Especialista fala sobre os
riscos da automedicação
A automedicação é vista por muitas pessoas como
uma solução rápida para aquela dor ou qualquer outro sintoma que as estão
incomodando. Pode ser uma dor de cabeça, muscular, abdominal, e diversas outras
perturbações como alergias, ansiedade, cansaço, dentre outros. Como já estão
acostumadas a sempre tomar o mesmo remédio, então, quando pressentem o sintoma
indesejado, vão até a farmácia e compram os medicamentos sem prescrição
recente.
“O remédio que achamos que é o certo para nosso alívio
pode até resolver no momento, mas também pode trazer uma série de outras
complicações no futuro. Isso porque, se você não é um profissional da saúde,
não conhece as especificidades de cada medicamento e as necessidades do
organismo quando está com alguma dor ou doença” explica Dra. Patrícia Filgueiras dos Reis, que atende pelo Docway.
Para o especialista, quando fazemos uso frequente do
mesmo medicamento, o organismo pode criar resistência ou dependência daquele
determinado remédio. Além disso, nem sempre conhecemos a causa do sintoma. “Às
vezes uma dor comum pode ser algo mais sério e precisar de um tratamento específico.
Por isso a importância de consultar um médico antes de comprar qualquer
medicamento”, comenta.
É claro que devemos, se o soubermos tomar algumas
medicações sintomáticas numa situação repentina.
Por exemplo, se tivermos um
pico febril ou uma dor de cabeça isolada, devemos tomar o
analgésico/antitérmico que estamos habituados a usar nestes casos e observar a
evolução do quadro. Se os sintomas persistirem, aí devemos buscar atendimento e
avaliação médica adequada.
Outro problema são aqueles remédios que camuflam os
sintomas, mas não curam a doença, como por exemplo, alguns fármacos usados para
rinite E anti-inflamatórios em geral. Segundo o médico, é comum que as pessoas
façam uso desses medicamentos achando que estão resolvendo o problema, quando
na verdade ele pode estar piorando e tendo os seus sintomas atenuados.
E a lista de problemas quanto à automedicação não para
por aí. Às vezes, um remédio pode cortar o efeito de outro. “Isso acontece com
alguns tipos de antibióticos e anticoncepcionais. varia de caso para caso, mas
pode acontecer do primeiro medicamento inibir o efeito do segundo, que é de uso
contínuo”, analisa.
Por isso, é imprescindível consultar um médico quando
sentir qualquer dor ou perturbação recorrente ou persistente, e não fazer uso
de remédios continuamente sem orientação. As consequências podem ser mais
sérias do que imaginamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário