Comando de Operações Táticas da PF chegou à Península dos Ministros, às 5h50. A operação atinge pessoas com foro privilegiado ou ligadas a elas
A Polícia Federal (PF) está nesta terça-feira, 15, na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e dos ministros Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e
Henrique Eduardo Alves (Turismo), ambos do PMDB. Os agentes isolam o
local e cumprem mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Lava Jato. Os mandados estão sendo cumpridos também na residência de Cunha no Rio de Janeiro.
A ação da PF ainda atinge ainda o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE),
apontado como interlocutor do presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), nos desvios da Petrobras; o senador e ex-ministro Edison
Lobão (PMDB-MA), que é investigado no Supremo Tribunal Federal pela
Lava Jato; e o cearense Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e ex-senador do Ceará. Também há buscas em endereços ligados ao senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), em Pernambuco.
Fábio
Cleto, aliado de Cunha, que ocupava uma das vice-presidências da Caixa
Econômica Federal até a semana passada, também foi alvo de busca, em São
Paulo. Ele é um dos principais operadores do presidente da Câmara.
Houve buscas também na na diretoria-geral da Câmara, órgão responsável
por fechar contratos e ordenar despesas.
Hoje, o Conselho de Ética da Câmara pode votar o parecer sobre a representação contra Eduardo Cunha por suposta quebra de decoro parlamentar. O novo relator da representação movida pelo PSOL e pela Rede, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), apresenta o parecer favorável ao prosseguimento das investigações.
Operação Catilinárias
A operação deflagrada pela PF, em conjunto com o Ministério Público Federal, cumpre 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, referentes a sete processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato. A finalidade é evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados.
A operação deflagrada pela PF, em conjunto com o Ministério Público Federal, cumpre 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, referentes a sete processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato. A finalidade é evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados.
Os
investigados respondem a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro,
organização criminosa, entre outros. O nome da operação tem origem nas
Catilinárias, que são uma série de quatrodiscursos célebres do cônsul
romano Cícero contra o senador Catilina.
Os
mandados, expedidos pelo ministro Teori Zawascki, estão sendo cumpridos
no Distrito Federal (9), bem como nos estados de São Paulo (15), Rio de
Janeiro (14), Pará (6), Pernambuco (4), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio
Grande do Norte (1).
Histórico
Em
julho, depois de a Polícia Federal ter realizado ações de busca e
apreensão na residência de três senadores investigados na Lava Jato,
Cunha fez uma provocação ao dizer que a corporação pode ir à sua casa "a
hora que quiser.
Segundo
a PF, as buscas ocorrem em endereços funcionais de investigados, sedes
de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos com o objetivo
de "evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados".
Ainda
segundo a PF, também foi autorizada apreensão de bens "que
possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa". Celso Pansera é
alvo de busca em Duque de Caxias (RJ), e Henrique Eduardo Alves, no Rio
Grande do Norte.
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