoas que se identificam com o sexo que naturalmente possuem
(nascença) ela denomina-os: “cisgênero”. (Judith tem como base o
experimento de John Money realizado na década de 60, o famoso caso
Reimer. Tal fato será contado no próximo tópico, apesar de ser
cronologicamente anterior a teoria de Judith. Assim o fiz, pois,
considerei mais didático expor a conceituação antes do experimento
prático da ideologia de gênero).
Judith Butler conseguiu implantar seus conceitos revolucionários sobre a sexualidade em um documento da ONU chamado Princípio de Yogyakarta,
é um documento que possui estratégias de implementação e interpretação
dos princípios dos direitos humanos na área de orientação sexual e
identidade de gênero. No documento de 2006, no qual as ideias de Judith
foram incrementadas, lê-se o seguinte no preâmbulo do texto documental
referente a definição dada sobre “ideologia de gênero”:
“ENTENDENDO
‘identidade de gênero’ como estando referida à experiência interna,
individual e profundamente sentida que cada pessoa tem em relação ao
gênero, que pode, ou não, corresponder ao sexo atribuído no nascimento,
incluindo-se aí o sentimento pessoal do corpo (que pode envolver, por
livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios
médicos, cirúrgicos ou outros) e outras expressões de gênero, inclusive o
modo de vestir-se, o modo de falar e maneirismos.” (PRINCÍPIOS, 2015,
grifos meus)
Gênero,
por fim, seria a definição de algo indefinível, pois, seria a
relativização de um princípio que está à mercê da subjetividade temporal
e arbitrária dos sentimentos pessoais de alguém; pautadas em nenhum
princípio natural, advogam os defensores de tal ideologia que o sexo é
relativo à psique (entenda-se sentimentos e inclinações mentais) das
pessoas. Ignorando qualquer enfrentamento factual da realidade sexual
biológica e genética naturalmente definida.
O experimento: O caso David Reimer — A ideologia na prática.
A
ideologia de gênero já foi testada pelo psicólogo neozelandês, John
Money. No final da década de 60, ao chegar as mãos de John Money um caso
de mutilação genital do ainda bebê Bruce Reimer, ocorrido após uma
operação cirúrgica desastrosa, o psicólogo decide, junto a família do
garoto, que iria colocar em prática sua embrionária ideia de gêneros socialmente construídos.
Para
Money a sexualidade de alguém pode ser moldada conforme a criação
social e cultural que o paciente receberá. Assim sendo, se Bruce nunca
soubesse que havia nascido menino, supostamente ele não teria problemas
em “ser mulher”. Muda-se então, cirurgicamente, o sexo de Bruce, que
passa a chamar-se Brenda; Brenda (Bruce) recebe doses cavalares de
hormônios femininos desde muito cedo, passa a ser criada(o) como menina,
desde roupas, tratamento pedagógicos e psicológicos, brinquedos e
costumes naturalmente femininos. Além de métodos pedagógicos
naturalmente usados com meninas, Brenda (Bruce) foi verdadeiramente
doutrinada a ser mulher.
Todo
ano ia visitar John Money em sua clínica, onde ele fazia uma verdadeira
tortura psicológica na pequena Brenda (Bruce), torturas essas que
incluía abaixar suas roupas íntimas e fazê-la(o) repetir: “sou menina”.
Isso foi relatado por seu irmão e seus pais para a “BBC”. Esse mesmo
canal televisivo fez um longo documentário contando toda a história de
Bruce. (link do documentário nas referências)
Porém,
Brenda (Bruce), não se reconhecia como menina — para a frustração de
Money que já havia anunciado em vários periódicos científicos seu
suposto “sucesso” no caso Brenda Reimer. Desde muito cedo, Brenda
(Bruce), se recusava a participar de brincadeiras femininas, suas roupas
e brinquedos não as satisfaziam, tendo naturalmente atitudes
masculinas. Na adolescência começou a enfrentar sérias crises
psicológicas levando-a(o) à depressão e, posteriormente, a múltiplas
tentativas de suicídio. Seus pais, por fim, decidem contar-lhe toda a
verdade aos 14 anos. Ele, sentindo-se melhor, começou a ter uma vida
condizente com seu sexo biológico, agora sob o nome de David Reimer.
Reconstruiu cirurgicamente seu órgão genital, chegando a se casar.
Por
outro lado, em sua família os resquícios do experimento de John Money
deixaram fendas profundas e irreparáveis; seu pai desenvolveu um quadro
avançado de alcoolismo e depressão; seu irmão tornou-se usuário de
drogas, vindo a morrer em 2002 de overdose por alta ingestão de
antidepressivos; sua mãe, com crises profundas de depressão, por
inúmeras vezes tentou o suicídio. David, encontrando-se em meio a uma
enorme confusão psicológica e familiar causado por anos de confusão
sexual, doutrinação psicológica, aliado a um casamento conturbado dado a
seus problemas na infância, em 2004 suicidou-se em uma mercearia perto
de sua residência com um tiro na cabeça.
Em uma entrevista à BBC de Londres ele afirma:
“Eu não sou um professor de nada, mas você não acorda uma manhã decidindo se é menino ou menina, você apenas sabe”. (DR, 2015)
Conclusão:
Temos
dois grandes tópicos a serem avaliados. Primeiro, a conceituação. A
“mãe” da ideologia de gênero, Judith Butler, define “gênero” como sendo
uma escolha singular e arbitrária de uma pessoa, referente ao seu
gênero. Escolha essa que é definida tão somente pela própria pessoa.
Essa escolha de gênero sexual se torna uma verdade irrefutável após
alguém defini-la como sendo “verdade”, apesar de sê-la totalmente
relativa às vontades e anseios passageiros. Sendo assim, a “verdade” e o
gênero sexual de alguém está à mercê de suas intempéries emocionais.
Poderá,
então, a partir da ideologia de gênero, uma pessoa que passou quarenta
anos de sua vida sendo homem, em um belo dia acordar “sentindo-se
mulher” e, assim, todo seu passado masculino será apagado “tornando-se”
mulher? Afinal, a este nome: “mulher”, não haveria mais nenhuma ligação
biológica e natural que a desse firmeza de conceituação essencial,
haveria apenas escolhas sentimentais arbitrárias de cada indivíduo.
Esta parte do texto pode parecer empolado, mas não por mea culpa,
a própria conceituação assim o é. A própria definição de gênero dada
por Butler carece de lógica estrutural, sendo assim, como
responsabilizar-me-ei por não ser claro na explicação de uma ideia que
não possui clareza?
Segundo
o experimento factual da ideologia de gênero: o caso de David Reimer.
Que é, por si, autodeterminante para tais considerações, tal definição
defendida por Butler é uma verdadeira tolice com aparência de sapiência.
O
caso de David Reimer acabou sendo um grande revés aos que apoiaram e
ainda apoiam tal ideologia; o caso tornou-se a prova factual de que esta
ideologia é profundamente falha. Muitas feministas e apoiadores dessa
causa afirmam que há inúmeros erros neste caso de David Reimer, mas
nunca conseguiram, satisfatoriamente, mostrar onde se errou ou como
poderia ter sido diferente. Não podemos negar que John Money foi
realmente “competente” em colocar as premissas daquilo que ele acreditou
ser a “teoria de gênero”, ou seja: a “mobilidade” sexual humana
estruturada numa criação cultural determinada.
Mesmo
que, após a conclusão das premissas a teoria tenha se mostrado um
fracasso retumbante, os seus partidários mantém-se relutante a negar o
óbvio: a teoria de gênero, na prática, falhou e falhou muito.
David
Reimer foi, de fato, a prova do fracasso desta ideologia, além, é
claro, da própria lógica e da genética que comprovam 100% a
irresponsabilidade científica e a irracionalidade dessa teoria. Não há
outra constatação possível a não ser que essa “teoria de gênero” seja
apenas um novo modus operandi
para uma revolução política e cultural. Visando, é claro, a hegemonia da
ideologia comunista — como no início mostramos. Como bem previu Karl
Marx, derrubando o pudor sexual ,e, posteriormente a família, a
sociedade tenderia a ficar maleável aos quereres ideológicos de qualquer
revolucionário.
Para
os que me chamarão de conspirador, lunático ou apocalíptico, apenas
deixo-vos com os estudos, aprofundamentos, referências e o sincero
desejo de que busquem a verdade por trás dos acalorados “vitimismos”.
Gritos histéricos e discursos emocionais decorados deviam ser ignorados,
já que tal teoria se pretende à cientificidade. Não peço, de forma
alguma, que acreditem em mim ou que encare esse texto como um dogma,
desejo apenas que busquem com sinceridade e imparcialidade a origem
dessas ideias que aqui tratamos. Busquem as fontes, questionem-se: de
onde emanam tais ideias?
Por
fim, como é de praxe em meus textos, o desafio continua. Você que
duvida que o feminismo quer uma revolução comunista e que a causa
feminista seja apenas o meio para outros fins, desafio a irem em algum
congresso feminista ou socialista e erguerem um cartaz com a seguinte
escrita: “Sou feminista, mas não socialista (ou comunista)”. Depois
venha aqui nos contar sua aventura!
Para finalizar, dou voz a David Reimer:
“Você
vai sempre encontrar pessoas que vão dizer: bem, o caso do David Reimer
podia ter tido sucesso. Eu sou a prova viva, e se você não vai tomar
minha palavra como testemunho, por eu ter passado por isso, quem mais
você vai ouvir?” (DR, 2015).
Referências:
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 10ª Ed. Rio de janeiro: Civilização brasileira, 2003
ENGELS, Frederich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. 1ª ed. Rio de Janeiro: BestBolso, 2014.
FIRESTONE,
Shulamith. A dialética do sexo: um estudo da revolução feminista. Rio
de Janeiro: Labor do Brasil, 1976. Edição original: 1970.
MARX, Karl; ENGELS, Friederich. O manifesto do partido comunista, 1ª ed. São Paulo: Companhia da letras & Penguin, 2012.
MILLETT, Kate. Política sexual, 1ª ed. Lisboa: Dom Quixote, 1969, 1970.
ORWELL, George. 1984, 1ª Ed. São Paulo: Companhia das letras, 2009.
PRINCÍPIOS
de Yogyakarta: sobre a aplicação da legislação internacional de
direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero.
Disponível em: http://www.clam.org.br/pdf/principios_de_yogyakarta.pdf . Acesso em: 22/07/2015
Simone
de Beauvoir, “Sex, Society and the Female Dilemma — A Dialogue between
Simone de Beauvoir and Betty Friedan”, Saturday Review, 14.06.1975, p.
20.