O governador Camilo Santana usou as redes sociais para se posicionar sobre a decisão da Anvisa que não autorizou a importação da vacina Sputnik V para ser usada no Ceará.
“Continuarei lutando por essa autorização, de forma segura e seguindo todas as regras, para podermos trazer a vacina para nossa população o mais rápido possível, principalmente diante da lentidão do Governo Federal no repasse de vacinas aos estados. O que não aceitarei jamais é que haja qualquer tipo de politização desse processo. Isso é absolutamente inaceitável”, disse Camilo.
A questão é que especialistas não viram a decisão como política, mas científica.
Três gerências técnicas da agência (medicamentos, fiscalização e monitoramento) deram pareceres contra a importação. A Anvisa apontou que não recebeu relatório técnico capaz de comprovar que a vacina atende a padrões de qualidade e não conseguiu localizar o relatório com autoridades de países onde a vacina é aplicada.
A Gerência de Medicamentos apontou diversas falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante. Na mais grave, explicou que o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus não deveria se replicar, mas ele é capaz de se reproduzir e pode causar doenças.
A Gerência de Inspeção e Fiscalização relatou que técnicos da Anvisa não puderam visitar todos os locais de fabricação da vacina durante inspeção na Rússia. Dos sete pontos previstos, técnicos conseguiram visitar apenas três locais.
O Fundo Russo tentou cancelar inspeção presencial e não autorizou acesso ao Instituto Gamaleya, que faz o controle de qualidade. A Anvisa não conseguiu identificar os fabricantes da matéria prima da vacina.
Via Ceará News 7