Polícia investiga esquema no SUS cearense

A Polícia Federal deflagrou, ontem, a Operação Fratura Exposta, que investiga um esquema de corrupção que envolveria médicos ortopedistas vinculados a unidades hospitalares da rede do Sistema Único de Saúde (SUS), no Ceará.

Conforme divulgado pela PF, a associação criminosa seria composta por médicos que estariam responsáveis pela aquisição de produtos fornecidos por uma empresa importadora de material médico-cirúrgico. A aquisição seria feita em troca de comissões indevidas, onerando, desse modo, os pagamentos dos procedimentos cirúrgicos feitos pelo SUS.

Conforme consta na denúncia, estariam envolvidos no esquema profissionais que atuam no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), no Hospital Universitário Walter Cantídio (Hospital das Clínicas), no Instituto Doutor José Frota (IJF) e apelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), que atua por contrato, com o Governo do Estado, no gerenciamento do Hospital Regional do Cariri.

Cerca de 80 policiais federais cumprem dois mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens de 14 envolvidos, todos expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal.

A investigação, no entanto, não é recente, tendo tido início em 2016, a partir de denúncia feita à Polícia Federal e compreendendo procedimentos cirúrgicos realizados entre os anos de 2013 e 2018. Segundo apurado até o momento, considerando apenas o intervalo entre os anos de 2013 e 2016, os investigados teriam recebido cerca de R$ 1,8 milhão em vantagens indevidas.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa e corrupção ativa e passiva, cujas penas variam de 2 a 12 anos, de acordo com o nível de participação. O nome da operação Fratura Exposta, faz referência à grave lesão tratada pelo campo da Ortopedia.

Governo
 
Procurada pela imprensa, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) informou que não chegou a ser notificada sobre o caso. Indicou, ainda, que já solicitou informações sobre as investigações por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Conforme disposto em nota divulgada, a Secretaria pontua que “é de seu total interesse que todos os fatos sejam devidamente investigados e que os envolvidos em qualquer irregularidade sejam punidos dentro da lei”.

Conforme consta na denúncia, estariam envolvidos no esquema profissionais que atuam no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), no Hospital Universitário Walter Cantídio (Hospital das Clínicas), no Instituto Doutor José Frota (IJF) e pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), que atua por contrato, com o Governo do Estado, no gerenciamento do Hospital Regional do Cariri.


O Estado