Participam do Workshop pesquisadores da Funceme, Universidade Estadual do Ceará (Uece), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) e Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).
O titular da Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado dos Ceará (SRH), Francisco Teixeira, o presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), João Lúcio Farias, o presidente do Inmet, Antônio Divino Moura, a pesquisadora do CPTEC, Mary Kayano e o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, participaram da abertura do Workshop nesta manhã e destacaram a importância do conhecimento meteorológico e seus impactos para a sociedade e para o poder público.
“A expectativa para esta previsão é ainda maior por consequência dos quatro anos consecutivos de estiagem no Ceará. Não é nosso papel alimentar falsas esperanças ou agourar por uma situação mais crítica. Com base científica, vamos interpretar o que os modelos apontam e divulgar os cenários mais prováveis, sem interferências”, explica Martins.
Além da previsão do dia 20, um novo prognóstico da quadra chuvosa de 2016 no Estado será divulgado na segunda quinzena de fevereiro, este apontando para os meses de março, abril e maio, adianta o presidente da Funceme. “Estaremos constantemente monitorando as informações dos oceanos e da atmosfera e sempre repassado os dados para os tomadores de decisão e para a população. Também temos ferramentas para que os usuários acompanhem parte desse monitoramento.
Já é possível ver, por exemplo, onde está chovendo em tempo real e acessar o calendário das chuvas através do site da Funceme e do aplicativo Funceme Tempo, disponibilizado gratuitamente para smartphones e tablets Android e iOS”.
El Niño
As águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial estão com aquecimento anômalo intenso. Isso significa que o El Niño ainda está forte e deve ter influência na previsão que será divulgada no dia 20. Geralmente, esse fenômeno influencia negativamente o regime de chuvas no Ceará. Mas, os meteorologistas também analisam as temperaturas do Oceano Atlântico para definir os prognósticos. As projeções das interações termodinâmicas entre oceanos e atmosfera é o que fazem os modelos numéricos globais, traduzindo os cálculos em porcentagens de probabilidades para as categorias abaixo da média, em torno da média e acima da média, referindo-se ao acumulado de precipitações no trimestre analisado.
Pré-estação
As chuvas no Ceará não começam somente em fevereiro, com o início da quadra chuvosa. Há também precipitações, que podem até ser intensas, na pré-estação chuvosa, período compreendido entre os meses de dezembro e janeiro. Neste ano, a Funceme já contabiliza registros significativos que trouxeram alguma recarga para o sistema hídrico, mas o órgão adverte que essas chuvas não têm relação com a quadra chuvosa.
“Se tivermos dezembro e janeiro com muitas precipitações ou com poucas precipitações, isso não terá impacto na qualidade da quadra chuvosa, entre fevereiro e maio. Não existe essa relação. São sistemas meteorológicos diferentes. Na pré-estação, temos atuação de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis e na quadra chuvosa a principal atuação é da Zona de Convergência Intertropical. As condições para a atuação desses sistemas são diferentes”, ressalta Eduardo Sávio Martins.
Serviço:
Coletiva de divulgação do prognóstico das chuvas para a Quadra Chuvosa de 2016 no Ceará
Data: 20 de janeiro de 2016
Hora: 9h
Local: Auditório do Palácio da Abolição
Fonte: Funceme
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