Os suspeitos deixavam os veículos roubados em estacionamentos de supermercados e em feiras livres na Capital
A caminhonete havia sido roubada na última segunda-feira (4),
quando o dono da caminhonete tirava o veículo da garagem. A L200 seria
vendida por R$ 5 mil. A entrega do veículo seria feita na 'Rodoviária
dos Pobres', no bairro Antônio Bezerra
Carleone Lima já responde por quatro roubos de veículos e duas receptações. Era ele quem fazia as negociações
Segundo o delegado, Carleone Rodrigues Lima, Emanoel Matias de Aragão Rodrigues e Marcelo de Castro Farias estavam em uma Mitsubishi, modelo L200 Triton, de cor preta, roubada na última segunda-feira, quando o dono da caminhonete tirava o veículo da garagem. A L200 seria vendida por R$ 5 mil.
"Eles estavam negociando o veículo pelo WhatsApp com um homem identificado apenas pelo apelido de 'Zezé'. Durante a conversa surgiu também a foto de uma Mitsubishi, modelo Pajero, de cor branca, que também tinha queixa de roubo. Quando checamos o cadastro encontramos a vítima do crime, que nos relatou o que tinha acontecido e a versão dela é bem parecida com as das outras pessoas que eles atacaram", disse o delegado titular da DRFVC.
Uma mulher, que teve seu automóvel Volkswagen, modelo Gol, roubado no último dia 29 já compareceu à DRFVC e reconheceu dois dos três presos, como sendo as pessoas que a abordaram e levaram seu carro.
"Eles fazem parte de uma quadrilha bem maior. Os três são responsáveis apenas pela ação de roubar. Depois, repassam para compradores e adulteradores de veículos roubados. Estamos investigando quem são os outros integrantes do bando", disse o titular da DRFVC. Fernando Cavalcante disse ainda, que está sendo montada uma operação para a transferência dos presos para um local mais seguro.
"Tanto nós, quanto a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap) já estamos alerta para uma possível tentativa de resgate. Isto só confirma, que eles fazem parte de uma organização criminosa maior, senão não haveria quem se interessasse por ações deste tipo".
Negociação
Carleone Lima já responde por quatro roubos de veículos e duas receptações. Era ele quem negociava, via WhastApp, o produto dos roubos com 'Zezé'. Durante as conversas vários áudios foram enviados. Lima diz que não pode sair com a caminhonete para mostrar ao pretenso comprador porque as placas ainda não foram adulteradas. "O carro ainda não tá quente. É roubado. Em que mundo você vive?", pergunta Lima a 'Zezé'.
Quando estão tentando marcar o encontro para a entrega da L200, vários pontos são citados, inclusive o estacionamento de um supermercado, no bairro Presidente Kennedy. Outros lugares como uma feira no bairro Antônio Bezerra e um beco no Conjunto Metrópole também foram cogitados pelos criminosos. Por fim, os suspeitos acabaram se dirigindo para as proximidades do terminal rodoviário, conhecido como 'Rodoviária dos Pobres, no bairro Antônio Bezerra, onde acabaram presos.
Fernando Cavalcante disse que as diligências continuam, no intuito de descobrir quem é 'Zezé' e quem são os outros membros da quadrilha. A delegada-adjunta da DRFVC, Alessandra Medeiros, está fazendo a análise das mensagens telefônicas no aparelho celular de Carleone Lima para ver o que pode auxiliar no andamento do inquérito.
Márcia Feitosa
Repórter
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