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Greve dos bancários chega ao fim no Ceará

Greve dos bancários chega ao fim no Ceará

As atividades serão retomadas hoje nos bancos privados, Caixa e Banco do Brasil. No BNB, a paralisação continua

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A greve deste ano teve início do dia 30 de setembro, durando sete dias. Em 2013, a paralisação da categoria somou 23 dias
Foto: Natinho Rodrigues 
 
Fortaleza/São Paulo. Os bancários do Ceará e de pelo menos três capitais no País decidiram encerrar a greve iniciada no dia 30 de setembro. Em assembleia realizada ontem, na Capital, a categoria aceitou o reajuste salarial de 8,5%, o que representa aumento real de 2,02%, e piso salarial de 9% - ganho real de 2,5% frente a inflação. Os índices foram propostos, na última sexta-feira, pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

O retorno às atividades, que recomeçam hoje, contempla os trabalhadores do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e dos bancos privados. Entre os funcionários do Banco do Nordeste (BNB), entretanto, a paralisação continua. Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb-CE), Carlos Eduardo Bezerra, ainda não há previsão para a próxima rodada de negociações com o BNB. Na última sexta-feira, das 527 agências bancárias do Estado, 352 - 66,79% do total - estavam com atividades paralisadas.
Conquistas
Além do reajuste salarial, também foram incluídos na Convenção Coletiva compromissos dos bancos em relação a reivindicações diversas dos trabalhadores, ligadas, por exemplo, ao fim de cobranças abusivas. Entre as metas alcançadas, estão a possibilidade do adiantamento de 13º salário para os funcionários afastados e campanhas contra o assédio sexual.

Além disso, conforme divulgou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), as bancárias demitidas que comprovarem estarem grávidas no período do aviso prévio serão readmitidas automaticamente.

Outra conquista destacada pelos trabalhadores, no site da Contraf-CUT, foi a proibição da cobrança de metas não somente por SMS, mas também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.
Pagamento
O reajuste salarial será pago de modo retroativo a primeiro de setembro, que é a data-base para a categoria renegociar os contratos de trabalho. Esse é o maior ganho real não escalonado desde 1995, segundo informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Em 11 anos, a categoria acumula aumento real de 20,7%, e de 42,1% para o piso da categoria.

A greve deste ano foi aprovada na noite de 29 de setembro, tendo início no dia seguinte. Entre as reivindicações da categoria estavam reajuste salarial de 12,5%, com a recomposição da inflação medida pelo INPC e aumento real de 5,8%, elevando o piso salarial a R$ 2.979,25.

No ano passado, os bancários promoveram uma greve nacional que durou 23 dias, e a categoria somente retomou as atividades após um reajuste de 8%, o que representou um ganho real de 1,82% para os trabalhadores.
Compensação
Para compensar os dias parados por conta da greve nacional, a Fenaban propôs a compensação de uma hora por dia, entre 15 de outubro e 31 de outubro, para quem trabalha seis horas diárias. Para funcionários com carga horária de oito horas por dia, a compensação ocorrerá entre 15 de outubro e 7 de novembro.