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terça-feira, 11 de julho de 2017

Preso com gabarito em tênis no concurso da PM-PI pagaria R$ 100 mil pela aprovação

Candidato foi encaminhado para o Greco e liberado após pagamento de fiança (Foto: Junior Feitosa/ G1)
Candidato foi encaminhado para o Greco e liberado após pagamento de fiança (Foto: Junior Feitosa/ G1)
Um candidato foi preso em flagrante na tarde desse domingo (9) no campus da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), em Teresina, com um gabarito completo no celular que seria da prova do concurso da Polícia Militar do Piauí. Além dele, mais 14 foram presos. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10) o delegado Kleydson Ferreira, do Greco, afirmou que todos portavam celular, o que era proibido no edital.

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Todos os presos foram autuados em flagrante por tentativa de fraudar o concurso. Destes, sete permanecem detidos e participam de audiência de custódia nesta segunda-feira, podendo ser liberados nas próximas horas. Eles fariam parte de um esquema de fraude e foram autuados por associação criminosa. 

Destes, nenhum era piauiense, segundo lista de suspeitos divulgada pelo Greco. Cinco são de Parnambuco, outros cinco do Ceará, dois do Pará, dois do Maranhão e um da Bahia.

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Outras duas pessoas foram conduzidas ao Greco para prestar esclarecimentos, mas a polícia conseguiu descartar qualquer relação com tentativas de fraude.

Gabarito no celular

Segundo o delegado Genival Vilela, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), o jovem disse que pagaria R$ 100 mil caso fosse aprovado. 

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"Era por volta das 13h quando fiz uma ronda pelas salas de aplicação da prova e em uma delas presenciei este jovem preenchendo o gabarito, mas fazendo gestos com as mãos como se estivesse mexendo em um objeto. Alertei o fiscal sobre o horário de encerramento, então ele tomou a prova do candidato, que foi encaminhado para uma sala ao lado e após vistoria encontramos o celular escondido no tênis dele", revelou. 

Conforme o delegado, o gabarito foi enviado via SMS para o celular do candidato às 12h49, próximo ao horário de encerramento. Para Genival Vilela, o que evidencia a tentativa de fraude é que a prova do jovem estava sem rascunho e ele não analisou as questões. 

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"Ele confiou totalmente no gabarito e só transcreveu para a prova. Como recebeu as respostas muito tarde, não deu tempo de transferir tudo e muitas questões ficaram em branco. O candidato foi atuado em flagrante por fraude em concurso público e liberado ao pagar fiança", declarou o delegado.
Genival acrescentou que não há ainda a confirmação de se o gabarito recebido era o oficial. Ele levantou a hipótese do candidato ter sido enganado. Outras cinco pessoas portando aparelhos celulares durante aplicaçao da prova na Uespi foram conduzidas e autuadas por fraude em concurso.

Fraude

Na sexta-feira (7), um candidato foi preso suspeito de vender questões de português da primeira prova, anulada após a prisão de 12 pessoas suspeitas de tentativa de fraude. Segundo o delegado Kleydson Ferreira, ele disse ter recebido as questões por WhatsApp e que não sabe quem vazou a prova.
Na primeira aplicação da prova, o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) prendeu dois candidatos flagrados com cinco questões da prova de português. 


Confirmadas as suspeitas, os envolvidos no esquema responderão por fraude ao certame de interesse público. Enquanto os outros candidatos estavam com celulares ou gabaritos que não foram comprovados como oficiais.

Para a reaplicação da primeira etapa, a Universidade Federal de Pernambuco foi escolhida para a elaboração e impressão das questões objetivas da nova prova. Um total de 32.010 candidatos se inscreveram para concorrer às 480 vagas ofertadas pela PM-PI. 

G1

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