Na esteira das ações preventivas do Outubro Rosa, a campanha Novembro Azul, voltada para o público masculino, destaca a atenção ao câncer de próstata – o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional do Câncer
(Inca). Somente no Ceará, 1.819 pessoas morreram vítimas de câncer de
próstata nos últimos três anos, segundo a Sesa. Para este ano, a
previsão do órgão é que 2.350 novos casos da doença seja diagnosticados.
Apesar de darem ênfase ao tratamento da doença, as atividades do mês contemplam a saúde do homem como um todo, na tentativa de minimizar os efeitos negativos da dificuldade de acesso desse grupo aos serviços de saúde, devido a alguns fatores culturais ou mesmo por disponibilidade de horário.
O programa coordenado por Ana Célia foi implantando em 2009 no Centro de Saúde do Meireles,
segundo as recomendações do Ministério da Saúde. A unidade funciona de
segunda a sexta-feira, das 17h às 21h, visando atender o público que não
está disponível durante o dia. Só no ano passado, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), foram realizados 11.478 atendimentos. “Nós temos o clínico geral e as demais especialidades, e a mais procurada é a urologia”, acrescenta a coordenadora.
Logo no início do programa, conta Ana Célia, era visível o desconforto de alguns pacientes em estarem no ambiente hospitalar, situação que não é mais tão frequente atualmente. “A demanda hoje é muito grande e a gente percebe como eles se sentem mais à vontade, tem famílias que trazem parentes do Interior para serem atendidos aqui”, destaca.
Apesar de comemorar a difusão do serviço, a abrangência desse atendimento, segundo Ana Célia, ainda está longe do ideal. “O sonho é que esse serviço fosse instituído em outros locais, para que a gente fortaleça essa corrente”, propõe.
Resistência cultural
Mesmo com os avanços na difusão da importância de cuidar da própria saúde, a resistência em buscar apoio ainda é grande por parte dos homens. “Os estudos apontam que os homens procuram menos o serviço de saúde por uma questão sociocultural, que diz que eles têm que ser fortes, não podem ficar doentes, essa construção social afeta a saúde eles”, explica a assistente social do Programa Saúde do Serviço Social do Comércio (Sesc), Lidiane Dantas.
Ela é uma das coordenadoras da Campanha Sou Rosa e Azul, realizada pelo Sesc. Durante o mês de novembro, ações como rodas de conversa, palestras, blitze educativas e outras atividades vão acontecer em empresas, escolas, ONG’s, comunidades atendidas pelo Sesc e nas sedes da entidade no Estado. “Nós procuramos desmitificar os preconceitos que envolvem alguns exames, mostrar que isso não interfere na sexualidade deles”, explica.
Compartilhando a experiência das ações anteriores, Lidiane conta que a conscientização por meio do diálogo é a estratégia mais eficaz para esse público. “Quando proporcionamos esses momentos é que eles se abrem para falar da vida, da saúde, são discussões muito ricas”, diz.
As atividades da Campanha Sou Rosa e Azul acontecem entre os dias 3 e 31 de novembro. A programação está disponível no site www.sesc-ce.com.br.
SAIBA MAIS
* Somente no Ceará, 1.819 pessoas morreram vítimas de câncer de próstata nos últimos três anos, segundo a Sesa.
* Para este ano, a previsão do órgão é que 2.350 novos casos da doença seja diagnosticados.
* A partir dos 45 anos, os homens devem realizar, anualmente, o exame de toque. Após os 70, o exame deve ser feito a cada seis meses.
* O Instituto de Prevenção ao Câncer do Ceará (IPC) é apontado pela Sesa como referência na prevenção e tratamento contra o câncer de próstata.
Apesar de darem ênfase ao tratamento da doença, as atividades do mês contemplam a saúde do homem como um todo, na tentativa de minimizar os efeitos negativos da dificuldade de acesso desse grupo aos serviços de saúde, devido a alguns fatores culturais ou mesmo por disponibilidade de horário.
“O homem é um ser holístico, precisa ser visto como um todo. Nós damos
ênfase à questão da próstata, mas temos que incluir e divulgar mais
serviços voltados para o homem”, defende a coordenadora do Programa de
Atenção Integral à Saúde do Homem do Centro de Saúde do Meireles, Ana
Célia Gazelli. As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), a
dependência química e o fumo, segundo ela, também acometem muitos homens
e precisam de atenção no tratamento.
Logo no início do programa, conta Ana Célia, era visível o desconforto de alguns pacientes em estarem no ambiente hospitalar, situação que não é mais tão frequente atualmente. “A demanda hoje é muito grande e a gente percebe como eles se sentem mais à vontade, tem famílias que trazem parentes do Interior para serem atendidos aqui”, destaca.
Apesar de comemorar a difusão do serviço, a abrangência desse atendimento, segundo Ana Célia, ainda está longe do ideal. “O sonho é que esse serviço fosse instituído em outros locais, para que a gente fortaleça essa corrente”, propõe.
Resistência cultural
Mesmo com os avanços na difusão da importância de cuidar da própria saúde, a resistência em buscar apoio ainda é grande por parte dos homens. “Os estudos apontam que os homens procuram menos o serviço de saúde por uma questão sociocultural, que diz que eles têm que ser fortes, não podem ficar doentes, essa construção social afeta a saúde eles”, explica a assistente social do Programa Saúde do Serviço Social do Comércio (Sesc), Lidiane Dantas.
Ela é uma das coordenadoras da Campanha Sou Rosa e Azul, realizada pelo Sesc. Durante o mês de novembro, ações como rodas de conversa, palestras, blitze educativas e outras atividades vão acontecer em empresas, escolas, ONG’s, comunidades atendidas pelo Sesc e nas sedes da entidade no Estado. “Nós procuramos desmitificar os preconceitos que envolvem alguns exames, mostrar que isso não interfere na sexualidade deles”, explica.
Compartilhando a experiência das ações anteriores, Lidiane conta que a conscientização por meio do diálogo é a estratégia mais eficaz para esse público. “Quando proporcionamos esses momentos é que eles se abrem para falar da vida, da saúde, são discussões muito ricas”, diz.
As atividades da Campanha Sou Rosa e Azul acontecem entre os dias 3 e 31 de novembro. A programação está disponível no site www.sesc-ce.com.br.
SAIBA MAIS
* Somente no Ceará, 1.819 pessoas morreram vítimas de câncer de próstata nos últimos três anos, segundo a Sesa.
* Para este ano, a previsão do órgão é que 2.350 novos casos da doença seja diagnosticados.
* A partir dos 45 anos, os homens devem realizar, anualmente, o exame de toque. Após os 70, o exame deve ser feito a cada seis meses.
* O Instituto de Prevenção ao Câncer do Ceará (IPC) é apontado pela Sesa como referência na prevenção e tratamento contra o câncer de próstata.
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