O meteoro que caiu na Rússia na sexta-feira passada produziu as mais
fortes ondas de infrassom já detectadas por uma rede criada para
monitorar testes de bombas atômicas. Inaudíveis para os ouvidos humanos,
estas ondas têm uma frequência inferior a 10 hertz (Hz) e foram
registradas por 17 das 45 estações de detecção de infrassom já
instaladas pela Organização do Tratado de Banimento de Testes Nucleares
(CTBTO, na sigla em inglês) pelo mundo, inclusive uma na Antártica, a 15
mil quilômetros de distância do incidente.
- Vimos logo de cara
que o evento era enorme, da mesma ordem do que ocorreu em Sulawesi em
2009 – comentou Pierrick Mialle, cientista da área de acústica da CTBTO.
- As observações estão entre as maiores que as estações de infrassom da
CTBTO já detectaram.
Ouça o registro do meteoro na Rússia, modificado e acelerado para ser audível por seres humanos
Até
a semana passada, a explosão do meteoro sobre a região de Sulawesi, na
Indonésia, tinha produzido as mais fortes ondas de infrassom já
detectadas pela rede. O bólido que atingiu a atmosfera da Terra em 2009
tinha cerca de 10 metros de diâmetro e explodiu no ar com uma potência
equivalente a 50 quilotons, ou aproximadamente três vezes a bomba que
destruiu Hiroshima. Já as últimas estimativas sobre o meteoro que caiu
na Rússia indicam um objeto com 17 metros de diâmetro e 10 mil toneladas
que explodiu com uma potência de cerca de 500 quilotons
A rede
de monitoramento de CTBTO começou a ser construída em 2001 como parte do
esforço internacional para monitorar o cumprimento do tratado que
proíbe a realização de testes atômicos. Assinado em 1996, o acordo tem a
participação de 183 países, mas ainda aguarda ratificação de algumas
das principais potências nucleares do mundo, incluindo China, EUA, Índia
e Paquistão. Além de verificar a ocorrência dos testes, o sistema ajuda
a evitar que incidentes como o que aconteceu na Rússia sejam
confundidos com um ataque, deflagrando um conflito nuclear.
-
Sabemos que (a queda do meteoro) não foi uma explosão em um ponto fixo
porque podemos observar as mudanças na direção do objeto enquanto ele se
movia em direção em direção do solo – explicou Mialle. - Não foi uma
única explosão, ele estava queimando, viajando mais rápido do que a
velocidade do som. É assim que também pudemos distingui-lo de explosões
em minas e erupções vulcânicas. Cientistas ao redor do mundo usarão os
dados do CTBTO nos próximos meses e anos para entender melhor estes
fenômenos e saber mais sobre a altitude, a energia liberada e como o
meteoro se fragmentou.
Além das ondas de infrassom, sismógrafos da
rede da organização no Cazaquistão e áreas próximas do impacto
detectaram a queda do meteoro. Três dias antes do incidente com a rocha
espacial, em 12 de fevereiro, duas estações de infrassom e 94
sismógrafos da organização já haviam observado uma atividade incomum na
Coreia do Norte, que mais tarde anunciou ter realizado teste de uma
bomba atômica.
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O GLOBO
Ex-técnico do São Paulo e goleiro do Chile, Rojas precisa de transplante de fígado para curar hepatite
O ex-goleiro chileno Roberto Rojas, que foi por muito tempo preparador
de goleiros do São Paulo e até técnico do time principal em 2003,
precisa de um transplante de fígado para curar uma hepatite C.
"Me disseram que preciso de um novo fígado, o meu só funciona 20%. Foi
quando eu estava sentindo alguns incômodos", falou Rojas para o
UOL Esporte nesta
quarta-feira. "Há quatro meses não me senti bem. Tinha falta de ar. Me
fizeram uma cirurgia e tiraram 11 litros de líquido. Sentia muitas dores
na cabeça."
“Essa hepatite foi detectada há um ano e meio atrás e agora preciso de
um transplante. Estou fazendo os tratamentos”, continuou.
05.mai.2003
- Roberto Rojas, técnico do São Paulo, conversa com o meia Ricardinho
durante treino da equipe tricolor, no CT da Barra Funda Fernando Santos/Folhapress
Rojas é numero 257 de uma lista de 5 mil para o transplante do hospital
Albert Einstein. Questionado sobre isso, afirmou não ter ideia de
quando isso possa ocorrer. "Nesse momento não sei. São as pessoas que
estão avaliando que vão saber disso."
De acordo com a mulher do jogador, Viviane, o casal tem que ficar o
tempo todo preparado, pois a qualquer momento o ex-jogador jogador pode
ser chamado.
Enquanto isso, Rojas faz tratamento em casa a base de alguns remédios,
diuréticos e com alimentação sem sal. O ex-goleiro contraiu a doença há
cerca de 15, 20 anos, provavelmente por uma transfusão de sangue quando
fez uma cirurgia de vesícula.
“Temos que ficar sempre no telefone ligado, 24 horas por dia pra
ligação e tem caso da compatibilidade sanguínea. O hospital liga e fala
que tem que se apresentar. É rápido e tem que estar preparado”, falou a
mulher do jogador.
Rojas vive em São Paulo atualmente e está fora do futebol. Ele ficou
conhecido mundialmente em 1989 depois de simular ter sido atingido por
um sinalizador em um jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, pelas
eliminatórias sul-americanas.
De maneira premetidada, o goleiro e sua equipe tentavam cancelar o jogo
para evitar a desclassificação chilena para o Mundial de 1990, na
Itália. O arqueiro entrou em campo com uma lâmina de barbear escondida
disposto a simular uma agressão ou corte em algum lance da partida.
Mas o sinalizador atirado por uma torcedora acabou por servir, na base
do improviso, como parte do plano do arqueiro, que simulou ter sido
atingido. O jogo foi paralisado, e os chilenos abandonaram o campo
alegando falta de segurança.
Mas, após algumas investigações, a Fifa descobriu a farsa e decidiu
banir Rojas do futebol e suspender o Chile de jogos internacionais por
cinco anos. No começo da década de 2000, a Fifa decidiu retirar a
punição e permitiu que o ex-goleiro voltasse a trabalhar no futebol.
Rojas foi treinador de goleiros do São Paulo até 2006 e depois deixou o
clube.
-
Rosenery Mello do Nascimento, a “fogueteira do Maracanã”, teve
constatada morte cerebral neste sábado, aos 45 anos. Ela estava no
Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, após sofrer um
aneurisma cerebral. Os médicos tentaram a operação, mas ela não resistiu
ao procedimento. Rosenery ficou famosa por ser protagonista de uma das
histórias mais inusitadas do futebol. Em 1989, durante uma partida
válida pelas Eliminatórias da Copa de 1990 entre Brasil e Chile, ela
disparou um sinalizador na direção do campo.
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