Dois dias pós ultrapassar sua capacidade máxima e transbordar no dia 15 de março, o Açude Tijuquinha, em Baturité, ficou com pouco mais de 13% da sua capacidade total.
A explicação é um desassoreamento solicitado à Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) pela Prefeitura de Baturité. O processo é feito para tentar melhorar a qualidade da água e retirar o máximo possível de lama, liberando-a por uma descarga de fundo já existente. Segundo a Cogerh, devido ao Tijuquinha ser localizado na serra, ele tem um assoreamento muito intenso, o que ocupa volume no açude.
“O desassoreamento é feito no Tijuquinha porque é certo que ele terá recarga. Todos os anos ele sangra, independente do inverno. O açude tem as características ideais para fazer isto. Tem uma recarga sempre certa e tem que desassorear para melhorar a qualidade e a quantidade de água”, afirmou a Cogerh em nota.
A retirada da lama foi realizada em dois dias, já que, segundo a companhia, o volume de água no Tijuquinha é baixo, 881.000 m³. A água liberada na retirada da lama desce no rio Tijuquinha até se encontrar com o rio Aracoiaba e os sedimentos vão decantando a medida que vão descendo no fluxo do rio. Por fim chega no Açude Aracoiaba.
Açude sangrou há cerca de dois dias atrás.
Como mostra reportagem, de acordo com o Portal Hidrológico do Ceará, três açudes continuam a sangrar no estado: o Acaraú Mirim, em Massapê, o Caldeirões, em Saboeiro, e o Valério, em Altaneira. O Maranguapinho, que também havia transbordado este mês, está hoje com 97% de sua capacidade.
Mesmo assim, 124 reservatórios continuam com volume abaixo dos 30%. A média de todos os 153 açudes monitorados pela Cogerh é, hoje, de 9%. As chuvas deste ano já resultaram em aporte de 576 milhões de metros cúbicos aos reservatórios cearenses.
Site: Tribuna do Ceará
Nenhum comentário:
Postar um comentário