O
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse na segunda-feira, (13/07) em depoimento à Justiça Federal que as empresas que faziam
parte do cartel de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato
repassavam propina após receberem os pagamentos devidos pela Petrobras.
Costa assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público
Federal (MPF), no qual se comprometeu a dizer a verdade em troca de
benefícios, como pena em regime domiciliar.
Ao responder as perguntas do juiz Sérgio Moro, responsável pelas
investigações da Lava Jato, o ex-diretor disse que a propina era paga de
acordo com o andamento das obras e conforme as empreiteiras recebiam os
repasses da estatal pelos serviços concluídos.
Costa discordou dos
cálculos preliminares, que davam conta de que a propina era paga de
acordo com o valor total do contrato. "A Petrobras fazia a medição [do serviço] – todo mês tinha medição de
serviço. A Petrobras pagava e as empresas só pagavam [propina] para os
partidos e para as outras pessoas, após receber esse valor da Petrobras.
A regra geral era só pagar depois que recebia a medição", afirmou.
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