A
Agência Nacional das Águas (ANA) embargou provisoriamente a barragem do
açude Granjeiro, localizada no município de Ubajara, na Região da Serra
de Ibiapaba, por contas dos riscos de rompimento da
estrutura.
O empreendimento é particular e pertence
à Agroserra Companhia Agroindustrial Serra da Ibiapaba. A medida visa
fazer com que a empresa tome providências imediatas de segurança, a fim
de diminuir os riscos.
A decisão foi tomada na última quarta-feira
(13), mas divulgada apenas neste domingo (17).
A
Agroserra não poderá operar a barragem enquanto o embargo durar. Além
disso, a Agência afirmou que vem autuando o empreendedor desde 2017, por
causa das condições de abandono e a não ação para
mudar a situação.
Os riscos de rompimento foram apontados pela Companhia
de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), na última
terça-feira (12), quando técnicos do órgão e encontraram uma erosão
significativa na parede lateral de dentro da barragem, que fica em
contato com a água. ANA esteve no local e deflagrou situação de
emergência.
Desde que a barragem foi classificada em situação de emergência,
ações de melhorias estavam sendo feitas pela ANA, Cogerh, Defesa Civil,
e as Prefeituras Municipais de Ubajara e Tianguá.
No entanto, com o
forte volume de chuvas na região e um dos sangradouros da barragem
obstruído, a Defesa Civil emitiu um novo alerta de risco de rompimento.
Com isso, a Prefeitura de Ubajara decidiu evacuar o local na noite do
último sábado (16).
Neste domingo (17), o Balneário do Boi Morto foi esvasiado para evitar maiores inundações em caso de rompimento da barragem do açude Granjeiro. Isso porque as águas do Grajeiro abastecem parte do Balneário.
Segundo
o prefeito de Ubajara, Renê Vasconcelos, um gabinete de crise foi
montado para monitorar a situação do açude e da região. Além disso,
neste sábado, aberturas na parede do açude foram feitas por uma escavadeira, para que a água escoe e o volume da água diminua.
"Hoje,
a barragem se encontra relativamente estável, com a abertura desse novo
sangradouro. Isso foi feito para que o volume do açude diminua e não
coloque em risco a vida da população", afirmou o prefeito.
Ele
acrescentou, ainda, que irá se reunir com o proprietário da barragem,
com o governador, para que o açude não seja desativado, pois é muito
importante para os moradores da região.
A
reportagem procurou o proprietário da empresa para ele se manifestar
sobre a decisão, mas o responsável estaria em Fortaleza e não foi
encontrado.
DN
Foto: Ubajara Notícias