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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Não é frescura! Entenda as alergias respiratórias e suas complicações



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Sofrer com espirros e nariz escorrendo não é apenas um incômodo passageiro para quem tem uma alergia respiratória, pois elas podem ter consequências bem mais sérias

Você não consegue se concentrar direito no trabalho porque não para de espirrar. Passa a noite em claro porque a garganta coça. Pede para desligar o ar condicionado mesmo quando faz 30 graus lá fora, porque sua cabeça dói.

Para muita gente, isso pode parecer mero capricho. Porém, a verdade é que as alergias respiratórias incomodam, fazem as crianças perderem aula, reduzem nossa produtividade, nos impedem de ter um sono reparador e diminuem nossa qualidade de vida.

Entendendo as alergias respiratórias

As alergias são uma reação exagerada do nosso sistema imunológico ao se deparar com uma partícula que, na verdade, seria inofensiva, e a confunde com um microrganismo causador de doenças. 




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Com isso, o sistema de defesa se mobiliza para combater essa partícula e produz anticorpos, que estimulam a liberação da histamina na corrente sanguínea.

A histamina é a substância que causa os primeiros sintomas da alergia. No caso das alergias respiratórias, esses sintomas são espirros, congestão nasal, coriza, prurido nasal, inchaço dos lábios e das vias respiratórias e irritação dos olhos.

Principais causadores das alergias respiratórias

As alergias têm um componente genético que fazem com que o organismo fique mais suscetível a determinadas substâncias, que passam a ser chamadas de “alérgenos”.

No caso das alergias respiratórias, os alérgenos mais comuns são ácaros, poeira doméstica, mofo (fungos), pelos e penas de animais, pólen, cigarro, perfumes e odores fortes.

Rinite alérgica e asma alérgica

As alergias que acometem as vias aéreas causam duas doenças principais: a rinite alérgica e a asma alérgica, que podem ocorrer isoladamente ou ao mesmo tempo.

A rinite alérgica atinge mais de 2 milhões de pessoa no Brasil, acometendo quase 30% das crianças e adolescentes, e seus sintomas ficam restritos às vias aéreas superiores e aos olhos. É a doença alérgica mais comum no mundo todo.

Já a asma alérgica pode se desenvolver a partir da rinite e apresenta sintomas como tosse, chiado no peito, falta de ar e cansaço. A asma é uma doença mais grave e pode levar à morte – estima-se que 3 pessoas morrem todos os dias no Brasil em decorrência dela.

Complicações das alergias respiratórias

Além de reduzir a qualidade de vida, prejudicar a produtividade no trabalho e o rendimento escolar e impedir a realização das atividades do dia a dia, as doenças respiratórias podem levar a outras doenças e complicações, incluindo até mesmo o óbito. Conheça as principais:

- Respiração pela boca

Por causar o congestionamento do nariz de forma crônica, uma das complicações mais comuns da rinite alérgica é a respiração pela boca, que acontece principalmente à noite.

Dessa forma, a pessoa pode apresentar um ressecamento das mucosas, o que aumenta a tendência a inflamações e infecções de garganta, além de provocar uma respiração ruidosa e os desagradáveis roncos e diminuir a qualidade do sono.

Além disso, por dormir com a boca sempre aberta, o paciente que sofre com rinite também pode ter uma deformação da arcada dentária, levando à necessidade de tratamentos ortodônticos por questões estéticas e de saúde.

- Tendência a apresentar outras doenças

A rinite alérgica crônica está associada a outras doenças por criar condições que favorecem o desenvolvimento dessas comorbidades. Conheça as principais:

Faringite e laringite: as secreções nasais escorrem para essas vias, favorecendo a tosse e a irritação local. O ressecamento das mucosas também contribui para uma maior chance de inflamação e infecção na garganta;

Conjuntivite alérgica: ocorre principalmente nas pessoas com alergia ao pólen. Além de piorar a rinite, deixa os olhos vermelhos, coçando e lacrimejantes;

Sinusite: surge em até 70% das pessoas com rinite em consequência da inflamação e do inchaço da mucosa nasal, que atrapalham a saída da secreção e criam um ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias e das infecções;

Otite média: a rinite leva a uma disfunção da tuba auditiva, causando inflamação e infecção. É mais comum em crianças e se manifesta por sintomas como dor, febre e até mesmo perda da audição;

Asma: a rinite é um fator de risco para o desenvolvimento da asma, pois há uma tendência para a chamada hiper-reatividade brônquica – condição em que os brônquios têm uma reação exagerada aos alérgenos.

Além dessas doenças, outras enfermidades relacionadas a quadros crônicos de alergia são a doença pulmonar obstrutiva crônica, a doença do refluxo gastroesofágico, a mastocitose sistêmica e a aspergilose broncoupulmonar alérgica.

- Anafilaxia

Embora seja mais frequentemente causada por alergia a alimentos, medicamentos e picadas de inseto, qualquer tipo de alérgeno pode levar à anafilaxia, uma reação alérgica muito grave que acontece principalmente em pessoas que sofrem de asma.

Os primeiros sintomas da anafilaxia são como os de uma crise alérgica normal, como a coriza e o prurido. Porém, depois de cerca de 30 minutos, surgem inchaço no rosto, na língua e na garganta, dificuldade para respirar e engolir, convulsões e perda da consciência.

Sem tratamento rápido (feito com uma injeção de adrenalina), a pessoa pode ter o choque anafilático, quando acontece obstrução das vias respiratórias devido ao inchaço, parada respiratória e parada cardíaca, podendo levar à morte.

Como evitar as complicações das alergias respiratórias

As alergias respiratórias não têm cura, mas a prevenção e o tratamento contribuem para uma boa qualidade de vida. Dessa forma, a melhor maneira de evitar crises é evitar o contato com o alérgeno adotando medidas como estas:

Limpar a casa com aspirador de pó e pano úmido;

Manter armários bem ventilados para evitar o mofo;

Consertar infiltrações para evitar o excesso de umidade;

Ficar longe do cigarro e da fumaça;

Lavar roupas de cama e cobertores com frequência;

Impedir que os animais de estimação entrem no quarto da pessoa alérgica;

Eliminar tapetes, carpetes e objetos que acumulem pó (como bichos de pelúcia).

Além desses cuidados, uma garantia a mais que você pode proporcionar a você mesmo e à sua família é utilizar um aparelho de purificação do ar para eliminar ácaros, fungos, odores de animais e cheiro de cigarro.

Dê preferência a um purificador de ar que não necessite de troca de filtro e que tenha um baixo consumo de energia, assim ele poderá ficar ligado 24 horas por dia. Dessa forma, você evita as crises alérgicas e as complicações que elas trazem para a sua vida.

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