O
ministro que coordena a transição de governo e futuro chefe da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira (14) que o “martelo
está batido” para a criação do “Ministério da Cidadania” no governo
de Jair Bolsonaro (PSL).
Em
entrevista à Rádio Gaúcha, Lorenzoni explicou que a nova pasta cuidará
das áreas de desenvolvimento social, direitos humanos e políticas de
combate às drogas – atualmente o governo federal tem o ministério do
Desenvolvimento Social e o ministério dos Direitos Humanos.
Lorenzoni
declarou na entrevista que parte do Ministério do Trabalho poderá ficar
com a nova estrutura, mas que o modelo será analisado pelo presidente
eleito Jair Bolsonaro.
“O
Ministério do Trabalho ficará junto com a ‘produção’ ou vai para um
outro ministério chamado de Cidadania, que aí tem lá o Desenvolvimento
Social, os Direitos Humanos”, disse o ministro.
“Esse
martelo está batido… Ele vai cuidar dos direitos humanos, do
desenvolvimento social e vai trazer a Senad [Secretaria Nacional de
Políticas Sobre Drogas]… E ele vem para trabalhar com recuperação de
drogados”, completou.
Nas
discussões sobre a estrutura do novo governo, chegou a se especular a
fusão das pastas de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social sob o nome
de Ministério da Família, com o senador Magno Malta (PR-ES) entre os
cotados para ser ministro.
A
pasta do Desenvolvimento Social, por exemplo, é responsável pelo
programa Bolsa Família e por outras iniciativas na área social, como os
programas Progredir e Criança Feliz.
Ministério do Trabalho
Nesta
terça (13), Bolsonaro afirmou em entrevista em Brasília que
o Ministério do Trabalho manterá o “status” ministerial, reunido com
outras áreas.
“Vai
ser ministério disso, disso e Trabalho. É igual o Ministério da
Indústria e Comércio, é tudo junto, está certo? O que vale é o status”,
disse o presidente eleito.
Questionado
sobre a declaração, Lorenzoni explicou que Bolsonaro recebeu “dois
desenhos” de estrutura para toda a Esplanada, o que ainda está em
análise. Nos dois modelos a atual estrutura do Trabalho terá funções
divididas.
Segundo o ministro, a futura pasta da Cidadania pode absorver parte das funções do Ministério do Trabalho.
“A
parte da Secretaria de Políticas Públicas para Emprego e outras que
estão conectadas a essa área podem ir para aí [Cidadania]”, disse
Lorenzoni.
A
área responsável pela concessão de cartas sindicais poderá ser
deslocada para o Ministério da Justiça, cujo titular será o juiz federal
Sérgio Moro. Bolsonaro ainda não tomou a decisão.
“Num
dos desenhos propostos, mas que ele [Bolsonaro] ainda não bateu o
martelo, a concessão das cartas sindicais está prevista ir para o
Ministério da Justiça, para as mãos do doutor Mouro, porque é um foco
permanente de corrupção”, declarou Lorenzoni.
Produção
Lorenzoni
também comentou a possibilidade de um governo ter um ministério da
“Produção”, que poderá absorver parte das atuais funções do Ministério
do Trabalho.
Segundo
ele, esse novo ministério herdaria parte das atribuições do atual
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A futura
pasta da Economia deverá ficar com a área de comércio exterior do MDIC.
“A
parte do comércio exterior iria lá para a Fazenda [Economia] e a parte
do MDiC que não lida com comércio exterior ficaria com o ministério da
Produção”, explicou.
A
equipe de transição pretende apresentar os modelos de primeiro escalão a
Bolsonaro nesta quarta para que ele possa avaliar as mudanças nos
próximos dias.
Saúde
Lorenzoni
reforçou que o deputado federal Luiz Mandetta (DEM-MS) é o favorito
para ser o Ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro. O parlamentar
tem a “preferência” do presidente eleito, conforme Lorenzoni.
Com informação do G1