Acusado foi preso com carro clonado e objetos para possíveis práticas criminosas. |
Pelas cores, bem que este macacão da foto poderia ser algum palhaço, porém era um dos instrumentos usados por uma quadrilha especializada em assaltos e furtos qualificados. O traje é feito de um material especial que confunde as imagens das câmera durante à noite.
A roupa estava com o cearense Klevi Lessa Xavier, preso em Piripiri, mas foragido da Polícia do Ceará por diversos crimes. Nos dois roubos mais recentes, o prejuízo para lojas de celulares foi de mais de R$ 500 mil, em Tianguá.
No momento da abordagem da Força Tática (Cb Edilson, Cb Marta e Sd Diego), no residencial Petecas, Klévi estava em uma Hilux SW4 clonada, que na verdade foi roubada em Juazeiro do Norte e tinha documentação falsa. Ele estava mais do que ostentando com o carrão pela cidade de Piripiri.
O detalhe é que esta Hilux roubada era um "clone" de uma Hilux pertencente ao Agente Chiquinho do DEMUTRAN de Nova Russas, que há alguns meses estava recebendo notificações de multas de locais que ele jamais esteve. Inclusive, o Agente Chiquinho, que também é comerciante em Nova Russas, já havia registrado Boletim de Ocorrência sobre esta situação e aguardava que em algum momento este "clone" de seu veículo fosse apreendido, o que acabou acontecendo neste último final de semana.
A Polícia acredita que Klevi Lessa Xavier e os colegas da quadrilha pretendia atuar também na região de Piripiri. Dentro do carro foram encontrados ainda pés-de-cabra, possivelmente usados em arrombamentos.
Klevi estava em Piripiri desde o dia 19/04, no residencial Petecas, na casa de uma mulher a qual conheceu pela internet e estavam mantendo um relacionamento. Ela diz que não sabia do histórico do cearense e que se iludiu. Um colega dele conseguiu se evadir pela mata.
"Está aí a importância de se fazer abordagens. A Força Tática conseguiu evitar a ação dele na região e entregá-lo à justiça que o procurava", enfatiza major Costa Neto, subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar de Piripiri.
Saiba mais
O que é clonagem de veículos?
O fenômeno da clonagem de veículos já vem de várias décadas (há registros certos já na década de 1970, sendo possível a existência de casos anteriores), e nunca parou de crescer. Se trata de um crime tipificado no Art. 311 do Código Penal Brasileiro, mas dependendo dos casos podem ser aplicados, entre outros, também os Artigos 171 (estelionato), 180 (receptação) e 297 (falsificação de documento público), sempre do C.P. Brasileiro.
Hoje em dia existem várias modalidades de clonagem (desde as mais refinadas até as grosserias) e várias finalidades para as quais cada tipo de clonagem é normalmente feita, vamos sintetizar os principais casos:
Clonagem Parcial.
Se trata de clonagem de veículos iguais em suas características principais (modelo, cor etc...), mas que não chega a adulterar o número do chassis, se limitando a adulteração/clonagem da placa e da documentação. Esta modalidade é frequentemente adotada para carros roubados, de todas as categorias, que são sucessivamente revendidos em outros estados ou, as vezes, no exterior. Em alguns casos é o sistema usado por criminosos que querem se locomover em carros roubados sem correr grandes riscos.
Os documentos são falsificados por completo, ou, em alguns casos, falsificados adulterando documentos originais roubados ou extraviados.
Clonagem de Placa
Consiste na simples clonagem da placa de um veículo sem problemas num veículos roubado ou com outras restrições. Em alguns casos até em veículos sem problema algum, com a única finalidade de evitar multas e pontuação na CNH.
Há vários graus de refino nesta operação sendo que se passa da simples troca de placa, sem atenção ao modelo e cor do veículo, até a troca de placa em veículos com características similares ou iguais. Sistema usado sobretudo por criminosos para circular com mais facilidade em veículos roubados, além de outras pessoas sem escrúpulos para evitar multas e pontuação.
Quem tiver seu carro clonado (normalmente isso se descobre na hora em que iniciam a aparecer multas não reconhecidas), tem que se preparar para enfrentar alguns transtornos. Primeiramente é fundamental fazer um B.O. numa delegacia, de preferência especializada em roubo de veículos. Logo depois precisa entrar com recursos no Detran relativamente a todas as multas não reconhecidas, anexando o B.O. e todo tipo de prova possível de que o carro original não estava no local e horário indicados na multa.
Em alguns estados o Detran permite a troca de placa uma vez comprovado legalmente que existe um carro clonado em circulação. Nos demais é aconselhável entrar com uma ação na Justiça pedindo que seja deferida a troca da placa por causa da existência de um carro clonado em circulação.
Com informações do site Piripiri Repórter
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