A Lei da Ficha Limpa que vêm fazendo o trabalho de coibir esses políticos, é vista com brechas e é alvo de diferentes interpretações de advogados que defendem os candidatos indeferidos pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
Advogados de alguns dos candidatos barrados defendem que não basta a conta ter sido rejeitada pelo Legislativo ou por algum tribunal de contas para o candidato ser vetado. Afirmando que o político só pode ser barrado caso tenha a conta rejeitada devido um ato doloso de improbidade administrativa.
Ou afirmam que a lei diz respeito à validade da rejeição de contas quando feita exclusivamente por Tribunais de Contas de Municípios, Estados ou da União. Defendendo, portanto, que a Lei da Ficha Limpa só pode ser aplicada se o Legislativo (Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Congresso) confirmar a rejeição das contas feita por um desses órgãos.
Opositores exploram mensalão nos palanques e provocam ira do PT
A
exploração do julgamento dos réus envolvidos com o mensalão na campanha
eleitoral gera preocupação para lideranças do PT que sentem o golpe dos
opositores contra os candidatos a prefeito aliados ao Governo da
presidente Dilma Roussef.
A série de condenações no Supremo Tribunal Federal atropelou os planos do PT de manter o mensalão distante das eleições municipais. O tema já está presente em pelo menos metade das disputas das capitais e tende a se alastrar com o julgamento do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu às vésperas do 1.º turno, em 7 de outubro.
O alto comando do PT buscar estratégias para proteger os candidatos e saiu com vídeos na internet classificando a forma de ação dos opositores como um golpe da elite e de setores da mídia.
Os jornais de circulação nacional trouxeram, neste final de semana e, também, na edição desta segunda-feira (estadão.com.br),um retratam a guerra travada entre situação e oposição tendo como principal cardápio o mensalão. O Supremo Tribunal Federal volta a julgar envolvidos com o esquema de distribuição de pagamentos a parlamentares que participaram da primeira gestão do Governo do presidente Lula.
A série de condenações no Supremo Tribunal Federal atropelou os planos do PT de manter o mensalão distante das eleições municipais. O tema já está presente em pelo menos metade das disputas das capitais e tende a se alastrar com o julgamento do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu às vésperas do 1.º turno, em 7 de outubro.
O alto comando do PT buscar estratégias para proteger os candidatos e saiu com vídeos na internet classificando a forma de ação dos opositores como um golpe da elite e de setores da mídia.
Os jornais de circulação nacional trouxeram, neste final de semana e, também, na edição desta segunda-feira (estadão.com.br),um retratam a guerra travada entre situação e oposição tendo como principal cardápio o mensalão. O Supremo Tribunal Federal volta a julgar envolvidos com o esquema de distribuição de pagamentos a parlamentares que participaram da primeira gestão do Governo do presidente Lula.
PT tenta frear ataques a Lula e Guimarães ameaça setores da mídia
Dirigentes
nacionais do PT decidiram reagir, com pulso mais forte e palavras mais
duras, ao que consideram manobra da elite e de setores da imprensa
brasileira para interditar, por meio do julgamento e condenação dos réus
do mensalão, o projeto de poder iniciado com o presidente Luis Inácio
Lula da Silva.
A reação veio após a reportagem da Revista Veja, edição da semana passada, em que declarações atribuídas ao publicitário Marcos Valério vinculam Lula ao mensalão. Segundo a reportagem, o esquema movimentou R$ 350 milhões para o pagamento de mesadas a parlamentares aliados.
“A mídia não pode ser partido político”, diz José Guimarães, ao reafirmar que elite já perdeu nas urnas por três vezes. Guimarães é um dos nomes escolhidos como porta voz da reação petista.
Outro porta voz, o deputado André Vargas (PR), também, bateu duro: “A Veja patrocina os ataques ao governo do PT, aos partidos de esquerda e agora de maneira muito especial o ex-presidente Lula e nós só temos que lamentar que tenha no Brasil um órgão de imprensa com esse comportamento”, afirmou André Vargas.
Com vídeos na internet, os petistas se mobilizam contra possíveis condenações de militantes de expressão política pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dizem não aceitar as ligações que estão sendo feitas no esquema do mensalão ao ex-presidente Lula e ameaçam com o projeto de regulamentação dos veículos de comunicação no Brasil logo após as eleições municipais.
O cearense José Nobre Guimarães tem o irmão, ex-deputado federal José Genoíno, como um dos citados no processo que está sendo julgado no STF. Genoíno, à época do escândalo do mensalão, avalizou, na condição de presidente nacional do PT, empréstimos junto a instituições bancárias.
O dinheiro, de acordo com as investigações, foi usado para beneficiar parlamentares ligados à base do Governo Lula. Os petistas consideram injustas as acusações e acham que injustos e maliciosos são também os ataques ao ex-presidente Lula. Setores da mídia, segundo os deputados André Vargas e José Guimarães, querem, via manobras e denúncias, fragilizar o PT e o Governo Dilma.
Sobre essa polêmica, o site do www.pt.org.b e o blog do Josias de Souza (uol.com.br) trazem trechos e declarações em relação ao movimento deflagrado pelo PT contra as denúncias na imprensa e o comportamento de ministros do STF no julgamento do caso do mensalão.
Confira aqui a declaração do Deputado José Guimarães.
A reação veio após a reportagem da Revista Veja, edição da semana passada, em que declarações atribuídas ao publicitário Marcos Valério vinculam Lula ao mensalão. Segundo a reportagem, o esquema movimentou R$ 350 milhões para o pagamento de mesadas a parlamentares aliados.
“A mídia não pode ser partido político”, diz José Guimarães, ao reafirmar que elite já perdeu nas urnas por três vezes. Guimarães é um dos nomes escolhidos como porta voz da reação petista.
Outro porta voz, o deputado André Vargas (PR), também, bateu duro: “A Veja patrocina os ataques ao governo do PT, aos partidos de esquerda e agora de maneira muito especial o ex-presidente Lula e nós só temos que lamentar que tenha no Brasil um órgão de imprensa com esse comportamento”, afirmou André Vargas.
Com vídeos na internet, os petistas se mobilizam contra possíveis condenações de militantes de expressão política pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dizem não aceitar as ligações que estão sendo feitas no esquema do mensalão ao ex-presidente Lula e ameaçam com o projeto de regulamentação dos veículos de comunicação no Brasil logo após as eleições municipais.
O cearense José Nobre Guimarães tem o irmão, ex-deputado federal José Genoíno, como um dos citados no processo que está sendo julgado no STF. Genoíno, à época do escândalo do mensalão, avalizou, na condição de presidente nacional do PT, empréstimos junto a instituições bancárias.
O dinheiro, de acordo com as investigações, foi usado para beneficiar parlamentares ligados à base do Governo Lula. Os petistas consideram injustas as acusações e acham que injustos e maliciosos são também os ataques ao ex-presidente Lula. Setores da mídia, segundo os deputados André Vargas e José Guimarães, querem, via manobras e denúncias, fragilizar o PT e o Governo Dilma.
Sobre essa polêmica, o site do www.pt.org.b e o blog do Josias de Souza (uol.com.br) trazem trechos e declarações em relação ao movimento deflagrado pelo PT contra as denúncias na imprensa e o comportamento de ministros do STF no julgamento do caso do mensalão.
Confira aqui a declaração do Deputado José Guimarães.
Superintendente da Receita no Ceará alerta para quebradeira em municípios
O número excessivo de servidores e a retenção dos descontos sobre os salários dos funcionários e a contrapartida patronal por parte das Prefeituras criam uma situação caótica na área previdenciária dos municípios cearenses.Esse quadro é desenhado pelo Superintendente da Receita Federal no Ceará, Moacyr Mondardo, em entrevista, nesta segunda-feira (24), ao Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Grande Fortaleza).
Moacyr não revelou dados sobre o montante da dívida, mas admitiu que, a cada administração, o rombo aumenta porque os Municípios renegociam dívidas previdenciárias com o INSS ou não mantêm em dia os repasses para os órgãos municipais de Previdência.
Governo estuda flexibilizar leis trabalhistas
Como parte da agenda para aumentar a
competitividade da economia, a presidente Dilma Rousseff ensaia entrar
num terreno pantanoso para um governo do PT: a flexibilização das normas
trabalhistas. A Casa Civil analisa proposta de projeto de lei pelo qual
trabalhadores e empresas poderão firmar acordos com normas diferentes
das atuais, baseadas na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em
vigor há 69 anos.
Na prática, o projeto permite que os
salários e a jornada de trabalho sejam reduzidos de forma temporária em
caso de dificuldades econômicas. Ele abre caminho também para a
utilização mais ampla do banco de horas, pelo qual os trabalhadores
cumprem horas extras sem receber adicional, e compensam o tempo
trabalhado a mais com folgas.
Os acordos entre empregados e
empresas seriam firmados por meio do Comitê Sindical de Empresa (CSE),
segundo prevê o projeto de lei. As normas à margem da CLT comporiam um
acordo coletivo de trabalho. Empresas que concordarem em reconhecer no
CSE seu interlocutor e os sindicatos que aceitarem transferir ao comitê o
poder sindical terão de obter uma certificação do governo.
O
papel dos sindicatos, nesse sistema, seria o de atuar nas empresas que
optarem por continuar sob o "modelo CLT". Eles também selariam com as
entidades patronais as convenções coletivas - por meio das quais
empregados e patrões definem, anualmente, aumentos salariais. Todos os
membros do CSE terão de ser sindicalizados.
A proposta em
análise foi elaborada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, baseada no
modelo alemão e foi entregue ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência, Gilberto Carvalho. Recentemente, a Casa Civil, que auxilia
Dilma na elaboração de normas legais, pediu para analisar o projeto. Mas
ainda não está certo se o governo adotará o projeto como seu e o
enviará ao Congresso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Urnas eletrônicas começam a ser preparadas para as Eleições 2012
Servidores preparam urnas no município de Aracoiaba (Foto: TRE CE)
Começa nesta segunda-feira, dia 24 de setembro, a preparação das urnas eletrônicas que funcionarão nas próximas eleições. O procedimento, chamado de “carga de urna”, consiste na checagem do funcionamento de todos os dispositivos das urnas e transferência, a partir dos cartões de memória de carga, dos programas da urna, homologados pelo Tribunal Superior Eleitoral, além dos dados de candidatos e eleitores (nome e número do título e informações biométricas, se existirem) da seção correspondente.
Num segundo passo da preparação, cada urna eletrônica recebe um cartão de memória de votação que contém as fotos dos candidatos do município, e as memórias de resultado, que, ao final da eleição, recebem o resultado das seções para transmissão para o TRE. No final do procedimento de carga, as urnas são lacradas e assim permanecem até o dia da eleição.
CANDIDATOS, FISCAIS E MESÁRIOS NÃO PODEM MAIS SER PRESOS ATÉ AS ELEIÇÕES
A partir deste sábado, 22, os candidatos a prefeito e vereador, bem como
os fiscais de partidos políticos e membros da mesa receptora, não podem
ser presos, exceto em flagrante delito. A medida, adotada sempre 15
dias antes das eleições, previne tentativas de burlar ou tumultuar o
processo eleitoral.
Também neste sábado é o último dia para a requisição de funcionários e instalações destinados aos serviços de transporte e alimentação de eleitores no primeiro e eventual segundo turno de votação. Além disso, se encerra o prazo para a divulgação do quadro geral com os percursos e horários dos transportes de eleitores.
Os partidos políticos também têm até hoje para indicar aos juízes eleitorais quem serão seus representantes como fiscais dos trabalhos de votação da próxima eleição. O pleito eleitoral ocorrerá no dia 7 de outubro, quando os 5.566 municípios brasileiros vão escolher seus prefeitos e vereadores.
Também neste sábado é o último dia para a requisição de funcionários e instalações destinados aos serviços de transporte e alimentação de eleitores no primeiro e eventual segundo turno de votação. Além disso, se encerra o prazo para a divulgação do quadro geral com os percursos e horários dos transportes de eleitores.
Os partidos políticos também têm até hoje para indicar aos juízes eleitorais quem serão seus representantes como fiscais dos trabalhos de votação da próxima eleição. O pleito eleitoral ocorrerá no dia 7 de outubro, quando os 5.566 municípios brasileiros vão escolher seus prefeitos e vereadores.
REDES DE ÁGUA E ESGOTO APRESENTAM NÚMEROS NEGATIVOS NO CEARÁ
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2011, divulgada
nesta sexta-feira (21), mostrou índices relativos ao perfil dos
domicílios do Ceará que causam preocupação, como as redes de água e esgoto e a coleta de lixo.
De acordo com a pesquisa, o número de beneficiados com rede de água caiu
de 82,5% em 2005 para 78% em 2011; com rede de esgoto, houve diminuição
de 69,7% para 29%. A coleta de lixo também decresceu, caindo de 85,8%
para 75,4%.
Quanto ao resultado do PNAD, a Cagece informou que vem trabalhando para
elevar esses índices de cobertura. “Em Fortaleza, a Companhia está
realizando obras de ampliação e implantação de redes de esgoto, como as
do esgotamento das bacias do rio Cocó, e também já tem garantidos
recursos em torno de R$ 110 milhões, para licitar novas obras. No
Interior, a companhia investe para beneficiar zonas urbanas, como, por
exemplo, em Aracati e na região da Ibiapaba”.
Apesar dos pontos negativos, existem dados que merecem destaque na pesquisa: os bens duráveis. O número de pessoas com televisores
cresceu no Ceará. A quantidade supera a de geladeiras nas residências
particulares permanentes analisadas pelo levantamento. No estado, o
aumento do número de televisores subiu de 91,4% para 95,%; o crescimento
do número de geladeiras foi de 88% para 91,7%.
"RECESSO BRANCO"
COMENTÁRIO
SEMPRE O RECESSO BRANCO
Há quem defenda que as campanhas
eleitorais sejam financiadas com dinheiro público. O argumento é de que só
assim a política seria moralizada, pois partidos e candidatos não precisariam
recorrer às doações privadas, mãe da corrupção que grassa desvairada na teia de
compromissos espúrios que passa a envolver os eleitos com seus doadores. Mas a
verdade é que as campanhas já são, na prática, financiadas com dinheiro
público. Doações privadas, de modo geral, apenas suplementam as fortunas
que saem do erário a título de contribuição para o exercício da democracia.
Para caracterizar o já existente financiamento público de campanhas, existe o
Fundo Partidário dinheiro que sai do Orçamento diretamente para os cofres dos
partidos. Somente em 2012, milhões de reais tomam este destino, com uma
curiosidade esdrúxula: boa parte do Fundo é constituída por multas aplicadas
pela Justiça Eleitoral contra quem infringiu a legislação. Ou seja: quanto mais
os partidos e seus candidatos descumprirem as leis, maior é o volume de
recursos que recebem! Mas não para aí o escândalo do financiamento
público direto das campanhas. Há
também o indireto, ainda mais atentatório à consciência dos cidadãos e
dos contribuintes. Estamos diante de um caso desses neste exato momento: deputados
estaduais no período em que antecede as eleições municipais de forma natural “estabeleceram”
uma espécie de “recesso branco” para cumprir agendas de campanha em suas bases
eleitorais, quer disputando eles próprios (inclusive o seu presidente), para
apoiar correligionários que concorrem às prefeituras e câmaras municipais. Neste
sentido à atividade parlamentar foi reduzida ao mínimo, limitando-se à
apreciação de projetos de pouca relevância. Segundo quase todos os
deputados dizem que por esta ação seria compreendido pela sociedade. – Certo
seria que a sociedade talvez compreendesse os deputados se eles deixassem de
receber durante o período em que não trabalhassem como na iniciativa privada,
em que funcionários podem tirar licenças não remuneradas quando há um motivo
relevante. Apesar de, no caso dos parlamentares, ser possível questionar a
existência de tais motivos, especialmente para os deputados que não disputam a
eleição e se ausentam da Assembleia apenas para ajudar aliados. Já no caso dos
parlamentares candidatos, poderíamos comparar sua situação à de um trabalhador
que pedisse licença não remunerada para procurar um novo emprego, com a
garantia de retornar ao posto caso a busca fosse infrutífera. Cabe a cada um
avaliar se esse seria um motivo relevante ou não. Mas não: a espécie de
“recesso branco” não implicará nenhum tipo de desconto. Os deputados receberão
normalmente o salário pago com dinheiro religiosamente recolhido aos cofres
públicos pelos contribuintes-eleitores. Quando terminar a nova folga, os
deputados terão recebido integralmente por praticamente um mês inteiro de
inatividade parlamentar. Um prejuízo tão imoral quanto financeiro é o
descumprimento das funções legislativas de que estão constitucionalmente
encarregados os deputados, eleitos pelo voto popular para honrar o “soberano” a
que se propuseram (e juraram cumprir) quando disputaram suas eleições. É um
prejuízo não contabilizado monetariamente, mas é, sem dúvida, uma demonstração
do desprezo que os políticos devotam aos próprios mandatos, à instituição a que
pertencem e à população que os elegeu.
Antônio Scarcela Jorge
O ESCÂNDALO DO COTIDIANO
PP DESVIOU 21
MILHÕES DO FUNDO PARTIDÁRIO
Há
dez dias, a ministra Cármen Lúcia tomou um susto. Acabara de participar de uma
das sessões de julgamento do mensalão, no STF. Ao chegar no seu gabinete na
presidência do TSE, deu de cara com um relatório espinhoso. Tratava de um
episódio envolvendo o PP, Partido Progressista, uma das legendas que estão na
berlinda do Supremo. O texto submetido à análise de Cármen Lúcia informava que
o Tribunal Superior Eleitoral aprovara sem ressalvas prestações de contas do PP
que estavam apinhadas de irregularidades. Auditoria feita posteriormente pela
Receita Federal revelara que as fraudes eram grosseiras. Resultaram em desvios
de R$ 20,1 milhões. Dinheiro público do fundo partidário. Assim como no
escândalo do mensalão, bezuntado com verbas desviadas de contratos firmados com
entes do Estado, o dinheiro do fundo partidário é público. Sai do bolso do
contribuinte e vai à caixa dos partidos para custear despesas correntes do
aluguel de escritórios ao salário dos funcionários. Neste ano de 2012, o fundo
vai custar ao Tesouro R$ 324 milhões. Os defensores do financiamento público
das campanhas eleitorais costumam dizer que só a proibição das doações privadas
terá o condão de tornar as eleições brasileiras imunes a fraudes. A julgar pela
cegueira do TSE e pelo modo como vem sendo gerido o dinheiro destinado a
financiar o funcionamento dos partidos, a tese é mais uma dessas balelas
pendentes de comprovação. (da agência de
notícias O ESTADO).
COMENTÁRIO
FALTA DE ÉTICA
DOS POLÍTICOS
O
“show” político do país através de legendas partidárias algumas de suas
personalidades se candidataram ao título de campeão da decência. Quando a
sociedade arrazoava que o PT quanto oposição ostentava em suas hortes os “guardiões
da ética, toda cúpula naufragou com raríssima exceção”. Vamos ao fato, que
presenciamos por inicio da formação da CPMI a vexatória discussão alusiva ao
“Escândalo Cachoeira” ofereceu um pitoresco flagrante da decomposição moral da
Casa do Povo na voz de um deputado ao criticar o relator Odair Cunha (PT – MG)
que, segundo ele, trata amorosamente os tchutchucas da base aliada e se finge
de tigrão quando julga figuras da oposição. Por outro lado os tucanos
comportam-se de maneira rigorosamente idêntica. Capítulo a parte, foi deveras
deprimente e vergonhosa perante a sociedade a atitude cerimonial própria a
“chefe de estado” como que o Senador Fernando Collor, naquela ocasião
“reverenciou” Cachoeira, que cumpre prisão na penitenciária da papuda indiciado
como contraventor. A proposito a CPMI não resultou de um movimento saneador,
legítimo, para desbaratar o formidável esquema mafioso de Carlos Cachoeira. A
Polícia Federal como organismo de Estado brasileiro já desvendava grande parte
dele e até o DEM se conformava com a espetacular desmoralização do seu
parlamentar modelo, o ex-senador Demóstenes Torres, office-boy de luxo do
contraventor. Em decorrência e por inspiração do presidente Lula, o PT e logo
toda a base aliada saíram em disparada para triturar a oposição. Quando
tentaram pisar no freio, já era tarde: se a oposição tinha um governador
implicado na saracoteia, a situação estava com dois e a principal empreiteira
do PAC, a Delta, afundada até o pescoço no lodaçal. As origens da imoralidade
no Brasil remontam às ambiguidades das instituições do colonizador, entre elas,
a Santa Inquisição. Em 1945, derrubado o Estado Novo fascista, a conservadora
UDN empunhou a bandeira da “eterna vigilância” sem conseguir definir quais eram
os seus adversários. O “demente” Jânio Quadros (como é da natureza, não se
isenta o Brasil, que faz parte de uma pequena lista de “personagens” que
acenderam ao poder). Após as eleições de 60 se comprovou que a campanha presidencial
apenas inovara na maneira de receber “ajudas” – a sua parte preferia em
espécie. O golpe de 1964 tinha pretensões moralizadoras, mas esqueceu-as
rapidamente. O oposicionista MDB logo se
dividiu em “autênticos” e “moderados”, estes com imoderados apetites. O PT foi
criado em 1980 para neutralizar a força do “partidão” (o PCB) na estrutura do
MDB e liquidar o peleguismo corrupto. Empolgou o país; chegou ao poder, entretanto
não se livrou das pragas que contaminaram o exercício do poder: dois anos
depois, em 2004, já estava enredado num escândalo, orquestrado pelo mesmo
Carlinhos Cachoeira. Depois veio o
mensalão, “a menina protetora” de Lula em prol de seus participantes.
Nascido no PMDB, o PSDB pretendia manter-se longe do radicalismo e das
trambicagens de Orestes Quércia. Com a bandeira da social-democracia e o
suporte de quadros de nível pretendia criar uma combinação de eficiência com decência.
Produziu façanhas, entre elas entregar a faixa presidencial ao opositor, mas a
presença do tucano goiano Marconi Pirillo na teia de Cachoeira mostra que a
experiência paulista não conseguiu federalizar-se. A busca da verdade não tem
condições de prosperar em ambientes dominados pela busca desmedida de poder.
Ética é uma forma de abrir mão do poder. Um partido da ética precisaria um
compromisso básico com a probidade. O resto é secundário, não faltam
administradores competentes em nossa vida pública para atender às necessidades
nacionais, estaduais e municipais. O conceito de “rouba, mais faz” é a nossa
desgraça. Criado por Ademar de Barros, gloriosamente amplificado por Paulo
Maluf três décadas depois. Alias, é “digno” de registro; aqui: ainda tem “Malufistas”
uma cidade que “cresceu” sob “ideologia metafísica” e vulgar na forma de comportamento
de seus políticos e, correndo o risco de ser ressuscitado por outros “populistas”.
Carlos Cachoeira é o símbolo de uma obsessão apolítica, multipartidária, sem
bandeiras. Só será erradicado por uma coligação de largo espectro composta em
partes iguais por tchutchucas e tigrões. A sociedade em comum espera que este
quadro desolador da política brasileira, advinda há décadas, despertando para o
mesmo formato seja pelo menos amenizado através de sólidos pensamentos de uma
nova sociedade que figura através de uma geração sintonizada com a modernidade
básica de conceito ético que certamente sucederá pessoas e conceitos éticos,
diante de um povo que não é levado a sério.
Antônio
Scarcela Jorge
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