Alguém
se lembra de quando Lula afirmou que o sistema de saúde pública
brasileira estava “à beira da perfeição”? Alguém se lembra de Lula
fazendo o que melhor sabe fazer – se auto-elogiar através de mentiras –
afirmando, ao abrir uma Unidade de Pronto Atendimento em Pernambuco, que
ela estava “tão bem estruturada que dá até vontade de a gente ficar
doente pra ser atendido aqui”?
O
tempo passou e o papo mudou, quando precisaram colocar 13 mil médicos
cubanos no país, para desafogar a ditadura cubana dos irmãos Castro –
não apenas amiga de Lula e do PT, mas seu próprio modelo do que querem que o Brasil vire.
Aí
tratou-se imediatamente de dizer que precisamos melhorar a saúde dos
pobres, que “a elite” (ou sua nova roupagem, “a classe média”, como se
fosse tudo a mesma coisa, tratada como o mesmo xingamento) não queria
deixar pobre ter médico, que só a medicina cubana (e sua gloriosa “cura
do câncer”) poderia nos salvar etc etc.
Só em tempos petistas, foi a segunda grande mudança
de discurso sobre a saúde. A primeira foi com a CPMF – na época em que
eram oposição, os petistas criticaram a criação de um novo imposto; já
no poder, os petistas queriam transformar o imposto em algo permanente,
sob argumento (com o perdão da hipérbole) de que só ela poderia salvar a
nossa saúde, que “a elite” e quem acha que dar dinheiro para político
não resolve nada é derrotista e entreguista etc etc etc. Mais uns poucos
meses no poder e Lula já se vangloriava de ter feito a melhor saúde
pública do mundo, de dar pitos em Obama já às rodas com o seu horrendo
ObamaCare dizendo que Obama deveria era criar um SUS etc etc etc etc.
Qualquer
um sabe que coerência não é bem o forte de petista: o que importa é
conseguir voto. Se está bom, foi graças ao PT. Se está ruim, só o PT é
capaz de melhorar. Se o PT não melhorou, é culpa de quem não está no poder, que “não deixou”.
Mas
os dados, fatos e números são as coisas nas quais os petistas não podem
mexer. Então, passam apenas como notícias perdidas – notas de rodapé
mesmo – no noticiário.
É o que mostra uma das maiores agências de notícias mundiais, a Bloomberg, em notícia que passou despercebida. O Brasil ficou com a curiosa posição de último lugar entre
os sistemas de saúde do mundo inteiro – o levantamento considerou
apenas as nações com populações maiores que 5 milhões, com o PIB per
capita superior a 5.000 dólares e expectativa de vida maior que 70
anos.
Entre
os 48 países avaliados, o Brasil fica atrás de pesos-pesados na âncora
para afundar índices, como Romênia, Peru, República Dominicana, Irã e
Argélia.
Estes três últimos “ao menos” têm expectativa de vida pior que a do brasileiro (de 73,4 anos), mas nenhum fica abaixo dos 73.
Mas
o não-surpreendente de sempre é o custo da saúde no Brasil. Os gastos
anuais de uma pessoa no Brasil são na média de US$ 1,200 (R$ 2.900). Na
ditadura cubana dos irmãos Castro, famosa por seu caráter preventivo (e
pela tragédia no tratamento), o custo é pouco mais de US$ 600 (R$
1.400).
Se
aparentemente a solução é apenas dar ainda mais dinheiro para políticos
e rezar para que eles parem de “desviar” dinheiro, mais um pouco de
não-obviedade: Hong Kong, Singapura, Japão e Israel são respectivamente
os quatro primeiros colocados em melhor sistema de saúde.
Não
surpreende a quem conhece um pingo de liberalismo que os dois primeiros
países sejam, “por mera coincidência”, os dois países com maior
liberdade econômica no mundo – ou seja, os países em que menos o Estado
toma dinheiro do cidadão, os que menos têm qualquer coisa estatal, os
maiores paraísos fiscais do planeta, o reino absoluto da privatização.
Um
sistema de saúde “gratuito” para todos é apenas socialismo aplicado à
saúde – uma idéia que soa linda no hagiográfico reino das idéias, mas
com contato virginal com a realidade factual. Apenas se esconde os
custos da própria população pagante, e o resultado, obviamente, é o SUS
do Lula, o ObamaCare em que velhos, na engenharia social do Estado, têm
de ser tratados como cidadãos de segunda classe perante os novos e por
aí vai.
Infelizmente,
os planejadores sociais, que acreditam poder determinar melhor do que
as próprias pessoas o que é melhor para as pessoas, ainda não
aprenderam a lição do que a medicina soviética pode nos ensinar.
Mais cinco municípios cearenses apresentam suspeitas de sarampo
A Sesa informou
que, de 25 de dezembro de 2013 a 30 de janeiro de 2014, foram
notificados 184 casos suspeitos de sarampo no Fortaleza. Destes, após
exames laboratoriais, foram confirmados 11 em Fortaleza e 55 estão em
investigação para confirmação.
Ainda segundo o
relatório da Sesa, dos 11 casos confirmados, seis são em menores de um
ano de idade, público não vacinado. Dez casos confirmados foram em
pessoas do sexo masculino, apenas um do sexo feminino. De acordo com a
Sesa, ainda não foi identificado vínculo entre os casos com viajantes.
Os bairros de
Fortaleza com casos confirmados ou suspeitos são Papicu, Praia do
Futuro, Manuel Dias Branco, Vicente Pinzon, Edson Queiroz, Cais do
Porto, Aldeota, Bonsucesso, Barroso, Conjunto Palmeiras e Coaçu. Além
dos casos confirmados e "fortemente suspeitos", o relatório também traz
os municípios onde foram registradas notificações. São: Crateús, Crato,
Itapipoca, Tururu, Caucaia, Aquiraz e Redenção.
Vacinação
Neste sábado (1°), foi realizada o "dia D" de vacinação contra o sarampo para crianças. Para os adultos, a campanha segue durante a semana nos 92 postos de Fortaleza. Neste domingo (2), seis postos de saúde vão abrir na capital cearense para vacinação. São eles: Carlos Ribeiro, Paulo Marcelo, Waldemar de Alcântara, Parangaba, Paracampos e Messejana. Em cada regional de Fortaleza haverá um posto aberto das 8 horas às 17 horas.
As crianças de
seis meses a menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas em um
dos 341 postos de vacinação distribuídos em 15 municípios na capanha de
vacinação contra o sarampo, aberta após o surto da doença.Foram
distribuídas 247 mil doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e
rubéola), suficientes para imunizar a população de 246.036 crianças na
faixa etária alvo da campanha, mesmo que já vacinadas, nos municípios de
Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Maranguape, Aquiraz, Eusébio, Pacajus,
Horizonte, Pacatuba, Cascavel, Chorozinho, Guaiúba, São Gonçalo do
Amarante, Itaitinga e Pindoretama.
Indicação
Além da campanha, a Secretaria de Saúde orienta os municípios a intensificarem as ações de imunização contra o sarampo na vacinação de rotina, conforme definido no Calendário Nacional de Vacinação. O Ministério da Saúde recomenda uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e uma dose da vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses de idade. Dos 10 aos 19 anos, devem ser aplicadas duas doses de vacina com o componente sarampo, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.
Entre os 20 e
os 49 anos, a indicação é de uma dose da vacina. Para reforçar a
cobertura, a Sesa também orienta a atualização do calendário vacinal das
pessoas na faixa etária de 1 a 19 anos. Para adultos a partir de 50
anos, a vacinação é recomendada se houve contato com caso suspeito de
sarampo, se não for comprovada vacinação anterior.
G1 CE
violência sem limites
282 assassinatos em janeiro na RMF
A sequência de mortes violentas na Capital e região
metropolitana registra média de 9 homicídios a cada 24 horas. Maioria
dos crimes fica impune
Bruno Gomes
O primeiro mês de 2014 foi marcado pela violência na Grande Fortaleza. Entre os dias 1º e 31 de janeiro, nada menos que 282 homicídios foram registrados na Grande Fortaleza (181 na Capital e 101 na Região Metropolitana), média de nove assassinatos por dia. O índice representou um aumento de dez por cento em comparação a igual período de 2013 (quando foram registrados 253 homicídios na RMF).
Os dados numéricos foram obtidos através de levantamentos estatísticos feitos pela Editoria de Polícia com base nos registros oficiais dos órgãos vinculados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), entre eles, as coordenadorias integradas de Operações de Segurança (Ciops) e de Medicina Legal (Comel), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Registros
Das seis Áreas Integradas de Segurança (AIS) fixadas em Fortaleza, a de número dois (AIS) foi a que apresentou maiores taxas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), conforme a nova metodologia implantada pela SSPDS na contagem dos delitos com óbitos (homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) no Estado.
A AIS 2, que abrange 19 bairros (Antônio Bezerra, Autran Nunes, Dom Lustosa, Padre Andrade, Pici, Bonsucesso, Henrique Jorge, João XXIII, Jóquei Clube, Parque São José, Vila Peri, Conjunto Ceará (I e II), Genibaú, Granja Lisboa, Bom jardim, Canindezinho, Granja Lisboa e Siqueira), registrou, nada menos, que 50 assassinatos.
Em seguida, vem a AIS-4, que abrange 26 bairros da Capital (Cajazeiras, Cambeba, Cidade dos Funcionários, Luciano Cavalcante, Guararapes, Jardim das Oliveiras, Parque Iracema, Parque Manibura, Salinas, Aerolândia, Aeroporto, Alto da Balança, Dias Macedo, Ancuri, Barroso, Conjunto Palmeiras, Jangurussu, Coaçu, Curió, Guajeru, Lagoa Redonda, Messejana, Paupina, São Bento e Boa Vista), onde ocorreram 46 casos de homicídios e latrocínios.
A AIS que apresentou menor taxa de CVLI no primeiro mês do ano foi a de número três (AIS-3), de responsabilidade do 8º BPM e do 2º DP (Meireles), que contabilizou somente 22 casos de homicídios nos seguintes bairros, Aldeota, Meireles, Mucuripe, Varjota, Cais do Porto, Cidade 2000, Cocó, De Lourdes, Manuel Dias Branco, Papicu, Praia do Futuro (I e II), Vicente Pinzón, Dionísio Torres, Fátima, Joaquim Távora, José Bonifácio, Parreão, São João do Tauape, Edson Queiroz, José de Alencar, Sapiranga-Coité e Sabiaguaba.
As outras Áreas Integradas de Segurança apresentaram os seguintes índices de assassinatos, AIS-1 (28 homicídios), AIS-5 (35 crimes).
Cinturão
Já a AIS-06, responsável pelo ‘Cinturão Vermelho’ da orla marítima de Fortaleza, da Barra do Ceará ao Caça e Pesca, não apresentou nenhum caso de homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte). A região é de responsabilidade da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur) e do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur).
Desde o último dia 14, a Deprotur passou a funcionar em regime de plantão 24 horas.
Já na região Metropolitana de Fortaleza, onde estão instaladas três Áreas Integradas de Segurança (AIS-7, AIS-8 e AIS-9), foram contabilizados pela Reportagem, 101 assassinatos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. A que apresentou mais taxa de crimes violentos foi a AIS-8, que abrange cinco municípios metropolitanos (Maracanaú, Maranguape, Pacatuba, Guaiúba e Itaitinga. Em um mês, ocorreram naquela região da RMF 40 assassinatos.
Na AIS-9, responsável pela segurança de sete Municípios (Eusébio, Aquiraz, Pindoretama, Cascavel, Horizonte, Pacajus e Chorozinho), foram 38 homicídios. Na AIS-7, que cobra os Municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante, foram 23 casos.
No bairro que até então era considerado o mais violento de Fortaleza, a Barra do Ceará, o número de homicídios vem caindo, graças às constantes operações que vêm sendo realizadas pela 3ª Companhia do 5º BPM (Cristo Redentor) juntamente com a delegacia Seccional da área, o 34º DP (Centro).
Campeão
Em contrapartida, o Barroso aparece como um dos mais violentos de Fortaleza. No mês de janeiro, pelo menos, 13 pessoas foram assassinadas ali, com destaque para uma chacina que aconteceu logo no segundo dia do ano, quando quatro homens, identificados como Igor Alves Gomes, Francisco Leandro de Oliveira Soares, Leandro Ribeiro Lima e Francisco de Oliveira Soares, foram executados no Condomínio Residencial Novo Barroso ou ‘Babilônia’.
Em janeiro foram registrados sete duplos homicídios. Um deles foi o primeiro caso de assassinato de 2014 na Capital, exatamente aos 47 minutos do dia 1º, quando duas jovens, Nataly Silva Lima e Francisca Regilene da Silva Sá foram executadas, a tiros, na Rua C, na Vila Velha.
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