Da Coluna Política de Érico Firmo, no O POVO desta quinta-feira, eis tópico com o título “Mesmo na vitória, rejeição galopante”. Bom para reflexões da petezada. Confira:
O PT venceu sua quarta eleição presidencial seguida. Três mandatos já eram fato inédito na história democrática brasileira. Todavia, as vitórias ficam cada vez mais apertadas. Em 2002, Lula teve 22,5 pontos percentuais de vantagem sobre José Serra (PSDB). Em 2006, a diferença foi ligeiramente menor – 21,6% pontos de Lula em relação a Geraldo Alckmin (PSDB). Em 2010, Dilma foi eleita com 12,1 pontos a mais que Serra. Neste ano, Dilma se reelegeu com 3,28 ponto percentual de frente sobre Aécio Neves (PSDB).
Os números expõem a fadiga do modelo. Nesse ritmo, a derrota é o caminho óbvio para daqui a quatro anos. Há profunda rejeição ao PT em diversos setores, como se percebe na ira demonstrada nas redes sociais. Além disso, o governo se desgastou muito. Pesquisas da campanha confirmavam isso, tanto que Dilma tentou se apresentar como candidata de um processo de transformação em andamento, conforme discurso construído pelos seus marqueteiros. “Mais mudança, mais futuro” e “Governo novo, ideias novas” eram algumas das principais palavras de ordem que tentavam vender a ideia de transformação dentro da continuidade.
* Mesmo reeleita, Dilma recebeu recado contundente. Mais que discurso, será preciso mudar muita coisa mesmo para reverter a marcha do desgaste.
Nenhum comentário:
Postar um comentário