Fernando Frazão/Agência Brasil
Deltan Dallagnol afirmou que sua “avaliação geral [do pacote de medidas] é extremamente positiva”
Foram propostas alterações em 14 leis, como Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal, Lei de Crimes Hediondos, Código Eleitoral, entre outros.
Em entrevista, o procurador da República e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, afirmou que sua “avaliação geral [do pacote de medidas] é extremamente positiva”.
Segundo o procurador, o pacote de Moro “resgata diversos pontos importantes das 10 Medidas de Combate à Corrupção”, que foi desconfigurado ao chegar ao Congresso Nacional.
Sobre as propostas, Dallagnol ressaltou que a tipificação do caixa dois é importante e não deve se confundir com a corrupção.
“Os dois não se confundem, mas o caixa dois é grande estímulo à corrupção. Hoje dizem que todo mundo arrecada dinheiro para campanha e se não fizer isso não seria eleito. Porque o número de reais correspondem a números de votos. O problema é que isso incentiva políticos a colocarem pessoas em cargos-chave para que seja arrecadada propina”, disse.
O procurador da República destacou ainda que a prescrição do crime e o foro privilegiado são as maiores portas para a impunidade e que o pacote de Moro busca atacar esse sistema.
“O pacote foi de medidas pontuais. Ele [Moro] buscou fazer mudanças menores com maior impacto. As medidas também atacam os embargos infringentes”, lembrou.
Questionado sobre o que faltava ao projeto apresentado pelo ministro Sergio Moro, o procurador destacou a questão das nulidades.
Jovem Pan
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