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terça-feira, 1 de julho de 2014

NOVA RUSSAS: A MENTIRA JAMAIS PREVALECERÁ

Um esgoto não deve ser utilizado como parâmetro para determinar se esta ou aquela cidade está ou não na UTI.Um colega de imprensa postou uma foto em seu site afirmando que Nova Russas está na UTI, porque possui alguns esgotos a céu aberto, e a foto em questão, apresenta um esgoto na Rua do Bequinho, no bairro Alto da Boa Vista, que segundo o colega, a mais de 06 meses os moradores cobram solução.

Seis meses não, nobre colega.Desde que casas foram construídas naquela área, que aquele esgoto existe.Nova Russas tem mais de 90 anos de Emancipação Política, e aquele esgoto existe há no mínimo uns 40 anos.

A pergunta que o nobre colega deveria fazer aos políticos de Nova Russas, principalmente aos que participaram de gestões passadas, ''qual foi o motivo de ao longo da história do município, não terem investido em Saneamento Básico'', por que uma administração que comandou Nova Russas por 12 anos, realizou uma Obra denominada Sanear, que alguns denominam ''Sacanear'' e não contemplou todos os bairros da Sede.

Se formos considerar que uma cidade está na UTI, simplesmente porque tem esgotos a céu aberto, então não somente Nova Russas está na UTI, mas todos os municípios brasileiros estão na UTI, inclusive, àqueles que o nobre colega apresenta em suas postagens, como os melhores do mundo.A pergunta para refletirmos é: Será que Catunda, Ararendá, Poranga, Pedro II, Ipueiras, Tamboril, Crateús, Ipaporanga e demais municípios cearenses não apresentam nenhum problema com Saneamento Básico? Outra pergunta: Porque será que uma parte da imprensa de Nova Russas faz tanta questão de mostrar os problemas do município, problemas estes quase centenários, e não o faziam em gestões passadas, quando de alguma forma alguns eram beneficiados? Outra: Porque será que alguns municípios da região são apresentados como perfeitos, verdadeiros paraísos e somente Nova Russas tem problemas? Com a palavra a população e o amigo leitor.

Os problemas existentes em Nova Russas não podem ser resolvidos da noite pro dia, mas esperamos que a atual administração consiga resolvê-los, pelo menos em parte.A imprensa tem um papel fundamental na cobrança de resoluções, mas não deve utilizar desta função, para chantagear, faltar com a verdade, tentar alienar as pessoas.

Nosso País enfrenta um grave problema na Área de Saneamento Básico, e não podemos ser irresponsáveis publicando matérias que visam simplesmente atacar por atacar.O papel da verdadeira Imprensa é muito maior que isso.Eu procuro fazer com verdadeira fundamentação.Veja esta matéria do dia 19 de março deste ano:
Brasil é o 112º em ranking de saneamento básico mundial

Apesar de ser a sétima economia do mundo, o Brasil ocupava a 112ª posição em um conjunto de 200 países no quesito saneamento básico, em 2011, segundo aponta um estudo divulgado nesta quarta-feira, pelo Instituto Trata Brasil e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, durante o fórum Água: Gestão Estratégica no Setor Empresarial.

O objetivo do estudo foi apontar benefícios que poderiam ser obtidos com mais investimentos em saneamento básico, melhorando a qualidade de vida do brasileiro e elevando a economia do país.
De acordo com esse trabalho, o Índice de Desenvolvimento do Saneamento atingiu 0,581, indicador que está abaixo não só do apurado em países ricos da América do Norte e da Europa como também de algumas nações do Norte da África, do Oriente Médio e da América Latina em que a renda média é inferior ao da população brasileira. Entre eles estão o Equador (0,707); o Chile (0,686) e a Argentina (0,667). O índice é mensurado com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do Programa  das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Na última década, o acesso de moradias à coleta de esgoto aumentou 4,1%, nível abaixo da média histórica (4,6%). Em 2010, 31,5 milhões de residências tinham coleta de esgoto. A região Norte foi a que apresentou a melhor evolução, apesar de ter as piores condições no país com 4,4 milhões de casas sem coleta. Somente o estado do Tocantins conseguiu ampliar o atendimento em quase 21%.

No Nordeste, um universo de 13,5 milhões não contavam com esses serviços e em mais de 6 milhões de lares não havia água tratada. O maior número de residências sem coleta foi registrado no estado da Bahia (3,3 milhões), seguido pelo Ceará (1,9 milhão)

No Sul, mais 6,4 milhões de residências também não contavam com os serviços de coleta e os estados com os maiores déficits foram: Rio Grande do Sul (2,8 milhões) e Santa Catarina (1,9 milhão).  Já no Sudeste, com os melhores índices de cobertura, ainda existiam 8,2 milhões de moradias sem coleta.

Segundo advertem os organizadores do estudo, "a situação do saneamento tem reflexos imediatos nos indicadores de saúde". Eles citam que, em 2011, a taxa de mortalidade infantil no Brasil chegou a 12,9 mortes por 1.000 nascidos vivos, superando às registradas em Cuba (4,3%), no Chile (7,8%) e na Costa Rica (8,6%).

Outro efeito direto da precariedade do saneamento, conforme destaca o estudo, refere-se à expectativa de vida da população (73,3 anos) em 2011, que ficou abaixo da média apurada na América Latina (74,4 anos). Na Argentina, a esperança de vida atingiu 75,8 anos e no Chile 79,3 anos.

O estudo destacou ainda que, se houvesse cobertura ampla do saneamento básico, as internações por infecções gastrintestinais que, segundo dados do Ministério da Saúde atingem 340 mil brasileiros, baixariam para 266 mil. Além da melhoria na qualidade da saúde isso representaria redução de custo, já que as internações levaram a um gasto de R$ 121 milhões, em 2013.

Pelos cálculos desse trabalho, a universalização traria uma economia das despesas públicas em torno de R$ 27,3 milhões ao ano e mais da metade (52,3%) no Nordeste. Outros 27,2% no Norte e o restante diluído nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Conforme os dados, em 2013, 2.135 vítimas de infecções gastrintestinais perderam a vida - número que poderia cair 15,5%. A universalização do saneamento também diminuiria os afastamentos do trabalho ou da escola em 23% , o que poderia implicar em queda de R$ 258 milhões por ano. Em 2008, 15,8 milhões de pessoas ou 8,3% da população brasileira faltaram ao serviço ou às aulas por pelo menos um dia, sendo que 6,1% ou 969 mil por problemas causados por diarreias.  Deste total, 304,8 mil eram trabalhadores e 707,4 mil frequentavam escolas ou creches.

Outro benefício apontado pelo estudo, seria a dinamização do turismo com a criação de quase 500 postos de trabalho e renda anual de R$ 7,2 bilhões em salários, além de incremento na formação do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma da riqueza gerada no país, da ordem de R$ 12 bilhões.

Agência Brasil


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