O cantor Marcelo dos Reis Moraes, 45 anos, o Giovani, que fazia dupla
com o irmão Gian, foi detido durante cerca de duas horas para prestar
esclarecimentos à polícia, na manhã desta quinta-feira (12), em
Andradina (a 112 km de Araçatuba). A picape Chevrolet S10 do sertanejo
estaria com as placas adulteradas por fita isolante preta.
Segundo apurado pela reportagem, uma denúncia anônima levou a Polícia
Militar até a caminhonete, que estava estacionada na avenida Guanabara,
região central da cidade, ao lado de um hotel. Em pesquisa no banco de
dados, foi constatado que existe uma queixa de roubo de um Chevrolet
Corsa, com placas de São José dos Pinhais (PR), com a mesma numeração do
veículo do cantor.
Giovani foi detido na rua Paes Leme, onde participava de um evento
comemorativo em uma loja de departamentos. Ele foi levado para o 2º DP
(Distrito Policial) de Andradina para prestar esclarecimentos, sendo
liberado por volta de 14h50.
’BRINCADEIRA OU MALDADE’
O delegado Marcelo da Silva Zampero afirmou que a adulteração com fita
adesiva na placa foi feita nos números 0 e 6, transformando ambos em 8 -
no boletim de ocorrência consta apenas o número 6 adulterado, o que foi
corrigido pelo delegado em entrevista à Folha.
Segundo ele, Giovani apresentou toda a documentação da caminhonete, foi
ouvido e se comprometeu a ressarcir qualquer dano que o proprietário do
outro veículo possa ter tido. O sertanejo nega que tenha feito a
adulteração. Ele acredita que alguém tenha feito isso por "brincadeira
ou maldade".
Giovani também afirmou ao delegado que não tem necessidade de fazer esse
tipo de coisa, não precisa disso e tem até outros carros mais caros.
Quando ele comprou a caminhonete, a placa estava correta, declarou.
LIBERADO
Zampero afirmou ainda que o sertanejo foi liberado porque configuraria
crime apenas se a adulteração fosse permanente. "Há várias
jurisprudências a respeito, mas minha posição pessoal é que fita adesiva
colocada na placa é infração administrativa. Se ele tivesse colocado
outra placa, ou forjado uma placa, a situação seria diferente e o caso
seria de prisão em flagrante", explicou Zampero.
O delegado decidiu fazer um registro de ocorrência não criminal e
informou que as investigações vão continuar para apurar se houve algum
prejuízo para o proprietário do veículo com a placa original.
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