Por volta das 16h, agentes do Instituto Médico Legal (IML) de Euclides da Cunha, chegaram para remover o cadáver.
Conforme a polícia, somente após os exames de necropsia será confirmada a causa da morte e o sexo.
Os agentes acreditam que o corpo possa ser do sexo masculino, pois estava vestindo uma bermuda de nylon de cor preta e camisa de algodão. Há suspeitas de que o corpo estava no local a mais de um mês.Ainda de acordo com os agentes, os ossos não apresentavam sinais de violência, mas só será comprovado após perícia. A ossada foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML).
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Fonte: Face Euclides
Quase metade dos brasileiros está acima do peso, indica pesquisa
Estudo divulgado esta quarta (10) pelo Ministério da Saúde indica que o excesso de peso e a obesidade aumentaram no país no período de 2006 a 2011. De acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), a proporção de pessoas acima do peso no Brasil passou de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011, enquanto o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8% no mesmo período.O aumento da obesidade e do excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso, enquanto em 2011 as proporções passaram para 52,6% e 44,7%, respectivamente.
Entre os homens, o problema do excesso de peso começa cedo e atinge 29,4% dos que têm entre 18 e 24 anos. Entre homens de 25 a 34 anos, o índice quase dobra, chegando a 55%. Dos 35 aos 45 anos, o percentual é de 63%.
Dados do ministério indicam que o excesso de peso na população brasileira também está ligado a fatores como idade. O envelhecimento, segundo a pasta, tem forte influência nos indicativos – sobretudo femininos. O estudo aponta que 25,4% das mulheres entre 18 e 24 anos está acima do peso. A proporção aumenta para 39,9% entre mulheres de 25 a 34 anos e chega a 55,9% dos 45 aos 54 anos.
Em relação à obesidade, 6,3% dos homens de 18 a 24 anos se encaixam nessa categoria, contra 17,2% dos homens de 25 a 34 anos. Entre as mulheres, 6,9% das que têm de 18 a 24 anos são obesas. O índice quase dobra entre mulheres de 25 a 34 anos (12,4%) e quase triplica entre 35 e 44 anos (17,1%). Após os 45 anos, a frequência da obesidade se mantém estável, atingindo cerca de um quarto da população feminina.
Foram entrevistados 54 mil adultos em todas as capitais do país e no Distrito Federal entre janeiro e dezembro de 2011. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, o objetivo é acompanhar os hábitos da população brasileira e subsidiar políticas públicas.
Mínimo deveria ser de R$ 2.295,58 em março, diz Dieese
O salário mínimo do trabalhador no País deveria ter sido de R$ 2.295,58 em março, a fim de suprir as necessidades básicas dos brasileiros e de sua família, como constata a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 273,25, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 3,69 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 622.
O valor estimado pelo Dieese em março é ligeiramente menor do que o apurado para fevereiro, quando o mínimo necessário fora calculado em R$ 2.323,21, ou 3,74 vezes o patamar atual. Há um ano, o salário mínimo necessário para suprir as necessidades dos brasileiros era de R$ 2.247,94, equivalente a 4,12 vezes o mínimo em vigor naquele período, de R$ 545.
A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em março deste ano, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior e também em relação a igual período de 2011.
Na média das 17 cidades pesquisas pelo Dieese, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 84 horas e 53 minutos para realizar a mesma compra que, em fevereiro, exigia 85 horas e 30 minutos. Já em março de 2011, a mesma compra necessitava de 96 horas e 13 minutos.
Mãe é presa por jogar água quente no filho de 5 anos
Uma mulher de 30 anos foi presa no último domingo em Campos de Goytacazes, zona norte do Rio de Janeiro, por ter jogado água fervente no filho de cinco anos de idade. De acordo com a Polícia Civil, a mãe vai responder pelo crime de lesão corporal.Segundo a Polícia Civil, Jociara Rangel Barreto foi levada para o 134º DP por agentes militares que receberam a denúncia da agressão por uma vizinha. Em depoimento, Jociara assumiu ter jogado água na criança e disse que estava nervosa por ter discutido com o companheiro e ter visto os dois filhos, um de três anos e o outro de cinco anos, brigando.Agentes da Polícia Civil afirmam que a criança, que foi levada para um hospital da região, foi ouvida pela polícia e confirmou a agressão da mãe.
TCM orienta transição nos municípios
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) iniciou nesta
terça-feira, em Pentecoste (Vale do Curu), seu programa de encontros
regionais no interior. O objetivo, segundo o presidente do órgão, Manoel
Veras, é estimular a transparência na gestão pública e ajudar os
gestores municipais – prefeituras e Câmaras, no cumprimento da
legislação nos momentos pré e pós- eleitoral.
“Desejamos contribuir para uma transição administrativa tranqüila e
evitar o retorno de velhas práticas que possam conduzir a situações de
desmonte do patrimônio que pertence à sociedade”, diz Veras.
Nesta quarta-feira, a partir das 8 horas, o evento acontecerá no
Eusébio, mais precisamente na Escola Profissionalizante Eusébio de
Queiroz (Rua Maria Teixeirqa Jocas, s/n). Ali, estarão reunidos
representantes de Aquiraz, Beberibe, Aracati, Fortim, Cascavel, Caucaia,
Chorozinho, Eusébio, Icapuí, Fortaleza, Horizonte, Itaitinga, Pacajus e
Pindoretama.
Prefeito cassado não tem de pagar custos de nova eleição
Os custos de eleições suplementares não devem ser pagos pelo prefeito
que teve o registro indeferido pela Justiça depois de vencer a disputa.
Principalmente, se o prefeito concorreu graças a uma decisão judicial
que lhe garantia o direito ao registro eleitoral. Este foi o
entendimento fixado pela 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, ao derrubar a sentença que havia condenado um ex-prefeito a pagar indenização de R$ 6 mil para a União.
José Luiz de Sá Sampaio (PSB), ex-prefeito do município pernambucano
de Caetés, venceu as eleições de 2008 com 54% dos votos válidos. Tomou
posse, mas já em janeiro foi apeado do cargo por conta de uma decisão do
Tribunal Superior Eleitoral, que indeferiu seu registro. Sampaio havia
sido vice-prefeito da cidade entre de 2001 a 2008, durante a gestão de
seu pai à frente da prefeitura. Assumiu o comando da Prefeitura em março
de 2008 com a renúncia do pai e se candidatou à reeleição.
Em primeira instância, a Justiça Eleitoral barrou o registro. Depois,
o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco deferiu o pedido de
registro. Os juízes entenderam que o vice-prefeito reeleito que
substitui o titular pela primeira vez tem o direito de concorrer à
reeleição, mesmo sendo seu parente. Depois das eleições, o TSE rejeitou o
registro. Para os ministros, a eleição de Sampaio configuraria o
exercício de três mandatos seguidos por membros da mesma família, o que,
de acordo com a jurisprudência do tribunal, é ilegal.
O combate à homofobia não pode ser “catolicofóbico”, “evangelicofóbico”, “diferentofóbico”. Ou: Movimento gay quer passar de beneficiário da liberdade de expressão à condição de censor?
Escrevi na quinta-feira um post sobre um processo
a meu ver absurdo que o Ministério Público move contra o pastor Silas
Malafaia. Expliquei ali o contexto. Quando, em junho do ano passado, a
passeata gay caracterizou 12 modelos como santos católicos e os levou à
avenida para representar situações “homoafetivas”, Malafaia, em seu
programa de TV, acusou a agressão à crença de milhões de pessoas e
afirmou: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras,
sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender. É uma
vergonha!” Explico naquele texto por que é absurda a afirmação de que se
trata de incitamento à violência: 1) católicos, enquanto católicos, não
agridem ninguém (ao contrário até: vivem sendo moralmente agredidos);
2) o pastor não é um líder daquela religião, por óbvio, e não teria como
incitar aqueles que estão fora de seu campo de influência. Obviamente,
falava de modo metafórico, opinava em favor de uma reação da Igreja —
que, diga-se, ficou bem murchinha…
O post já tem mais de 700 comentários — e devo ter deixado de publicar outro tanto de pessoas que se manifestam com impressionante rancor. Ou, então, que deixam claro não saber como funciona a democracia. Olhem aqui: eu não dou bola para correntes da Internet, não! Zero! Não me intimido com trabalho organizado de lobbies. Penso o que penso. Se gostarem, bem; se não, a Internet conta com milhões de páginas pessoais. Por que ficar sofrendo na minha? Posso não pensar sobre a homossexualidade o que pensa Malafaia — embora, creio, façamos crítica muito parecida à tal lei que pune a homofobia: é autoritária, fere a liberdade religiosa e cria uma categorias de indivíduos acima da crítica.
Muito bem! E daí que eu não pense o mesmo? Devo silenciar diante de uma óbvia tentativa de calá-lo, ao arrepio, parece-me, da lei? Sim, a Justiça vai decidir, mas posso e devo dizer o que acho. Acho que estão recorrendo a uma óbvia linguagem metafórica com o propósito de se vingar de um notório crítico da dita Lei Anti-Homofobia. Entendo que estamos diante de um caso clássico de uso da lei para intimidar ou calar aquele que pensa de modo diferente.
Os grupos do sindicalismo gay fazem uma enorme pressão para que ele seja punido. Venham cá: que parte da cultura democrática essa gente não entendeu direito? Então eles podem pegar símbolos de uma denominação cristã, que têm valor para mais de um bilhão de pessoas, submetê-los a uma, como posso dizer?, “interpretação livre”, mudando ou mesmo invertendo seu sentido moral, mas um líder religioso deveria ser impedido de dizer o que pensa?
Calma lá! É a liberdade de expressão como um valor universal que permite hoje a essas ditas minorias, a esses grupos de pressão, falar, reivindicar etc. O que querem? Coibir a dita homofobia metendo na cadeia quem não comunga de seus valores? Já assisti, em vídeos na Internet, a algumas intervenções de Malafaia na TV. Em nenhuma delas incitava a violência — e duvido que o faça. Ninguém pode obrigá-lo a renunciar à sua fé e aos fundamentos de sua crença. Tampouco me parece decente que se recorra a um truque para tentar condená-lo. Querem lhe atribuir o que não disse - e que, de fato, seria ilegal - para tentar puni-lo pelo que disse. E que nada tem de ilegal.
Isso, reitero, não quer dizer que eu concorde com ele sobre esse e outros temas. Aliás, ele é evangélico; eu sou católico. Isso significa… divergência!!! Mas não vou condescender com esses que se querem agora policiais do pensamento. Ora, de beneficiário da liberdade de expressão, o sindicalismo gay quer passar agora à condição de repressor, de censor? Não dá!
Também não vale o artifício de fazer eternamente o papel do oprimido para oprimir os outros. Estou entre aqueles que acreditam que há tantos gays hoje (percentualmente falando) como sempre houve. Uma coisa, no entanto, é certa: a cultura gay nunca foi tão forte, e essa minoria nunca foi tão visível e influente. Virou, por exemplo, pauta obrigatória das novelas — ainda que o tratamento dispensado pelos autores varie bastante. Se notarem, são sempre personagens “do bem”. Uma malvadão gay seria “contra a causa”. Ignorando a letra explícita da Constituição, o STF reconheceu a união estável homossexual, o que praticamente garante os demais direitos — agora é só questão de ajuste da legislação infraconstitucional.
E tudo isso se deu sem uma lei para punir opiniões divergentes. A militância gay não conseguirá mudar na base do berro, da imposição e da perseguição jurídica o entendimento das igrejas a respeito do assunto. Recorrer a truques para punir desafetos, que estão amparados pela liberdade de pensamento e pela liberdade religiosa, é coisa de autoritários. O combate à homofobia não pode ser “catolicofóbico”, “evangelicofóbico”, “diferentofóbico”.
Afinal, qual é a pauta? Reivindicam direitos iguais ou direitos especiais, muito especialmente o de calar aqueles de que discordam?
Finalmente, lembro que as igrejas são pessoas jurídicas de direito privado. Isso, evidentemente, não dá a padres, pastores ou a quaisquer outros líderes religiosos o direito de cometer crimes — e entendo que não tenha havido isso no caso de Malafaia. Faço essa lembrança pensando num outro aspecto.
Líderes religiosos, ainda que possam e devam se posicionar sobre temas gerais da sociedade, sabem que falam principalmente para os fiéis de sua igreja. Daí que seja absolutamente ridículo querer impor às igrejas uma crença oficial ou um conjunto de valores definido em alguma outra esfera, que não a religiosa. Atenção! Isso vale até para a ciência. Uma igreja significa isto: um grupo de pessoas decidiu se reunir para cultivar determinados valores e cultuar aspectos do sagrado. Ponto!
Muito bem! Malafaia recorreu àquela metáfora, incorporada, convenham, à fala popular. Mas o que dizer de José Eduardo Dutra, o diretor da Petrobras que mandou um “enfia o dedo e rasga” para a oposição? A Petrobras não é uma igreja. A Petrobras tem uma dimensão pública. Este senhor foi nomeado pelo governo e está lá para atender aos interesses de todos os brasileiros: petistas e não petistas; cristãos, não-cristãos, ateus e agnósticos; corintianos e palmeirenses; botafoguenses e não-botafoguenses…
Sobre a fala de Dutra, até agora, curiosamente, o Ministério Público Federal não se manifestou.
Que regra está valendo? Seria aquela dos estados autoritários, que resumo assim: “Aos inimigos, nada, nem a lei; aos amigos tudo, menos a lei”?
O post já tem mais de 700 comentários — e devo ter deixado de publicar outro tanto de pessoas que se manifestam com impressionante rancor. Ou, então, que deixam claro não saber como funciona a democracia. Olhem aqui: eu não dou bola para correntes da Internet, não! Zero! Não me intimido com trabalho organizado de lobbies. Penso o que penso. Se gostarem, bem; se não, a Internet conta com milhões de páginas pessoais. Por que ficar sofrendo na minha? Posso não pensar sobre a homossexualidade o que pensa Malafaia — embora, creio, façamos crítica muito parecida à tal lei que pune a homofobia: é autoritária, fere a liberdade religiosa e cria uma categorias de indivíduos acima da crítica.
Muito bem! E daí que eu não pense o mesmo? Devo silenciar diante de uma óbvia tentativa de calá-lo, ao arrepio, parece-me, da lei? Sim, a Justiça vai decidir, mas posso e devo dizer o que acho. Acho que estão recorrendo a uma óbvia linguagem metafórica com o propósito de se vingar de um notório crítico da dita Lei Anti-Homofobia. Entendo que estamos diante de um caso clássico de uso da lei para intimidar ou calar aquele que pensa de modo diferente.
Os grupos do sindicalismo gay fazem uma enorme pressão para que ele seja punido. Venham cá: que parte da cultura democrática essa gente não entendeu direito? Então eles podem pegar símbolos de uma denominação cristã, que têm valor para mais de um bilhão de pessoas, submetê-los a uma, como posso dizer?, “interpretação livre”, mudando ou mesmo invertendo seu sentido moral, mas um líder religioso deveria ser impedido de dizer o que pensa?
Calma lá! É a liberdade de expressão como um valor universal que permite hoje a essas ditas minorias, a esses grupos de pressão, falar, reivindicar etc. O que querem? Coibir a dita homofobia metendo na cadeia quem não comunga de seus valores? Já assisti, em vídeos na Internet, a algumas intervenções de Malafaia na TV. Em nenhuma delas incitava a violência — e duvido que o faça. Ninguém pode obrigá-lo a renunciar à sua fé e aos fundamentos de sua crença. Tampouco me parece decente que se recorra a um truque para tentar condená-lo. Querem lhe atribuir o que não disse - e que, de fato, seria ilegal - para tentar puni-lo pelo que disse. E que nada tem de ilegal.
Isso, reitero, não quer dizer que eu concorde com ele sobre esse e outros temas. Aliás, ele é evangélico; eu sou católico. Isso significa… divergência!!! Mas não vou condescender com esses que se querem agora policiais do pensamento. Ora, de beneficiário da liberdade de expressão, o sindicalismo gay quer passar agora à condição de repressor, de censor? Não dá!
Também não vale o artifício de fazer eternamente o papel do oprimido para oprimir os outros. Estou entre aqueles que acreditam que há tantos gays hoje (percentualmente falando) como sempre houve. Uma coisa, no entanto, é certa: a cultura gay nunca foi tão forte, e essa minoria nunca foi tão visível e influente. Virou, por exemplo, pauta obrigatória das novelas — ainda que o tratamento dispensado pelos autores varie bastante. Se notarem, são sempre personagens “do bem”. Uma malvadão gay seria “contra a causa”. Ignorando a letra explícita da Constituição, o STF reconheceu a união estável homossexual, o que praticamente garante os demais direitos — agora é só questão de ajuste da legislação infraconstitucional.
E tudo isso se deu sem uma lei para punir opiniões divergentes. A militância gay não conseguirá mudar na base do berro, da imposição e da perseguição jurídica o entendimento das igrejas a respeito do assunto. Recorrer a truques para punir desafetos, que estão amparados pela liberdade de pensamento e pela liberdade religiosa, é coisa de autoritários. O combate à homofobia não pode ser “catolicofóbico”, “evangelicofóbico”, “diferentofóbico”.
Afinal, qual é a pauta? Reivindicam direitos iguais ou direitos especiais, muito especialmente o de calar aqueles de que discordam?
Finalmente, lembro que as igrejas são pessoas jurídicas de direito privado. Isso, evidentemente, não dá a padres, pastores ou a quaisquer outros líderes religiosos o direito de cometer crimes — e entendo que não tenha havido isso no caso de Malafaia. Faço essa lembrança pensando num outro aspecto.
Líderes religiosos, ainda que possam e devam se posicionar sobre temas gerais da sociedade, sabem que falam principalmente para os fiéis de sua igreja. Daí que seja absolutamente ridículo querer impor às igrejas uma crença oficial ou um conjunto de valores definido em alguma outra esfera, que não a religiosa. Atenção! Isso vale até para a ciência. Uma igreja significa isto: um grupo de pessoas decidiu se reunir para cultivar determinados valores e cultuar aspectos do sagrado. Ponto!
Muito bem! Malafaia recorreu àquela metáfora, incorporada, convenham, à fala popular. Mas o que dizer de José Eduardo Dutra, o diretor da Petrobras que mandou um “enfia o dedo e rasga” para a oposição? A Petrobras não é uma igreja. A Petrobras tem uma dimensão pública. Este senhor foi nomeado pelo governo e está lá para atender aos interesses de todos os brasileiros: petistas e não petistas; cristãos, não-cristãos, ateus e agnósticos; corintianos e palmeirenses; botafoguenses e não-botafoguenses…
Sobre a fala de Dutra, até agora, curiosamente, o Ministério Público Federal não se manifestou.
Que regra está valendo? Seria aquela dos estados autoritários, que resumo assim: “Aos inimigos, nada, nem a lei; aos amigos tudo, menos a lei”?
Por Reinaldo Azevedo
Quando “pau” é apenas uma metáfora! Ou: Será que Malafaia cometeu um crime?
Comecemos
pelo lead, pela notícia do dia, porque o início dessa história está lá
atrás, em junho do ano passado. Já conto. O Setorial LBGT (lésbica,
gays, bissexuais e transgêneros) do PT divulgou nesta quinta uma nota de
repúdio ao senador do partido Lindberg Farias (RJ). O que ele fez? Num
discurso em plenário, solidarizou-se com o pastor Silas Malafaia, da
Assembleia de Deus, que está sendo acusado de homofobia pelo Ministério
Público Federal. Mas o que fez, afinal de contas, o pastor? Então agora é
preciso recuar a junho do ano passado.
O tema da marcha gay de 2011, em São Paulo, a maior do país, fazia uma óbvia provocação ao cristianismo: “Amai-vos uns aos outros”. Nem eles nem os cristãos são ingênuos, não é? O “amar”, no caso, assumia um conteúdo obviamente “homoafetivo”, como eles dizem. Como provocação pouca é bobagem, a organização do movimento espalhou na avenida 12 modelos masculinos, todos seminus, representando santos católicos em situações “homoeróticas”.
Tratava-se de uma agressão imbecil a um bem, destaque-se, protegido pela Constituição. Na época, escrevi:
“Sexualizar ícones de uma religião que cultiva um conjunto de valores contrários a essa forma de proselitismo é uma agressão gratuita, típica de quem se sente fortalecido o bastante para partir para o confronto. Colabora com a causa gay e para a eliminação dos preconceitos? É claro que não! (…) Você deixaria seu filho entregue a um professor que achasse São João Batista um, como posso dizer, “gato”? Que visse São Sebastião e não resistisse a o apelo ‘erótico’ de um homem agonizante, sofrendo? O que quer essa gente, afinal? Direitos?”
Ah, sim: a proposta então, não sei se levada a efeito, era distribuir 100 mil camisinhas que trouxessem no invólucro a imagem dos “santos gays”. A hierarquia católica fez um muxoxo de protesto, mas nada além disso. Teve uma reação notavelmente covarde. O sindicalismo gay reivindique o que quiser! Precisa, para tanto, agredir a religião alheia? Embora, por óbvio, não seja católico, Malafaia reagiu em seu programa de televisão. Afirmou: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha!” Ele acusou os promotores do evento de “ridicularizar os símbolos católicos”. Teve, em suma, a coragem que faltou à CNBB!
Pois é. O Ministério Público viu na sua fala incitamento à violência!!! Ah, tenham paciência, não é? O sindicalismo gay tem de distinguir um “pau” que fere de um “pau” metafórico — ou “porrete”. Alguém, por acaso, já viu católicos nas ruas, em hordas, a agredir pessoas? Isso não acontece em nenhum lugar do mundo! O contrário se dá todos os dias: o cristianismo, nas suas várias denominações, é a religião mais perseguida do mundo, especialmente na África e no Oriente Médio. E, no entanto, não se ouve um pio a respeito. A “cristofobia” é hoje uma realidade inconteste. A homofobia existe? Sim! Tem de ser coibida? Tem! Mas nem as vítimas desse tipo de preconceito têm o direito de ser “cristofóbicas”!
É evidente que “baixar o pau” ou “porrete”, na fala do pastor, acena para a necessidade de uma reação da religião agredida — legal, se for o caso. É uma metáfora comuníssima por aí afirmar que alguém decidiu pôr outrem “no pau”, isto é, processá-lo: “Fulano pôs a empresa no pau”, isto é, “entrou com um processo trabalhista”. Os cristãos, no Brasil, não agridem ninguém. Mas são, sim, molestados, a exemplo do que se viu há dias numa manifestação contra o aborto. Faziam seu protesto de modo pacífico, sem agredir ninguém, quando o ato foi invadido por um grupo de abortistas. Estes queriam o confronto, a agressão. Ganharam uma oração.
A ação contra Malafaia, na verdade, tem um alcance maior. Ele é um dos mais notórios críticos da tal lei que criminaliza a homofobia — e que, de fato, avança contra a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. Os que cultivam os valores da democracia não precisam, no entanto, concordar com o que ele diz para reconhecer seu direito de deixar claro o que pensa.
Vejam como autoritarismo e hipocrisia se cruzam nesse caso. Os agressores — aqueles que levaram os “santos gays” para a avenida — se fazem de vitimas e, em nome da reparação a um suposto agravo, querem punir um de seus críticos. É um modo interessante de ver o mundo: os sindicalistas do movimento gay acham que, em nome da causa, tudo lhes é permitido. E aqueles que discordam? Ora, ou o silêncio ou a cadeia!É assim que pretendem construir um mundo melhor e mais tolerante.
O tema da marcha gay de 2011, em São Paulo, a maior do país, fazia uma óbvia provocação ao cristianismo: “Amai-vos uns aos outros”. Nem eles nem os cristãos são ingênuos, não é? O “amar”, no caso, assumia um conteúdo obviamente “homoafetivo”, como eles dizem. Como provocação pouca é bobagem, a organização do movimento espalhou na avenida 12 modelos masculinos, todos seminus, representando santos católicos em situações “homoeróticas”.
Tratava-se de uma agressão imbecil a um bem, destaque-se, protegido pela Constituição. Na época, escrevi:
“Sexualizar ícones de uma religião que cultiva um conjunto de valores contrários a essa forma de proselitismo é uma agressão gratuita, típica de quem se sente fortalecido o bastante para partir para o confronto. Colabora com a causa gay e para a eliminação dos preconceitos? É claro que não! (…) Você deixaria seu filho entregue a um professor que achasse São João Batista um, como posso dizer, “gato”? Que visse São Sebastião e não resistisse a o apelo ‘erótico’ de um homem agonizante, sofrendo? O que quer essa gente, afinal? Direitos?”
Ah, sim: a proposta então, não sei se levada a efeito, era distribuir 100 mil camisinhas que trouxessem no invólucro a imagem dos “santos gays”. A hierarquia católica fez um muxoxo de protesto, mas nada além disso. Teve uma reação notavelmente covarde. O sindicalismo gay reivindique o que quiser! Precisa, para tanto, agredir a religião alheia? Embora, por óbvio, não seja católico, Malafaia reagiu em seu programa de televisão. Afirmou: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha!” Ele acusou os promotores do evento de “ridicularizar os símbolos católicos”. Teve, em suma, a coragem que faltou à CNBB!
Pois é. O Ministério Público viu na sua fala incitamento à violência!!! Ah, tenham paciência, não é? O sindicalismo gay tem de distinguir um “pau” que fere de um “pau” metafórico — ou “porrete”. Alguém, por acaso, já viu católicos nas ruas, em hordas, a agredir pessoas? Isso não acontece em nenhum lugar do mundo! O contrário se dá todos os dias: o cristianismo, nas suas várias denominações, é a religião mais perseguida do mundo, especialmente na África e no Oriente Médio. E, no entanto, não se ouve um pio a respeito. A “cristofobia” é hoje uma realidade inconteste. A homofobia existe? Sim! Tem de ser coibida? Tem! Mas nem as vítimas desse tipo de preconceito têm o direito de ser “cristofóbicas”!
É evidente que “baixar o pau” ou “porrete”, na fala do pastor, acena para a necessidade de uma reação da religião agredida — legal, se for o caso. É uma metáfora comuníssima por aí afirmar que alguém decidiu pôr outrem “no pau”, isto é, processá-lo: “Fulano pôs a empresa no pau”, isto é, “entrou com um processo trabalhista”. Os cristãos, no Brasil, não agridem ninguém. Mas são, sim, molestados, a exemplo do que se viu há dias numa manifestação contra o aborto. Faziam seu protesto de modo pacífico, sem agredir ninguém, quando o ato foi invadido por um grupo de abortistas. Estes queriam o confronto, a agressão. Ganharam uma oração.
A ação contra Malafaia, na verdade, tem um alcance maior. Ele é um dos mais notórios críticos da tal lei que criminaliza a homofobia — e que, de fato, avança contra a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. Os que cultivam os valores da democracia não precisam, no entanto, concordar com o que ele diz para reconhecer seu direito de deixar claro o que pensa.
Vejam como autoritarismo e hipocrisia se cruzam nesse caso. Os agressores — aqueles que levaram os “santos gays” para a avenida — se fazem de vitimas e, em nome da reparação a um suposto agravo, querem punir um de seus críticos. É um modo interessante de ver o mundo: os sindicalistas do movimento gay acham que, em nome da causa, tudo lhes é permitido. E aqueles que discordam? Ora, ou o silêncio ou a cadeia!É assim que pretendem construir um mundo melhor e mais tolerante.
Por Reinaldo Azevedo
Intolerância religiosa, a nova face da “vanguarda do atraso”
No
post anterior (leia antes de ler este), escrevo sobre a patrulha a que o
setor gay do PT está submetendo o senador Lindberg Farias (PT-RJ) por
conta da defesa que ele fez do pastor Silas Malafaia numa ação movida
contra o religioso pelo Ministério Público Federal. Tudo começou com a
passeata gay do ano passado, em São Paulo, quando 12 modelos,
caracterizados como santos católicos, desfilaram em situações
homoeróticas. Escrevi, então, o texto que segue abaixo. Quem já leu e
lembra e tudo deve deixá-lo pra lá. Quem não conhece terá alguns
elementos a mais de reflexão.
*
Tenho feito aqui uma distinção, que considero importante, entre os homossexuais e os militantes homossexuais, que formam uma espécie de sindicato. Tanto é assim que já há até divisões entre grupos envolvidos com a parada gay. As bizarrices que se veem na avenida, na sua expressão mais carnavalizada, não são representativas dos homossexuais como um todo. Fico cá me perguntado qual seria a caricatura correspondente de um heterossexual. Não deve ser algo que atenda ao bom senso e ao bom gosto. Muito bem.
*
Tenho feito aqui uma distinção, que considero importante, entre os homossexuais e os militantes homossexuais, que formam uma espécie de sindicato. Tanto é assim que já há até divisões entre grupos envolvidos com a parada gay. As bizarrices que se veem na avenida, na sua expressão mais carnavalizada, não são representativas dos homossexuais como um todo. Fico cá me perguntado qual seria a caricatura correspondente de um heterossexual. Não deve ser algo que atenda ao bom senso e ao bom gosto. Muito bem.
Os
organizadores da parada gay deste ano, sob o pretexto de combater o
preconceito, resolveram, de cara, partir para a provocação. O tema do
“samba-enredo” era “Amai-vos uns ao outros”, numa evocação da mensagem
cristã, que passa a ter, evidentemente, um conteúdo “homoafetivo”, como
eles dizem, e, dado o conjunto da obra, homoerótico. É uma gente
realmente curiosa: quer a aprovação de um PLC 122 - que, na forma
original, impunha simplesmente a censura aos religiosos -, mas
reivindica o direito de se apropriar de emblemas da religião para fazer
seu proselitismo. E isso, claro!, porque eles só querem a paz, a
igualdade e convivência pacífica…
Pois bem:
esses sindicalistas do gayzismo - que, reitero, representam os
homossexuais tanto quanto a CUT representa todos os trabalhadores -
acharam que aquela provocação não tinha sido o bastante. Como nem
evangélicos nem católicos reagiram à bobagem, então resolveram dobrar a
dose. A organização do evento espalhou 170 cartazes em postes da
Paulista em que 12 modelos masculinos aparecem quase pelados, em
situações de claro apelo erótico, recomendando o uso de camisinha. Até
aí, bem! Ocorre que eles aparecem caracterizados como santos católicos, a
exemplo de São Sebastião e São João Batista. Junto com a imagem, a
mensagem: “Nem Santo Te Protege” e “Use Camisinha”.
Fingindo-se de tonto, Ideraldo Beltrame, presidente da parada, afirma ao Estadão:
“Nossa intenção é mostrar à sociedade que todas as pessoas, seja qual for a religião delas, precisam entrar na luta pela prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Aids não tem religião”.
“Nossa intenção é mostrar à sociedade que todas as pessoas, seja qual for a religião delas, precisam entrar na luta pela prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Aids não tem religião”.
É uma fala hipócrita, de conteúdo obviamente vigarista, própria de um provocador. Ele poderia ter passado essa mesma mensagem sem agredir valores e imagens que sabe caros a milhões de pessoas que não partilham de sua mesma visão de mundo. Mas quem disse que o negócio dele e tolerância?
É bem
possível que o ministro Celso de Mello, com aquele seu tratado sobre a
liberdade de expressão que emprestou sentido novo à palavra “apologia”
(no caso das marchas da maconha), veja na manifestação não mais do que a
expressão livre do pensamento. Os 12 modelos desfilavam num carro. As
imagens dos “santos” vão decorar 100 mil preservativos, que serão
distribuídos. Será mesmo que Beltrame está preocupado em dialogar com
católicos, evangélicos ou quaisquer outros que não partilhem de seus
valores? Trata-se de uma óbvia agressão aos valores católicos, que viola
direitos que também estão protegidos pela Constituição.
Resta
evidente que, embalados pela disposição do próprio Supremo de cassar o
Artigo 226 da Constituição para reconhecer a união civil entre pessoas
do mesmo sexo, os sindicalistas do movimento gay perderam o parâmetro, a
noção de medida. Sexualizar ícones de uma religião que cultiva um
conjunto de valores contrários a essa forma de proselitismo é uma
agressão gratuita, típica de quem se sente fortalecido o bastante para
partir para o confronto. Colabora com a causa gay e para a eliminação
dos preconceitos? É claro que não! Não são eles a dizer que não querem
mais ser discriminados nas escolas, nas ruas, campos construções? Você
deixaria seu filho entregue a um professor que acha São João Batista um,
como posso dizer, “gato”? Que vê São Sebastião e não resiste ao “apelo
erótico” de homem agonizante, sofrendo? O que quer essa gente, afinal?
Direitos?
Ainda é
tempo de recuar e desculpar-se, deixando de distribuir os preservativos
com as tais imagens. Mas não farão isso. E por que não?
Vanguarda
Na Folha de hoje, escreve o colunista Fernando Barros:
“A Parada Gay e a Marcha para Jesus têm mais ou menos a mesma idade. Ganharam visibilidade no país em meados dos anos 1990. Embora sejam eventos globais, com inserção em várias cidades, é em São Paulo que elas de fato acontecem. São o sagrado e o profano, a expressão ritualística ou carnavalizada da afirmação de valores e de direitos de grupos sociais. Neste ano, mais do que nunca, evangélicos e gays & simpatizantes disputaram um cabo de guerra, uma peleja entre o atraso e a vanguarda em matéria de costumes. Ambos, porém, são fenômenos contemporâneos. O embate entre eles desenha uma dialética entre regressão e avanço social no Brasil. Conservadores e intolerantes, os adeptos de Jesus investiram contra a decisão recente do STF, que reconheceu a união civil de casais gays.”
Na Folha de hoje, escreve o colunista Fernando Barros:
“A Parada Gay e a Marcha para Jesus têm mais ou menos a mesma idade. Ganharam visibilidade no país em meados dos anos 1990. Embora sejam eventos globais, com inserção em várias cidades, é em São Paulo que elas de fato acontecem. São o sagrado e o profano, a expressão ritualística ou carnavalizada da afirmação de valores e de direitos de grupos sociais. Neste ano, mais do que nunca, evangélicos e gays & simpatizantes disputaram um cabo de guerra, uma peleja entre o atraso e a vanguarda em matéria de costumes. Ambos, porém, são fenômenos contemporâneos. O embate entre eles desenha uma dialética entre regressão e avanço social no Brasil. Conservadores e intolerantes, os adeptos de Jesus investiram contra a decisão recente do STF, que reconheceu a união civil de casais gays.”
Barros submete os dois eventos a uma leitura marxista - ou marxistizada
ao menos - e, consoante com o método, destitui uma e outra do conteúdo
específico para ver em ambas aquela que seria a pulsão da história:
regressão e avanço. Nesse caso, segundo ele, a vanguarda estaria com os
gays, o que seria, digamos, kantianamente notável. Seguisse toda a
humanidade o exemplo dessa minoria “vanguardista”, Marina não teria de
se preocupar com a destruição das florestas e com as mudanças
climáticas. Num prazo que nem seria tão longo, o capital não teria mais
como se reproduzir porque também ele depende de uma conjunção
específica, não é mesmo? Seria uma vanguarda que nos conduziria à
extinção. Só os grilinhos continuariam a cantar em louvor à natureza, a
que responderiam os sapinhos, coaxando. De vez em quando, uma onça…
Barros não é bobo, e, por isso mesmo, enfatiza: trata-se de “vanguarda” e “regressão”, mas só “em matéria de costumes”. Afinal,
milhões de evangélicos que ocuparam as ruas e praças se confundem, em
muitos aspectos, com a tal nova “classe C”, que é considerada até
bastante “vanguardista” pelos economistas. Curiosamente, concorre para
tanto justamente alguns costumes que o articulista considera
“regressivos”, de modo que estaríamos, então, diante de uma, sei lá,
“tensão dialética” dentro do mesmo lado: um avanço na economia seria
determinado, em boa parte, por uma regressão - ele nem mesmo fala em
conservação - nos costumes.
Fico cá
imaginando se Max Weber - que não era marxista, por suposto - tivesse
aplicado essa mesma leitura ao escrever “A Ética Protestante e O
Espírito do Capitalismo”… Em vez de identificar alguns valores que
fizeram a revolução capitalista, teria visto só um bando de
“regressivos”, dispostos, já que regressivos, a fazer o mundo marchar
para trás…
A questão
Esse sindicalismo gay só decidiu partir para o confronto e não vai reconhecer a agressão estúpida aos católicos - própria de quem não quer a paz coisa nenhuma! - porque foi adotada justamente como “vanguarda”. E, vocês sabem, é vanguardista atacar a Igreja Católica desde o século… 16!
Esse sindicalismo gay só decidiu partir para o confronto e não vai reconhecer a agressão estúpida aos católicos - própria de quem não quer a paz coisa nenhuma! - porque foi adotada justamente como “vanguarda”. E, vocês sabem, é vanguardista atacar a Igreja Católica desde o século… 16!
É o caso de a
Igreja reagir com o devido rigor. É claro que estamos diante de um ato
de vilipêndio, que nenhuma religião deve aceitar, sobretudo porque
também é um bem protegido pela Constituição. Há de reagir em nome dos
seus fiéis, sabendo, de antemão, que vai ser atacada pela imprensa
porque, hoje em dia, ter uma religião também não é uma coisa de
vanguarda - desde o século 18, pelo menos, é assim… Estamos, como vocês
podem notar, diante de ideias realmente novas, que antecipam o futuro…
Que a Igreja
Católica, pois, tenha a coragem de apanhar dos jornalistas. A questão é
saber quem são seus interlocutores. Se preciso, que vá às portas do
Supremo. Se os valores de uma religião não são mais um bem protegido,
vamos, então, ouvir isso da boca de nossos doutores. Se for o caso, os
católicos pedirão, no mínimo, os mesmos direitos de que gozam os índios,
cujas crenças são acolhidas no Artigo 231.
Por Reinado Azevedo
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