O empresário Joesley Batista não engoliu a provocação do Palácio do
Planalto que na sexta-feira, por meio de nota, o chamou de
grampeador-geral da República. Em resposta, neste sábado,ele chamou o
presidente Michel Temer de “ladrão geral da República”. O dono da JBS
disse ainda que Temer envergonha o país e pede que ele respeite o
instituto da delação premiada.
Joesley acusou Temer, em delação premiada, de se beneficiar de esquema
de pagamento de propina e ainda concordar com ajuda financeira para
manter o operador Lúcio Funaro em silêncio.
Para ele, Temer ao atacar os colaboradores mostra no mínimo sua
incapacidade de oferecer defesa dos crimes que comete. A nota de
sexta-feira emitida pela Secretaria de Comunicação do Planalto foi
redigida por conta das notícias sobre uma segunda denúncia contra Temer.
O Planalto ciritou o fato de a JBS ter apresentado novos documentos no
acordo de delação feito com o Ministério Público Federal.
A nota do planalto foi agressiva e atacou Joesley de ter omitido o
produto de suas incursões clandestinas do Ministério Público. “No seu
gravador, vários outros grampos foram escondidos e apagados. Joesley
mentiu, omitiu e continua tendo o perdão eterno do procurador-geral.
Prêmio igual ou semelhante será dado a um criminoso ainda mais notório e
perigoso como Lúcio Funaro?”, diz a nota do Planalto.
A nota afirmou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) fechou
delação com o doleiro Lucio Funaro por uma “vontade inexorável de
perseguir o presidente”.
O meio politico entrou em polvorosa, pois a delação do doleiro Lúcio
Bolonha Funaro deve atingir pelo menos 20 políticos vinculados ao
ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre os principais alvos, estão os
ex-ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique
Eduardo Alves (Turismo), dois dos mais próximos aliados de Temer. Funaro
indicou contas bancárias na quais teriam sido depositadas propinas para
os dois ex-ministros supostamente a mando de Cunha.
Ceará Agora
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