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sábado, 17 de novembro de 2012

STF e o passaporte de Índio da Costa




No sábado passado (10), a Justiça Federal concedeu habeas corpus para liberar o ricaço Luis Octávio Indio da Costa, ex-dono do Banco Cruzeiro do Sul, preso desde 22 de outubro no Cadeião de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. A decisão foi tomada por José Lunardelli, desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo, e o banqueiro saiu do presídio na mesma noite. Segundo o seu advogado, Roberto Podval, não tinha sentido manter o banqueiro preso enquanto ainda se aguarda a conclusão do inquérito.

Luis Octávio Indio da Costa, primo do ex-vice de José Serra nas eleições presidenciais de 2010, causou um rombo de R$ 3,1 bilhões no sistema financeiro. Ele também é acusado pela Polícia Federal de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas. A sua prisão preventiva foi decretada em razão do inquérito na Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros. Mas, como já é comum no Brasil, ricaços não ficam muito tempo nas precárias cadeias do país. Como diz o ditado, "elas foram feitas apenas para pobres, pretos, e putas... e, agora, também para petistas".

Será que o “implacável” Joaquim Barbosa, o midiático ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), vai solicitar a imediata apreensão do passaporte do banqueiro? No caso dos réus do chamado “mensalão do PT”, ele não vacilou e nem esperou a conclusão do julgamento, exigindo os seus passaportes numa atitude intempestiva rotulada de “populismo jurídico” pelo ex-ministro José Dirceu. Até agora, porém, nenhum ministro do STF se manifestou sobre a libertação de Luis Octávio. Ele poderá fugir do país como já fizeram Salvatore Cacciola e Roger Abdelmassih.

É certo que os banqueiros têm sólidas amizades com as “autoridades” da República. Luis Octávio adorava promover festas de luxo para este público refinado. Na comemoração dos 15 anos do Banco Cruzeiro do Sul, em 2009, ele até contratou astros internacionais, como Tony Bennett e Elton John, para animar os convidados Vips. Segundo a Folha, os seus eventos “eram frequentados por políticos, como o governador Sérgio Cabral e a ex-ministra do STF, Ellen Grace”. Será que ele mantinha relações com algum outro integrante do STF?

Um comentário:

  1. Acho que os convidados dos eventos não deveriam saber sobre o que ele fazia ou deixava de fazer.

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