
Luiz Carlos Farias, membro da comissão que trata do assunto na Assembleia Legislativa, explica que com base no projeto em análise pelo senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), o Ceará poderá ficar sem nenhum novo município, uma vez que, entre as novas exigências, nenhum distrito cearense atende à questão de distancia territorial superior a duzentos quilômetros quadrados da sede-mãe, nem mesmo a área da Jurema, em Caucaia, que, entre os distritos analisados, possui estrutura econômica considerável para ser emancipado.
Conforme o relatório do senador Valdir Raupp, o novo projeto deixa mais claros os indicadores quantitativos mínimos exigidos para viabilidade municipal, substituindo, por exemplo, o pouco trivial cálculo necessário para se aferir a existência de “núcleo urbano consolidado dotado de um mínimo de edificações para abrigar famílias em número resultante da divisão do valor de 20% da população da área que se pretende emancipar” por um “núcleo urbano consolidado, cujo número de imóveis seja superior à média observada nos municípios que constitua os 10% de menor população do Estado”. A nova proposta mexe, ainda, no número populacional dos municípios a serem emancipados, que, segundo o texto, no Nordeste, deve ser superior a 12 mil habitantes.
O projeto foi aprovado na última sexta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Agora, deve ser encaminhado para o plenário da Casa, e depois para a Câmara dos Deputados.
SAIBA MAIS
Um total de 45 distritos pediram emancipação à Assembleia Legislativa, mas, somente, 30 projetos foram aprovados. Os projetos estão prontos há mais de dois anos e aguardam as consultas plebiscitárias. Contudo, diante deste novo impasse, novos estudos devem ser realizados, para que sejam readequados à nova lei.
Fonte: Jornal O Estado
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