Aprendi com meu saudoso professor Ednardo Silveira em uma aula de história da Universidade Estadual Vale do Acaraú, que agente deve desconfiar de tudo que lê e ouve. Ele nos dizia: “não acreditem em nada do que falo, posso está dizendo uma mentira e vocês acreditando no que estou dizendo.” Desde aquele dia comecei a desconfiar de tudo que leio, do que ouço e das verdades absolutas que alguns pregam com tanta convicção que só eles mesmos acreditam.
Quando lerem uma matéria em um jornal, em uma revista, em um site, em um blog ou ouvirem uma reportagem em uma rádio, sempre façam o seguinte questionamento. De quem é o veiculo? Quem é o jornalista? A que grupo político pertence? Quem são seus patrocinadores? A quem defendem? Depois é preciso investigar a fonte. O que, como, quando, onde e por que?
O Jornal O Povo publicou uma matéria sobre o uso indevido de gasolina por parte dos vereadores da Câmara de Nova Russas e devido a credibilidade do Jornal causou um verdadeiro alvoroço em rádio locais, blogs, sites e principalmente em relação a classe política da região. Fizeram um estrago na imagem da instituição e dos parlamentares que ficaram indefesos diante da informação. Quando na verdade tratava-se da Câmara de Missão Velha e não de Nova Russas.
O Jornal, veículo de grande credibilidade, ao ser contactado e verificar o equívoco publicou matéria no mesmo espaço assumindo que a publicação não se tratava da Câmara de Nova Russas e sim de Missão Velha.
O respeito aos leitores, o compromisso ético e moral do Jornal O Povo deviam ser seguidos por todos aqueles que reproduziram, leram ou fizeram estardalhaço em cima de um fato inverídico.
O Jornal transformou um erro numa grande virtude do mundo jornalístico na atualidade, onde a informação avança em caminhos tão diversos que leitores e ouvintes ficam sem saber em quem acreditar. O mínimo que os demais veículos de comunicação; blogs, sites, rádios, radialistas e jornais poderiam fazer eram se retratar e humildemente pedir desculpas aos seus leitores e ouvintes por terem envolvido, julgado e condenado pessoas que se quer faziam parte do processo.
Fica a lição, que a emoção e a divulgação de informação no critério de Maria vai com as outras, não cabe no mundo jornalístico atual. É preciso investigar a fonte, principalmente agora que o STF publicou jurisprudência sobre o tema.
Abaixo matéria do Jornal O Povo assumindo o equívoco publicada nesta quinta-feira(20.03.2014)
Foi suspensa na última sexta-feira, 14, pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), verba de abastecimento de carros oficiais da Câmara Municipal de Missão Velha, a 535km de Fortaleza. A sanção ocorre após inspeção da Corte concluir que vereadores e seus familiares estariam usando a Verba de Desempenho Parlamentar (VDP) para abastecerem seus veículos particulares.
O caso havia sido EQUIVOCADAMENTE (grifo nosso) divulgado pelo O POVO na última terça-feira, 18, como ocorrido em Novas Russas, no Sertão de Crateús. O episódio, no entanto, ocorreu na verdade em Missão Velha, na Região do Cariri, conforme foi esclarecido pela assessoria de imprensa do TCM nesta quinta-feira, 20.
Vereadores de Nova Russas não possuem qualquer relação com as irregularidades.
Segundo proprietário de posto ouvido pelo TCM, esposas dos vereadores abastecem seus veículos utilizando integralmente o recurso da Câmara Municipal de Missão Velha. Quando o valor da recarga não ultrapassava a quota de R$ 640, elas pediam reembolso em espécie do valor restante.
Após as irregularidades, o conselheiro Ernesto Saboia determinou suspensão imediata da VDP, sob pena de multa diária de R$ 532,05. O conselheiro também enviou o caso à promotoria de Missão Velha para que sejam tomadas medidas legais cabíveis.
JORNAL O POVO
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