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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Habilitação para cinquentinhas tem preço 'inviável'

A lambreta que João Luís de Lima, 63, usa para trabalhar foi comprada de segunda mão, "depois de muita economia", por cerca de R$ 1.200. Mas, desde novembro passado, quando o emplacamento e a Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC) e se tornaram obrigatórios no Estado, o vendedor de imãs de geladeira circula pela Capital apreensivo, já que não possui o documento necessário para pilotar sua "cinquentinha".

O autônomo, a exemplo de grande parte dos condutores de ciclomotores no Ceará, afirma que o valor para emissão da ACC é elevado, quase equivalente ao da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria A, utilizada para motos, razão que tem inibido a procura pela habilitação. No Estado, mais de 1.000 "cinquentinhas" já foram emplacadas de novembro até agora, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mas nenhuma autorização para condução foi emitida ainda.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Veículos do Estado (Sindcfcs), Wellington Santos, "não existe motivo para as autoescolas cobrarem o mesmo valor para ACC e CNH de motos, já que o processo para a autorização é bem mais curto. Elas estarão desobedecendo à regra", denuncia. Na prática, contudo, é isso que acontece.

DN Online

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