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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Em 2015: Risco de apagão é elevado para 5%

Índice agora está no limite máximo tolerado. O governo já admite, inclusive, adoção de "medidas adicionais"

Apagão
Neste mês, o risco de desabastecimento de energia que se pode prever para 2015 é de 5%, na região Sudeste/Centro-Oeste, e de 0,7%, no Nordeste. ONS nega risco de cortes seletivos como forma de garantir demanda do início de 2015 
 
Foto: tuno vieira 
 
Brasília. O Ministério de Minas e Energia (MME) aumentou, ontem, suas previsões para o risco de desabastecimento de energia no Brasil em 2015. Com essa medida, o índice agora está no limite máximo tolerado: 5%.

Após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), encontro que reúne as principais autoridades do setor dentro do governo, a pasta divulgou uma nota à imprensa em que admite que pode ser necessária "a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada, em 2014". O Comitê não exemplificou quais seriam essas medidas.

Entretanto, neste ano vem sendo reforçado o uso de usinas térmicas, acionadas em sua capacidade máxima ao longo de todos os meses. De forma que essa pode ser uma das saídas.
Histórico
No mês passado, o CMSE também havia destacado a possibilidade da adoção de medidas adicionais. Na ocasião, as previsões para risco de desabastecimento de luz no ano que vem haviam sido minimamente reduzidas.

Neste mês, o risco de desabastecimento de energia que se pode prever para 2015 é de 5% na região Sudeste/Centro-Oeste e de 0,7% no Nordeste. Em outubro, esse risco era de 4,7% e de 0,8%, respectivamente.
ONS nega cortes seletivos
Nesta quarta-feira, a Folha de São Paulo informou que, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), haveria risco de serem necessários cortes seletivos de energia para garantir o fornecimento durante os horários de pico, entre janeiro e fevereiro do próximo ano. Posteriormente, porém, o ONS publicou uma nota desmentindo a publicação.

"A informação contida na matéria não é verídica. O complemento de que 'essa medida será necessária se as chuvas não forem suficientes para recompor os reservatórios das hidrelétricas ao patamar de 30% em janeiro', não tem fundamento, nem corresponde a declarações do Operador", afirma a nota, assinada pelo diretor-geral do ONS, Hermes Chipp.
Consumo cresce
O consumo de energia no mercado livre cresceu 3,2% em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior, de acordo com a comercializadora Comerc. Na comparação com setembro de 2013, o Índice Setorial Comerc constatou elevação de 0,85% na demanda por energia no mercado livre. O estudo leva em consideração os dados de consumo das 540 unidades sob administração da Comerc no mercado livre.

A alta de 0,85% na comparação anualizada representa a primeira variação positiva do indicador após seis meses consecutivos de queda. A demanda caiu entre março e agosto, com destaque para as retrações de 4,51% em junho e 3,16% em agosto, após dois meses de elevação discreta no primeiro bimestre.

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