A pandemia da Covid-19 ainda não está longe de acabar e parece que as más notícias podem não ficar por aqui. O professor Jean-Jacques Muyembe Tamfum, um cientista que esteve por detrás da descoberta da doença Ébola, afirma que após a Covid-19, a humanidade poderá ter de enfrentar uma doença ainda mais devastadora e mortal.
De acordo com este cientista, o futuro parece ser mais “apocalíptico” do que o presente com o novo coronavírus. Muyembe Tamfum dirige atualmente o Instituto Nacional de Investigação Biomédica em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, e alerta que mais doenças zoonóticas – que se transmite de animais para humanos – estão nas previsões da comunidade científica.
Na origem destas doenças zoonóticas no horizonte estão práticas ambientais insustentáveis que a humanidade tem vindo a adotar. A indústria da carne, descreve o jornal Daily Star, geralmente mantém o gado em alojamentos fechados e anti-higiénicos, aumentando assim a probabilidade de doenças transmissíveis para os humanos em ambientes como os mercados húmidos da China.
Com a destruição ambiental que tem vindo a ganhar espaço, muitas espécies não sobreviveram e animais pequenos como ratos e morcegos adaptaram-se. Como? Passaram a viver cada vez mais perto dos humanos. Ambiente perfeito para doenças zoonóticas prosperarem.
Médicos em Kinshasa estão atualmente a tratar de uma mulher com sinais de febre hemorrágica e já há temores de que esta possa ser a paciente zero da “doença X”, uma nova doença desconhecida, tal como a Ébola e a Covid o eram.
CM Mundo
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