O evento é realizado desde 1996 e se consagrou como um dos mais importantes momentos de fomento à cultura e de valorização da figura do sertanejo que, sentado no alpendre, vendo o comportamento dos fenômenos da natureza, passou a realizar suas previsões e arriscar se o inverno será bom, ou se as chuvas ficarão abaixo da média.
Dona Lourdinha, uma das mais antigas profetisas de Quixadá e a única mulher participante do evento neste ano, destacou que 2021 será de boas chuvas. “Pode esperar que vai ser um ano de chuva boa, vai vir coisa boa”.
Há até quem consiga enxergar um ano intenso, como o senhor Francisco Alves Batista, um quixadaense que chamou atenção de quem tem pequenos açudes em propriedade rurais, os chamados barreiros.
“Olhe lá se esses barreiros aí aguentar. O inverno deste ano vai ser como o inverno de 1980. Alguém lembra, como foi o inverno de 80? Choveu quase um mês sem parar e depois quando parou foi de uma vez. Pois vai ser assim esse ano”.
O evento dos Profetas da Chuva começou como uma pequena roda de conversa, onde amigos levavam seus experimentos e compartilhavam experiências e sabedoria através de previsões.
De tão pioneira, a iniciativa foi se expandindo e ganhando cada vez mais notoriedade. Os Profetas já foram temas de livros, documentários de TV e até de reportagens especiais.
Helder Cortez, idealizador do encontro desde a sua primeira edição, afirma o potencial que o encontro possui. “Para a cidade, é uma forma de valorizar a cultura e a imagem desses profetas. Quixadá foi a primeira cidade do Brasil onde foi construído um açude, que foi o Cedro, então temos muita representatividade e devemos valorizar isso”, afirmou.
Monólitos Post
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