Você
sabia que o mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e
chikungunya, não é nativo do Brasil? A palavra Aegypti significa “egípcio”. Foi
naquele país africano que houve o primeiro registro de aparição desse inseto,
em 1762.
A chegada ao Brasil foi registrada no século XIX, ainda no período
colonial, provavelmente pelos navios negreiros.
Por se
adaptar bem a climas tropicais, o mosquito acabou se instalando por aqui, há
cerca de 40 anos, como explica o médico sanitarista da FioCruz, Claudio
Maierovitch.
“Acredita-se
que o Aedes aegypti tenha vindo da África ainda na época do tráfego de escravos
no Brasil e, naquela época, ele foi o responsável pela transmissão da febre
amarela urbana e chegou a comprometer o comércio exterior do Brasil no início
da República.
No século XX, houve um grande combate e o uso massivo de
inseticidas, em uma época que as cidades ainda eram pequenas. Então o mosquito
foi eliminado do Brasil”, afirma.
Apesar das medidas de combate intensas naquele período, o Brasil voltou a ser
vítima da dengue nos anos 1980.
Hoje, também com o registro da chikungunya e
zika no país, o Aedes é responsável por grandes epidemias em todas as regiões,
com doenças que podem levar à morte.
As
estações bem definidas nos estados brasileiros, com calor intenso e chuvas
frequentes, contribuem para a proliferação do mosquito.
Por essa razão, a única
forma de frear as ações danosas do Aedes aegypti é eliminando possíveis
criadouros com água parada, como garrafas plásticas, pneus velhos e vasos de
plantas e tampando as caixas d’água.
Você já
combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua
família.
Agência do Rádio Mais
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