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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Pentacampeão Edílson é indiciado pela Polícia Federal

(Foto: Gazeta Press) 
(Foto: Gazeta Press)
 
A Polícia Federal indiciou o ex-jogador da Seleção Brasileira Edílson Capetinha, pentacampeão do mundo em 2002, por crimes de corrupção ativa, crime organizado, lavagem de dinheiro e tráfico de influência após ser citado como um dos alvos da Operação Desventura. Segundo a PF, o esquema teria fraudado o pagamento de loterias da Caixa Econômica Federal.

Mesmo ainda não sendo réu – o Ministério Público Federal ainda não analisou a investigação para que se torne de fato uma denúncia – Edílson já não pode mais deixar o Brasil.

"Prestei depoimento como cidadão e logo tudo vai ser resolvido. Tenho certeza que tudo vai ser resolvido da melhor maneira possível. Muitas vezes as pessoas oferecem coisas para gente em que a gente acaba incluindo a gente em algumas coisas, mas tenho a consciência tranquila, mas vim aqui para dar meu depoimento e estou aqui para colaborar com a Justiça de qualquer maneira", disse o ex-jogador.

Edílson da Silva Ferreira, mais conhecido como Edílson Capetinha, baiano de Salvador, de 44 anos, foi atacante de alguns dos principais times do País, como Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Bahia e Vitória. Em 2002, ele fez parte do elenco que conquistou o último título mundial da Seleção Brasileira, disputado na Ásia.

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Os investigadores apontam que o esquema contava com ajuda de correntistas do banco, escolhidos por movimentarem grandes volumes de dinheiro. Eles teriam sido usados para recrutar gerentes da Caixa para a fraude. A PF afirmou que Edílson Capetinha fazia parte do grupo dos correntistas.

Os valores dos prêmios não sacados seriam destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Em 2014, ganhadores de loteria deixaram de resgatar R$ 270, 5 milhões em prêmios da Mega Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla Sena e Timemania.

Com informações privilegiadas, o esquema fazia contato com os gerentes, que se encarregavam de viabilizar o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando de forma irregular, os bilhetes falsos, segundo a PF.

Durante as investigações, um integrante da quadrilha, de acordo com os investigadores, foi preso enquanto tentava aliciar um gerente para o saque de um bilhete de loteria de R$ 3 milhões. Meses depois de liberado pela polícia, afirma a PF, ele foi executado.

Os envolvidos responderão por organização criminosa, estelionato qualificado, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público, evasão de divisas. A investigação teve o apoio do Setor de Segurança Bancária Nacional da Caixa Econômica Federal.

Durante a apuração, a PF identificou a atuação de um doleiro no esquema e fraude na utilização de financiamento do BNDES e do Construcard e a liberação irregular de gravame de veículos.

Com informações da Estadão Conteúdo

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