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terça-feira, 14 de julho de 2015

Senado aprova MP que refinancia dívida de clubes de futebol

Comissão Mista da MP do Futebol, em Brasília
Comissão Mista da MP do Futebol, em Brasília (Bom Senso FC/Facebook/Divulgação)
Dívidas dos clubes já chegam a 4 bilhões de reais. 

CBF e times conseguiram amenizar pontos da 

nova legislação, que segue para sanção de Dilma

O plenário do Senado aprovou nesta segunda-feira, em votação simbólica, a medida provisória 671, que permite o refinanciamento das dívidas dos clubes de futebol e que pune as agremiações com rebaixamento em caso de calote. O texto cria o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) e autoriza o refinanciamento dos débitos por até vinte anos em troca de contrapartidas, como o cumprimento de exigências tributárias, a fixação de um limite para a reeleição de dirigentes, a redução do déficit financeiro até 2021 e a publicação online de prestações de contas auditadas. Atualmente as dívidas dos clubes já chegam a 4 bilhões de reais.

O Senado deu aval às novas regras, que seguem para sanção da presidente Dilma Rousseff, às vésperas de expirar o prazo final para a defesa do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, detido na Suíça, se manifestar sobre o pedido de extradição do cartola feito pelos Estados Unidos. O Profut também ganha corpo em meio às articulações para o funcionamento de umacomissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar contratos da CBF e irregularidades em partidas da seleção brasileira.

Pelas regras aprovadas pelo Senado, para ter direito ao refinanciamento, os clubes não terão mais adiantamentos de verbas de televisão e não poderão comprometer mais do que 80% da receita bruta anual com a folha de pagamento e direitos de imagem. A versão aprovada é mais branda do que o texto original, que previa limite de 70% - parlamentares da chamada "bancada da bola" e a CBF pressionaram para o texto ser mudado.
A MP 671 perderia a validade em 17 de julho se não fosse votada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado. Por estar na iminência de se tornar sem efeito, a proposta foi votada pelos senadores exatamente da forma como havia sido aprovada pelos deputados. Qualquer alteração de mérito obrigaria que o texto fosse novamente colocado em votação na Câmara, abrindo risco para que a MP caducasse.

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