A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central de 2019 será realizada na próxima terça-feira (5) e quarta-feira
(6), vai analisar o cenário econômico e definir a taxa básica de juros,
a Selic, que atualmente está em 6,5% ao ano. Instituições financeiras
preveem que a taxa Selic deve permanecer no atual patamar na reunião
desta semana. Ao final de 2019, no entanto, a expectativa é que a Selic
esteja em 7% ao ano.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia da reunião, são feitas
apresentações técnicas sobre a evolução e perspectivas das economias
brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo
dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, definem a
Selic.
O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto
– comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa
de juros próxima ao valor definido na reunião.
A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a
taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro
Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de
Custódia (Selic).
A manutenção da Selic no atual patamar, como prevê o mercado financeiro,
indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos
suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser
perseguido pelo BC.
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito
e incentivar a produção e o consumo. Entretanto, as taxas de juros do
crédito não caem na mesma proporção da Selic. Segundo o BC, isso
acontece porque a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.
Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que
os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta
de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a
demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais
altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25%,
com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para o mercado
financeiro, a inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –
IPCA) deve ficar em 4% neste ano.
Histórico
De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa Selic foi mantida em 7,25% ao
ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% em julho
de 2015. Nas reuniões seguintes, a taxa foi mantida nesse patamar.
Em outubro de 2016, foi iniciado um longo ciclo de cortes na Selic,
quando a taxa caiu 0,25 ponto percentual para 14% ao ano. Esse processo
durou até março de 2018, quando a Selic chegou ao seu mínimo histórico
(6,5% ao ano) e depois disso, foi mantida pelo Copom.
(Agencia Brasil)
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